quinta-feira, 17 de março de 2011

A empata assalto....boa dica pra se livrar de ladrão

Já vejo você dizendo:
- Até sendo assaltada ela encontra uma graça!
Mas é verdade. Quando vejo amigos da Regina Casé dizendo, que se ela vai na padaria logo volta com uma história mirabolante, não desacredito. Acho, que é porque a gente observa, fica de olho nos fatos e nas pessoas.
Ontem mesmo no supermercado fiquei pondo atenção num funcionário explicando pro outro o porque que a gente chora. Isso na visão da religião dele. Muito bom. Mas este caso eu conto depois. Voltemos ao assalto.


Saí de casa prontinha pra ser assaltada. Como manda o figurino. Cordão de ouro. Um? Não dois. Gosto de fartura. Um anel também de ouro em cada mão, um até com um brilhantinho caprichado. Relógio. Sem valor. Nem precisa, o povo aceita qualquer marca. Não me lembro se tinha alguma grana. Talvez não muito. Mas nunca ando zerada. Tava indo pro trabalho e era uma sexta-feira. E distraída. O assaltante tá sempre atento ao seu trabalho. A vitima sempre babando.
Cheguei na Empresa que era nossa cliente, e fui subindo tranquilamente a rampa pra pedestre onde tinha um portão pra passar à pé, ao lado do grande portão pra quem vai de carro.
Veio um rapaz pra abrir com uma pasta na mão, e me perguntou onde eu tava indo. Disse que ia trabalhar. Aí olhei pra dentro e tinha um outro zé descendo o cacete no porteiro. Dando murros, chutes e o porteiro caído na grama. A lesada aqui ainda não pegando o espírito da coisa, gritou com o que batia:
- Ô ....páre com isso, você vai machucar o cara. Ficou maluco?
Nisso, "o meu" ( a partir daí ficou sendo o meu)  abriu a pasta e tirou um revolver e me me mandou entrar. Tinha mais um outro em pé assistindo a pancadaria no porteiro.
O mané me conduziu delicadamente com o braço em torno do meu ombro, falou alguma coisa pro que batia, que devia ser o chefe daquela trapalhada toda, e me disse:
- A senhora fique calma. Não queremos nada da senhora. Queremos a grana da Empresa ( sexta-feira dia de pagamento).
Ficar calma é ótimo! Pensei. Enfiei a mão no bolso e me livrei de um anel. Ah! Eu tinha pulseira também, mas o cara realmente não olhava pra mim. Só me abraçava forte. Acho que eu até ajudei pra ele se equilibrar. Imagino que foi o primeiro assalto deles. Estavam muito nervosos.
Nisso passou um carro, subiu, e nem perceberam a minha cara de: ô veja o que tá rolando!!!
Não sei por que cargas d'água, nem de onde me veio a idéia, mas virei pro meu assaltante e falei:
- Me solta, que vou vomitar!
No que o cara me soltou na hora. Ao invés deu dar meia volta e voltar pra casa, já que já tava bem de emoções pro dia, não! Começei a subir a rampa pra ir trabalhar. Pode? E nem vomitei, porque falei aquilo só Deus sabe porque. Não tava com vontade.


Fui subindo devagar e pensando. Porra! Nunca fui assaltada, e na primeira já vou morrer com um tiro pelas costas. Mas não parava. Continuava andando e esperando o tiro.  Cheguei no final da estradinha e tinha outra portaria. Falei pro segundo porteiro:
- Seu colega tá apanhando lá embaixo e vão assaltar a sua Empresa. Ele me perguntou onde eu ia e me pediu identidade...Juro!!! Continuei andando sem dar importância pra ele  (tem dó!) e entrei no primeiro prédio. Me escondi embaixo de uma escada, peguei o celular e liguei pra polícia. Falei o que tava acontecendo e como não sabia o nome da rua, dei as referências. O mané da polícia na maior calma:
- Mas a senhora não sabe o nome e número da rua?
Falei que tava fazendo a minha parte, não sabia, isso era probelma dele e desliguei com um vai tomar no centro...
Demais, né não?
Pra finalizar o causu, não sei quantos entraram, foram ao escritório, não conseguiram roubar a grana cobiçada, só poucas joias e celulares dos funcionários da secretaria e se mandaram. A polícia chegou muuuito tempo depois. Nunca fui interrogada.
Fui trabalhar e na hora do almoço só deu eu. Todo mundo querendo saber do causu e ainda me gozando:
Ô empata assalto! Vem cá contar pra gente!
Penso, que "o meu" deve ter ficado puto porque a coisa não rendeu nada e ainda não aproveitou do que eu tinha pra oferecer.
Bem feito!


quarta-feira, 16 de março de 2011

Metrôs em NYC e Paris. O que não é legal

Sempre tô falando do que é legal em todos os lugares por onde eu passo. Acho bom mostrar e dar valor ao que funciona.
Hoje vou falar sobre os metrôs de duas cidades. E o que não gosto de forma alguma. Nem eu, nem um monte de gente que usa, imagino!

Começando por Paris.

O metrô é muito antigo e a idéia de que foi feito pra servir ao trabalhador já tá totalmente ultrapassada. Foi construido pra levar e trazer pessoas pro trabalho. Legal. Só, que há mil anos atrás a grande maioria das pessoas trabalhava durante o dia. Isso mudou. Hoje, nos grandes centros quase tudo funciona 24 horas. Com o trança-trança de turistas então, tem programação pra qualquer horário.


               Esta é a linha 14. Não tem piloto. Vai no piloto automático. A mais moderna da cidade.


Agora mesmo, antes de voltar de lá, uma amiga tava toda contente, porque tinha conseguido ingresso pra ver uma exposição de Monet no Grand Palais às 3.15 da madrugada. Isso mesmo. Dormiu, acordou lá pelas 2 e pouco e foi pra lá. Fila virando quarteirão. Isso tem acontecido muito em Paris. Não dão conta de colocar todo mundo pra ver durante o dia, então viram a noite; 24/24, como dizem os franceses.
É pra situações como esta, que entra uma das minhas reclamações. O metro pára à 1 da manhã. Tem condição uma coisa dessa? Depois disso só à pé, de carro ou de ônibus. O ônibus passam de 1 em 1 hora. Ou mais! Uma peleja. E não são todas as linhas que circulam. Só quem conhece a cidade ou quem mora lá, sabe das linhas que circulam à noite e onde ficam as paradas.

Tracoisa: felizmente a gente encontra muita escada e esteira rolante nas estações de metrô de Paris. Legal. Mas ao mesmo tempo, muita escada e esteira parada pra manutenção. Tenho vontade de tacar fogo nelas quando acontece comigo. Coisa mais irritante no mundo!
Jamais vou pro aeroporto de metrô. Tudo muito lindo quando você já tá dentro dele, mas, sair de onde eu estou puxando malas pelas ruas até a estação de metrô, depois enfrentar o sobe e desde de escadas, nem morta! E chegar à Gare du Nord, estação por onde passa o metrô que nos leva até Roissy Charles de Gaulle e enfrentar escadas rolantes paradas! E, se você não foi antecipadamente comprar o bilhete do RER, ainda vai enfrentar filas em zig-zag, com tralhas e tudo. Vou não, quero não, posso não!
Vou de táxi.

Isso eu acho muito legal. Já vi em várias escadas rolantes. Pra economizar energia, elas são acionadas quando você pisa antes do primeiro degrau.

Já os metrôs de NYC, são qualquer coisa em matéria de sujeira. Muito sujos mesmo! Tem estações que são um verdadeiro horror. Junto com a  sujeira vem o mau cheiro e os ratos. Se é que podemos chamar aquilo de rato. São do tamanho de gato. Eca!

                                    Não pense que esta é uma estação abandonada. Né não!

Quanto  a escadas rolantes nem em sonho. Uma vez na vida outra na morte você encontra uma. Foi uma pena, porque quando pensei em fazer um post sobre essa sujeira e falta de escadas rolantes, não dava mais tempo de fotografar. Uma marcação de touca. Na próxima eu fotografo, porque é certo, que não vai mudar muito até lá. Juro que fico pensando como aquilo funciona. Tem ferrrugem pra todo lado, fios cruzando nos tetos da estações. Se você entrar no Youtube vai ficar impressionado com tudo que existe e acontece nos "porões" da cidade. Vai achar que eu fui até boazinha.
Sei não! Deus deve entrar no meio o tempo todo. Senão aquilo tudo já tinha ruido.
Porque a ilha de Manhattan é ôca. O que tem de túneis de metrô, galerias, becos, alicerces. Preste atenção! Ou melhor, melhor não...rs.
Uma amiga me disse, que estão sendo retirados muitos funcionários por medida de economia. O povo briga pra não aumentar o preço da passagem. A Prefeitura ou sei lá quem que é dona das linhas, em represália deixa tudo às moscas. Não vão chorar sobre o leite derramado  novaiorquinos, quando rolar um grande problema!
Vamo ver até quando a estrutura daquilo tudo vai aguentar.

É só parar uns dez minutos, as vêzes nem isso tudo pra você ficar conhecendo os ratos da cidade. Cada baita!

Olhe o nosso trenzim aí Deides! Chegando de Manhattan

Dica.: nos metrôs de Paris, os passageiros abrem as portas dos vagões. Só tem portas automáticas o metrô da linha 14. Já em NYC, as portas todas se abrem quando o trem pára. Muito engraçado, quando fico no vai e vem como este ano, só dá pagação de mico. Ou quase caio dentro do vagão ou fico quiném jacú esperando a porta abrir e quase perco o trem.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A coisa agora ficou russa...quero ir pra lá. Mais um sonho pra realizar!

Quando vi estas fotos fiquei completamente apaixonada. E mesmo sem nunca ter ido à ex-URSS, quis mostrar pra você. Me deu uma vontade louca de conhecer este canto do mundo e seu povo.
Veja esta sequência de magníficas fotos feitas entre 1909 e 1912 a pedido do Czar Nicolau II, alguns anos depois que a fotografia foi inventada. O método dos filtros sucessivos deu um efeito inacreditável.

A Família Imperial desejava conhecer seu povo.

"Com imagens da Rússia meridional e central sendo notícia ultimamente devido a incêndios florestais extensos, eu pensei que seria interessante olhar para trás no tempo, com esta extraordinária coleção de fotos coloridas tiradas entre 1909 e 1912. Naqueles anos, o fotógrafo Sergei Mikhailovich Prokudin-Gorskii (1863-1944) realizou um levantamento fotográfico do Império Russo, com o apoio do czar Nicolau II. Ele usou uma câmara especializada para capturar três imagens em preto e branco em bastante rápida sucessão, utilizando filtros vermelho, verde e azul, permitindo-lhes mais tarde ser recombinados e projetados com lanternas filtradas para mostrar imagens próximas da cor verdadeira. A alta qualidade das imagens, combinadas com as cores brilhantes, tornam difícil para os espectadores  acreditar que elas voltam 100 anos no tempo. Quando essas fotos foram tiradas, nem a Revolução Russa nem a I Guerra Mundial tinham começado ainda. Reunido aqui estão algumas das centenas de imagens a cores disponibilizados pela Biblioteca do Congresso, que comprou o vidro original de placas por de volta em 1948." Editor da reportagem.


Mulher da Armênia, com sua roupa típica. Foto de 1.910. Deve ser da família do Charles Aznavour. Tal e qual.


Prokudin-Gorskii sentado em uma pedra ao lado do Rio Karolitskhali, nas montanhas do Cáucaso. Que poderiam ser montanhas de Minas Gerias. O córrego inclusive.


Vista geral da Catedral Nikolaevskii, que fica a sudoeste de Mozhaisk em 1911. Indo de Belo Horizonte pro Rio, ou mesmo pelo interior das Gerais, tem várias cidadezinhas que lembram esta aí. Só muda a arquitetura, mas até a localização privilegiada da igreja é igual.


Um grupo de crianças judias com seu professor em Samarkand, (atual Uzbekistan), em 1910.
Foto mais linda! Pra mim é a campeã.


Nômades da região de Kirghiz nas estepes de Golodnaia. Hoje Uzbekistan e Kazakhstan. 1910. De cócoras, quiném os nossos mineiros do interior.


Um homem e uma mulher fazendo linda pose no Daguestão, em 1910. Quem não tem em casa fotos de avós, bisavós exatamente como esta? A mulher quase caindo da cadeira, quase pedindo licença pra estar alí, e o homem altivo e senhor de si. Podia pelo menos ter virado a ponta do sabre pro outro lado...rs.


Criança sentadinha ao lado da mesquita de Tillia-Kari no Samarkand, hoje Uzbekistan. 1910. A testa franzida por conta do sol é muito fôfa!


Olha o menino da porteira aí geeennnte! Apoiado num mourão. Atrás, as montanhas de Ural. 1.910


Foto feita na fase de concretamento das comportas de uma represa, 1912. Trabalhadores e supervisores posaram para uma fotografia em meio às preparações de fundação de uma eclusa na barragem sobre o rio Oka perto de Beloomut.
Acho um barato as roupas de trabalho do povo. Ainda não se sonhava com segurança no trabalho,  e toda a parafernália que ela trouxe.


             Mulher sentada em um local calmo sobre o rio Sim, parte da bacia do Volga em 1910


Moldagem de uma fundição artística (Kasli Iron Works), 1910. Do álbum "Vistas do inquérito Urais", da área industrial, Império Russo


Esta capelinha  fica no local onde a cidade de Belozersk foi fundada nos tempos antigos, fotografada  em 1909.
 Ai Jesus, quero conhecer! Como se ela lá ainda estivesse!


Isfandiyar Jurji Bahadur Khan, do protetorado russo de Khorezm (Khiva, agora uma parte do Usbequistão moderno), retrato de corpo inteiro, sentado ao ar livre, em 1910. Tenho uma saia comprada no Camdem Town de Londres, copia fiel da roupa deste senhor. Até nas cores. Já mostrei aqui num post que falo sobre Mercados das Pulgas no mundo. Minha saia é polonesa. Linda!


Uma mulher georgiana posa para uma fotografia, em 1910. Que olhar mais triste e sofrido...nem a beleza da roupa conseguiu alegrar a moça.


Um grupo de mulheres no Daguestão, em 1910. Muito lindo e delicado, colocarem um tapete em frente ao banco pra fazer a foto. Adorei!


                        Vista geral de Artvin (atual Turquia),  pequena cidade de Svet, em 1910. Alô Ouro Preto, Sabará, e adjacências!


Pinkhus Karlinskii, 84 anos de idade com 66 anos de serviço. Supervisor da comporta de Chernigov, parte do sistema do Canal Mariinskii. Foto tirada em 1909.
Pensei que ele não tivesse um braço,  mas depois vi os dedinhos saindo do paletó. O defunto é que era maior. Lindo!


Um trabalhador da Ferrovia Trans-Siberian, perto da cidade de Ust Katav ao lado do Rio Yuryuzan, em 1910. Adoro quem faz pose de militar pra sair numa foto! E quem coloca a mão na cintura, também.


Mulher com burka, em Samarcanda no Uzbequistão, em 1910. Até a revolução russa de 1917, "Sart" foi o nome dado aos uzbeques, que vivem em Cazaquistão. E a burca já em plena ascensão da moda. Uma invenção de algum estilista musulmano ortodoxo, que deve ter ficado milionário. Ele e toda sua geração...rs.


Vista geral do cais na Mezhevaya Utka, 1912. Não lembra os barrancos dos nossos rios? O mundo é uma grande bola....tudo muito parecido.


Camponeses na colheita de feno, em 1909. Do álbum "Vistas ao longo do Canal Mariinskii e sistema fluvial, Império Russo". As mesmas carroças de boi, os mesmos lenços na cabeça, das nossas bóias-frias.


Crianças russas sentadas ao lado de uma colina perto de uma torre do sino da igreja e perto de White Lake, na Rússia, 1909.


Prokudin-Gorskii passeando na ferrovia de Murmansk ao longo do lago Onega perto de Petrozavodsk em 1910.


                              Um carregador de água, em Samarkand ( atual Uzbekistan ) em 1.910. No lugar de lata d'água na cabeça, lá era estômago de carneiro na cintura.

Enfim, os russos e nós somos muito parecidos.

Copiei sem dó nem piedade do blog do meu ídolo Millôr Fernandes, http://www2.uol.com.br/millor, que por sua vez recebeu a dica da leitora Anna Petrova, Teresópolis, RJ. A tradução feita ao meu modo, você já tá acostumado.
http://www.boston.com/bigpicture/2010/08/russia_in_color_a_century_ago.html este é o site pra quem é mais curioso e quer ver tudo como foi escrito no original. Tem super indicações de como localizar no Google todos estes lugares.

domingo, 13 de março de 2011

Desabafo


Obrigada eneko

Tenho a maior preguiça, quando ouço:
- Papa X ou Y, reza pelas vítimas de um terremoto, tsunami, crianças com fome, África, Bósnia e por aí vai.
Agora ele tá rezando pelo povo japonês.
Você já viu ou ouviu alguma vez uma declaração de ajuda de grana do Vaticano? Um dos estados mais ricos do mundo!
Eu não.

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 - VENDIDO 111 - 65,00 ...