segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

São só 220 reais? Sim. Mas eu não tenho!

Quer me ajudar? Pode?

Enquanto era verão deu pra segurar as pontas, mas agora que começou o inverno, entre 4 e meia e 5 horas da tarde dá um escurecida relâmpago e ficamos trabalhando no breu até 6, 7 horas da noite.
Ou quase escuro, porque uma vizinha empresta uma lanterna e outra um lampião. Mas aí elas que ficam no escuro neste tempo.
Como resolver este problema?
Muito simples.
Precisamos de 4.900 rúpias pra comprar as 3 luzes. Uma pra sala do médico, outra pra sala da enfermeira e outra pra salinha de medicamentos.

E isso quer dizer, mais ou menos 108 dólares ou 220 reais.
Achou pouco? Eu também acho, só que não tenho este dinheiro. São vários 220 reais que tenho que pagar todos os dias.

Pode até acontecer algum erro na escolha e entrega de medicamentos nesse escuro. 
Fico preocupada


Nosso Dr. não desanima!

Muitas vezes ficamos com a lanterna do celular clareando pra que nossa enfermeira possa aplicar uma injeção

Aqui, atendendo uma paciente na penumbra

Nosso médico indo atender um paciente em casa

FICOU COM VONTADE DE ME AJUDAR?
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POR FAVOR, VOCÊ VAI FAZER UMA CARIDADE QUE NÃO TEM IDEIA!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Você teria coragem de parar esta fila?

Eu não tenho. Esta seria a última das últimas das soluções!

 

 O atendimento começa as 3 da tarde. Eu chego sempre antes das duas e já tem sempre muita gente esperando. O tuc-tuc para em frente ao Hospital e demoro uns 10 minutos pra atravessar este chão de tijolos. Todos querem falar comigo, cumprimentar, já começam a comentar sobre o seu problema e não adianta eu dizer que não sou médica, enfim, uma troca de carinho e um contato que me aquece a alma.


 Salinha pra pegar a ficha de inscrição e a folha de receita. Depois eles vão 3 a 3 pra sala da enfermeira que dá um adianto, tipo pesar, medir pressão, ver se tem febre. Depois o Dr. atende.

 Ontem conversamos muito com os nossos pacientes pra explicar mais uma vez que não temos grana, vivemos de doações, que eles precisam nos ajudar, participar, dar idéias, e que não queremos de forma alguma fechar as portas, mas depende tanto deles quanto de nós. O Raj gastou o hindi dele, eu o meu inglês e parece que fomos entendidos. 
Vamos ver...

 Este garoto foi ao consultório do nosso médico no Hospital que ele trabalha. Não tem grana pra comprar os medicamentos e precisa de tomar diariamente, pelo menos por um ano uns cinco remédios.
Está com Hanseníase 
Veio ao nosso Hospital e só tinhamos da lista dois remédios. Agora vou correr atrás dos laboratórios pra ver se consigo de graça.
Isso é o que eu chamo de uma verdadeira peleja de vida!



 Nossa linda, doce, gentil e competente enfermeira.
Prijanka Kumari

 Se não me engano, o problema da Puja começou como o deste garoto!


 E dá-lhe explicação, satisfação, pedido de opinião, participação

 E vamu qui vamu escorrer monte de narizinhos!

 Não adiantou dizer, pedir, tentar erguer esta senhora pra se sentar na cadeira e parar de empatar o meio de campo. Daqui não saio daqui ninguem me tira. 
Então tá!

 E chora e funga e tosse e escorre nariz! 
Princípio de inverno, roupas inadequadas, friagem constante por falta de sapatos,  meias, enfim...


 A grande maioria dos mais velhos que eu mostro a foto que fiz, olham com um olhar pra mim dividindo entre: como assim? sou eu? nunca me vi! o que é isso? ou... o mais comum.
Tenho certeza de que não estão enxergando.
Oftalmologista?
Tá na fila de prioridades.
 Pelo motivo mais simples do mundo, esta cama que colocamos pras pessoas se sentarem, virou assento masculino.
Até quando eu quase forço uma mulher a se sentar lá ela não vai.
Há uns dias atrás pensei em dar prioridade a velhos e crianças...depois eu mesma ri da minha idéia. Como assim donieda? 
Esta é a maioria!

 Eitia fota bonita!
Pena que o dono dela não enxerga nadinha!

 Altivez a gente sente primeiro no olhar!
Até de cócoras, no chão, a postura impõe!
Lindo!

 Eu e minha ninhada!

 Muita vovó levando netinho. E vovô também!

 Este doce de menino chegou sozinho e eu perguntei pelo pai ou pela mãe. Não acho legal quando eles vem sós.
O pai tava preso porque se envolveu em um acidente de trânsito e a mãe em casa segurando a onda.
Entrei com ele pra ser atendido. Os dedos do pé esquerdo quase caindo de tanta "frieira" ou sei lá que pereba era aquela. Uma dó!
Descalço e pisando em todo tipo de sujeira das ruas e becos de Bodhgaya.
Pedi pra ele voltar na terça-feira pra ver a situação, refazer os curativos e vou comprar um chinelim pra esse pé já cansado.
Ontem, pra não acabar com o trabalho que foi uma luta fazer diante do tanto que ele chorava de dor, organizei pra ele voltar pra casa com o pé dentro de uns 3 sacos plásticos.
Peleja!!!

 
E nos ajudar? Você acha que pode?

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APROVEITE QUE É  DOMINGO, VOCÊ TIRA UM TEMPINHO E FAZ UM DOC PRA GENTE
MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO!

Hospital muda de nome. Só não muda nosso objetivo. Ajudar as pessoas!

 
Vamos precisar mudar o nome do nosso Premametta Charitable Hospital. Não podemos usar o nome da Escola.
Coisas de burocracia, papelada e nem vale a pena explicar porque é muito chato.
Tava pensando em um nome legal em hindi.
Você quer me dar uma idéia?
Me diga em português ou inglês e o povo aqui traduz e a gente vê se rola, se fica bonito.
Pensando muiiiito no futuro, nesta nova firma que vamos abrir, constará  o nome do Hospital e poderão também ser incluidos nomes de projetos futuros que fervilham em nossa cabeça.
Mande ideia por favor.
Não tem ideia alguma, mas tá com 10 reais que pode me dar?

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E VAMU QUI VAMU!!!
SEMANA PASSADA FOI PRODUTIVA DEMAIS!
ESTA QUE TÁ COMEÇANDO, PROMETE MAIS AINDA!
DEUS ME DÊ MUITA SAÚDE E DISPOSIÇÃO PRA CONTINUAR A TOCAR ESTE BONDE!
AMÉM!!!

sábado, 8 de dezembro de 2012

Balanço do primeiro mes do nosso Premametta Charitable Hospital


E volto a repetir as sábias palavras do meu pai:
- A gente passa a vida toda aprendendo, e morre sem saber nada!
Como aprendemos neste primeiro mês de aventura, que está sendo abrir um Hospital (pra mim, Ambulatório) aqui na Índia! Sem capital inicial, nem paralamas, nem ultraje a rigor....rs
Só com a cara, a coragem e muita vontade de ajudar.
Mas até ajudar não é fácil! Não é mesmo!
Neste primeiro mês gastamos muito mais do que podíamos imaginar e podíamos gastar com compra de remédios, atendemos 603 pessoas em 12 dias de atendimento, com 4 horas de trabalho a cada dia, 2 pessoas morreram e não pudemos fazer nada, ou quase nada, porque nossos recursos são pouquíssimos. Estas pessoas precisavam de um Hospital Público decente e gratuito. Não existe aqui num raio de tantos kilometros quanto andei.
Descobrimos, que pra algumas pessoas vir ao nosso hospital virou "um programa". 
Descobrimos que pessoas que podem pagar um Hospital particular começaram a se aproveitar da gente pra conseguir médico e remédios gratuitos. Aprendemos que não podemos fazer nada de "graça". Totalmente de graça. As pessoas só valorizam quando dói no bolso de cada uma.
Descobri o quanto as mulheres aqui são preocupadas com suas crias. O quanto elas lutam pra que seus pequenos fiquem bem, vi a enorme paciência indiana para com as crianças, o respeito com os mais velhos.
E também estou descobrindo a total ignorância a respeito do mínimo cuidado com higiene e prevenção, que poderiam juntos, evitar tantos problemas que eles tem. 
Descobrimos, que a participação da comunidade é tão importante quanto o trabalho que estamos fazendo.
A partir de hoje vai estar pregado na parede e escrito em grande letra o seguinte cartaz:

- Para que possamos te ajudar, precisamos muito da sua ajuda!

Descobri que não existe palavra, discurso, explicação alguma, que faça este povo entender que não sou uma pessoa rica. Pra eles eu tenho muito dinheiro e muitos tentaram se dar bem com isso, mal sabendo que vim de um país onde este golpe é mais velho que cagar de cócoras (mais uma vez, citando meu pai! )
Coitados!
Quando vem com o milho eu já tô com o fubá prontinho pra fazer meu angu. Hoje tá sendo inevitável escrever sem os provérbios...rs
Mas eu consigo muito bem entender.  Pra quem não tem nada, eu realmente tenho muito. Só preciso descobrir uma fórmula de explicar, que se o pouco que consegui na minha vida for doado pra eles, daqui a pouco vou pular pro lado deles. Serei mais uma pra pedir.
Esta semana tivemos reuniões pra discutir sobre vários assuntos e até cogitamos de fechar o Hospital por uns meses e reabrir depois de captar algum dinheiro. Mas eu lutei muito, com todos os argumentos possíveis, pra que isso não acontecesse, porque pra mim, é preferível diminuir o numero de atendimentos, do que não atender ninguém. E as pessoas já estão tão confiantes com uma pequena luz de  lamparina no final do túnel, que não tenho coragem de apagar ela agora.
Vamos tentar mais, fazer mais pesquisa, descobrir onde podemos cortar gastos ( como se tivesse algum pra ser cortado!) mas sempre podemos "tirar daqui pra colocar alí".
E continuar a pedir. Eu sei, que quando alguem lê um anúncio de pedido de ajuda, pode até querer ajudar, pensar seriamente em fazer alguma coisa, mas basta mudar de link, ou de página, ou atender um telefone, pra que aquele pensamento suma da sua cabeça. As informações são tantas, que a seleção natural do nosso cérebro nesse caso "me prejudica"!...rsss.
Por favor, leia e faça.
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Muito obrigada 
Este é um pequeno resumo do que tá acontecendo e prometo, que neste final de semana vou tirar um tempo pra postar mais e informar mais aos meus queridos amigos que estão comigo garrados nessa batalha.












COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

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