segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Onde eu compro meus sapatos











































































































Compro meu sapatos em Paris. "Ai, que antipatia!" Já escutei daqui, você dizendo aí! Mas eu explico porquê. (Só me faltava essa agora! Ter que explicar porquê e onde compro sapatos...rs.
Brincadeirinha!)
Vai ser esse o objetivo desse post. Muita gente me pergunta ou porque gostou muito ou porque os acha tão esquisitos que, imagino, querem passar longe da loja. É meio tipo "gosta demais ou de jeito maneira".
O negócio é que eu sou avessa à moda e tô sempre na contra-mão dela. Tenho verdadeira preguiça dessa história de ter que andar na moda. Se, por acaso, de vez em quando, caio nela, é por pura coincidência.

Há mil anos, quando fui à Alemanha pela primeira vez, me encantei com uma sandália Birkenstock. Esses sapatos são muito caros se compararmos com os preços daqui do Brasil, mas, tenho sandálias e sapatos Birkenstock há 20 anos e os uso, até hoje, normalmente. Lógico que sempre fora da moda, mas, com um conforto de dar prazer em caminhar.
Muitas vezes, na metade do dia, amigos e amigas já pediram pra morrer ou parár de caminhar por causa de dor nos pés. Por conta de sapato ou sandália, isso nunca me aconteceu.

Da linha Birk, tenho sapatos, sandálias e já comprei sapatos pro meu irmão, que também não os tira dos pés.

Outra marca que amo, e onde encontro os sapatos mais loucos e que adoro, é uma marca da Espanha que se chama Camper. São diferentes e muito confortáveis. Adoro! Tenho também sapatos e sandálias.

A outra marca é doida-de-pedra pro padrão do Brasil. É uma marca alemã, também, que se chama Trippen. Gosto demais! Não acabam nem que a vaca tussa. Pra quem gosta de andar na moda e não tem grana pra jogar fora, nem pense em comprar, porque a moda se vai em 3, 4 meses e você vai ficar com o produto te olhando, da prateleira de sapatos, pro resto da vida.

E tem mais outra : quando pensa em dar pra alguém, fica difícil de encontrar uma vítima que o queira.
Uso esses sapatos há muitos anos e, hoje, já começam a chegar no Brasil. Em São Paulo já temos, inclusive, lojas e não só representantes.

Vou passar os endereços e sites daqui e na França.

Boas caminhadas pra todos e fiquem prontos pra responder a essa pergunta:
"Onde você comprou seu sapato?"
Em Paris, compro numa loja que se chama Madox que fica pertinho do Forum des Halles, no número 28 da rue St. Denis.


" Corra, caminhe mais, é pouco isso... ainda restam coisas que sua mão deseja, corra, caminhe, erre, suba e voe: aproveite tudo porque tudo é belo." Alfosina Storni

domingo, 3 de janeiro de 2010

Millôr e a objetividade


" Responda depressa: pra que o ser humano, que não conseguiu resolver nenhum dos seus problemas de relacionamento aqui na Terra, anda procurando outros seres vivos no Universo? "

Saldo de problemas da noite de reveillon. Aqui et ailleurs






Eu acho que represento bem a libriana que sou. Adoro elogiar, falar bem, quando acho que devo, mas também não tenho problema algum em mostrar o lado que não é legal. O meu, principalmente. O que não é o caso, agora.

Quando estou fora do Brasil, umas das coisas que me enchem o saco é o povo ficar muito espantado com os problemas que temos. Principalmente, quando envolve morte. Normal! Natural, você pode pensar. Sim! Mas é que, aqui, como do lado de lá, eles existem e são muitos. É tudo muito proporcional. Somos hoje quantos milhões de brasileiros? É evidente que, quanto maior a família, mais alegria e mais problemas ela nos trás.

Então, quando li essa manchete ontem sobre o reveillon na França, pensei: "Todo ano é a mesma coisa. Todo ano morrem pessoas e, carros e cabines de telefone, são queimados. Uma forma estranha de manifestar alegria ou extravasar sentimento."

Passei o reveillon de 2.000 em Paris. Só numa cidade do interior, 9 cabines de telefone foram destruídas e, olhe que não é como aqui, um orelhão, é uma cabine mesmo, na rua, com porta e tudo. Muito legal! É uma pena! De dar dó o vandalismo.

Nesse mesmo reveillon, se reuníram na Praia de Copacabana, mais de 2 milhões de pessoas e não houve nenhum incidente grave. Nada que merecesse uma manchete nos jornais.

Porque estou falando especialmente da França? Porque é um país que conheço relativamente bem, já vivi lá por muitos anos, falo a língua, volto quase todo ano por lá. Não quero ficar falando do que não conheço.
E esperei até hoje, dia 3, pra postar esse comentário, esperando o nosso "saldo de merda da passagem de ano".

Não vi nenhuma notícia, nos vários jornais que pesquisei, dizendo de problemas causados por multidão ou grupo isolado na noite do reveillon.

Manchetes tristes tinham muitas, sobre os problemas que a chuvarada está nos trazendo há muitos dias. Casas, barracos e prédios construídos de forma indevida, imprudência do homem ou descaso do governo, tem muito.
Mas não é o assunto em pauta.
Isso é assunto pra outro post.

Manchete da Globo.com /G1/-01-01/2.010
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"França tem 1.137 carros incendiados no réveillon."

"País teve 1.137 veículos queimados na noite de Ano Novo de 2009. Polícia deteve 549 pessoas, contra 288 no ano anterior", disse ministro.
No total, 1.137 carros foram incendiados em toda a França, contra 1.147 na noite de Ano Novo de 2008/2009.
Quis mostrar esses números pra todos verem que, lá como aqui, existem problemas e vândalos destruindo ao invés de comemorar. Mas, reveillon no Brasil é festa de alegria e pouco problema. Por incrível que possa parecer, nessa data as manchetes de jornal ganham uma trégua.

" Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito." Miguel de Cervantes

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!