quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E eu tenho lá postura pra trabalhar pra uma Princesa?

Eu sou a da direita, sentadinha no chão, costurando. Tá rindo de quê?
Mas trabalhei! Vocês podem imaginar uma relação mais nada a ver? Nem eu.

Quem me apresentou à Princesa foi um amigo. Eu estava trabalhando fora de Paris numa espécie de condomínio, em Juvisy-sur-Orge, onde só tinha calçamento, quando não era somente terra e pedra. Bem como gostam os franceses. Naturel.

Cheguei na casa da Princesa depois de um dia de trabalho e, quando me apresentei, ela me olhou de cima abaixo e continuou olhando o tempo todo, olhos estatelados, como que pensando... "nunca na minha vida vi coisa parecida...acho que não vai ter jeito de ajeitar essa daí."
Eu trajava (ótimo, né) calça de listras coloridas do Nepal, botina Caterpillar, camisa xadrez enorme, jaqueta jeans, bem mais curta, por cima, mochila nas costas. Tá bom, né? Pra uma princesa, foi um pouco muito. Minha botina nos tapetes fôfos e meu traseiro nos sofás mais fôfos ainda.
Sangue de Jesus tem poder!

Mas não é que ela topou? E eu também! Duas loucas!

Saí de 91260 (CEP-interior) e fui direto pra um apartamento de 11 peças no 75008 (CEP-Paris). Para aqueles que não sabem, plena Av. des Champs-Élysées. Combina comigo? Claro que não! Deu certo? Não deu certo mesmo! No princípio, a gente só faltava sair no tapa. Muita diferença. Ela muito nobre e eu povo demais.

Mas, no dia que fui embora, muito tempo depois, o chororô foi grande das duas partes. Ela parecia uma pomba-gira, rodando ao meu redor. Não se conformava.

Desta minha aventura, tenho muito que contar. Continuo outra hora. Se meus amigos se lembram de casos com a Princesa, podem me clarear as idéias.
Porque foram muitos.

Dica de música liiinda. Quem me passou? O Zé.




Podem abrir e tirar alguns minutos de folga pra se deliciarem ....








Como sobreviver no Rio de Janeiro até às 5 horas da tarde...


E minha amiga brasileira se une em matrimônio ( essa foi demais!!!) com meu amigo francês. Junto com a familia do francês, vem pro Brasil uma turma de parentes e amigos.

Casamento em BH, tudo muito bom, tudo muito lindo e, no dia seguinte, lá vou eu levando a turma pra conhecer o Rio de Janeiro. Alguns voltaram pra casa e 15 ficaram pra grande aventura.

Claro que o assunto mais presente era: assaltos, pivetes e balas perdidas, enfim estes pormenores que turista insiste em se preocupar com.

E dei as instruções antes da saída do hotel, logo pela manhã. Relógio, anéis, pulseiras, cordões, tudo guardado no hotel. Porque cara de turista não tem jeito de mudar....rs. Bolsa cruzada no peito e, homens ! Atenção com carteiras no bolso de trás.

Queriam, como todo europeu, ver o dia-a-dia do povão. Então a regra era : no onibus, eu era sempre a última a entrar e a primeira a sair, e mais alguma coisa que não me lembro mais. Não sou neurada, mas é muito desagradável quando o turista tem problema na terra da gente. Em qualquer lugar é, mas conosco é muito ruim, já que a imagem não é lá das melhores.

E andamos e andamos, comemos, compraram, compraram, se apaixonaram por tudo que viram e, no final da tarde, voltamos ao hotel pra dar uma reorganizada pra sair de novo à noite.

Foi aí que rolou o melhor do dia.

Peguei um senhor dos mais espirituosos do grupo olhando no relógio e, cutucando o amigo do lado, disse: "Bah, dis donc!!! Tout à fait incroiable mon pote!!! Il est déjà 5 heures de l'aprés -midi et nous sommes encore vivants.!!!!"

O que em Português fica tão engraçado quanto: "Veja só!!! Isso é incrível ou inacreditável meu amigo !!! Já são 5 horas da tarde e a gente ainda continua vivo!!!"

Falou isso rindo.... Felizmente voltaram pra França achando um exagero da imprensa essa história de assaltos e crimes. Eles sabem que existe sim, mas não na proporção que chega lá fora.

Ainda bem, né?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Melhor do Millôr de hoje.

" Quando você chega de madrugada em casa e sua mulher nem reclama é porque já é tarde demais. "

Ainda bem que meus amigos tem memória boa...


Quem me lembra deste caso é minha querida amiga Dadá, lá de NY. Vamo lá !
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Quando trabalhei no Iraque, como já disse, aconteceram coisas que vocês acreditem se quiserem. Não me zango se alguém pensar que tô mentindo.

A maior parte da mão-de-obra da obra, era de brasileiros, desde a diretoria até o mais simples peão - nome dado às pessoas que trabalham no trecho (como é chamada a obra).
Confusão !

Como podem imaginar, tinha gente do Brasil e do mundo inteiro. Muita gente do nordeste, norte, sul, uma Torre de Babel. Esse povo todo foi pra lá.... tô fugindo do assunto, então conto a história da miscelânia de raças outra hora.

Bom! Era recrutado um Mané lá do Maranhão, por exemplo. O cara descia aqui pra Minas Gerais de ônibus. O tempo que ele gastava nessa peleja, era maior do que o tempo que levava pra chegar no Iraque. E não foi nem uma nem duas vezes, que peões foram resgatados na estrada, malinha na mão, saindo da obra e querendo ir pra Bagdá pegar um ônibus pra voltar pra cá. Por que um ônibus? Fácil de entender.

O Mané entrou no avião à noite e amanheceu do outro lado do mundo. Nunca havia andado de avião e não tinha noção que havia atravessado o Atlântico. Portanto, muito natural. Tanto fazia pegar um ônibus ou avião. Ele queria era sair dali. Voltar pra casa.

Houve também muito peão perdido. Se o vôo fazia escala, a confusão tava formada. Neguinho descia, ia pro hotel e de lá saía achando que tava em Sertãozinho do Amparo. Sem lenço nem documento, sem saber que existia uma língua e uma moeda diferentes, ia conhecer a cidade. Passear, aproveitar pra se divertir. E voltava pro hotel escoltado pela polícia, claro! Isso, quando não era acionada a Embaixada ou escritório da empresa no Brasil.

Foi aí que nossa empresa fez um tratado com a Iraq Airways e criaram um vôo direto Rio/Bagdá. Acabou a mordomia de passar uns dois dias em Londres ou Paris, mas o problema foi sanado.
O avião era um canudo fino e a cor era verde. Adivinha qual o nome que ganhou no primeiro vôo?

Pepinão.

Acham que tô aumentando? Inventando? Eu só tô começando a contar os causus...






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