Primeiro presente de Natal que recebo. Obrigada amiga querida!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
A viagem de Ieda
Queria deixar um pensamento nesse final de ano, alguma coisa que fizesse um sentido forte para mim, alguma coisa que tivesse realmente importância, face a tantas bobagens que as mídias instantâneas nos aportam no dia a dia.
Pensei no que fiz ao longo desse ano, mas nada teve assim um caráter especial - segui a vida, caminhei no fluxo, cuidando dos meus próximos, como sempre faço, me sentindo responsável pelo bem estar daqueles que vivem sob minha guarda. Acho que estou cumprindo um papel na vida dessas pessoas, um papel que as forças cósmicas me outorgaram, que eu aceitei, claro, de fazer a vida circular, ir para um bom lugar, fazendo-a fluir melhor para os que de algum modo possam estar momentaneamente paralisados - eu os ajudo a caminhar.
Mas nada se compara à viagem que essa minha companheira de aspirações está fazendo logo ali, na Índia, e que relata em seu blog, que recomendo vivamente.
Não conheço Ieda pessoalmente, mas sinto que ela está num estágio existencial para além de qualquer pessoa próxima, e nesse estágio eu gostaria também de já ter podido chegar. Ela já viajou o mundo todo - é só ler um pouco de sua vida contada em vários posts -, trabalhando em cada canto, mas resolveu voltar à India e parar ali, em Bodhgaya, um vilarejo pobre como são os vilarejos onde vivi alguns anos de minha infância. Lá ela lutou e construiu, com amigos movidos à mesma energia e força, uma sala de aula que, basicamente, é um cômodo onde as crianças aprendem sentadas onde der. Agora, mais recentemente, ela cismou que é preciso ir além - sempre será preciso ir mais além - e está construindo um posto de atendimento médico, cuja história comovente ela registra com emoção no blog - em textos e fotos belas, expressivas como essa das crianças estudando, com o rosto mais lindo do mundo, uma das fotos de Ieda por que sou apaixonada.
Então, nesse final de ano, em que sinto uma certa aflição no ar pelo exasperado apelo ao consumo e pelo excesso de coisas insustentavelmente leves demais, parar e olhar as crianças e os pacientes por quem Ieda vela tem sido uma forma de chegar perto da vida, de sua instância mais primordial - da vida que importa, ou do que importa definitivamente na vida. Obrigada, Ieda. Essa menina que eu fui sente-se à vontade com seu povo, que é meu também. E agradece.
Blog da minha amiga que eu recomendo e preciso arrumar um tempim pra ler de cabo a rabo
www.linhadepesca.blogspot.com
Pensei no que fiz ao longo desse ano, mas nada teve assim um caráter especial - segui a vida, caminhei no fluxo, cuidando dos meus próximos, como sempre faço, me sentindo responsável pelo bem estar daqueles que vivem sob minha guarda. Acho que estou cumprindo um papel na vida dessas pessoas, um papel que as forças cósmicas me outorgaram, que eu aceitei, claro, de fazer a vida circular, ir para um bom lugar, fazendo-a fluir melhor para os que de algum modo possam estar momentaneamente paralisados - eu os ajudo a caminhar.
Mas nada se compara à viagem que essa minha companheira de aspirações está fazendo logo ali, na Índia, e que relata em seu blog, que recomendo vivamente.
Não conheço Ieda pessoalmente, mas sinto que ela está num estágio existencial para além de qualquer pessoa próxima, e nesse estágio eu gostaria também de já ter podido chegar. Ela já viajou o mundo todo - é só ler um pouco de sua vida contada em vários posts -, trabalhando em cada canto, mas resolveu voltar à India e parar ali, em Bodhgaya, um vilarejo pobre como são os vilarejos onde vivi alguns anos de minha infância. Lá ela lutou e construiu, com amigos movidos à mesma energia e força, uma sala de aula que, basicamente, é um cômodo onde as crianças aprendem sentadas onde der. Agora, mais recentemente, ela cismou que é preciso ir além - sempre será preciso ir mais além - e está construindo um posto de atendimento médico, cuja história comovente ela registra com emoção no blog - em textos e fotos belas, expressivas como essa das crianças estudando, com o rosto mais lindo do mundo, uma das fotos de Ieda por que sou apaixonada.
Então, nesse final de ano, em que sinto uma certa aflição no ar pelo exasperado apelo ao consumo e pelo excesso de coisas insustentavelmente leves demais, parar e olhar as crianças e os pacientes por quem Ieda vela tem sido uma forma de chegar perto da vida, de sua instância mais primordial - da vida que importa, ou do que importa definitivamente na vida. Obrigada, Ieda. Essa menina que eu fui sente-se à vontade com seu povo, que é meu também. E agradece.
Blog da minha amiga que eu recomendo e preciso arrumar um tempim pra ler de cabo a rabo
www.linhadepesca.blogspot.com
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