O indiano não deixa passar uma festa! Amam comemorar, comer e rezar E nossos tiukinhos saem ganhando culturalmente e as pançinhas agradecem cheias de coisas gostosas. Todos os anos, há seis anos, mostro aqui o que se passa no dia a dia em nossa Prema Metta School Pra não ficar repetitiva, aí vai o link da explicação sobre esta Deusa, se você se interessar. https://oquevivipelomundo.blogspot.com.br/2016/02/o-poder-e-forca-da-deusa-saraswati.html
Na reta final dos "preparamentos" pra viajar e não to tendo tempo pra nada...
Como sou fã da Cora Ronai, acho uns minutos pra ler o que ela escreve.
E hoje repasso pra quem não viu a coluna dela no Globo o texto brilhante sobre um assunto que convivo direto em Bodhgaya. Marmitas...to duidinha pra ver o filme.
Já aconteceu de eu não poder comparecer a um acontecimento em Bodhgaya e chegar pra mim marmitinhas com o que foi servido na festa. Carinho total dos meus amigos indianos...saudades demais!!!!!
"O menos indiano dos filmes
indianos
O serviço de entrega de marmitas de Bombaim ainda não foi
reconhecido pela Unesco, mas é, com certeza, uma das maravilhas do mundo
moderno: todas as manhãs, chova ou faça sol, cerca de cinco mil dabba wallahs
recolhem em casa e entregam no escritório, com a máxima pontualidade, quase 200
mil marmitas; à tarde, percorrem o caminho inverso. Como fazer para que a ...comida preparada
por determinada esposa chegue ao respectivo marido numa das cidades mais
congestionadas e caóticas do planeta é um daqueles mistérios indianos que
ninguém explica, ainda mais porque boa parte dos dabba wallahs é analfabeta, e
guia-se apenas por sinais e códigos de cores pintados nas marmitas.
A
margem de erro do serviço é praticamente zero, e ele já foi alvo de estudos
acadêmicos, documentários e reportagens nos mais importantes jornais e revistas.
Recebeu certificado de qualidade ISO 9001 e até o Príncipe Charles, da
Inglaterra, fez questão de conhecer os dabba wallahs na sua visita à
Índia.
o O o
Parênteses semântico: "dabba" é marmita em hindi. Na
Índia usa-se também o termo "tiffin" para as quentinhas empilhadas, tanto que a
entidade que reúne os entregadores milagrosos de Bombaim atende por Mumbai
Tiffin Box Supplier's Association. Já "wallah" é o sufixo que se usa junto com
um substantivo para designar certas profissões: chai wallah, por exemplo, é, em
tradução quase literal, "o cara do chá". Um dos bons filmes da dupla Merchant
Ivory, que conta as aventuras de uma trupe mambembe de atores ingleses nos anos
finais do Raj, chama-se, justamente, "Shakespeare wallah".
o O
o
Tipicamente, um dabba wallah recolhe, ao fim da manhã, um determinado
número de marmitas, e as leva, de bicicleta, até a estação de trem mais próxima.
Lá, as dabbas são separadas por destino e embarcadas num vagão especial. Em cada
estação subsequente, há wallahs para receber, encaminhar e, finalmente, entregar
as refeições, ainda quentinhas, aos destinatários. Os dabba wallahs são
autônomos, trabalham em cooperativa e a profissão passa de pai para filho; os
lucros são repartidos entre todos, sem distinção de função, e correspondem a um
salário mensal aproximado de oito mil rúpias, coisa de uns R$ 300. O serviço
existe há 124 anos e só saiu do ar uma vez, em 2011, quando os dabba wallahs se
juntaram a um movimento de greve geral pelo fim da corrupção na Índia.
Coitados.
o O o
É um raríssimo erro de entrega de marmita que põe
em ação a história de "The lunchbox", um dos filmes mais delicados e simpáticos
que vi nos últimos tempos. Sajaan Fernandes (Irrfan Khan, que fez Pi adulto em
"A vida de Pi", lembram?) está a um mês da aposentadoria. Trabalha num
escritório de contabilidade das antigas, cheio de papéis e de aborrecimentos, e
está longe de ser a alegria da festa. É viúvo, solitário, mal humorado e muito
mais velho do que os seus anos. Como não há nada de ruim que não possa piorar,
ele ainda tem que conviver com o insuportável novato Shaik (Nawazuddin
Siddiqui), que em breve assumirá o seu cargo.
Na outra ponta da cidade
vive Ila (Nimrat Kaur), jovem, bonita e casada com um marido que não a merece.
Ela passa os dias conversando pela janela com a tia que mora no andar de cima,
cuidando da filha e tentando inventar receitas que despertem um mínimo de
entusiasmo naquele marido sem remédio. Mas, um dia, a comida deliciosa de Ila
vai parar, por engano, na mesa de Sajaan. Que, ao contrário do marido chato,
raspa a marmita. Ela descobre o erro, e no dia seguinte manda um bilhetinho para
o desconhecido que tanto apreciou os seus pratos; ele responde, reclamando do
sal. A partir daí começa uma curiosa troca de bilhetes -- e uma bela amizade,
ainda que à distância.
A conversa com Ila e a boa comida não chegam a
transformar Sajaan no campeão de popularidade da firma, mas suavizam as suas
arestas e promovem, de certa forma, as suas pazes com a humanidade; os bilhetes
de Sajaan preenchem as tardes de Ila e põem uma pitada de sonho numa vida sem
perspectivas.
"The Lunchbox" foi escrito e dirigido pelo estreante
Ritesh Batra. É inegavelmente um filme indiano, mas está a léguas de distância
do que se entende por "filme indiano" -- dura apenas 105 minutos, não tem
números de canto e dança e é tão sutil na forma quanto no conteúdo. Ou seja,
passa ao largo de Bollywood, embora faça, aqui e ali, umas referências gentis ao
velho cinemão.
Infelizmente, peguei esta verdadeira jóia em fim de
carreira no circuito carioca. Quando voltei do Marrocos, amigas que conhecem a
minha paixão pela Índia e pelo cinema indiano insistiram para que fosse
assisti-lo -- mas, entre obras em casa, braço quebrado e todos os acontecimentos
que cercaram a minha reentrada na atmosfera, só consegui tempo agora, no
feriadão.
"The Lunchbox" resiste bravamente no Laura Alvim e no Espaço
Itaú, em dois míseros horários. Se vocês ainda não assistiram, não deixem essa
última chance escapar".
(O Globo, Segundo Caderno,
24.4.2014)
Obrigada Cora ...bjos
Faça por favor uma programação. Nos ajude! Me ajude!
"Namastê... A Estrela Que Habita em Mim Saúda a Que Existe em Você"
Eu gosto muito de carnaval e já brinquei até o último segundo da quarta-feira, (quando ele terminava na quarta feira...rs...) e depois dormia na praia, morta, acordando quinem bife a milanesa com o sol já alto, rachando nos olhos.
Ótimos tempos!
Hoje sou foliona de televisão.
Ainda passo noites acordada vendo o desfile das escolas do Rio.
E este ano tenho motivo de sobra pra virar a noite.
Quero ver como a
MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
vai mostrar a Índia pra avenida.
O samba ficou lindo!
Uma poesia.
Já avisei pros amigos da Índia e vou gravar o desfile todo da Mocidade pro Anup mostrar na escola pros nossos amigos e embondinhos.
Não sei se ainda é assim, mas na minha infância o sonho de toda criança era visitar uma fábrica de chocolate. Eu queria que meu pai trabalhasse em uma. Ficava imaginando ele chegar todo dia com muito chocolate pra nós.
Engraçado que cresci, e chocolate não é paixão da minha vida. Como raramente.
E de modo geral, sempre fui apaixonada por fábricas. De qualquer coisa. Prego, vidros, tampas, tecidos.
Amo assistir documentários mostrando "como se faz".
Lembram o tanto de coloridos que fiz em 2016? Alem de ganhar um dinheirinho pra nossa escola o melhor de tudo é que me diverti e me distrai muito.
2017 foi um ano mais puxado e quase não fiz nada. Não tive tempo.
Este ano, comprei mais alguns cadernos em Paris e como tirei o ano pra me dedicar mais a minha casa e a mim (abandonados por quase 6 aos...rsrs) retomei os coloridos.
E vi essa reportagem sobre fábrica de lápis.
Que sonho!
Taí, boa ideia! Vou ver se este ano visito alguma fábrica. De qualquer coisa. Pra aprender.