Este causu aconteceu na época da segunda guerra mundial. Achei super interessante, principalmente pela minha ignorância em relação a assuntos de guerra. Confesso que não me interesso muito. E a constatação de que toda guerra é de uma estupidez fora do normal. E mais ainda. Quem está ali lutando, matando, não é necessariamente uma pessoa má ou ruim. Vamos ao caso que você vai entender.
Um casal francês morava com os filhos em uma cidadezinha do interior da França. Nos Alpes franceses. E o marido foi convocado pra lutar na guerra. Partiu pra Alemanha. E lá ele se tornou prisioneiro de guerra.
Neste meio tempo sua mulher que havia ficado sozinha com os filhos pequenos, estava em apuros pra cuidar sozinha de tudo. Da pequena propriedade e dos filhos.
Aí entra uma parte da história, que eu nunca tinha ouvido falar e por isso tô contando pra você. Achei interessante demais.
Ela pediu autorização pro governo ( ou exército ou quem fosse de direito) pra lhe ceder um prisioneiro alemão pra ajudá-la nas tarefas da fazendinha. E lhe foi cedido um prisioneiro de guerra alemão.
Você sabia disso? Sabia desta possibilidade? Eu não.
Continuando.
O alemão começou a trabalhar e o marido dela que tinha conhecimento do fato, depois de um tempo escreveu uma carta a esposa dizendo que gostaria que o rapaz fosse tratado da mesma maneira que ele estava sendo tratado na Alemanha.
A primeira coisa que eu pensei quando ouvi isso foi: tempos de guerra, prisioneiro, ele deve estar comendo o pão que o diabo amassou. Certo? Errado.
Ele pedia que ela tratasse o moço muito bem, porque apesar de prisioneiro de guerra, ele estava sendo muito bem tratado pelos alemães.
Bom, passou-se o tempo, terminada a guerra, cada um voltou pro seu país pra sua casa.
Este casal teve mais um filho e sabem quem foi convidado pra ser o padrinho do filho? O alemão. Eles ficaram super amigos, se frequentavam sempre.
O menino tornou-se um grande amigo do seu padrinho. Hoje este senhor ainda vive na mesma região e acredite se quiser. Se encontra com seu padrinho sempre que pode.
Ano que vem quando for à França, vou dar um jeito de me encontrar com este senhor. Quero muito que ele me conte os causus do seu padrinho. E se puder conhecer o padrinho então! Ui! Vai ser muito legal. Haja história! Haja causu pra contar.