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domingo, 4 de novembro de 2012

Trocando figurinhas




Colabore com alguma quantia mensal para a
 http://www.premametta.org/  
e em retribuição coloco seu link aqui no blog. 
Você pode achar pouco, mas tenho em média 600 pessoas acessando por dia o blog. Melhor estes 600 verem o nome da sua Empresa, do que nada,  né não?
Coloco o link aqui do lado direito o leitor clica nele e cai na sua Empresa...simples assim!
E eu falo sobre ela, sempre que encaixar em um assunto.
Me avise se estiver interessado.

Primeiro dia de atendimento em nosso Hospital, sucesso absoluto!

Muito obrigada, do fundo do coração, a todos que me ajudam neste projeto. Veja que é só o começo e preciso de muito mais ajuda...rs

Cheguei no hospital às 14h pra organizar e esperar o Dr. Sanjay que chegaria às 15h e  já tinha gente na porta esperando. Chuvinha fina, meninada de nariz escorrendo, mães e pais carregando os menores, pernas inchadas, pescoço com caroço enorme parecendo caxumba e o rapaz descalço na friagem...enfim...um dia que prometia muito. E cumpriu !
Nosso doutor chegou de moto, molhadim de chuva, mas com uma disposição de dar inveja. Nem deu tempo pra muita prosa e já começou a peleja.
Muitas pessoas já com a ficha de chamada em mãos e várias outras ainda fazendo a sua.
Depois que o médico fazia a consulta, eu levava o paciente pra salinha de remédios e o nosso "farmacêutico", na maior paciência e atenção, explicava direitim como usar o medicamento. Enquanto a pessoa não entendia, ele não liberava. Um amor de rapaz !
Se tinha injeção pra tomar,  já naquele momento, a pessoa voltava pra sala do médico e a nossa gentil enfermeira aplicava. 
O que mais ouvi ontem foi:
- Vou agradecer aos Deuses em minhas orações por vocês.
Muito obrigada de coração!
Eles só não sabem que, quem mais ganha com isso, somos nós, vendo a alegria das pessoas poderem ser atendidas, mesmo precariamente, mesmo sendo muito pobre e sem dinheiro algum.
Foram 49 pessoas atendidas em 2 horas e meia de trabalhos.
Uma turma grande ajudando : o médico, 1 enfermeira, 1 distribuidor de medicamentos, 1 rapaz fazendo a ficha das pessoas e mais, pelo menos, 8 pessoas contando comigo, dando suporte a essa turma. 
Eu ensinando a todos a jogarem todo o lixo na cesta de lixo, pedindo pra ficarem calmos que todos seriam atendidos, tentando falar com mães e pais que conversavam comigo como se eu tivesse entendendo tudo, tirando fotos de crianças que só vieram pra serem fotografadas...rs, explicando pro nosso "farmacêutico" que ninguém podia sair com dúvidas quanto a como usar os remédios. E no final,  explicava como se desfazer das seringas descartáveis.
E vou contando pouco a pouco como foi esse dia.
O próximo atendimento será terça-feira, 6/11 as 3h da tarde.
As fotos dizem o resto. 
E se você pensa que coloco muita foto, pro Sr. Anup Kumar tá pouco. Uma das maiores preocupações dele é mostrar pra quem nos ajuda, onde estamos colocando o dinheiro que recebemos.

 Ainda faltava 1 hora pro Dr. Sanjay chegar e as pessoas já estavam a postos


 Este é o rapaz que parecia estar com caxumba. Fotografei o pescoço dele, mas achei melhor não postar

 Salinha do doutor pronta esperando por ele

Caminha pro paciente

                                                E as fichas começaram a ser preenchidas


 Os meninos da nossa escola podem se considerar privilegiados...essa turma é bem mais necessitada do que eles!

Estamos usando três salas : à esquerda fica o médico, no meio o atendimento e à direita a sala com os remédios. Esta última é a única que tem porta. Quando der, colocamos as outras.

 Pelo visto, nosso primeiro estoque de medicamentos não vai ter vida longa.
 Preciso mais do que nunca da sua ajuda.

 A chuvinha fina e fria caindo e mães e pais chegando com seus filhotes!

 Estes dois estavam espremidos entre as mães fazendo suas fichas

 E dá-lhe nariz escorrendo!

 Uma dificuldade fazer as pessoas esperarem do lado de fora...todos querem ficar mais perto do doutor com medo de não serem atendidas. E eu explicava:
- Vocês estão atrapalhando aqui dentro. O médico não consegue nem conversar nem ouvir o coração dos seus amigos. 
Todos saiam e quando eu via, já tinha mais um monte na sala de inscrição...rs

 Uma privada pros pacientes está sendo feita aos poucos. Acabou a grana. Estamos esperando chegar mais alguma pra continuar. Outra vai ser feita pros donos da casa, médico, ajudantes.

 Nossa primeira paciente mostrando sua receita e o saquinho com os medicamentos. 

 Os remédios são dados na conta certa pra cada paciente. Nada de desperdício!

 Só tínhamos 1 tesoura e mais uma vez meu canivete salvou a pátria...fiz uma lista de coisas que faltaram e vou tentar levar na próxima terça-feira.
Graças a Deus já vi que tem doações na minha conta e vou poder comprar o que faltou...he..he...muito obrigada de novo meus amigos.

 Dra. Elisa Caetano, suas doações viraram pau pra toda obra. A luz serve pra olhos, ouvidos, nariz  e garganta..rs.... e o doutor tá encantado com o "apareio"!...rsss....
Antes de ir embora, ele se certificou duas vezes se a gaveta dele tava bem trancada...como você pode ver, ainda não tem porta na sala.

 O Dr. Sanjay chegou molhadim de moto, mas nem por isso se aquietou e 1 minuto depois já tava atendendo o povo.

 Eu com febre? Que isso!

 Nossa enfermeira super concentrada em seu trabalho. Luvas descartáveis por aqui ainda são objetos de luxo, como eram no nosso Brasil no século passado!

 Precisei ajudar a enfermeira a encontrar um lugar pra aplicar a injeção nesta senhora. Era só pele e osso!

 Nosso "farmacêutico" na maior calma e paciência com os pacientes. Explicava quantas vezes fosse necessária como usar os medicamentos. 

 Era o medidor de pressão doado pela Bia de um lado e o doado pela Elisa do outro, trabalhando sem parar!

 E a noite foi chegando então um vizinho emprestou o lampião...preciso comprar lanternas....haja dinheiro!

 Outro vizinho emprestou a luz pro Dr. Sanjay. A gente nem precisa pedir, eles correm e buscam. Quando vi já tava tudo claro! Enxuguei rapidim os olhos pra ninguém ver. Não tô fazendo drama nem querendo mostrar um lado delicado do processo, mas é difícil não se emocionar com a VONTADE DE AJUDAR  de todos.
Michette querida, suas doações estão sendo usadas o tempo todo. O doutor adorou as toalhinhas!

Mais uma agulha que teve dificuldade em encontrar carne pra se encaixar!


 Dá pra perceber que, no final de 6 dias de trabalho, o Dr. Sanjay mostrava em seu semblante um ar de cansaço, mas nem por isso ele parava. 
 Na saída, pegou sua moto e saiu na chuva de volta pra casa. Mais uns 15km e começava seu final de semana de descanso muito merecido!

 Ficou com vontade de nos ajudar também ?
Não se acanhe...rs
Deposite em minha conta do 

HSBC
BANCO 399
AGÊNCIA 1561
CONTA 0831621 (tudo junto sem dígito)
CPF 156 643 506 44

MUITO OBRIGADA MAIS UMA VEZ!


sábado, 3 de novembro de 2012

Olhe a PREMAMETTA de novo no jornal aqui na Índia!

Não disse que o Jackie Vishwakarma é um cara do bem? Chegou aqui no meu quarto agora todo feliz e falou:
- Feche os olhos, que tenho uma surpresa pra você!
Quando abri ele tava com o jornal na minha frente.
Olha a Premametta aííííi..........gennnnnnnnnnnnnnnnnnnteeeeee!!!
Muito bom!
Jornal de hoje

ESTAMOS SÓ COMEÇANDO E PRECISANDO MUITO DA SUA AJUDA
PODE AJUDAR COM QUALQUER QUANTIA?
DEPOSITE EM MINHA CONTA DO 

HSBC
BANCO 399
AGÊNCIA 1561
CONTA 0831621 sem dígito tudo junto
CPF 156643506 44
MUITO OBRIGADA MESMO!

Remédios, merenda, pratos, compração sem fim! Gastação feliz!

 Tem coisas aqui na  Índia que são de uma praticidade impressionante.
Abrir um Ambulatório Médico,  por exemplo. 
Pra conseguir o papel de autorização de funcionamento, o Anup foi a Gaya e voltou logo em seguida com ele.
Comprar medicamentos.
Raj e eu fomos a Gaya, e juntos com o nosso médico , que mora lá, a esta espécie de vendas de remédios no atacado. 
Nosso médico foi falando o que queria, o moço foi anotando, anotando, as vezes ele anotava por conta dele, as vezes eu dizia alguma coisa e o Dr. se lembrava de mais um, demos uma grana de depósito. Isso foi na quarta-feira. Ontem o Raj foi lá, pegou tudo, pagou o resto que ficou faltando e eles já estão aqui no meu quarto/escritório me esperando pra serem levados pro Hospital hoje à tarde.
E fim.
Nunca abri nenhum negócio no Brasil, mas sempre ouço as pessoas reclamarem muito da burocracia.
Hoje vai ser nosso primeiro dia de funcionamento. Tô  ansiosa pra ver como vai ser. Aliás, ansiedade positiva, é o que mais tenho sentido aqui.

 E tem tudo arrumadim! Tão pensando o que? Formulários de cadastro de pacientes, bloco pra aviar receitas, recibos de compras e gastos, cartão de indentidade com foto. Tudo feito com o maior carinho e rapidez, pelo nosso amigo Jackie Vishwakarma, profissional que eu recomendo.


E por falar em positiva, como eu havia previsto, pega-se o povo pela boca. Estamos pegando e as crianças com isso estão estudando.

Começamos com o café da manhã na escola, tô anotando a frequência dos alunos.
Primeiro dia ............ 53 crianças
Segundo dia.................................58 crianças
Terceiro dia....................................................63 crianças
Quarto dia........................................................................66 crianças

Comprei primeiramente 40 cumbuquinhas, depois mais 14,  e agora preciso comprar mais. Só não comprei ontem, porque o moço que fez o melhor preço pra nós não tinha mais. Compramos o estoque dele. Amanhã já deve ter.
Então, lá vem a pedição.
Minha querida amiga Patrícia Antunes está doando o lanche pra 40 crianças. Com essa "inflação" de crianças vou precisar de mais doações.
 São R$ 0,20/dia,  por criança.
Quando eu digo que qualquer 5, 10 reais aqui fazem a diferença, é a mais pura verdade! 
Veja só, com R$ 10, 00...................... 50 crianças tomam o lanche da manhã todo dia!

Quer me ajudar? Que bom! Por favor, deposite na minha conta do

HSBC
IEDA DIAS
AGÊNCIA 1561
CONTA 0831621  sem dígito tudo junto
CPF 156643506 44

MUITO OBRIGADA!


Olhaí o Dr. ditando e o moço escrevendo os nomes dos remédios

E o Raj sempre me ajudando!

Uma espécie de galeria, o lugar.

E os remédios aqui no meu quarto agora de manhã. O atendimento vai ser de 3 às 6 da tarde, três vezes por semana, pra começar.

A primeira compra ficou carinha, mas conseguimos. Daqui pra frente, preciso também de sua ajuda pra continuar com a reposição, pagar aluguel, médico, material de limpeza, chá, e só Deus sabe mais o que, porque sempre aparece uma conta nova pra pagar.

 NOS AJUDE POR FAVOR

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Oia nós de novo na VEJA online...hhheeeeeeee.....

Ontem foi o querido Augusto  Nunes que deu a força pra PREMAMETTA.  Hoje o querido Ricardo Setti. Assim nós vamu qui vamu messsssmooooo!!!!  Obrigada meus queridos e obrigada Reynaldo Rocha!



31/10/2012
 às 14:00 \ Tema Livre

História para comover e inspirar: nossa discreta e desconhecida Madre Teresa de Calcutá


A mineira Ieda e o indiano Prema Metta - que acreditam e fazem diferença - na inauguração do pequeno posto de saúde que conseguiram erguer num rincão perdido e miserável da Índia
Post do LeitorAmigas e amigos do blog, o amigo do blogReynaldo-BH, incansável batalhador pelo que acredita ser correto na vida pública e autor de muitos Posts do Leitor nesta coluna, hoje conta uma história comovedora: a de uma brasileira, praticamente anônima, que realiza, num recanto miserável da Índia, sem ajuda de governos ou de ONGs, um belo trabalho humanitário.
Guardadas as devidas proporções, uma discreta e desconhecida Madre Teresa de Calcutá.
Leiam o relato de Reynaldo:
Em meio a tantas notícias de “espertezas” e outros comportamentos de brasileiros, um pequeno gesto, um pequeno grande gesto.
Minha amiga – comentarista aqui do blog, a EIDIA – é uma mulher dessas especiais.
Que sempre se recusou a ser ativista somente frente a um teclado.
Que desconfia das ações oficiais. E mantém a capacidade de se indignar. Como todos nós.
Mas ela vai além.
O mini-posto que Ieda lutou para construir é celebrado lá, pelos locais, como Hospital
O miniposto de saúde que Ieda lutou para construir é celebrado lá, pelos locais, como Hospital
Ieda (este é o nome dela) faz a diferença. Faz da indignação, ação.
Sem rancores, bandeiras ou discursos raivosos. Faz porque entende que viver, ao final, é isto.
Ela conhece, literalmente, o mundo. Desde Paris – onde morou – à Palestina. Do Iraque aos Estados Unidos. Desde o Brasil à Índia, passando por Israel.
Ieda, em uma dessas viagens, ficou impressionada com o Brasil na década de 1950 que encontrou na Índia. Pelos costumes, pela extrema pobreza ainda muito presente apesar dos altos índices de crescimento econômico dos últimos anos e pela atroz falta de atendimento à população.
Pobreza que festeja a vida
Ao lado de um templo budista que visitava, na pequena localidade de Pathalgarh, num distrito do mais populoso Estado da Índia, Uttar Pradesh (quase 200 milhões de habitantes), no norte, ela conheceu uma comunidade de lavradores (a que pertencia o motorista que a atendia na viagem) que sobrevivem, muito pobremente, daquilo que plantam. Mas festejam a vida, com danças, cores e fé.
Ieda imediatamente, já naquele primeiro contato, resolveu que iria fazer algo. E começou a participar de um projeto idealizado pelo jovem motorista indiano, Prema Metta (mais um que acredita na utopia), que contava com um pequeno auxílio de cidadãos japoneses que haviam conhecido o local.
Ieda voltou ao Brasil e fez um movimento – solitário a início e posteriormente com apoio, embora pequeno e muito menor que o que é necessário – para angariar fundos destinados à construção de uma escola e um posto de saúde no local.
Foram leilões, doações, venda do que trouxe de lá, etc.
E aos poucos, sem NUNCA desanimar, teve a ajuda de amigos e algumas empresas de Belo Horizonte, sua cidade — desde boutiques conhecidas a cervejarias. Fez um leilão e arrecadou o que pôde.
Esta mulher chegou ao hospital com uma fratura na perna.
Esta mulher chegou ao pequeno hospital com a perna fraturada. Não existia qualquer atendimento aos habitantes a não ser a horas de distância
A sobrevivência dela? Com o próprio dinheiro. Não recebe um centavo para se manter na Índia, seja de hospedagem ou alimentação. Simplesmente porque não dá! Cada centavo tem uma destinação certa e necessária.
Energia solar, ventiladores e notebooks na pequena escola
E lá se foi Ieda. Mala com excesso de bagagem, com bonecas, livros de colorir e vários outros itens capazes de alegrar uma criança.
Em menos de um mês conseguiu, com os recursos que levantou no Brasil, colocar energia solar na pequena escola de apenas três salas. E ventilador de teto (lá é comum, nesta época, a temperatura chegar a 40 graus!).
Também doou notebooks para a escola (um) e para o professor e providenciou um estrado coberto com mantas, para tirar os meninos e meninas do chão batido de terra onde estudavam..
Mais um passo do sonho: o miniposto de saúde, que os locais chamam de hospital
E neste último sábado, 27, mais um passo do sonho foi dado. Inaugurou o que ela chama de miniposto de saúde.
E os locais denominam de hospital, pois o mais próximo fica a horas de distância. Os equipamentos médicos foram todos doados por médicos de Belo Horizonte e lojas de material cirúrgico, visitadas, uma a uma, pela Ieda. Um médico semi-voluntário, pois recebe pouquíssimo, começou a atender às pessoas.
Tenho um profundo orgulho de ser amigo de Ieda. De quem NUNCA se acomodou com a situação de injustiça. Esteja onde estiver. Que desconhece fronteiras. Que nunca julgou judeus ou palestinos. Que não acusa americanos ou iraquianos (já morou em ambos países). Mas que nunca desistiu. E nem desistirá.
Antes que a acusação – infelizmente comum – de por que não está fazendo o mesmo no Brasil, respondo por ela: já fez a vida toda! Desde a infância!
Hoje, aposentada e ganhando muito pouco, ela tem 65 anos bem vividos. Plenos e felizes. E seria como se nós, por cá, não aceitássemos a ajuda que recebemos de tantos de fora.
Era só a inauguração, mas o mini-post era tão necessário que foi preciso atendimento ali, em meio à festa
Era só a inauguração, mas o pequeno posto de saúde era tão necessário que foi preciso atendimento ali, em meio à festa
O jornal da BBC da Índia publicou reportagem com Ieda. Com foto e título: “Brasileira abre hospital!”.
Ieda – nossa EIDIA que estava sempre por cá, indignada com o Brasil – NUNCA contou (aqui ou lá) com um tostão de nenhum governo, ONG ou o que se equipare. Faz com o que tem e com ajuda de quem a conhece.
Por isso, apresento a vocês IEDA DIAS: uma BRASILEIRA que faz a diferença.
Conheça mais da Ieda visitando seu blog, neste link.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Olha a PREMAMETTA aí na VEJA on line, GEEENNNNTTEEEE!!!


30/10/2012
 às 19:47 \ Feira Livre

Reynaldo-BH: Ieda Dias, uma brasileira que faz a diferença

O hospital idealizado por Eidia
REYNALDO ROCHA
Nossa amiga EIDIA,  ─ comentarista aqui do blog ─ é uma mulher destas especiais.
Que sempre se recusou a ser ativista somente frente a um teclado.
Que desconfia das ações oficiais. E mantém a capacidade de se indignar. Como todos nós.
Mas ela vai além.
Ieda (este é o nome dela) faz a diferença. Faz da indignação, ação.
Sem rancores, bandeiras ou discursos raivosos. Faz porque entende que viver, ao final, é isto.
Ela conhece, literalmente, o mundo. Desde Paris ─ onde morou ─ ao Iraque. Desde a Palestina a Israel. Do Brasil à Índia.
Ieda, em uma destas viagens, ficou impressionada com o Brasil na década de 1950 que encontrou na Índia. Pelos costumes e pela extrema pobreza e falta de atendimento à população.
Ao lado de um templo budista que visitava, conheceu uma comunidade de lavradores que sobrevivem daquilo que plantam. E festejam a vida, com danças, cores e fé. Ieda, imediatamente ─ já naquele primeiro contato ─ resolveu que iria fazer algo. E começou a participar de um projeto ─ idealizado pelo jovem motorista indiano (mais um que acredita na utopia ─ chamado Prema Metta). Que contava com um pequeno auxílio de japoneses que haviam conhecido o local.
Ieda voltou ao Brasil e fez um movimento ─ solitário a início e com o apoio, pequeno e muito menor que o que é necessário ─ para angariar fundos para construção de uma escola no local e um posto de saúde.
Foram leilões, doações, vendas do que trouxe de lá, etc.
E aos poucos, sem NUNCA desanimar, teve a ajuda de boutiques conhecidas, cervejarias e amigos. Fez um leilão e arrecadou o que pode.
A sobrevivência dela? Com o próprio dinheiro. Não recebe um centavo para se manter na Índia, seja de hospedagem ou alimentação.
Simplesmente porque não dá! Cada centavo tem uma destinação certa e necessária.
E lá se foi Ieda. Mala com excesso de bagagem, com bonecas, livros de colorir, panos e tudo o mais que poderia fazer uma criança feliz.
Em menos de um mês conseguiu ─ com os recursos que levantou aqui ─ colocar energia solar na pequena escola de umas três salas. E ventilador de teto (lá é comum, nesta época, fazer 40 graus!). Idem um estrado coberto com mantas, para tirar os meninos e meninas do chão batido de terra onde estudavam. Doou notebooks para a escola (um) e para o professor.
No dia 27 de outubro, mais um passo do sonho foi dado. Inaugurou o que ela chama de miniposto de saúde. E os locais denominam de hospital. O que fica mais próximo, fica a horas de distância.
Tenho um profundo orgulho de ser amigo de Ieda. De quem NUNCA se acomodou com a situação de injustiça. Esteja onde estiver. Que desconhece fronteiras. Que nunca julgou judeus ou palestinos. Que não acusa americanos ou iraquianos (já morou em ambos os países). Mas que nunca desistiu. E nem desistirá.
Antes que a acusação ─ infelizmente, comum ─ de por que não está fazendo o mesmo no Brasil, respondo por ela: já fez a vida toda! Desde a infância! Hoje ela tem 65 anos bem vividos. Plenos e felizes. E seria como se nós, por cá, não aceitássemos a ajuda de tantos de fora que nos ajudam.
O jornal da BBC da Índia publicou reportagem com Ieda com foto e título: “Brasileira abre hospital!”. (Nota: vejam  e entendam o que é este hospital: inteiramente gratuito, fará o básico com o muito pouco que Ieda pode garantir! Mas um HOSPITAL para quem, como a senhora idosa da foto, que estava há sete dias com uma perna quebrada!).
Ieda ─ nossa EIDIA que estava sempre indignada com o Brasil ─ NUNCA contou (aqui ou lá) com um tostão de nenhum governo, ONG ou o que se equipare. Faz com o que tem e com ajuda de quem a conhece.
Por isso, apresento a vocês IEDA DIAS: uma BRASILEIRA que faz a diferença.

domingo, 28 de outubro de 2012

Já sonhando com a próxima foto

É mais fácil sair no Jornal na Índia do que no Brasil!....e nem tenho bunda grande...rs
O que tá escrito na Manchete?
"Brasileira abre Hospital"
Exagero...só ajudei a abrir.

E já sonhando com a próxima foto,  que vai ser pilotando uma
AMBULÂNCIA
Quer me ajudar?

É só fazer um depósito da quantia que puder em minha conta no

HSBC
IÊDA DIAS
AGENCIA 1561
CONTA 0831621 tudo junto sem dígito
CPF 156643506 44

Quer ver o filminho da inauguração? Vá pro próximo post.

Mais parecia inauguração de Shopping....rs

Os convidados chegando e nós ainda arrumando a casa, colocando flores, varrendo, criançada tomando banho pra ficar lindia....um dia inesquecível!!!!


 Eu cheguei lá pelas 8 da manhã e a situação era essa...

Portas e janelas instaladas, mas pintura e acabamento geral ainda por fazer. A obra continua...
Se a gente fosse esperar ficar tudo pronto pra começar a funcionar,  iria demorar muito.

 Os móveis já tinham chegado...faltava colocar nos lugares

 E começamos a improvisar um passeio com os tijolos restantes da obra

E foi muito bonitinho, porque  não disse nada. Comecei a jogar os tijolos mais perto dos dois rapazes que colocavam no chão, e num instante a meninada começou a ajudar....todos

 Este toquinho não parou. E vinha pegar o tijolo comigo falando: -  mais, mais....hehehee...

 Colocamos o baner

 E foi ficando bonito..

 Não ficou? Melhor do que ficar pisando em terra e areia e além de tudo carregando pra dentro de casa

 Quem mais se diverte é a garotada....assim que coloquei a mesinha da recepção no lugar e as cadeiras, eles se sentaram sem cerimônia pra descansar...rs
As pessoas serão atendidas por essa janela e ficarão sentadas na sala ao lado esperando sua vez.

 Colocar flores é essencial em uma festa indiana

 E a alegria daquele que não pensa em outra coisa que não seja ajudar o seu povo a ter uma vida melhor. E melhor que isso. Sonha, corre atrás e realiza.

 Enquanto isso a dona da casa fritava bolinhos feitos de flores pra nós...delícia!

 Raj e eu subimos no terraço pra agradecer

 E já começou a ficar com cara de pronto

E  os vizinhos foram chegando

 E chegando...

 E chegando...

 Aqui, o Raj tava explicando pras pessoas como vai funcionar o Hospital...

Onde tem autoridade tem um bando de segurança atrás...então tá!

Subi no terraço-telhado pra fazer essas imagens e você pode ter uma ideia de onde estamos

Nossa primeira cliente chega gemendo de dor numa carroça. Ela quebrou a perna perto da bacia, eu imagino que possa ser problema de osteoporose. Isso foi há quase uma semana atrás. Só Deus sabe como tá suportando a dor porque o filho que a carregava não conseguia encontrar um lugar pra pegar nela que ela não sentisse dor.
Peleja!
Nosso médico a examinou e encaminhou pro Hospital.
Ela precisa fazer uma cirurgia urgente e em um grande Hospital.

Tadinha, a cara é de que não tava entendendo nada

Colocamos ela numa sala e ela disse que não queria injeção...rs. Só Deus sabe quantas ela vai precisar tomar!


Povo tomando assento e esperando o médico chegar pra gente começar a cerimonia

Três, dos quatro irmãos Kumar, rindo à toa de tanta felicidade!

E eu de papagaio de pirata...heheheee....

Fico bem organizado, não ficou?

Chegou a hora!

Preparação da Puja (oferenda pros Deuses) feita pelo Anup e Raj
Flores, arroz, vela.

O filminho feito pela Nana Saito, voluntária que trabalha na escola, ficou meio confuso, porque todo mundo queria ver tudo, então ela não pode "trabalhar" direito...rsss....mas tá ótimo. Registrou o acontecimento.
Foi engraçado, porque aqui eles comem com as mãos, mas só com a mão direita e pra pegar em oferendas, por exemplo, sempre usam a mão direita. Eu, como faço a maioria das coisas com a mão esquerda, demorei um tico pra entender que não podia jogar flores, arroz, com ela. Diferenças culturais....vivendo e aprendendo.

A senhorinha sendo examinada pelo médico.


O que era pra ser somente uma inauguração, virou dia de consulta normal...e foi chegando mãe e filhos e filhos, e avós, e pessoas idosas....


Foi preciso que o irmão do Anup, o Jodaner Prasad explicasse pras pessoas como vai funcionar a casa.
A princípio, como só temos dinheiro pra pagar um único médico, vamos funcionar 2 dias por semana. Terça e sexta-feira de 15 às 17 horas. Pelo visto, vai ser muito pouco, mas não podemos fazer mais que isso ainda.
Da escola virão meninos e meninas de 14 anos pra fazerem treinamento com o médico. Eles poderão no futuro ficar no Hospital e atender casos mais simples como curativos, medir pressão, medir febre, essas coisas.

O médico passando as informações pras pessoas

Foi muito bom ver o povo chegando e já sentindo que pode ter confiança que vão ser atendidos da melhor maneira possível, dentro do que for possível.

E aqui o médico explicava pro Anup, Jodaner, líder de comunidade e pra mim, como vai ser o trabalho dele, dentro do que nós podemos oferecer como instrumento de trabalho.

Pelo que você pode ver, os dois dias de atendimento com somente duas horas por dia, vão ser insuficientes. Já tá muito bom pra quem não tinha nada, mas queremos poder fazer mais e pra isso precisamos da sua ajuda. Não pense que 5 ou 10 reais seja pouco. Qualquer ajuda é muito bem vinda.
Deposite em minha conta do

HSCB
IEDA DIAS
AGENCIA 1561
CONTA 0831621 tudo junto sem dígito
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MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO!

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 - VENDIDO 111 - 65,00 ...