Lá vai um causu que eu adoro pra começar a segunda feira animada. Semana curtinha por conta do feriado....eeeebbbaaaa!!!
O causu se passou com amigos queridos, que já se foram embora antes do combinado. Mas não posso reclamar. A gente nunca tá satisfeito, quando convive com pessoas no melhor sentido da palavra: pessoa. Lindos, generosos, sábios, bem humorados, amigos. O melhor de tudo. Sempre amigos em qualquer situação. Meus segundos pais terrenos.
Família enorme e pouco a pouco todo mundo foi se casando, caindo fora de casa e ficaram os dois. Nunca sozinhos, porque a frequência da casa só aumentou com os agregados. Mas a noite normalmente era só dos dois. Tranquilos vendo tv, conversando, rindo, dormindo, na boa.
Até que a casa do lado, e quando eu digo do lado é porque era grudada mesmo, nem o muro separava direito. Muro baixinho. Tempos bons em que a gente não precisava se resguardar tanto.
Bom, a casa foi alugada pra ser um bar-restaurante. E com música ao vivo! UUhhhuuuu!!! Tudo que alguem pode sonhar na vida é ter uma banda tocando toda noite dentro de casa, acompanhada de pessoas cantando, se divertindo, rindo alto e as vêzes até brigando. Seu sonho, né não? Certo? Errado. Calma que explico.
O gerente do estabelecimento assim que soube quem eram os vizinhos, pensou o inevitável:
- Ai meu Deus! Já sei o que me aguarda!
E não tardou muito a ver realizada sua previsão.
Parênteses pra informar o tipo de música e o tipo de frequência pro que veio o bar.
Pessoal acima de 40 anos. Música romântica mais pra dançar, dor de cotovelo ou de corno, como você preferir, rapazes e moças solteiros a procura de compania, de alegria. Enfim, um "dancing" dos nossos tempos.
Isto explicado, voltemos ao gerente.
Estava ele uma noite já lá pela 1 da matina super animado com o movimento da casa, povo dançando, se divertindo, casa cheia, grana entrando, enfim feliz da vida com seu trabalho, quando é chamado ao telefone e avisado:
- Se prepara que é o senhor do lado. O vizinho da terceira idade.
Ele respirou fundo, se armou e disse todo cheio de "amizade":
- Boa noite senhor. Em que posso ajudá-lo?
Meu amigo se apresentou:
- Boa noite, sou fulano de tal seu vizinho, e ainda não tive o prazer de conhecer o senhor, mas já tenho um pedido a fazer.
O gerente já foi adiantando, esperando a bomba prestes a cair:
- Espero que não estejamos perturbando muito o senhor e sua esposa.
- Não, não, pelo contrário!
- ?
- Mas gostaria de fazer um pedido, se fosse possível.
- O que o senhor quiser, se eu puder atender!
- Pergunte ao seus músicos se eles sabem tocar, Perfídia, El Reloj, Solamente una vez?
-?
- Alô?
- Sim, sim, claro! Eles sabem sim, estas músicas fazem parte do repertório.
- Ótimo, ótimo, então por favor peça pra tocar, que vou abrir a janela pro som entrar melhor, e convidar minha esposa pra dançar. Ela adora estas músicas.
Durante anos e anos esta casa funcionou e jamais ouve um problema por conta de música alta tocada até Deus sabe que hora. Meus amigos não sabiam informar a que horas a casa fechava, porque a música os embalava e dormiam felizes da vida.
E tem mais, todo final de ano, no Natal, o gerente dava de presente pra família, que ele agora já conhecia e sabia do volume de pessoas, uma leitoa assada, pra ceia.
Estes foram alguns dos preciosos amigos que cruzaram comigo pelos Caminhos por onde andei.
O causu se passou com amigos queridos, que já se foram embora antes do combinado. Mas não posso reclamar. A gente nunca tá satisfeito, quando convive com pessoas no melhor sentido da palavra: pessoa. Lindos, generosos, sábios, bem humorados, amigos. O melhor de tudo. Sempre amigos em qualquer situação. Meus segundos pais terrenos.
Família enorme e pouco a pouco todo mundo foi se casando, caindo fora de casa e ficaram os dois. Nunca sozinhos, porque a frequência da casa só aumentou com os agregados. Mas a noite normalmente era só dos dois. Tranquilos vendo tv, conversando, rindo, dormindo, na boa.
Até que a casa do lado, e quando eu digo do lado é porque era grudada mesmo, nem o muro separava direito. Muro baixinho. Tempos bons em que a gente não precisava se resguardar tanto.
Bom, a casa foi alugada pra ser um bar-restaurante. E com música ao vivo! UUhhhuuuu!!! Tudo que alguem pode sonhar na vida é ter uma banda tocando toda noite dentro de casa, acompanhada de pessoas cantando, se divertindo, rindo alto e as vêzes até brigando. Seu sonho, né não? Certo? Errado. Calma que explico.
O gerente do estabelecimento assim que soube quem eram os vizinhos, pensou o inevitável:
- Ai meu Deus! Já sei o que me aguarda!
E não tardou muito a ver realizada sua previsão.
Parênteses pra informar o tipo de música e o tipo de frequência pro que veio o bar.
Pessoal acima de 40 anos. Música romântica mais pra dançar, dor de cotovelo ou de corno, como você preferir, rapazes e moças solteiros a procura de compania, de alegria. Enfim, um "dancing" dos nossos tempos.
Isto explicado, voltemos ao gerente.
Estava ele uma noite já lá pela 1 da matina super animado com o movimento da casa, povo dançando, se divertindo, casa cheia, grana entrando, enfim feliz da vida com seu trabalho, quando é chamado ao telefone e avisado:
- Se prepara que é o senhor do lado. O vizinho da terceira idade.
Ele respirou fundo, se armou e disse todo cheio de "amizade":
- Boa noite senhor. Em que posso ajudá-lo?
Meu amigo se apresentou:
- Boa noite, sou fulano de tal seu vizinho, e ainda não tive o prazer de conhecer o senhor, mas já tenho um pedido a fazer.
O gerente já foi adiantando, esperando a bomba prestes a cair:
- Espero que não estejamos perturbando muito o senhor e sua esposa.
- Não, não, pelo contrário!
- ?
- Mas gostaria de fazer um pedido, se fosse possível.
- O que o senhor quiser, se eu puder atender!
- Pergunte ao seus músicos se eles sabem tocar, Perfídia, El Reloj, Solamente una vez?
-?
- Alô?
- Sim, sim, claro! Eles sabem sim, estas músicas fazem parte do repertório.
- Ótimo, ótimo, então por favor peça pra tocar, que vou abrir a janela pro som entrar melhor, e convidar minha esposa pra dançar. Ela adora estas músicas.
Durante anos e anos esta casa funcionou e jamais ouve um problema por conta de música alta tocada até Deus sabe que hora. Meus amigos não sabiam informar a que horas a casa fechava, porque a música os embalava e dormiam felizes da vida.
E tem mais, todo final de ano, no Natal, o gerente dava de presente pra família, que ele agora já conhecia e sabia do volume de pessoas, uma leitoa assada, pra ceia.
Estes foram alguns dos preciosos amigos que cruzaram comigo pelos Caminhos por onde andei.
Ieda, conhecendo um pouco sobre seus amigos dá para entender você. Seu jeito de ser.
ResponderExcluirbeijo
Beth
Reflexo né, Beth? rrssss.
ResponderExcluirbjins
Até consigo ver os dois dançando. Bonitinhos demais. Eles eram do tempo do "país da delicadeza".
ResponderExcluirMuito bem definido dona Kátia
ResponderExcluirbjins
Pessoas felizes não se incomodam com nada nesta vida...
ResponderExcluirAinda existe, né?Que bom!
Falou e disse, Maga, pessoas em paz. Felizes.
ResponderExcluirbjins
Amei esse causo...emocionante. Hj eu não durmo....mas minha bronquite tosse agradecida por essa madrugada animada pelo seu blog!!!! E...amo a Mafalda que até pari uma!!!! Ver, bella! Nossa Thl tinha té (e tem!) a cadeirinha e faz 23 anos! No barrigão já lia as historietas! Meu marido levou meu 'enxoval' prá maternidade em Campos do Jordão: livros e livros e nossos 2 volumes da Mafalda, edição portuguesa. O médico perguntou entre uma visita e outra, me vendo lendo: 'não tá doendo?' Respondi: se eu parar de ler só nas contrações, sei que depois vou ter o que fazer!' Nasce Ethel e acredite, ela dizia textos e fazia coisas iguais aos quadrinhos! Com direito a Suzaninha, Miguelinho e Gui, que são amigos dela até hj!!!!! Bjs e bom domingo!!!
ResponderExcluirAdorei essa dica de ficar lendo enquanto tem contrações...uma forma ótima de segurar a onda...A Mafalda é minha ídola....
ResponderExcluirbjos bjos