segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Millôr e Brasília


" Brasília desestimula qualquer um a fazer o que sabe, mas estimula todo mundo a meter a mão no que bem entende."



" O seu panetone já chegou? Nem o meu." (eu)

Polonesa ensinando brasileira a fazer caldo francês















Minha amiga (acho chato escrever toda hora minha amiga mas, como não quero ficar citando nomes, não descobri outra forma ) tinha uma receita simples e deliciosa, que vou ensinar pra vocês.

Ela dizia ser o segredo da vida longa e da boa saúde dela. Exageros à parte, realmente é uma gostosura e forte, além de ser o maior quebra-galho do mundo. Desde que aprendi a fazer, não passo sem o famoso "bouillon" dela em meu freezer.

O que vem a ser um "bouillon"? Nada mais, nada menos, que um caldo. No caso do dela era caldo de galinha.

Ele pode ser tomado sozinho, com arroz - aí vira uma canja deliciosa - com aquele macarrão fininho que se chama cabelo-de-anjo, com ovo cozido, quer dizer, é um pau-pra-toda-obra.

Como fazer o bouillon.

Na realidade, tudo que se usa, vai ser consumido, mas os ingredientes são mais pra formar o caldo, dando sabor e valor nutritivo. O importante mesmo será o caldo.

Pra fazer, você vai pegar um panelão, ou um caldeirão, e colocar uns 4L d'água. Limpar bem limpinho uma galinha e jogar lá dentro (precisa cortar em pedaços não) Colocar um maço de alho poró, umas 3 cenouras grandes, cortadas como quiser, sal, nada de óleo - porque o da "colega" já é suficiente- uns 3 dentes de alho, um molho de aipo e 1 cebola grandona.

Deixe isso tudo cozinhar, por pelo menos umas 3 horas, em fogo baixinho.

Um segredo, e que ela me enchia o saco enquanto me ensinava, era que, volta e meia, você destampa o panelão e retira "suavemente tá vendo?" a camada de gordura que se acumula por cima. Quando ele ficar pronto, quase não vai ter gordura.

Depois de pronto, quase tudo se desfaz, inclusive a "colega" então é hora de pegar uma peneira, ou um "chinois" (aquele cone-filtro) e coar.
Daí, separe em vasilhinhas e congele o caldo de ouro.

O que sobrava, normalmente ela devorava em uns dois dias.

Pintou fome? Chegou da noitada fraco devido aos excessos? "Bouillon." Ressaca dos diabos? Bombril, quer dizer, "bouillon."
Como assim?
Pegue uma vasilhinha ( ou duas ou três, dependendo do público pagante e ouvinte ) do caldo congelado e coloque direto no fogo, quando derreter, coloque o macarrão.
Tem uma sobra de arroz? Mesmo processo.
Faça umas torradinhas, quebre em pedaços e dá-lhe caldo junto.
Sobrou um tico de legumes do almoço? Mesmo processo.
Sobrou bife de frango, que não dá pra todo mundo? Corte em pedacinhos e... já sabe.

E chega de dar idéias. Vale tudo! E, ainda por cima, não engorda.

Esta é a melhor parte.
Isso não tem nada a ver com a receita, mas me lembrei : na França, tem um programa de TV que eu adoro, que se chama Bouillon de Culture, apresentado por um senhor muito simpático que se chama Bernard Pivot. Espero que ainda esteja no ar. Sei não! Fala sobre livros e traz o autor sempre. Uma vez veio o Chico, com um dos livros dele e, com um francês mais bonitinho do mundo, foi falando e respondendo perguntas. Ele tava de perna quebrada, engessada e de bengala. E todos riram muito quando ele disse que tinha sido acidente de craque, no futebol.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nobreza não perde memória...foi só um lapso


A turma de fiéis leitores sabe que a princesa tava na casa dos 70 aninhos mas, com corpete e belezura de 50, correto? OK.

E que ela quase toda noite saía pra jantar com amigos, reuniões e sei lá mais o quê.

E que nós morávamos num apartamentinho de 11 peças, perto do Arco do Triunfo. Lugar simplesinho.

E também se lembram que ela teve uma educação severíssima, daquelas que não perde a pose nem no trono. Bobagem minha, trono é lugar de pose. Plebeu é uma raça que não entende nada mesmo.

Tô dando esse resumo pro caso fazer sentido. O que vou contar.

Os meus aposentos ( chic demais! ) ficavam no início do apartamento e a janela do meu quarto ficava bem acima da porta de entrada do prédio, no primeiro andar.

Um belo dia, ela saiu toda serelepe eu fiquei na minha, fui dormir e já tava no meu estado de coma normal de quando durmo, quando acordei com pedrinha na janela e ela me chamando alto. (Princesa não grita....rs)

Saí do coma tonta, abri a janela e ela falou quase chorando: "Esqueci o código da porta. Qual é mesmo?" Eu disse, ela abriu e entrou.

Voltei pra cama num pulo e, quando já tô me ajeitando, ela entra no quarto. Isso jaaaamaaaaais aconteceu. Nunca ela entrou no meu quarto. Se precisava de alguma coisa batia na porta.

Foi entrando e falava meio que desesperada: " Isso nunca me aconteceu... que que pode estar havendo? Nunca me aconteceu antes..." e repetia, repetia. Depois de uns minutins, virei pra ela determinada a terminar com a patacada e disse: "Escuta princesa, se nunca aconteceu, aconteceu agora, hoje. Vai dormir. Amanhã escrevo num papelzim o código e doravante prafrentemente andarás com ele na bolsa. Tá bem? "
Ela sentiu que eu tava pondo um fim na prosa e caiu fora.

Pode? Eu tô lá preocupada de ficar guardando tralha na cabeça? Mas ela era de uma rigidez do cão. Não se conformava com este esquecimento. Deve ter ficado com medo. Aquele medo que começa aos 30.

Mas coloquei o papelzim na carteira.

Agora, só faltava me acordar pedindo óculos pra ler o papelzim.

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