Hoje fui visitar minha princesa Puja.
Foi um dos dias mais difíceis que tive nos últimos tempos.
Depois de 2 anos encontrei ela sentadinha no mesmo lugar, vendo a mesma paisagem dia após dia.
No final de fevereiro o Anup deve voltar com ela e a família em Calcutá pra continuar o tratamento.
Por que foi difícil hoje?
Porque senti que ela perdeu a vontade de viver. Eu já teria perdido há muito tempo atrás. Que vida dura, difícil, triste. Ver todo mundo indo e vindo, continuando sua vida e ela ali parada sem ação, sem ter poder nem força pra fazer nada. Tudo depende do pai, da mãe e da avó.
Até as perguntas que faço pra ela a família responde. Sempre eu preciso pedir pra deixar ela falar.
Perguntei porque ela não quis ao cinema conosco. Insistimos muito. Os professores, os irmãos e ela não quis ir.
Ela respondeu que não tinha motivo. Sei o motivo. Total falta de vontade de viver.
Perguntei se ela tava sentindo alguma dor. Disse que não. Pedi pra ela me olhar e responder a verdade. Disse que não sente dor. Ok. Falei que daqui há alguns dias depois da minha viagem vou levar ela na cidade pra comprar uma roupa nova. Se ela queria. Ela respondeu: se você quiser...
Ela já tava conseguindo conversar bem bonitinho em inglês antes de sair da escola, e hoje, aos poucos foi se lembrando e conseguimos conversar um pouco.
Perguntei sobre a máquina de costura que demos pra ela. Depois de muito insistir ela disse que precisa de alguém pra ensinar a ela como costurar. Quando demos a máquina ela não quis. Agora deve ter sentido que é difícil aprender sozinha.
Acabei de conversar com o Nagdev e ele vai arrumar uma professora pra ensinar ela a costurar.
Vamos ver quanto vai custar.
Se alguém quiser ajudar vai ser muito bom.
Levei pra ela muitas maças e muitas laranjas, que imagino se ela comer uma de cada vai ser muito, porque juntou um mundo de criança ao redor de nós enquanto a gente conversava e todos de olhos nos sacos de frutas.
Como o indiano não sabe comer sozinho, talvez ela consiga comer uma fruta de cada.
Mais no final da conversa ela já tava chorando e eu que tava me segurando desde o princípio, desabei.
Abraçei muito com ela e disse o tanto que a amo e o tanto que quero ver ela feliz.
Sai de lá soluçando tanto que não conseguia parar.
Sempre que vou lá o pai dela vai comigo até o carro, que para bem longe. Não tem jeito de chegar na casa.
Hoje ele veio atras de mim em silêncio e quando entrei no carro me virei pra dar adeus ele também tava chorando.
Vida fudida!
Foi muito triste.
Uma tristeza tão profunda e foi tanto choro, que estou exausta até agora.
Que Deus me ajude e me dê saúde pra ver se consigo continuar a ajudar essa Princesa e ainda ver ela andando feliz e continuando seus estudos.
Ninguém merece mais do que ela.
A mamãe dela chorando junto
PREMAMETTASCHOOL
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