sábado, 17 de dezembro de 2011

Avant-première de Notre Damme de Paris, no Palais des Festivals de Cannes, e eu lá.

Durante muitos anos, passei pelo menos um mês em Cannes pra fazer compania a uma grande amiga que morava lá. Já contei aqui vários causus sobre ela. (causus da polonesa)

Numa destas aventuras, tive a oportunidade de conhecer um grupo de artistas franceses e canadenses, fazerem a apresentação de estréia pra imprensa e uma plateia selecionada (e eu lá...rs) de uma nova versão do Corcunda de Notre Damme, com a ópera-musical  Notre Damme de Paris, escrita e musicada por Luc Plamondon e Riccardo Cocciante.* Quem me ofereceu o ingresso, CD com as músicas, panfletos e toda a parafernália foi minha amiga Annie Fargue, produtora de cinema e amiga de longa data do Luc. Depois tenho que contar pra você, o Natal que passamos no apartamento do Luc, de frente pra torre Eiffel. Inesquecível.
Foi uma noite de sonho pra mim. Nunca tinha entrado no Palais des Festivals, onde fazem a estrega do César, o Oscar do cinema francês. Não foi estendido o tapete vermelho, mas entrei com toda pompa num lugar cheio de mistério e glamour e rodeada de um monte de gente famosa.
Ontem ouvi o Vik Muniz ( artista plástico brasileiro muito conhecido fora do Brasil, que fez os quadros pra abertura da novela Passione ) falando na tv sobre a entrega do Oscar. Na sua primeira vez, ninguém o conhecia. E ele, junto com a esposa riram muito pensando. É muito doido estar em um lugar onde a gente conhece todo mundo, alguns com a maior intimidade, e ninguém conhece a gente. Era o meu caso. Só quem não era absolutamente ninguém naquele dia era eu. Ou não! Quem sabe tinham outras iedas por lá.
Mas foi muito legal. Muito lindo e adorei tudo. Coloco pra você dois posts hoje com uma pequena amostra do que eu vi lá.
O primeiro vídeo é da Noa, cantora canadense nascida em Israel, que foi a primeira Esmeralda. Depois vieram outras mas pra mim ela foi a melhor. Miuda, magérrima, e com uma voz muito linda.


* 1998

Mais Notre Damme de Paris

E estes são os cantores/atores da ópera-musical em um programa de tv. A música e a interpretação de todos os três é de uma beleza de doer. E o Luc aparece no principim duas vêzes. Muito fôfo!


Ainda Notre Damme de Paris

Este é o Luc Plamondon e esta já é a segunda Esmeralda depois da Noa.








sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Da série, adultos: nem todos foram feitos pra educar criança

Quando assisti a este vídeo, no mesmo instante me lembrei de um causu acontecido comigo há muitos anos. Espero que, nos dias de  hoje, não esteja acontecendo mais.
Eu era muito amiga de uma família que morava no interior das Gerais, não muito longe de BH. Esta família tinha dois filhos: um garoto de uns 7 anos e a menina de uns cinco. Desde a primeira vez que fui lá a gente ficou muito amiga. Eu chegava e ela grudava em mim. E grudava mais ainda, interesseira como toda criança, por conta dos presentes que eu levava. Sempre inventava alguma coisa diferente. Pra quem morava em uma fazenda, não muito longe da cidadezinha, os pacotes faziam o dia virar Dia de Natal.
Eu sempre me dei bem com criança, ao contrário da minha relação com os bichos. Trato de igual pra igual e elas adoram.
Certo dia, a família toda reunida na cozinha esperando pelo jantar e jogando muita prosa fora, foi surpreendida com uma declaração da pequena.
- Quero tomar banho com a Iêda.
Pra mim, isso era e ainda é tão simples normal e natural quanto beber água quando se tem sede.
Mas pros avós, tios e tias presentes, não era não. Só o fato de eu viajar sozinha com o namorado já era um constrangimento silencioso; nada falavam, mas eu sentia.
Bão, falei ok vambora, e entrei no banheiro. Ela me seguiu e fiz o que todos fazem quando tomam banho: tirei a roupa, entrei embaixo do chuveiro e comecei a me lavar, sempre papeando com ela. Curiosa, falante, ela fez o mesmo e foi um banho de risos e descobertas.Mais tarde, soube que era a primeira vez que ela via um adulto nu.
Banho tomado, secas e vestidas, saímos felizes da vida e fomos nos encontrar com o povo na cozinha.
Até aí tudo bem, tranquilo, até que, num determinado momento, ela fala pra mãe:
- Mãe, adivinha o que aconteceu no banheiro!
Deu aquele silêncio súbito, aquele peso no ar, e todos olharam pra pequena pra saber e enfim, descobrir, o que imagino, haviam imaginado e conversado enquanto eles ouviam nossos risos e a gente curtia o banho. Mais tarde, percebi que a única pessoa que não se inquietou  fui eu.
Ela  se vira toda solene e anuncia:
- Adivinha mãe! Acredita que a tia iêda não toma banho com bucha? Ela só usa o sabonete.
Pra quem conhece a vida na roça, sabe que os meninos são esfregados até com caco de telha, pra tirar a sujeira  do dia passado em contato com a natureza.
Senti no rosto de cada um não um alívio, mas uma decepção imensa pra um adulto. Que observação mais sem graça!
Bem feito!


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