quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pausa pra meditar um tiquitim

Sempre que me dá vontade, dou uma ida a algum templo e passo um tempo lá...fico observando as pessoas que entram e saem e, quando não tem ninguém, fico tentando olhar pra mim mesma, tentando colocar as ideias em ordem ou o que mais amo : pensando em nada. Descobri que posso ficar muito tempo sem pensar em nada...só lá, quieta. E é muito bom ! E descobri também, que não é difícil, porque, como não entendo absolutamente nada do que as pessoas dizem, fica tranquilo pra minha mente ficar ôca...não participo da conversa alheia...rs
Indo pro templo da Tailândia, passei perto deste mosteiro, queria entrar pra conhecer, mas tava trancado. Nem sei se pode, mas aí, por uma abertura que tem no portão pra enfiar a mão e abrir, eu fiz estas fotos. Quero voltar lá outra hora pra ver se me deixam entrar. 
Parece legal o lugar.



Parece uma porta, mas é onde a gente enfia a mão pra abrir o portão por dentro. Celular é um sucesso pra fazer foto: a gente enfia o olho dele dentro de qualquer lugar e sai aquele fotão...rs

Olhalá o tamainho do buraco!

O povo aqui adora uma prosa. Saindo do mosteiro, este piloto de riquixá queria me levar pra onde eu fosse, de qualquer forma...conversamos, perguntou se eu era casada, se tinha filhos (acho que vou andar com uma placa escrita. "Sem marido e sem filhos").
Pra eles isso não existe; não ser casada e velha do jeito que sou,  não ter tido filhos então! Não entendem. Não é à toa que já são 1 bilhão e 200 milhões de criaturas neste país.
Acho melhor trocar a placa pra " Casada e com 6 filhos"; deve dar melhor resultado porque não ser casada, vem o convite inevitável : se quero tomar um chá, que em qualquer lugar do mundo significa a mesma coisa.
Quero não tankis.
Falava pra ele que só ia atravessar a rua, nem valia a pena subir no riquixá. Não adianta. "Não vou cobrar nada, você é muito simpática" (sei!).
Não tem jeito de não ser mal educada. Tento, tento, mas a única solução pra se livrar é deixar o mané falando sozinho e ir andando sem olhar pra trás.

Um pedacim da Tailândia em Bodhgaya. O templo é um amor.


Fui entrando e este monge veio com uma cordinha pra amarrar no meu pulso, me deu açúcar (imagino que deve ser como água benta) e ficamos conversando. Disse que sempre teve vontade de ir ao Brasil mas, nunca deu e agora é muito tarde. Falei que não existe tarde enquanto a gente não morre e, se ele for um dia, quero que vá a minha casa. Ele ficou feliz.

Mais um cordão. Os dois pulsos já estão cheio de cordas e contas. Se não ajudar, atrapalhar é que não vai...

O açúcar que eles oferecem nos templos. Ele me deu um punhado e eu comi ali na hora. Ele fez uma carinha marota, um sorriso meio de banda, e depois entendi o porquê, quando vi as outras pessoas recebendo, beijando e guardando, aí entendi que devem levar pra casa, pra uma ocasião especial e não devorar como eu, sem mais nem menos. Como dizem os franceses:
" Trop tard!" Muito tarde
Da próxima vez.


O monge esperando os fiéis chegarem pra fazer seu serviço.

Por falar em meditar, veja esta entrevista que a Suzanna Queiroz (inveja!!!) fez com este senhor que conheci na minha adolescência, e que já citei aqui no blog. É um dos responsáveis pela minha paixão pela Índia.
Veja se não tenho razão.
Amigo dos Beatles e meu guru. 
Eitia eu!

http://www.youtube.com/watch?v=W4apQY9HOL8&feature=share&list=UUm-FP0J7eXMY1d6obFICbHw




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Esperar a construção terminar pra começar a funcionar isso é coisa de país pronto!

Aqui na Índia não tem disso não; o térreo ficou pronto, manda bala, começa a funcionar. Finalizou o primeiro andar, pócomeçá a trazer hóspedes. Imagino que o dinheiro que for entrando, vai ajudando na finalização do prédio.
Me mudei ontem pro Budha International Hotel (acho que o "internacional" dá um ar de grande, elegante, completo. Sei lá!).
A recepção tá quase pronta, o salão de entrada acho que já está pronto, mas  por aqui nunca se sabe. Como a decoração é muito diferente do ocidente, pode ser que esteja, pode ser que não. Aguardemos pois!
Meu quarto é primeira locação e enorme, quase do tamanho lá de casa.
O que mais me admira em relação a serviço de hotel, restaurante ou a mais simples birosca de beira de estrada, é que, quem te atende, te trata como se você fosse um marajá. Até aparecer alguém com cara de marajá mais poderoso do que você;  aí você sai do primeiro plano, continua sendo muito bem atendido, com toda gentileza, mas, em segundo lugar...rs
Se for político, líder de comunidade, qualquer autoridade de gravata, aí você tá fudido mesmo...vai pro final da fila.
Deve ser resquício de anos e anos de colonialismo. 
Praga danada!
O restaurante e a cozinha ainda não estão prontos mas você pode pedir o que quiser na hora que quiser. Não sei onde eles buscam, mas a coisa chega.
Demora um pouco é verdade, mas chega.
Ontem pedi um almoço que demorou quase duas horas pra chegar. Fiquei esperta. Hoje, abri os olhos as 6 da manhã e já pedi o café que chegou na hora certa, quase 8h...rs
Aqui parece que vai rolar um restaurante

 Sala de conferências

 Sala de estar da entrada do Hotel

Esta figura mais linda da esquerda é Mr. Romh. Impossível tanta delicadeza, atenção e  vontade de ajudar e servir em uma pessoa só. Paixão à primeira vista e isso já provocou ciumeira dos amigos ...rs

 Aqui me lembra muito as gambiarras brasileiras

 Minha varandinha

 Daqui eu vejo os jardins e a vizinhança

 
Todos os quartos do meu andar tem uma porta que dá pra este espaço, que vai ficar bem legal -quando estiver pronto - pra ler, trabalhar, descansar, tomar um chá

 A escadinha dá na  portaria

 Hall de entrada

 Jardins...eles são muito importantes em um hotel aqui. Lugar pra comer, lanchar, conversar de negócios, reuniões.


 E o povo na luta!

 Tá ficando bonito

 Esta turma tava tirando uma soneca do meio-dia quase em frente ao Hotel.  Porco aqui parece  nosso porco do mato, mais fino, mais comprido e muito peludo nas costas.Será que os filhos do vizinho vão ficar de que cor?...heheheheee...

 Ainda não tive tempo de desvendar o que é Ayurveda, ainda um mistério pra mim...tenho este centro vizinho...qualquer dia descubro

 A porcada passeando pelas rua

 Passadinha no meu templo preferido, o Mahabodhi Templo

Hoje é feriado e tá todo mundo nas ruas cantando e prestando homenagem cada um ao seu Deus

 Nada mais gostoso do que chegar no quarto e encontrar ele todo arrumadinho e com vasinho de flores que o Mr. Romh coloca pra minha turma!

 Vista da minha varanda. Jardins e casas vizinhas


E, antes que alguém pense, mas não diga, ou que pense e diga, todas as minhas despesas, desde passagem, saída do Brasil  e estadia aqui, são por minha conta. Meu trabalho é como voluntária e a  Prema Metta não me paga absolutamente nada por isso. 
O maior e melhor pagamento que recebo, é o prazer e a alegria de saber que, o que estou fazendo, está fazendo pessoas mais felizes.
E acredite ou não, gasto por mês muito menos do que aí no Brasil!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Conhecendo e fazendo amizade com a vizinhança do Ambulatório...

A construção tá indo a todo vapor...
A princípio vão ser três salas de Ambulatório. Numa sala o médico recebe o paciente e avia a receita.
Na outra ele examina as pessoas e faz o atendimento de pronto-socorro, e a terceira sala vai ser a sala de espera, que terá camas pra quem precisar repousar, esperar, ou mesmo passar a noite por precisar de ficar em observação.

Pra criança tudo é motivo de festa. No que comecei a fotografar já começaram a chegar de todo lugar. Brota criança de árvore. Nunca vi tanta! Além de muito nariz escorrendo por conta de resfriado, não vi ninguém com cara de desnutrido ou aparentemente doente. Ainda bem!
Me surpreende a beleza dos dentes do povo de modo geral. Não vejo pessoas com dentes cariados. Proporcional ao mundão de gente, tem pouca mesmo!


Este senhor se apresentou como lavrador e quis tirar foto  com seu material de trabalho

Acho interessante, que todos tem o hábito de abotoar a camisa até o pescoço. Realmente eles não sentem o mesmo calor que nós, que viemos do outro lado do mundo!


Já disse sobre a minha observação do carinho dos homens com suas crianças. Carregam muito no colo, conversam pra saber quando elas choram e dão muito abraço e muito beijo. Aqui e no Nepal observei isso. E sempre estão de mãos dadas quando andam na rua. Esta aí, percebi que era o xodó do vovô. Deve ser a caçulinha.


Olhe que sorriso mais lindo!



Correria pra sair na foto


Um dente de leite e um definitivo. Me lembrei dos meus dentes de serrinha...rs



Casa típica da região de Bodhgaya. Muito simples. Não tem nada além de cama (normalmente sem colchão) e fogão no chão, movido a estrume de gado.

Nordeste do Brasil? Não, Índia.

Esta seriedade aí durou pouco. Logo depois já tava no meu colo.

Esta senhora me contou que o marido se foi há três meses. A mãe da criançada está no hospital, cuidando do problema no coração e ela se ocupa (Deus sabe como!) da meninada. Todos grudados nela.




Minhas espigas que trouxe pro Hotel e já devorei. Delícia!

Esta família vive nos fundos de onde está sendo feita a obra. Mais uma forma de ganhar uma graninha. Mas, o proprietário da casa, vai cobrar um preço bem mais barato do que o de mercado, por ser um grande amigo e companheiro pau pra toda obra da www.premametta.org

Pés da dona da casa. Super simpática e a primeira oferta é sempre de uma cadeira. Enquanto a gente não se senta eles não sossegam! Depois ofereceu biscoito, chá, grãos e banana. Já fui logo aceitando duas. Uma das poucas frutas que como aqui sem preocupação. 

Quanto mais enfeite, mais barulho e mais kajal nos olhos, mais espanta os maus espíritos!

Comi também parte desta espiga muito bem assada...rs...e dividi com o amigo que tava de olho gordo nela.

Este é o dono da casa, Raj, meu amigo desde que cheguei em Bodhgaya pela primeira vez. Só gentileza!
Comigo e com todos.

Qualquer ajuda a   www.premametta.org   será muito bem vinda. E agora com o Ambulatório (que pra eles é Hospital) vamos ter que dançar miudinho pra conseguirmos cobrir as despesas. 
Conto com a sua ajuda
Obrigada muito. Obrigada mesmo!

Iêda Dias
HSBC
Agência: 1561
Conta: 0831621
CPF: 156643506 44

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 - VENDIDO 111 - 65,00 ...