sábado, 8 de dezembro de 2012

Balanço do primeiro mes do nosso Premametta Charitable Hospital


E volto a repetir as sábias palavras do meu pai:
- A gente passa a vida toda aprendendo, e morre sem saber nada!
Como aprendemos neste primeiro mês de aventura, que está sendo abrir um Hospital (pra mim, Ambulatório) aqui na Índia! Sem capital inicial, nem paralamas, nem ultraje a rigor....rs
Só com a cara, a coragem e muita vontade de ajudar.
Mas até ajudar não é fácil! Não é mesmo!
Neste primeiro mês gastamos muito mais do que podíamos imaginar e podíamos gastar com compra de remédios, atendemos 603 pessoas em 12 dias de atendimento, com 4 horas de trabalho a cada dia, 2 pessoas morreram e não pudemos fazer nada, ou quase nada, porque nossos recursos são pouquíssimos. Estas pessoas precisavam de um Hospital Público decente e gratuito. Não existe aqui num raio de tantos kilometros quanto andei.
Descobrimos, que pra algumas pessoas vir ao nosso hospital virou "um programa". 
Descobrimos que pessoas que podem pagar um Hospital particular começaram a se aproveitar da gente pra conseguir médico e remédios gratuitos. Aprendemos que não podemos fazer nada de "graça". Totalmente de graça. As pessoas só valorizam quando dói no bolso de cada uma.
Descobri o quanto as mulheres aqui são preocupadas com suas crias. O quanto elas lutam pra que seus pequenos fiquem bem, vi a enorme paciência indiana para com as crianças, o respeito com os mais velhos.
E também estou descobrindo a total ignorância a respeito do mínimo cuidado com higiene e prevenção, que poderiam juntos, evitar tantos problemas que eles tem. 
Descobrimos, que a participação da comunidade é tão importante quanto o trabalho que estamos fazendo.
A partir de hoje vai estar pregado na parede e escrito em grande letra o seguinte cartaz:

- Para que possamos te ajudar, precisamos muito da sua ajuda!

Descobri que não existe palavra, discurso, explicação alguma, que faça este povo entender que não sou uma pessoa rica. Pra eles eu tenho muito dinheiro e muitos tentaram se dar bem com isso, mal sabendo que vim de um país onde este golpe é mais velho que cagar de cócoras (mais uma vez, citando meu pai! )
Coitados!
Quando vem com o milho eu já tô com o fubá prontinho pra fazer meu angu. Hoje tá sendo inevitável escrever sem os provérbios...rs
Mas eu consigo muito bem entender.  Pra quem não tem nada, eu realmente tenho muito. Só preciso descobrir uma fórmula de explicar, que se o pouco que consegui na minha vida for doado pra eles, daqui a pouco vou pular pro lado deles. Serei mais uma pra pedir.
Esta semana tivemos reuniões pra discutir sobre vários assuntos e até cogitamos de fechar o Hospital por uns meses e reabrir depois de captar algum dinheiro. Mas eu lutei muito, com todos os argumentos possíveis, pra que isso não acontecesse, porque pra mim, é preferível diminuir o numero de atendimentos, do que não atender ninguém. E as pessoas já estão tão confiantes com uma pequena luz de  lamparina no final do túnel, que não tenho coragem de apagar ela agora.
Vamos tentar mais, fazer mais pesquisa, descobrir onde podemos cortar gastos ( como se tivesse algum pra ser cortado!) mas sempre podemos "tirar daqui pra colocar alí".
E continuar a pedir. Eu sei, que quando alguem lê um anúncio de pedido de ajuda, pode até querer ajudar, pensar seriamente em fazer alguma coisa, mas basta mudar de link, ou de página, ou atender um telefone, pra que aquele pensamento suma da sua cabeça. As informações são tantas, que a seleção natural do nosso cérebro nesse caso "me prejudica"!...rsss.
Por favor, leia e faça.
Nos ajude depositando em minha conta do 
HSBC
BANCO 399
AGENCIA 1561
CONTA 0831621 sem dígito tudo junto
CPF 156643506-44
OU PELO PAYPAL
IMEIO
eidiabh@gmail.com
Muito obrigada 
Este é um pequeno resumo do que tá acontecendo e prometo, que neste final de semana vou tirar um tempo pra postar mais e informar mais aos meus queridos amigos que estão comigo garrados nessa batalha.












terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Alo alo Hering, olhaí a bunda de fora no frio! Precisamos de ajuda!


Esta é uma imagem corriqueira aqui na Índia. Crianças sem roupa no frio.
Precisamos muito da sua ajuda.
Esta foto fiz no nosso Hospital da Premametta.Todos os dias a cena se repete e só tá começando o inverno, onde a temperatura cai abaixo de zero.
Como você pode ver nas fotos que coloco aqui no blog, 99% das crianças estão com o nariz escorrendo.
Muita friagem!

Quer nos ajudar dona HERING?
Mande para a 
 www.premametta.org
 Informações sobre o nosso trabalho no Face do p.premamettacharitablehospital ou aqui no blog
E você, quer depositar em nossa conta?
IEDA DIAS
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CONTA 0831621 sem digito tufo junto
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Alo alo HAVAIANAS, vamo tirar o pé do chão!

Nas minhas últimas vindas pra Bodhgaya consegui trazer uns 200 pares de HAVAIANAS, mas na terra do 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, evaporou como uma gota d'água no oceano. 
Mas de gotinha em gotinha...
Estamos precisando muito de tirar o pé desse povo do chão.

Quer nos ajudar dona HAVAIANAS?
Mande para a 
 www.premametta.org
 Informações sobre o nosso trabalho no Face do p.premamettacharitablehospital ou aqui no blog

E você, quer depositar em nossa conta?
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domingo, 2 de dezembro de 2012

FERNANDA

Pra quem não teve o prazer de ler


A finitude bate à porta a cada perda, a começar pelo companheiro de 60 anos de vida, Fernando Torres. "A coisa mais dolorosa pela qual tenho passado é ver a minha geração morrer. Nos últimos cinco anos, morreram, além dele, Paulo Autran, Raul Cortez, Gianfrancesco Guarnieri, Renato Consorte, Sérgio Viotti, Sérgio Brito, Ítalo Rossi e Millôr Fernandes."

Ela se emociona ao concluir: "Você olha em volta e a sua memória está ligada a todo esse mundo que se vai. É muito forte". Na lista de baixas recentes, tem ainda Hebe Camargo que, como ela, nasceu em 1929. "Vivemos o mesmo período da história. Quem substitui? Ninguém." 


Mora só desde que ficou viúva, em 2008. "À noite, eu fico sozinha, não tenho empregada nem dama de companhia." Não se habituou à ausência de Fernando. "É estranho. Ainda acho estranho, mas não tem solução." 

Teme a solidão? A resposta requer tempo: "Essa palavra é tão forte"¦ Eu gosto de estar só. Não que goste de solidão. A minha não é vazia".

 A exemplo de outros "oitentões" atuais, a atriz é bastante ativa. "Tenho uma vida intensa, viajo muito a trabalho." Acabou de filmar o longa "O Tempo e O Vento", também no Sul, e já anda às voltas com a nova peça, um texto sobre a vida de Nelson Rodrigues que pretende levar aos palcos em 2013.


"Mas sinto que meus filhos se preocupam", admite. Ela é mãe da atriz Fernanda Torres, 47, e do cineasta Cláudio Torres, 49. "Quando toca o telefone e não atendo logo, um telefona pro outro, que telefona pra produtora, que telefona pro secretário. E eu só estava no banho. Como amor de filho, isso me toca."

Dona Picucha foi escrita para a atriz. Os quatro filhos da personagem se veem às voltas com o dilema: Quem vai cuidar da mamãe? "É inevitável. A velhice chega, os filhos têm suas vidas, suas casas e suas necessidades. Há uma preocupação de que é preciso dar atenção à famosa terceira idade. É um desassossego para os dois lados."

 Nada de luz especial ou maquiagem para atenuar marcas na tela. "Do ponto de vista interpretativo é um relax. Os empapuçados dos meus olhos ajudam a personagem." Em um comercial de banco em 2010, a atriz foi rejuvenescida com Photoshop.Na vida real, nunca pensou em fazer lifting. "É de temperamento. Se você quiser tomar banhos de cirurgias plásticas, ótimo. Há quem fique feliz em ir se esticando pela vida, às vezes, com resultados extraordinários. Perdi esse bonde. Quem me quiser, tem que me querer com meus papos, minhas rugas."

Nas filmagens de "O Tempo e O Vento" embranqueceu o cabelo. "Se parasse de representar, e eu não penso nisso, deixaria meu cabelo branco sem problema. Se me der na veneta, não pinto mais."

 Volta a se emocionar ao falar de legado: "Nada é mais importante do que meus filhos e netos. Eles justificam a minha vida. Algo meu vai estar lá no fim deste século. Se eles procriarem, parte minha restará pelos milênios afora. Penso muito nessa cadeia de seres que foram se sucedendo e chegaram até mim. Não parei a corrente".

Para encerrar a conversa no café do lobby do hotel em Porto Alegre, onde se hospedou nas três semanas de gravação, ela recusa o título de "a grande dama do teatro e da tevê". "Isso é bobagem, um resquício do século 19. Como estamos no século 21, e já se passou um século inteiro, deram uma acalmada nisso."

Copiado da coluna de  Mônica Bergamo - Folha on line de 02-12-2012

Quando eu crescer quero ficar parecida com a Fernanda Montenegro

sábado, 1 de dezembro de 2012

Uma brasileira assistindo tv na Índia...

 - Quem viveu o tempo das novelas de Rede Tupi, lembra muito bem, de como era feita a transformação pra envelhecer o personagem. Mudava pra uma roupa de pessoa mais velha, ela andava um pouco mais curvada, mas a marca registrada era uma mecha de cabelos brancos pras mulheres; uma  faixa longa como o cabelo daquela personagem dos Dálmatas. E pros homens,  o envelhecimento era nas têmporas que ficavam branquinhas , branquinhas. A cara continuava lisinha da silva!

 Clips - É o que mais tem. Todos cantam e dançam e todo cantor ou cantora vem com um balé lá atrás de no mínimo 200 pessoas...é muita gente pra todo lado. Fico imaginando o ensaio pra sincronizar aquele povão todo...nem sempre dançam igualzim. Acho que não é o mais importante.

 - Sabe aquele famoso olhar 45 dos anos 60 aí no Brasil? É a última moda aqui na Índia. O Cuoco daqui tá olhando pro chão, de perfil, vai levantando a cabeça lentamente e virando pro lado da câmera e zupt! Lança aquele olhar de peixe morto que deve abalar os corações das meninas daqui.

 - Também como em nossa TV dos anos 60, 70, as mulheres aqui choram o tempo todo. Não param de chorar porque os homens sacaneiam elas demais. Sempre tem a má, que quer fuder com a vida da mocinha. E a mocinha chora, chora, chora...

Clark Gable ia se roer de ciumes...

 - Aquele filme que o Nicolas Cage muda de cara com o Travolta passa todo dia desde que eu cheguei aqui. Eles falando em inglês e com legenda idem. Eu acho ótimo, porque com meu inglês tupiniquim consigo entender melhor.

  Essa moça fala todos os dias pra uma multidão de mulheres. Tenho que descobrir o quê.

E a multidão assiste atenta

Propaganda
- A mais frequente é pra clarear a pele do povo. Como todo povo, o indiano não tá satisfeito com sua cor, como o japa com o olho fechado e o brasileiro com o cabelo enrolado.
Só que o filme é feito com mulheres de pele mais clara. Quando é feito com indiana, fica um horror. Vai mudando a imagem e ela vai clareando, mas o pescoço continua com a cor original. Duro de matar!


- Tem muita cena também de sangue. Machucado. Aquele curativo normalmente no rosto, que sai sangue pra todo lado. Pode ser um corte simples, mas, a mancha de sangue saindo pelo curativo é a prova de que a coisa foi feia e tá real na imagem mostrada.

- O que eu mais gosto é das novelas sobre os Deuses. Não entendo nada, mas aí eles capricham na maquiagem...o meu Deus, que é o Ganesha, fica lindio com a tromba de elefante. Vou fotografar e se sair bom eu coloco aqui.
E tem Deus de 3 cabeças mas só a cabeça do meio fala e tem movimento. É muito interessante, porque o cinema tá nos dias de hoje e a TV lá no século passado.

 Beijo na boca de jeito nenhum. Eles chegam pertim e a imagem muda...muito engraçado. Me lembro de quando era pré-adolescente e lia fotonovela na Revista Grande Hotel.
Não entendia como podia ser. Na última foto do canto da página  o casal parecia estar se beijando, mas virava a página e a moça tava grávida.
E sua vida posta em desgraça....rsss....

- Tem um canal tipo MTV que é o máximo! A moça de sari e o mané mudirnim...cabelo a la Neymar, roupa ocidental e falam com os telepectadores pelo telefone. Queria entender...rs

Musicais

- Ah! Também adoram um ventilador nos cabelos. Tanto dos meninos quanto das meninas. Cabelos esvoaçantes aqui é o must!

- Filme estrangeiro só de ação. Amor e sexo, talvez em 2060.

- Tem um canal que passa jogo de criket o dia intirim e outro que passa futebol dia intirim também. Passa muito jogo do Brasil.

- As indianas usam suas bijuterias aos pares e na mesma sequência. São 5 pulseiras no braço esquerdo? 5 também no direito. Coloridas? A ordem das cores é igual também.
Tornozeleira nos dois tornozelos. Eu tenho uma tornozeleira que comprei na primeira vez que vim aqui há mil anos atrás. Tanto ouvi "porque só uma", que comprei outra.
Tudo a ver com equilíbrio...razão total.

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 111 - 65,00 110 - 80,0...