quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E o prisioneiro de guerra virou meu amigo


Este causu aconteceu na época da segunda guerra mundial.  Achei super interessante, principalmente pela minha ignorância em relação a assuntos de guerra. Confesso que não me interesso muito. E a constatação de que toda guerra é de uma estupidez fora do normal. E mais ainda. Quem está ali lutando, matando,  não é necessariamente uma pessoa má ou ruim. Vamos ao caso que você vai entender.

Um casal francês morava com os filhos em uma cidadezinha do interior da França. Nos Alpes franceses. E o marido foi convocado pra lutar na guerra. Partiu pra Alemanha. E lá ele se tornou prisioneiro de guerra.
Neste meio tempo sua mulher que havia ficado sozinha com os filhos pequenos, estava em apuros pra cuidar sozinha de tudo. Da  pequena propriedade e dos filhos.
Aí entra uma parte da história, que eu nunca tinha ouvido falar e por isso tô contando pra você. Achei interessante demais.
Ela pediu autorização pro governo ( ou exército ou quem fosse de direito) pra lhe ceder um prisioneiro alemão pra ajudá-la nas tarefas da fazendinha. E lhe foi cedido um prisioneiro de guerra alemão.
Você sabia disso? Sabia desta possibilidade? Eu não.
Continuando.
O alemão começou a trabalhar  e o marido dela  que tinha conhecimento do fato,  depois de um tempo escreveu uma carta  a esposa dizendo que gostaria  que o rapaz fosse tratado da mesma maneira que ele estava sendo tratado na Alemanha.
A primeira coisa que eu pensei quando ouvi isso  foi: tempos de guerra, prisioneiro, ele deve estar comendo o pão que o diabo amassou. Certo? Errado.
Ele pedia que ela tratasse o moço muito bem, porque apesar de prisioneiro de guerra, ele estava sendo muito bem tratado pelos alemães.
Bom, passou-se o tempo, terminada a guerra, cada um voltou pro seu país pra sua casa.
Este casal teve mais um filho e sabem quem foi convidado pra ser o padrinho do filho? O alemão. Eles ficaram super amigos, se frequentavam sempre.
O menino tornou-se um grande amigo do seu padrinho. Hoje este senhor ainda vive na mesma região e acredite se quiser. Se encontra com seu padrinho sempre que pode.
Ano que vem quando for à França, vou dar um jeito de me encontrar com este senhor. Quero muito que ele me conte os causus do seu padrinho. E se puder conhecer o padrinho então!  Ui! Vai ser muito legal. Haja história! Haja causu pra contar.

6 comentários:

  1. Parece mesmo tema de novela,taí provando que gentileza gera gentileza, as pessoas deveriam pensar nisto em tudo na vida, tipo no trânsito, trabalho, família, vizinhança, etc... Assim teríamos menos guerra, né não?
    Qto à essa possibilidade de guerra, aprendi aqui com vc.
    E mais,uma reflexão bem atual q mesmo um prisioneiro deveria ser tratado como um ser de Deus, mesmo os q não se comportam assim....
    Xiiiii, se deixar esse tema vai longe...
    bjo

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  2. Bom demais né Maga! E tô descobrindo que os pisioneiros eram aproveitados pra diversos trabalhos...melhor q deixar a turma à toa só gastando o dinheiro público, como em nossos presídios.
    bjins

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  3. hhheee...é um verdadeiro novelo de lã...quanto mais desenrola mais fio aparece...muito bom. Assim os assuntos não terminam. Todo dia um causu pra comentar e pensar a respeito
    bjos meu bem

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  4. Não sei se era caso de choro, mas chorei. Acho que chorei por muita coisa, não só por este seu causu, Ieda. Concordo com você. Muito para pensar e refletir.
    um beijo
    Beth

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  5. Beth, lembra da minha amiga que fico na casa dela nos Alpes? Ela que contou este causu. Tb. me emocionei, por isso quis passar pra vcs.
    bjos bjos

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