terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Theresienstadt ou Terezin. Quem te conheceu não esquece jamais
Os campos
Nossa turma chegando em Terezin
Os 7.000 tchecos não-judeus que viviam em Theresienstadt foram expulsos pelos
nazistas na primavera de 1942. Depois disso,
o gueto ficou sendo habitado por uma população que chegou ao número de 50 mil
judeus. Com essa super população a comida era escassa e neste mesmo ano quase 16
mil pessoas morreram, incluindo, em setembro, Esther Adolphine (uma irmã de Sigmund Freud)
Muitos dos 80.000 judeus tchecos que morreram no holocausto foram mortos em Theresienstadt, onde as
condições eram extremamente difíceis.Prisioneiros cegos eram muitas vezes dispensados de serem deportados para que assumissem a tarefa de
testar campos minados
dentro do campo.
Aproximadamente 144.000 judeus foram mandados para Theresienstadt. Cerca de
40.000 deles originais da Alemanha,
15 mil da Áustria, 5.000 da Holanda e 300 de Luxemburgo. Somados aos cerca de 500 judeus da Dinamarca, também judeus eslovacos e
húngaros foram deportados para o gueto. Cerca de 1.600 crianças judias de
Białystok, Polônia, foram mandados de Theresienstadt para
Auschwitz; nenhuma delas sobreviveu. A maioria dos prisioneiros era de judeus
tchecos. Cerca de 33.000 morreram em Theresienstadt, pelas péssimas condições do
campo (fome, stress e doença, especialmente a epidemia de tifo
no fim da guerra). Cerca de 88.000 foram mandados a Auschwitz e outros campos de
extermínio. Quando a guerra terminou, havia apenas 17.247 sobreviventes. Das 15
mil crianças que havia anteriormente, apenas 93 estavam vivas quando o campo foi
libertado.
Vários corpos eram colocados de cada vez em uma espécie de maca que entrava dentro do forno. Como era muita gente, a cremação não era feita até o fim. Os ossos recolhidos eram moídos, jogados nos campos e usados como adubo.
Quantas pessoas não morreram nestas mesas de mármore, vítimas de experiências feitas pelos loucos dos médicos da SS nazista
Instrumentos usados pelos médicos
Senti tanto enjoo enquanto fotografava estas mesas, quanto estou sentindo agora escrevendo o post. Tanto em Terezin quanto em Auschwitz, senti cheiro de fumaça, de queimado e de sangue.
sábado, 21 de abril de 2012
Saindo do trem com a cabeça na lua e o coração em festa
Resolvemos sair de Varsóvia pra Budapeste de trem. De carro a gente ia ficar muito cansada. E foi uma festa. A maioria das garotas nunca tinha andado de trem e muito menos em vagão-leito.
Como tava todo mundo muito cansado não demorou muito pro sono chegar e foi um ronco só. O balanço do trem nina a gente.Pra variar, quem mais dormiu fui eu. De manhã todos já tinha tomado café e tava todo mundo pronto quando me acordaram. Levantei correndo, comi correndo e já estávamos chegando em Budapeste.
Quando fui me arrumar pra dormir, espremi minhas coisas como pude, porque a cabine é bem apertadinha, e coloquei minha bolsa em um armarinho.
No nosso vagão tinha um rapaz grandão e muito simpático que arrumou as camas, desarrumou, serviu café, ajudou a carregar e descarregar nossa tralhas, um amor e muito simpático.
Chegamos, descemos tudo e fomos andando pela plataforma todas contentes. O nosso vagão era um dos últimos e como a gente não tinha pressa fomos indo tranquilamente. Quando chegamos no prédio principal da estação, uma amiga disse:
- Peraí que vou fazer uma foto deste teto, que ele é muito lindo.
No que eu disse:
- Vou fazer também.
Fui pegar minha câmera e...puta que o pariu! Esqueci minha bolsa dentro do trem. Só tinha dentro dela, todo o meu dinheiro pra viajar até julho, cartões de crédito, passaporte e só Deus sabe mais o que. Entreguei minha mochila pra ela e disse:
- Vou voltar no trem pra buscar minha bolsa.
E voltei agora andando rapidinho. A última parada era Budapeste, e quando cheguei na plataforma, não tinha mais ninguém no trem. Lá longe eu vi uns dois senhores apitando e o trem já se preparava pra ir sei lá pra onde. Recolher na garagem, talvez...rs.
Aí eu comecei a correr e o trem a andar bem devagarinho. O nosso vagão era o 356 e quando cheguei no 354 pulei dentro do trem, porque era mais seguro correr dentro dele. Acredite se quiser, mas quando cheguei no nosso vagão a porta tava fechada com cadeado. Nosso rapaz já tinha terminado seu trabalho e trancado tudo. Fiquei aflita, e corri pra porta de saída e felizmente ela tava aberta. Coloquei o corpo pra fora e o trem andando mais rápido agora. Aí eu vi vindo lá longe o danado. Tranquilo com sua pasta numa mão e uma sacola na outra. Gritei pra ele que eu tinha esquecido minha bolsa dentro da cabine e que ele precisava me ajudar a parar o trem. Ele riu, levantou a sacola e disse:
- Ela tá aqui.
Saltei do trem sem nem pensar como deveria fazer porque ele já tava andando agora bem mais rápido. Felizmente não sai catando mamona, mas me deu um pouco de medo. O coração tava batendo mais forte.
Me encontrei com o moço e ele me entregou a sacola. Além da minha bolsa, tinham duas garrafas de suco e minha pasta de dentes.
Ele falou pra mim:
- Olhe por favor pra ver se tá tudo correto.
Abri o primeiro ziper da bolsa e percebi que ele nem havia aberto, porque tava tudo como eu sempre deixo. Agradeci muito a ele, andei um pouco, tirei 10 euros da carteira, voltei e entreguei pra ele despistado, ( porque a gente nunca sabe se tá fazendo o certo em terras estranhas ) estendendo a mão e cumprimentando ele. Ele abriu a mão, e junto veio um sorriso bem grande, e me agradeceu.
Foi bom.
Nós e as nossas trouxas esperando o trem pra ir de Varsóvia pra Budapeste.
E lá vem vindo ele lindo e loiro
Esta indicação pra mim é a cara de filme de guerra. Como fotografei de dentro do trem, ficou do lado de fora a direção do nosso destino
Do lado direito o corredor e do esquerdo as cabines. Nós pegamos 2 cabines. Duas meninas em cada uma. Fiz umas fotos mas elas ficaram ruins demais.
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