quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sem prepotência mas se impondo. Tem dó!!!


Estava eu em um trem indo da Alemanha pra Holanda. Tinha um Europass( passe de trem pré-pago) que dava direito a primeira classe.
Só eu na cabine. Tranquila.

Daí chega o fiscal da imigração holandesa pra verificar meu passaporte. Entreguei, ele olhou, teclou não sei o que numa maquininha quiném essas pra pagar com cartão, e a danada danou a apitar. Ele olhou pra mim, clicou de novo e de novo...pi ...pi...pi... nessa hora apareceu outra cara de fiscal na porta. Ficaram os dois olhando pra mim.

Então ele me preguntou: está indo pra onde? Amsterdan. Vai ficar quanto tempo? talvez 1 semana. E depois? Volto pro Brasil. Tem passagem de volta?
Nessa hora vi que já tava de bom tamanho o número de perguntas. É nesse momento que a gente precisa se impor e ser firme. Estava com passagem, passaporte, grana, passagem de volta pro Brasil, quer dizer tudo em ordem. Então, sem saber porque não ia ficar respondendo a um questionário.

Respondi a pergunta com outra pergunta: qual é o problema?

Ele fechou o passaporte, agradeceu e foi embora.

Tem dó, né?

Contei essa história pra dizer que quanto mais você vai respondendo, mais eles vão perguntando até você ficar nervoso e daí pra dar merda é um passo pequeno.

Sem necessidade. Entendem?

Mafalda... minha paixão


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Zé na China...mais uma história inacreditável.


Essa aconteceu há uns 3 anos atrás.

Tava o Zé numa comitiva da Empresa visitando os cafundós da China. A cidade se chama Erdos e fica na divisa da China com a Mongólia. Região que eu sou apaixonada. Ainda vou à Mongólia um dia. Se me sobrarem dias de vida, porque pela minha gula de viajar, os muitos que ainda me restam, se Deus quiser, vão ser poucos pra tanta coisa.

Mas continuando... A região se chama Inner Mongólia.

A cidade tem um dono. Tudo é dele. A imensa Fábrica de Ferro Ligas, o imenso Hotel, a imensa Fábrica de Cashemir. Aliás a maior da China e cujo nome é ERDOS. Tudo imenso, inclusive o imenso deserto de onde surgia como que por milagre, tudo isso.

Chegaram e ele super cansado tomou um banho e foi abrir seus imeios. Nada do computador funcionar.
Ligou pra recepção e pediu um técnico. Ah! Esqueci de dizer que naquele lugar há meia hora do fim do mundo ninguém falava inglês exceto o dono de tudo, que aliás tinha se formado em Cambridge! Vai entender como!

Acredite se quiser.Dez minutos depois batem à porta, ele abre e uma chinesa toda faceira mas meio suspeita se apresenta. Ele pergunta: você é o técnico do computador? (santa inocência...)
Ela então mostra um papelzinho com três valores, onde ele foi lendo e ela acompanhando com gestos pra garantir o entendimento.

Aqui uma pausa prá explicação. Vamos chamar os personagens a seguir de amigo e amiga.

1) 1.000 yens: e aponta pro amigo dele e pra boca 1, 2, 3, dela.

2) 2.000 yens: e aponta pra boca dele e pra amiga dela

3) 3.000 yens: e aponta pro amigo dele e pra amiga dela.

Ele pensou: meu Santo Deus, onde vim parar... Deu um sorrisinho amarelo como os nativos e balançou o dedo negando. Fez várias reverências como eles fazem agradecendo, e indicou para o computador mostrando o polegar pra baixo querendo dizer: o computador não funciona. Preciso de alguém pra fazer funcionar.

Ele não sabe o que ela entendeu, só sabe que ela saiu rapidim, e mais rapidim ainda voltou mostrando a tabelinha de trabalho dela agora com um reajuste e uma promoção. Ou seja: apontava para o nº 3 e para o nº 2 e mostrava o preço do nº 1. Dois serviços pelo preço do serviço mais barato. Uma verdadeira pechincha.

A essa altura do campeonato já eram 2 da manhã, ele dizia e fazia gesto de não, ela insistia, ele abria a porta e tentava colocar ela pra fora ela fechava a porta e ficava, enfim. Veio pra trabalhar e não queria perder a viagem. Ele dizia não e ela insistindo, ele abrindo a porta para ela sair e ela fechando a porta. E entrou de vez e plantou-se no meio do quarto, não desistia.

O Zé liga pra recepção e chama o chinesinho pra ver se se salvava daquela situação.
O china vem e o Zé fazendo gestos tenta explicar a situação e que era pra ele sumir com a moça do quarto. O chininha só apontava pra ela e fazia o sinal de positivo, tipo assim, esta é boa... Não teve jeito.

Tirou 1.000 yens da carteira, deu para eles e os empurrou porta afora.

Os três dias que ficou lá não tocou mais no computador. Que mêda!!!!!!!

Por falar em Soter Pádua...


Soter Pádua um amigo muuuuiiito querido, era o mestre de tiradas fabulosas.

Uma campeã dele.


Podia ser um filho, um neto, um amigo, não importava. Chegava pra ele e dizia: Vô, vem cá xô te apresentar um amigo. E ele na lata: quero não. Já conheço gente demais!!!!rrsssrrssss............


Claro que um minuto depois já era considerado pela pessoa como seu melhor amigo.


Saudades...

Bem feito! Quem mandou ser preconceituosa?




Tenho uma grande amiga da Costa do Marfim. Já veio ao Brasil 3 vezes e em duas fui acompanhando pra ela conhecer, São Paulo, Rio, Brasília, Porto Seguro, Ajuda, Salvador, Belo Horizonte, Ouro Preto,Foz do Iguaçu e fomos até Buenos Aires.

Ela é louca por jóias. E compra. Muito. Em todas as cidades e em todos os aeroportos tinha parada certa em joalherias. E ela sempre saia com um conjunto. Gosta de conjunto. Anel, colar e brincos.

Observei que nas cidades mais turísticas e em aeroportos, fomos mais bem recebidas.

Ela não fala uma palavra de portugues e é negra. Uma africana da gema. Lindíssima.

Aí chegamos a um shoping em Belo Horizonte.

Ela é super objetiva e sempre dá uma andada lenta pela vitrine e já entra decidida.Sabendo o que vai comprar.

Vitrine, olhou, escolheu, entramos. Já fomos olhadas meio de banda. Uma com cara de pobre, eu, outra criola e muda.

Bom falei: minha amiga quer ver aquele conjunto X da vitrine. A moça contidamente educada sumiu e voltou com o anel. Minha amiga experimentou e gostou, olhou pra mim e eu disse: ela quer o conjunto. A moça some e volta com os brincos. Gostou ficou. E foi aí que ela abriu a boca pela primeira vez e disse: porque será que ela não trás tudo de uma vez pra eu ver? Eu disse pra moça: ela quer ver o colar. Nisso meu saco já tava chegando na lua. A moça ouvindo ela falar em francês se entusiasmou. Trouxe o colar, ela gostou e perguntou se podia pagar no cartão ou preferiam cash. A tolinha da vendedora vendo que a coisa tava boa pro lado dela, falou pra mim: veja se ela quer ver mais alguma coisa, outros conjuntos, aceita um cafèzinho? refrigerante? e antes que ela continuasse eu disse: fale você com ela. Eu não vou traduzir mais e você acaba de perder uma grande chance de ganhar uma boa comissão se não souber falar francês ou inglês.

Só ficou naquele conjunto porque a vendedora não falava outra língua além do portugues.

Devia ter mostrado tudo antes.

Espero que tenha aprendido a não julgar pessoas pela aparência.

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!