quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eleições 2012. Pra que? Presidente. Então tá bom.

Descobri que aqui na Índia é uma honra ser recebido em algum lugar, quando logo correm e te trazem uma cadeira pra sentar. Se não tem cadeira, arrancam uma vítima de uma e te colocam nela. Quase morro de vergonha!
Fui lá ver o povo votar. Não sei se era o único lugar na cidade, mas fica bem perto aqui do meu Hotel.
Proibido no dia da eleição trânsito de carros, motos, ônibus, qualquer coisa.

 Realmente as ruas estavam vazias. Circulavam os tuc-tuc, pra transportar os eleitores, e alguns poucos carros que não sei porque tinham permissão. Tem muita coisa que nem pergunto, porque a explicação é tão longa que me dá preguiça.

 Votar é obrigatório a partir de 18 anos. Estes aí já tinha cumprido com seu dever imposto. O Anup não votou porque não chegou seu papel. Que papel? E eu lá sei!

 Uma pena eu  não ter podido fotografar mais de perto. O lugar é até bonito, uma espécie de lote vago ou parque, com um barraco no meio, literalmente caindo aos pedaços, sem portas, nem janelas e parte de um telhado. Uma ruína.
Só Deus sabe porque votam ali. Tem prédios legais, hotéis, prefeitura, prédios públicos. Vou me arriscar de perguntar ao Anup.

 A fila vista de longe. De um lado as mulheres e os homens do outro..

 Guardas fortemente armados. Segundo o Anup, a mãe dele diz que dia de eleição é dia de ficar dentro de casa. Nada de sair. Muito perigoso. Sempre tem tiros e mortes. 
Ele veio me buscar, porque sabia que eu queria ver como era. Não senti nenhuma ameaça. Pelo menos enquanto estive lá. Fomos entrando e quando chegamos no final deste caminho, atrás do Jeep, os policiais me viram e vieram todos na minha direção. Inclusive os manda-chuva. Cumprimentei a todos e o Anup disse porque eu tava ali. Curiosidade. Mais que depressa o comandante, deve ser, pela pança, falou não sei o que prum soldado e descobri 1 minuto depois que pedia uma cadeira. Pra eu sentar e ficar assistindo a fila andar.Só faltava essa.
Dei mais um tempinho pra despistar, perguntei se podia fotografar ele disse que não, então viemos embora. 

Na porta da eleição este senhor fazia o maior sucesso vendendo uma espécie de bolinhos de não sei o que com molho. A cara é até boa! Anup e o amigo pararam pra comprar preu experimentar a "comida típica indiana", no que eu agradeci, "obrigada acabei de tomar café e tô sem fome", eles compraram pra eles, comeram com a melhor boca do mundo, quiném brasileiro comendo churrasquinho de gato na saída de estádio de futebol, enquanto isso o moço ia lavando os pratos e as colheres, só jogando água, balançando e servindo o próximo, e continuava o baile. 
Só Deus mesmo pra saber porque não morrem aos montes todos os dias com todas as infecções e problemas por falta de higiene, que mata a gente aí no Brasil fácil, fácil!
O calorão deve matar os micróbios e bactérias todas antes de atingir o homem. 
Hoje por exemplo, deve estar passando dos 40º,  façim, façim!

Diferenças culturais - sempre aprendendo

Ontem foi aniversário de dois rapazes que fiquei conhecendo aqui e que estão colados em mim desde que cheguei.
Me convidaram pra comer um bolo com eles no restaurante do hotel às 5 horas da tarde. OK. 
E tão ficando cada dia mais soltinhos. 
- Tem que trazer presente!
- Tá bom!
E lá fui eu comer o bolo. Com receio é claro!
Tinham três indianos, um paquistanês um japonês e eu. Torre de Babel.
E o bolo no meio da mesa. Daqueles bolos  das nossas padarias. Pronto, só esperando o nome da vítima pra ser adicionado.
Cantamos parabéns pros dois, abraços de Feliz Aniversário e vamos ao bolo.
Um dos aniversariantes cortou o bolo, ou melhor, picotou  ele. Me serviram em um prato de sobremesa uma colher com uma porção, o mesmo pro japonês e o resto do bolo foi devorado por eles de colheradas direto no produto. É muito engraçado. Muita diferença. De repente um deles vem com uma colher de bolo a mais pra clocar no meu prato.
- Não, obrigada.
Não tava ruim, mas era manteiga pura a cobertura. Ui!
Me esqueci de dizer que enquanto um picotava o bolo, o outro enchia os copos dos convidados com cerveja. Como aqui é proibido vender bebida alcoólica na grande maioria dos lugares, eles tavam na maior animação em ter conseguido não sei onde a cerveja. Me cheirou a qualquer ato na moita. 
Não bebo nada muito menos cerveja, que acho muito ruim. Provei pra ver se era parecida com o gosto que conheço. Muito pior. Era bem doce. E bem gelada. E quem servia fazia com todo cuidado pra não dar espuma nenhuma. Enchia o copo até a tampa.
E bebiam felizes parecendo que estavam no céu. Só o Anup e eu não bebemos.
Devorado o bolo, veio a surpresa. E eu ainda me surpreendo!
O garçom trazendo a parte salgada. Uma salada e castanhas. 
E caíram de bunda nos dois. Eu disse que na minha terra é diferente. O bolo é servido no final da festa. 
- Por que os salgados agora?
- Porque agora vamos beber e cerveja bebe comendo salgado.
- Jura? Que legal.
E depois veio frango, pão, molho de sei lá o que, eu já tava com fome, pedi uma sopa de legumes, e enquanto esperava minha sopa e eles falando sem parar uns com os outros e ao mesmo tempo ao telefone, pra me distrair fui fotografando o que tinha na mesa.
Falei pro Anup que amanhã queria sair pelos arredores da cidade, passear. Ele disse. 
- Não vai ser possível, amanhã tem eleição e não pode andar de carro, nem moto, nem nada.
- Eleições?
- É
Duro não entender uma língua! Também nada em absoluto indicava que ia rolar eleição amanhã.
Então tá bom, vou ver o povo votar.

 Parecia aniversário de criança. Uma alegria só.

 Salada depois do bolo.Então tá!


 Tanto a cerveja como o cigarro vem com os mesmos avisos dos nossos.

 Fala sério! Você ficou com vontade de beber isso aí?


Pelo menos nesta cidade onde me encontro, o indiano fuma muito pouco. E nunca dentro de lugar algum.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Da série: acredite se quiser...

Aqui na Índia a única diferença que existe entre uma auto-estrada com pedágio, várias pistas, de uma estrada normal de mão dupla, é um canteiro dividindo as  pistas. No mais não muda nada. Passa boi, passa boiada, passa cabrito, tuc-tuc, bicicleta e até moça bonita.
Mas domingo, indo pra este evento que conto no post abaixo, aconteceu uma surpresa, uma novidade. Como se ainda fosse possível acontecer mais coisas inusitadas. Foi tão rápido e tão sem sentido, que nem tive reflexo pra pegar a câmera e fotografar.
Estamos nós indo felizes e contentes. Devido há muito telefonema pra lá e pra cá, muita paração pra perguntar, deduzi:
- Estamos perdidos.
Perguntei pro Anup e ele disse, que perdidos perdidos não tamo não, estamos na direção certa, só não sabemos em qual estrada secundária entrar. OK. Fomos continuando.
De repente o motorista recebe um telefonema, fala fala fala e entra no acostamento. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, manobra na pista, e pensei:
- Do jeito que são no notion, ele agora  vai subir o canteiro e pular pro lado de lá. Qual o que! Muito pior!
Como se novamente fosse a coisa mais natural do mundo, começo a dirigir  de volta, na contra mão. 
Virei pro Ragi e perguntei:
- É um suicídio coletivo? Porque se for, ninguém me consultou se to afim.
Ele riu e falou:
- De forma alguma, estamos nesta vida pra vivermos e sermos felizes.
 E o carro na contra-mão e os outros desviando na boa. Nem um farol piscou, ninguém colocou a cabeça pra fora e gritou absolutamente nada, até que mais ou menos 1km pra frente, ou pra trás,  ele atravessou pro outro lado porque tinha uma parte do canteiro quebrada.
E achamos felizes o nosso destino.

E quem quiser que conte outra!

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

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