Andei sumidinha por alguns dias por motivo de mudança...rsrsrs...mudança de endereço, mudança de hábitos, recebendo amigos e família, readaptação na casa nova depois de morar por 40 anos no mesmo endereço.
Quem tá acostumado com mudança sabe da trabalheira, da canseira, e eu tive serviço dobrado porque tenho tralha demais. Não tenho muitos móveis mas tenho uma tranqueira miuda de dar gosto...ou espanto.
Tranqueirinhas acumuladas há pelo menos 70 anos, porque o objeto mais antigo que tenho ganhei da minha vó Zebilota quando tinha uns 3 ou 4 anos, que é uma máquina de moer carne onde já moí muita batatinha cozida na minha infância, mais as outras milhares de tranqueiras adquiridas, ganhadas de presente, surrupiadas com ou sem autorização, enfim, histórias da minha vida.
Como amo receber meus amigos me mudei pra um apto maior onde eles terão mais conforto pra passar um dia ou mais. Esse era um sonho antigo.
Vou contar como começou essa história.
Quando voltei do Iraque, onde trabalhei durante 6 anos na década de 80 do século passado, um dos assuntos mais discutidos em nossa roda de amigos feita no oriente, era a ideia de morarmos juntos.
Todos muito mais jovens, na faixa de 30 anos e a ideia que hoje já é mais comum, na época era uma inovação.
A gente ia comprar um terreno grande, construir pequenos bangalôs e no centro uma cozinha enorme junto com sala de jantar, recreação, reunião, enfim, cada um teria seu cantinho particular, mas se quisesse, quando quisesse, poderia se juntar aos demais pra comer, rir, conversar, ler, fazer o que tivesse vontade.
Teríamos gente legal pra cuidar de nós, nos levar pra cima e pra baixo quando precisássemos, enfim, uma velhice legal.
A ideia era colocar o plano em prática assim que todos já tivessem arranjados na vida, cada um feito seu pé de meia, e/ou já aposentados.
Bão.
E sempre voltava o assunto na roda nesses 40 anos passados.
Hoje, a maioria na faixa dos 60 e só eu ( ran..ram..rsrs..) na faixa de 70 e ninguem ainda acha que já tá na hora de começar a tomar providência e começar a agir.
A não ser eu e um amigo deste grupo.
No início da pandemia, conversando com este amigo eu disse:
- Olha, vamu tratar de arrumar nosso futuro antes que nossa família não deixe a gente assinar mais documento nenhum porque daqui há pouco estaremos sem o controle de nossas faculdades mentais...heheheee...
Parece exagero, mas não é não. A gente não sabe o que pode acontecer com ninguem. Não podemos contar que estaremos lindos e lúcidos daqui há 10 anos, ou 10 minutos.
E então, largamos o resto da turma pra trás e começamos a procurar um lugar pra nós dois.
O lugar já não seria mais um terreno enorme, mas um apartamento numa região central pra facilitar tudo, com uma varandinha pra gente poder tomar um sol, ter umas plantinhas, eu querendo meu quarto de hóspedes, apesar de que nunca me faltaram hóspedes mesmo morando em uma casa com um só quarto.
Dieu merci.
Aproveitando que não poderíamos sair de casa por conta da pandemia e com muito tempo pra fazer o que a gente quisesse começamos a procurar esse cafofo.
E o mais difícil. Teria que ser um apartamento grande o suficiente pra ter conforto pro dois e ao mesmo tempo poder dividir e cada um ter seu espaço independente.
Dividir o mesmo teto só com uma porta de entrada não tava nos nossos planos. Já estamos "muito velhos" e cheios de manias cada um de nós pra um não querer jogar o outro lá na rua depois de 1 semana de vida em comum.
O que a gente queria era poder sentar num final de tarde pra ver o por do sol comendo uma pipoca, alguem pra molhar as plantas do outro se houvesse necessidade, alguem pra tomar um café da manhã junto, ou trocar uma delicadeza de uma compra ou sei lá mais o que.
E importante, dividir despesas. Economia nesses tempos difíceis ( como se a gente já tivesse vivido tempo fácil nesse nosso Brasil! ) é muito importante e necessário.
Dividir sem estar colados.
E não é que a gente encontrou esse lugar?
Praticamente ao lado do antigo ap do meu amigo e muito perto de onde eu morava. Foi feito pra nós.
E nem vou contar a parte canseira que foi até chegar aqui porque ninguem merece. Bota canseira nisso. E ao mesmo tempo, bota persistência e muita querência de nossa parte pra não desistirmos da negociação.
E cá estamos nós lindos cada um em sua casinha, um ao lado do outro, sabendo que temos um amigo colado pro que der e vier, mas continuando a sermos livres leves e soltos como sempre fomos.
Se você quer ver algumas fotos da casa nova, me diga que eu coloco.
Tá muito linda! Mas não vou danar a lascar foto só pra me exibir...heheheeeee.
Nesse tempo todo a minha escola não ficou de lado. A luta é diária e tive sorte, porque algumas visitas estão me ajudando. Conversar pessoalmente sobre a
Premamettaschool
ajuda muito.
Nossa escola tá caminhando, nossas crianças com saude graças a Deus e eu já tô me preparando pra conseguir dim dim pro final deste ano.
Se você puder nos ajude
PREMAMETTA SCHOOL
BRADESCO
Ieda Dias
AG 1658
C/C 450890-4
CPF - 156643506 44 ( PIX )
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