quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em Kusadas conhecemos Malka e a hospitalidade turca.










































Deixamos Éfeso meio com o coração partido, afinal, visitar uma casinha onde viveu aquela que chamo todo dia pra agradecer ou pedir alguma coisa, que tô sempre incomodando, que não dou paz, não é tão simples assim. Mesma coisa que ir embora daquela casa de avó que só nos faz bem.

Mas saí, tendo a certeza de que voltaria um dia pra uma nova visita.

Fomos pra Kusadas, um amor de cidade também, pequena, com uma baía linda cheia de barcos, embarcações de vários tamanhos e uma marina.

E começamos a procurar um hotel. Andamos, procuramos, já estávamos quase desistindo, quando um rapaz de uma agência de viagens nos disse que conhecia uma senhora que costumava alugar quartos na casa dela.

Naquela altura do campeonato, era dormir na praia ou tentar.

Como diz o grande Wilson das Neves: "ô sorte!!!". Loteria é pouco pro que nos esperava.

Fomos apresentados a D. Malka, uma turca super hiper simpática, que morava sozinha em um apartamento no terceiro andar. No térreo, tinha uma espécie de mercearia/mercadinho/padaria. Um kit completo pra qualquer coisa que a gente precisasse. De cerveja a pão.

Fomos recebidos como chefes de estado. Ela nos cedeu seu quarto pra mim e minha amiga. Meus dois amigos dormiram no quarto dos netos, que acho que moravam nos EUA (não me lembro muito bem) e ela dormiu num quartinho menorzinho.

E foi um paraiso! Café da manhã tomado na varandinha, que tinha uma peculiaridade que vocês não acreditam : amarrada à uma corda, tinha uma cesta de vime, quando ela precisava de qualquer coisa, só mandava por escrito pela cesta, descia a danadinha até a porta do supermercadinho e depois puxava a corda. Um barato!

Os meninos pediam cerveja só pra subir e descer a corda, quiném criança com brinquedo novo.

E Malka falava como uma boa pessoa que mora sozinha - tirando a barriga da miséria - em turco, problema nosso se não tivesse entendendo. Soltava às vezes alguma coisa em inglês, que foi o suficiente pra gente saber absolutamente tudo sobre a vida dela. Quantos filhos, netos, viúva, idade e mais um monte de histórias. Pegou um álbum de fotos e fomos conhecemos a familia toda e amigos e cachorros e gato e o cacete a quatro. Se a gente não desse uma despistada e fosse saindo meio de fininho - deixando ela ir acompanhando até à porta e continuando a falar e descendo a escada e ela contando causus - não teríamos conhecido nada da cidade e estaríamos tomando chá na sala até hoje e vendo fotos e já teríamos aprendido turco, provavelmente, ou ela português, o que é mais certo.

Aí andamos, passeamos pela cidade, entramos em um restaurante no começo da noite e fomos recebidos com Maria Bethania cantando, a plenos pulmões, naquele finzim de mundo, na costa da Turquia. Um sonho!

Subimos no monte onde tem um forte muito antigo e andamos pelas ruelas. Cidade de bonecas, como eu gosto de definir aquele lugar gostoso, aconchegante, bom pra passear.

E no final da tarde, a gente se sentava na varandinha de Malka pra ver o pôr-do-sol no mar, com a silhueta das velas dos barcos, tomando uma cerveja e comendo azeitonas pretas da região, regadas no azeite e misturadas com queijo de cabra.

Êta vida dura, meu Deus!!!
Deu vontade de ir? De conhecer? De viver essa delícia?
Então vá ! Programe-se e caia fora.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conhecendo a Turquia - Éfeso e a casa de Nossa Senhora.
























































E lá fomos nós pra Ismir, que ficou sendo só uma cidade de passagem. Alugamos os carros e cada um tomou seu destino.

O nosso foi descer pela costa e voltar pelo interior. Já disse que estávamos no feriado do Ramadan. É como chegar na semana santa em algum lugar aqui no Brasil, tudo fechado, nada funciona, a viagem precisa ser bem organizada pra não passar perrengue.

Tomamos o rumo de Éfeso. Onde é e o que tem nessa cidade?

Era a maior cidade da costa oeste da Ásia Menor. No final do primeiro século D.C., era a quarta maior cidade do Império Romano. Os romanos fizeram de Éfeso o centro administrativo da província da Ásia. Na metade do primeiro século D.C., Paulo trabalhou em Éfeso por diversos anos.
O elegante teatro de Éfeso comportava 24.000 pessoas sentadas para jogos, música e cerimônias religiosas. Era também usado para encontros públicos e questões deliberativas, execução de ações do conselho da cidade e questões legais.

Foi uma cidade grandiosa !

Mas, além de conhecer as ruínas dessa antiga cidade construída pelos romanos, a gente queria conhecer a casa onde Nossa Senhora viveu seus últimos anos de vida, junto com São João.

A casinha é linda! Toda de pedra e pequena. Fica em uma colina e tem uma vista super bonita. No lado de fora, tem uma fonte de água benta.

Rezei dentro da casinha, fiquei um tempo bom sentada pensando e tentando visualizar a vida que já tinha sido vivida ali dentro e a grande dona da casa que ali morou. Fiquei imaginando uma mãe, sozinha com o último amigo, pensando no filho que foi assassinado. Doido, né? A gente pensa na morte dele, mas a palavra assassinado só me veio à cabeça quando estive na casa da mãe dele.

Foi um momento muito bom que guardo em meu coração. Momento de paz, de reflexão.

Andamos pela cidade, vimos a biblioteca que ainda guarda sua majestade, sua imponência.

Conhecemos o funcionamento da rede de água e esgoto feita pelos romanos, sentamos nos tronos do anfiteatro e nos tronos das casas. O povo naquela época, como ainda hoje, tinha também uma vidinha de cão, mas os nobres, como hoje também, tinham uma vida muito boa e confortável. Quase impossível imaginar tamanha riqueza naquela aridez. E pensar que, por ali, viveram entre 400 a 500.000 habitantes. Muito doido! Ficávamos tentando ouvir o tropel de muitos cavalos e carruagens naquelas ruas de calçamento de pedra. Adoro isso! Tentar visualizar a cidade, colocar aquelas ruínas em movimento.

No anfiteatro, fingimos encenar uma peça pra testar a acústica famosa. Impressionante! Cada hora um se sentava em uma parte da arquibancada e, quem tava no centro do palco, falava com a voz numa altura normal. Todo o teatro ouvia claro e nitidamente.

Esses romanos...

É bom também ver isso tudo e pensar que, cidades e mais cidades, tiveram uma vida tão normal e grandiosa como milhares que temos hoje em dia, e tiveram um fim, só sobraram os destroços.

Então você me diz: foram as guerras, eram tempos de conquistas! E hoje? Que guerras e que conquistas estamos ainda procurando, pra destruir tanto, e quem sabe um dia outros irão contar as mesmas histórias que estou contando, visitando e fotografando ex-grandes metrópoles dos séculos XX, XXI, XXII.

Se tiver ainda tempo de vida suficiente pra fazer o muito que quero, vou voltar lá. Enquanto resta alguma coisa pra ser visitada.

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