sexta-feira, 26 de março de 2010

Mudou o século e pirou o cabeção da moçada.


Este é o primeiro e o último século que passo, de corpo presente, de um século pro outro. Eu e uma cambada. E acho que isso tem pirado o cabeção do povo. A passagem do século XX pro XXI ainda não foi bem digerida por muitos.
Explico! Calma!

O tempo voando, a gente com mil coisas pra fazer e não tem tempo, atividades se acumulando e nós pirando.

E o que é pior: num país quiném o nosso, onde ter mais de 30 anos já tá velho pra cacete, a coisa fica ainda mais difícil.

Vou contar um caso, mas não quero saber de gozação, porque já ouvi o suficiente... rs

Sabe daqueles casos que você poderia guardar só pra você mesmo, sem testemunha mas, de tão engraçado, não consegue e conta pra todo mundo, mesmo sendo o maior gol contra? Pois é. Então lá vai.
Com a virada do século, até quem tem só 15 aninhos, nasceu no século passado. Correto? Correto.

Lá fui eu ao médico. Consulta de, não me lembro mais o quê, talvez pra ver como anda minha memória. Então, como toda primeira vez, tem que preencher uma ficha.
A secretária novinha, mesmo pertencendo ao século passado, tava na casa de uns 20 a 22 anos.
Toda gentil, começou com as perguntas: nome, endereço, profissão, plano de saúde, CEP, imeio, data de nascimento. E eu fui respondendo. Tudo bem! Quando chegou na data de nascimento, eu disse:
" 25 de setembro de 48."
Ela olhou pra mim, como se tivesse vendo um Avatar. Olhou pro teclado do computador dela, fez que ia escrever, olhou pra mim de novo, pro teclado, pra mim, e falou com a cara de maior interrogação do mundo: "É 1900, né?" E eu, pra não deixar a moça mais sem definição do que já tava, brinquei: "Tá espantada com meu estado de conservação? Nunca imaginou que pudesse conhecer um ser do século passado e, ainda por cima, da primeira parte do século, ainda vivo, com saúde e se locomovendo sozinho...?" Ela não sabia o que fazer com a total falta de graça. Garrou a pedir desculpas e mais desculpas "Eu não quis dizer nada disso, só fiquei confusa" e foi falando e eu rindo muito e já louca pra contar o causu pros amigos.

Disse pra ela: "Por favor, nem esquente! Achei engraçado demais! Adorei essa história. Agora, tome cuidado, porque conheço pessoas que, se ouvirem uma pergunta dessa, vai ser a última que você fará. E, ainda por cima, vão sair livres no julgamento usando, como argumento, legítima defesa da honra".

Eu, como tô pouco me lixando pra honra, a essa altura do campeonato, nem ligo. Nem te ligo farinha de trigo!
Como diz meu amigo, que tá quase "parando de fumar": "Tô mais preocupado agora é em continuar respirando."

quinta-feira, 25 de março de 2010

Esta carta o Presidente não pode dizer que não viu.

Dando mais um empurrão pra derrubada da ditadura em Cuba, transcrevo a carta enviada pela cubana Yoani, ao Presidente Lula.

Por favor, cliquem na carta que ela aumenta de tamanho.


Perguntar não ofende! Responder pode ser fatal.


Caro leitor assíduo ou não tão assíduo, leitor que passa porraqui quando se lembra que o blog existe, leitor que está vindo pela primeira vez e acha que pode voltar... enfim, leitor. Queria saber sua opinião.

Seguinte: recebo imeios de toda forma.

Tem a turma que reclama que os textos são curtos e que sempre querem mais. Os gulosos!

Tem a turma que acha que o texto deve ser curto, porque é rapidim pra ler, e o sofrimento acaba logo. São os persistentes e esperançosos.

Tem a turma que só lê nos finais de semana e nunca tá em dia porque escrevo todo dia, então, acha que acumula muito. Acham que deveria escrever umas 3, 4 vezes por semana.

Não quer dizer que eu vá mudar, totalmente, minha forma de trabalhar mas, seria interessante se, as pessoas que tivessem saco, mandassem um alô dizendo o que pensam. Ficaria mais democrático ainda o nosso encontro.

Nem precisam perder muito tempo. Basta um "tá bom como tá" ou "texto maior" ou "texto menor"ou "escrever menos ou mais vezes por semana" e por aí vai.

Dizer "se o blogui saísse hoje do ar, estaria saindo tarde" não vale. E, além de tudo, não ia ser apreciado por mim nem obedecido... rs

Beijins a todos. Fico aqui, quiném Pedro Pedreiro.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Não somos menos letrados, temos mais sol.







Sempre escuto ou leio que, nós brasileiros, lemos pouco ou quase nada, não gostamos de livros, não compramos livros, etc e tal.

Sou a maior defensora do nosso povo (e aproveito pra me defender junto...rs).

Lembrei desse assunto porque aprendi, aqui na Europa, a gostar de jogos (ler eu sempre gostei) : jogos caseiros - infantis ou não - jogos de montar, quebra-cabeças, cartas, qualquer um...

Toda casa aqui tem uma estante cheia deles; pra todas as idades e pra todos os gostos.
Quando rola o papo de "Se você ganhasse muita grana na loteria, o que faria?" entre trocentas coisas, eu digo que teria uma sala de jogos em casa. Sala grandona com muitas mesas, ping-pong, sinuca e mesas pra duplas ou mais pessoas. Teria um bar fabuloso com qualquer coisa que a gente quisesse beber e uma cozinha com um seu zé pilotando o fogão direto. Pensem se não seria o máximo: "Hoje é dia de jogatina, cambada! Não precisa levar nada." Venham todos. Sonha Alice! Enquanto o sonho não se realiza, voltemos aos jogos possíveis e à leitura.

Estamos saindo do inverno, já quase não tem neve, mas continua frio e ontem teve uma chuva fininha, gelada. Quem vai sair pra rua com um tempo desse? Quem se habilita a passear? Só mesmo turista, porque o taxímetro tá rodando em Euro e ele não pode perder tempo. Mas o nativo, não sai nem morto. Vai fazer o que então com o seu tempo pra lazer? Ler ou jogar. Sacaram?

Esse tempo danado, dura de outubro a abril. Imaginem o tanto de livro que não dá pra ler nesse tempo e o tanto de jogo que não dá pra jogar?

Aí, a gente pula pro Brasil e vão entender minha defesa. A tentação começa logo cedo. Sol estourando mamona às 6 da matina. Convite pra sair de casa é o que não falta.

Sol gritando lá fora, meninada jogando bola na rua, no campinho do bairro, nas praças, na praia, as garotas com biquinis de babar, gatos mostrando corpos de morrer de inveja e ódio, cerveja gelada, rir das pessoas, sentados num bar de esquina ou de beira de praia, andar de bicicleta, nadar no clube, ou na lagoa, ou no rio. Praia linda, quentinha, neguinho só faltando colocar na sua boca o camarão torradinho ou o queijo derretendo, quem vai querer saber de ficar sentadinho lendo um livro? Quem, a não ser o pobre vestibulando ? Mesmo assim, porque é obrigado.

Du-vi-dê-ó-dó que esse povo daqui iria ser letrado como é, se tivesse o sol e o calor que temos.

Podem vir pra tirar a prova. Basta ter uma nesga de sol, que neguinho põe as manguinhas de fora pra absorver um tico de vitamina D.
E, em dia de sol mesmo, as praças, praias e ruas ficam lotadaças, sem lugar pra pisar. Todos aproveitando enquanto o Brás é tesoureiro, porque sabem que essa moleza não vai ser como ser tesoureiro do PT. Aproveitar pra sempre. Não. Aqui tem tempo certo. Esta alegria não dura muito.

Obs.: Esse jogo que coloquei aí em cima - o Lynx - é meu último vício. "Cambada, tô levando pra gente jogar, aproveitando o nosso inverno rigoroso que vai chegar". Ixe! Lembrei! Com a Copa do Mundo em julho, vou ter que jogar comigo própria por muito tempo. Mas, se achar por aí, compre. É muito bom ! Pode jogar de criança ao vovô.

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!