Iraque de novo. Afinal foram 6 anos de trabalho lá.Tem causus pra 6 anos.
Tô rifando uma bicicleta! Que legal. Quer um bilhete? Ok. Comprei. E ganhei. Fui toda contente ao encontro do meu prêmio. Comprei a rifa sem conhecer o produto.
Até que ela tava legal. Bom estado. Na primeira sexta-feira (que é o domingo muçulmano) acordei toda assanhadinha pra passear no meu brinquedo novo.
Asfalto legal, acampamento plano. Andei, andei, passeei, passei por todas as ruas, acenei pra todo mundo, toda serelepe. Depois de sei lá quanto tempo, talvez umas duas horas, fui pro meu alojamento, bainho ... afinal calor de 45 graus é duro.
Senti uma pequena dor e dormência nos países baixos, mas nem esquentei a cabeça, afinal foi um pequeno exagero, mas tinha sido tão divertido...
Gente! Foram passando os minutos , foram passando as horas e eu cada vez andando com mais dificuldade. As pernas começaram a marcar 9 e 15. Não conseguia juntar a direita com a esquerda.
Nossa amiga inchou, inchou de uma forma que fui parár no hospital. O médico, amigo, não entendia como tinha conseguido tamanha proesa. Andando de bicicleta... rãn...rãnnn! Não acreditava.
Resumindo: meu suplício foi de quase uma semana pra perna direita voltar a se relacionar com a esquerda e eu não levar um choque de dor só de olhar pra baixo. Todos os 10.000 funcionários da obra deram notícia do evento.
Sabem o que aconteceu? Imaginem um selim de couro que tava largado no sol de 40, 50 graus por semanas e semanas. Ficou duro, seco, foi como se eu tivesse ficado, como poderei dizer....vocês entendem, né? em contato por duas horas com um objeto verdadeiramente duro e com o peso do meu corpo ainda por cima. Só comigo messsmA...
Nunca mais subi na bicicleta....se não foi detonada em alguma das últimas guerras, o selim deve de tá mais ressecado ainda à espera da próxima vítima.