"A rebeldia voltou. E nos lugares mais inesperados. O rastilho foi aceso em Túnis, seguiu para o Cairo e depois para Sanaa, Manama, Damasco – cidades onde a ação política não é um direito. Onde as praças tiveram de ser ocupadas com o risco de prisão, tortura e morte. Mesmo assim, as manifestações só ficaram violentas porque as autoridades as atacaram.
Nenhuma mobilização foi tão inesperada quanto a que explodiu, no mês passado, do outro lado do Atlântico Norte, numa das cidades mais ricas do mundo: Vancouver, no Canadá. Sua motivação foi frívola. Por 4 a 0, o time local de hóquei no gelo perdeu a final do campeonato. Não houve reivindicação social ou política: chateada, a gente saiu à rua e botou fogo em carros, quebrou vitrines, invadiu lojas.
Fizeram tudo isso com a leveza da futilidade, posando para câmeras de celulares, autorregistrando-se em instantâneos ambivalentes de prazer e agressão. O impulso de se preservarem em fotos e filmes era tão premente quanto o de destruir.
A bancada vienense poderia explicar assim o fenômeno: se o espetáculo do jogo não satisfez, o do simulacro da revolta o compensará; o narcisismo frustrado vira exibicionismo compartilhado.
Uma foto do quebra-quebra em Vancouver se destacou e correu o mundo. Mas por ter escapado, num instantâneo, das imagens reiteradas de violência autocongratulatória. Ela mostra o australiano Scott Jones com sua namorada, a canadense Alexandra Thomas. Ele tem 29 anos, chegou ao Canadá há apenas seis meses e nem gosta de hóquei no gelo. Tentavam fugir do caos dos egos em fúria quando Alexandra foi atingida pelo escudo de um policial e caiu. Jones deitou-se ao lado e, para acalmá-la, deu-lhe um beijo. “Pareceu a coisa certa a fazer”, explicou.
O fotógrafo Rich Lam viu apenas vultos do que pareciam dois corpos feridos no chão. E, sem perceber direito o que registrava, captou o beijo. Pronto: Alexandra e Scott viraram celebridades. Namorando há apenas seis meses, o casal cancelou uma viagem à Califórnia para cumprir uma agenda extensa de entrevistas em Nova York. A sociedade do espetáculo não pode parar."
Em algum post deste blog eu falei sobre a forma de se manifestar, de se soltar, dos povos ditos civilizados ( tô quase achando que não existe este povo ). Acho que contava sobre a maneira francesa de se comportar em festas populares. Festas de rua tipo o 4 de julho, time de futebol ganhando campeonato, Festa da Música...é um desastre total. Uma violência e um perigo de dar gosto. Todo mundo pira o cabeção, bebe muito, e, consequentemente faz muita merda. Jogam bombas nas estações de metro, quebram vidraças de lojas, queimam orelhões, colocam fogo em carros. Um horror.
Quando vi as fotos destes jovens que moram numa das cidades mais ricas do mundo, mais dita civilizadas, pensei cá com meus botões; prefiro às vezes o nosso jeito tupiniquim de ser. Como aqui a gente fala alto, ri alto, canta alto, briga, xinga, incomodando muito quem tá do lado sem nos preocuparmos com a tal individualidade, quando nós soltamos de verdade, sobra pouca merda pra fazer.
Este povo aí me dá mais medo.
São menos previsíveis.
Enquanto escrevia este post o pau começou a quebrar na Noruega. Como assim? Noruega? Pois é, o país conhecido pelo seu maravilhoso bacalhau, infelizmente se fez notar esta semana de uma forma nada interessante. Sei que o índice de suicídio e bebedeira por lá é muito alto. Enfim!
Mais uma vez, eu repito.
Mêda deste povo muito certinho.
Você consegue imaginar uma garota brasileira fazendo esta pose em frente a um acidente numa das ruas de nosso país?
Esta pose aí, porraqui estamos acostumados a ver quando nosso time faz um gol.
Ou, você enxerga um outro babaca tirando foto nessa alegria toda em frente a um incêndio numa favela? Eu não.
Copiei na íntegra este artigo da Revista Piauí, meu mais novo brinquedo. Tô encantada com a revista. Já tenho ouvido falar sobre ela nos últimos tempos, mas por sei lá qual motivo nunca tinha comprado. Comprei semana passada e dá vontade de transcrevê-la total pra você. Mas, antes que eu te empurre guela abaixo toda a revista, entre no site e pode ler tudim.
Tá difícil saber o que é melhor pra um povo. Uma coisa é certa; os valores estão sendo esquecidos. Respeito está a cada dia que passa mais fora da moda.
ResponderExcluirLia
Parece um jogo, né Lia? A gente se anima e acha que tá ganhando, derrepente vem um mané assim e puxa nosso tapete...
ResponderExcluirbjins
Concordo com a Lia, Ieda. Respeito é uma regra básica pra se viver em harmonia.
ResponderExcluirBeth
Eu tô muito assustada como nossos jovens estão se drogando.Realmente tá faltando respeito,educação,e digo até mais, falta religiosidade( n querendo ser piegas,qq religião serve para frear as pessoas do mal).
ResponderExcluirOs jovens não têem mêdo de nada pois acham q têem a vida toda pela frente e muita irresponsabilidade.
A gente aprende com a vida....
Nossos jovens são diferentes mesmo,os exemplos q temos foram idealistas, anos 70 e mais tarde a moçada do impescheament.
A primeira foto diz tudo,no meio do caos uma mensagem de paz e amor.
bjim
Impeachment
ResponderExcluirIsso q dá, confiar e não ler o q escreve.
Gostei do artigo.
bjo
Não sei se vc já leu aqui pelo blog. Digo sempre, que minha mãe não iria estar agradando nada de ver a falta de educação e respeito do povo hj em dia...ela era a gentileza em pessoa.
ResponderExcluirbjins pra vc
Pois é Maga,toda juventude tem seus excessos. Cada época as pessoas pensam que só tá piorando. Não sei o que pensarão estes jovens quando tiverem seus 50 anos...rs
ResponderExcluirbjins
XXXquenta não Maga...aqui pode tudo...ou, quase tudo..rs
ResponderExcluirbjins