Quando trabalhei com a princesa em Paris, ela tinha uma estátua em bronze, na biblioteca; um mané a cavalo. Bonita !
Um dia, ela me perguntou se eu sabia onde ela havia colocado sei lá o quê, e eu disse: "Tá na biblioteca, ao lado da estátua do Napoleão". Ela me olhou com aquela cara de: "Quem?" e eu disse: "Do lado do Napoleão a cavalo". Ela disse: "Aquele não é o Napoleão é ... não me lembro quem." E eu: "Pra mim, tá com aquele chapéu e com a mão na barriga, é o próprio." Imagino que ela deve ter pensado: "Quanta ignorância ô meu Deus!". Mas acabou rindo muito, da minha ignorância.
E fuçando nos meus guardados, achei um artigo que arranquei de uma revista de bordo da TAM, que é muito legal. Vou transcrever.
"Dizem que Napoleão Bonaparte classificava seus soldados em quatro tipos:
1. Os inteligentes com iniciativa
2. Os inteligentes sem iniciativa
3. Os ignorantes com iniciativa
4. Os ignorantes sem iniciativa
Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de comandantes gerais, estrategistas. Os inteligentes sem iniciativa ficavam como oficiais que recebiam ordens superiores e as cumpriam com diligência. Os ignorantes sem iniciativa eram colocados à frente da batalha - buchas de canhão, como dizemos. Os ignorantes com iniciativa, Napoleão odiava e não queria em seus exércitos.
Essa grande sabedoria de Napoleão serve também para a nossa empresa. Será que também não temos em nosso "exército napoleônico"- que é a empresa de hoje - esses três tipos de "soldados"? E não serão todos necessários?
Pense bem. Um exército só de generais estrategistas, por certo não vencerá batalha alguma. alguém tem que estar no front. Obedientes oficiais ( diretores, gerentes ) sem estratégia também não vencem uma guerra. Soldados ( funcionários ) dedicados, sem comando, sem chefia, sem direcionamento, também não trazem sucesso à batalha. Portanto, precisamos dos três tipos de soldados para vencer uma batalha, assim como dos três tipos de colaboradores para que possamos vencer os desafios do mercado competitivo em que vivemos.
Mas, assim como Napoleão, devemos nos livrar, o mais rapidamente possível, dos ignorantes com iniciativa. Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer besteiras enormes. Um ignorante com iniciativa faz o que não deve, fala o que não deve e até ouve o que não deve. Um ignorante com iniciativa nos faz perder bons clientes, bons fornecedores. São os ignorantes com iniciativa que fazem produtos sem qualidade porque resolveram alterar processos definidos. Um ignorante com iniciativa é, portanto, um grande risco. Não precisamos dele. Nem Napoleão os queria.
E sua empresa? Você identifica em sua empresa os quatro tipos de soldados de Napoleão? E o que faz com cada tipo? Você tem sabido se livrar dos ignorantes com iniciativa?
Pense nisso. Sucesso!"
Texto escrito pelo Prof. Luiz Marins, que é antropólogo e consultor.
Fiquei com pena dos ignorantes com iniciativa, quando eu li, mas depois, comecei a me lembrar dos que conheço e de toda a raiva que me fazem passar, fora o prejuízo. Se não pudermos ajudar esse ser a crescer como profissional, ou, se é um ser que já não tem muito recurso, melhor mesmo nos livrarmos dele.