quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma brasileira e um egípcio se entendendo no deserto

Eu já falei algumas vezes, mas não me lembro se já disse aqui. De qualquer maneira, como o povo sempre pergunta, lá vai a explicação e fica registrado no post.
De onde surgiu esse "eidia"?
Quando trabalhei no Iraque, além dos iraquianos, tinham trocentas outras pessoas de várias nacionalidades. Entre elas, tinham os egípcios. Muitos. E, junto comigo, na secretaria da empresa, trabalhava um que era uma graça de pessoa, muito fôfo, mas não conseguia falar meu nome nem a poder de porrete. Depois de inúmeras tentativas, desisti, e ele falava como conseguia : Eidia.
Eu dizia:
- Fala:  I, ê, da.
Mais simples impossível, né? Pra nós, cara pálida. Pra ele era uma luta. Ele repetia o i, o ê,  o da e, quando juntava as sílabas, saía : eidia. Era muito engraçado. E, dali pra cá, meus amigos começaram a me chamar assim. Então ficou.
Said - é o nome dele. O que estará fazendo o Said, a essa altura do campeonato? Tenho o telefone dele e vou tentar achar o danado, agora em novembro, quando for ao Cairo.
O Said era doidim com música brasileira. Me fazia cantar pra ele, pra pegar o som, o jeito, as palavras, e traduzir as letras também. Pode ? Em que língua a gente falava ? Numa mistura de árabe, com português, inglês, gestos, desenhos. Valia qualquer coisa.
Imaginem a cena !  Eu tentando explicar ao Said  "da manga rosa, quero o gosto e o sumo, melão maduro, sapoti, joá, jaboticaba teu olhar noturno, beijo travesso de umbu-cajá..." Por mal dos pecados, quando trabalhei no kibbutz em Israel, achei outro, desta vez um judeu, doidim com Alceu Valença e tive que traduzir também pra ele a mesma música. Que sina a minha! Alceu Valença, não sei se sonha que fazia, ou ainda faz, quem sabe,  sucesso por aquelas bandas. Eu dizia:
- Olha, a metade destas frutas, nem eu mesma nunca vi. São coisas de outra região do Brasil, lá do norte. Conheço não.
Como alguém que anda 12km  ( em Israel ) e acha que fez uma viagem, pode entender que eu não conheço uma fruta de outra região, do meu próprio país? Vai explicar!

Tem outra ótima do Said.
Quando ele me enchia o saco, eu falava que ele era uma íngua.
-Você é chato demais, Said! Que íngua!
Ai Jesus! Um belo dia, ele quis saber o que era íngua. Vai explicar também, isso prum árabe.
Mas, eu consegui. Expliquei a causa, até chegar na íngua, e ele falou:
- Ah!  Entendi.  Por que não disse antes? É الدبل
Agora ficou fácil, né?
(Só pra sacanear procurei no Google...rs.)

Duro foi que, daí pra frente, ele também começou a me chamar de íngua, quando eu enchia o saco dele. De histórias assim eu tenho saudades.
O feitiço virou contra a feiticeira.

Tem mais ! Depois eu conto !

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Votar estressa, desidrata e emagrece. Não acredita?


A cada dia que passa, tenho mais certeza que, "em boca fechada não entra mosquito". A gente não perde por ficar calado. Não sair falando pelos cotovelos é o mais sensato.

Algumas pessoas tem razão quando pensam que eu invento ou crio meus causus, mas, sempre tem testemunha...rs
Saio eu pra votar no domingo, toda serelepe, lépida e fagueira, com uma vontade de dar minha contribuição, como há muito tempo não tenho, e acreditando nela.
Há meses tenho acompanhado os candidatos e suas falas, participado, dado palpites.
Minha sobrinha e o marido foram me dando uma carona. Na minha colinha, o número dos dois deputados Estadual e Federal. E só. E, só Deus sabe porquê, não escrevi o número dos senadores, governador e presidente. Talvez o "alemão" saiba.
Entrei na fila, grande, corredor de escola lotado, um calor de dar dó. Começou aí a desidratação com a suadeira. Além de sentir calor, ainda fiquei preocupada com uma senhora que estava atrás de mim; medo dela desmaiar; as gotas desciam pela testa da pobre.
E a fila andando devagar. Muita gente, muitos números, demora normal.
Chega a minha vez, vou toda faceira pra cabaninha de caboclo, voto nos dois deputados e, quando aparecem os quadradinhos pra senadores, me dei conta que não tinha idéia dos números.
Puta que o pariu!!!! Como não pensei nisso? Fiquei alguns segundos tentando me lembrar e nada. Não ia me lembrar jamais de um número que não sabia.
Saio de trás da cabana e digo pro povo da mesa:
- Não tenho idéia do número dos meus candidatos.
Ouvi várias vozes dizerem ao mesmo tempo.
- Lá fora, na parede do corredor, tem a lista.
Saio rapidim e dou de cara com muitas listas. Várias. Eu leio mal sem os óculos, garro a procurar e a fila esperando e o povo resmungando com toda e plena razão.
- Por que essa idiota não anotou os números? Falaram na TV, no rádio, em toda imprensa escrita, há semanas.
Podia ouvir o pensamento do povo.
Por fim, apareceu um filho de Deus de mesário, que me mostrou a lista de senadores. Só mostrou. Fixei  "as vista" pra ler, consegui, e sai correndo de volta pra casinha de caboclo, repetindo os números pra não me esquecer.
Votei, tocou a musiquinha, ok, certim, e aparecem os quadradinhos pra presidente.
Não precisam acreditar, mas eu não sabia também. Fiquei tentando algumas combinações e nada. Cliquei um, quando apareceu a foto, quase caio de susto, nem morta dou meu voto pra essa foto. E tive que firmar o dedo pra apertar o "corrige", morrendo de medo de clicar no "confirma". Nada ! E o estresse comendo.
Por fim, votei na minha segunda opção; não tinha idéia do número da primeira.
Saí decepcionada, mais ainda do que a fila que, nesse tempo, tinha ficado mais gorda; quem tava atrás de mim quase me atropela pra entrar logo e ficar livre daquela agonia.
 Cheguei no carro e falei pros dois.
- Vocês não vão acreditar. Só comigo mesma, que acontece uma coisa dessas!
Meses trabalhando e pedindo votos pra uma figura e, na hora de votar, não sei o número dela.
Minha sobrinha linda, fôfa e gentil, resolveu o meu problema na hora.
- Eu ainda não votei tia. Você votou na minha escolha, deixe que voto na sua. Trocamos os votos.
Muito gracinha, né não?

E, por que coloquei o título do post que votar estressa? Já deu pra saber. Por,que desidrata? Também. Por que emagrece? Nem precisa dizer.
Agora só falta explicar porque disse que, "em boca calada não entra mosquito".
Graças ao bom Pai, não abri a minha pra reclamar lá fora do calor, da fila, da demora, de tudo, como é normal quando estamos em grupo e todos sofrendo da mesma agonia.
Se tivesse feito isso, teria votado só nos dois deputados. Os outros votos teriam sido em branco. Agradeço à senhora que me preocupou com a suadeira, que me fez sair pra arrumar uma cadeira pra ela e ficar abanando. Ocupou meu tempo e fechou minha boca...rs.

Com que cara sairia pra procurar número de candidato se tivesse tagarelado ?


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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É a globalização dos percevejos

Manchete no Le Figaro francês, de hoje; 04/10/2.010 Paris et New York face au fléau des punaises de lit
( Paris e New York face a catástrofe dos percevejos )


Ces petits insectes, que l'on croyait disparus depuis les années 1950, regagnent du terrain. Aux Etats-Unis, plusieurs villes ont vu des commerces fermer pour traitement. Paris n'est pas épargné.
( Estes pequenos insetos, que a gente achava que haviam desaparecido desde os anos 50, reganham terreno. Nos EUA, muitas cidades tiveram que fechar o comércio pra exterminar os bichos. Paris não foi poupada).
 
Há alguns dias atrás, falei sobre os percevejos em NY.  Dia 08/09/2.010 - Está nos EUA...?
O mesmo post tá valendo pra França.

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