terça-feira, 29 de maio de 2012

Sem querer ficar com a bunda exposta na janela...

Tem condição de ficar relax num movimento desse?

Estamos nós vindo de Nalanda, três horas de estrada e eu querendo fazer xixi. Isso aqui na Índia não é problema pra ninguem. Homens e mulheres fazem em público sem o menor constrangimento. Restaurante, parada, posto de gasolina com banheiro? Esquece. Não existe.
O Anup pede o motorista pra parar. 
- Por que?
- Toilete.
Eu:
- Oba, onde?
- No acostamento, no mato, onde você quiser. 
Eu sei disso. Já fiz muito xixi na beira da estrada mas sempre com uma cobertura. Só que onde ele parou era uma planície. Não tinha como eu despistar .
Sai do carro e a vontade aumentou, dei uma caminhada e começaram  a parar os tuc-tucs e até caminhão, então voltei.
- Fez?
- Claro que não. Não consigo.
Toca o bonde. 
Mais pra frente a coisa foi ficando preta então pedi pra parar de novo. Desta vez tinha um morrinho sem vergonha. Melhor que nada.
Tentei me esconder atrás dele e começou de novo. Os motoristas param pra ver sem o menor constrangimento.
Me vendo voltar pro carro escuto o Anup perguntando:
- Ok?
- Ok nada, olha o tanto de gente parada lá na frente esperando eu colocar a bunda de fora. Como se a minha fosse diferente!
Senti que ele já tava perdendo a paciência quando gritou de longe:
- Ô Ieda, você tá na Índia!
- Eu sei, mas ninguém pára pra ver indiana agachada!
Entreguei pra Deus e fiz ali mesmo.
Ainda bem que a platéia não aplaudiu nem pediu bis.

domingo, 27 de maio de 2012

Versos de Neruda que me faz ( fazem? ) sentir mais feliz ainda



"Te trarei das montanhas flores alegres,

copihues, avelãs escuras, e cestas silvestres de beijos.
Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejas."
 
Me apaixonei por estes versos do grande Pablo Neruda, há mais de 30 anos atrás. Tinha até um boton que mandei fazer com a frase. Ele se perdeu no tempo. Vou fazer outro. Agora, eu mesma vou bordar.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Restaurante mais frequentado aqui em Gaya

O pitoresco já começa com o nome da casa. Os pintores das placas não chegaram a um acordo

Eu sei que o dono da casa investiu sua vida nele. Então não é o caso de discutir sobre qualidade do material usado ou gosto duvidoso. Ele fez o melhor que pode e o que achou mais bonito.

Manter um pequeno jardim pra enfeitar a entrada pode parecer a coisa mais simples em qualquer lugar do mundo, menos no interiorzão da Índia, onde a água não é abundante e as cabras os porcos e as galinhas pastam solenes pela rua a fora. Fora as vacas!


Cenas em frente e do lado do restaurante


O forro do teto é coberto com um plástico grosso. As mesas poderiam ser bem mais leves e mais práticas, mas este modelo aqui é o preferido.

A gerência : nada de computador ou registradora; tanto o dono como os amigos do dono tem total acesso às gavetas, fazem troco, pegam grana emprestada pra pagar o riquixá, enfim, um outro mundo onde, mesmo desconfiando, ainda está muito na moda a amizade e a confiança no próximo.
E uma coisa que acho fofa : toda tarde o proprietário pega um monte de incensos, acende e passeia com eles pelo local - mesas, estátuas de Budha, cozinha, gaveta da grana, porta de entrada, tudo - e depois deposita as varetas aos pés de Budha.

E os deuses e líderes locais dividem, em paz, o mesmo espaço com  a deusa americana.


A cozinha. Demorei quase um mês pra pedir pra fotografar, porque tinha receio de parecer inadequada ou dar a impressão de estar querendo mostrar o lado B do restaurante pro mundo, mas não fiquei surpresa quando, não só me deixaram fazer as fotos, como ainda posaram, orgulhosos do seu local de trabalho.

O cozinheiro-chefe, que faz uma comida muito gostosa. 
Era cedo e já estava tudo pré-preparado à espera dos clientes pro almoço ou café da amanhã.

Este rapaz é uma graça; de uma gentileza e de um sorriso tímido que encanta. Serve as mesas, ajuda na cozinha, e nas vezes que pedi alguma coisa que não tinha, descobri que ia no vizinho e comprava. Eles não dizem  "não tem"! 
Como não se apaixonar por um povo assim ?!

Deste pequeno lugar, sem a menor infra, saem pratos gostosos e numa rapidez de assustar.

O teto é uma mistura de tendências, como diríamos no ocidente...rs

Sujou, limpa rapidim. Apesar do colega camundongo que passeia tranquilo (vi duas vezes ) eles fazem o possível pro lugar estar sempre apresentável.

Anup vendo TV. Eles são realmente encantados com a tela, tanto faz ser cinema ou TV.
O restaurante é de um grande e muito simpático amigo dele e ele leva todo mundo lá pra comer. Diz que precisa ajudar o amigo.

Eu não me arrisco muito e estes dois pratos foram os que mais comi.
A coalhada é uma delicia, o pão nem se fala, e este ensopado de legumes com tofu eu adoro.
Esta bola branca (acredite se quiser) é a sobremesa e vem junto com o arroz, só Deus sabe porquê.Eu não gosto e, assim que o prato chega, o Anup já devora ela.

Veja o buraco onde ela estava...rs
Descobri que aqui não tem essa de doce depois do sal ; eles misturam e comem o que quiserem independente da ordem. Outra coisa : há qualquer momento, eles comem. Podem ter acabado de comer, se você convida, comem de novo, sem a menor cerimônia.

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