Confirmando, reafirmando e concordando uma vez mais com a declaração que ouvi da Janet Jackson certa vez, " devemos investir em crianças. O adulto já está pronto. Dificilmente mudará de ideia."
E é uma pena!
É com muito pesar e muita tristeza que comunico aos meus queridos amigos que me acompanharam e participaram de várias formas pra batalha pra conseguir um tratamento pra minha Princesa Puja Kumari, estou aqui pra dizer que desisti.
Não vou conseguir mudar o pensamento dos pais dela. Não conseguimos, Anup, professores da escola eu, fazer com que eles entendessem a gravidade do caso e a responsabilidade deles como pais.
Parenteses.
Me lembro de uma professora de sociologia que tive, muito amada, que fez Projeto Rondon quando estava na faculdade, e que no fim do mundo do Pará (naquele tempo existia fim do mundo) um colega dela que estava começando a faculdade de medicina precisou ajudar uma mulher que já tinha vários filhos, no parto muito difícil de mais um.
Felizmente deu certo, mas sentindo a gravidade do problema chamou o marido e disse:
- Sua mulher não pode mais ter filho. Ela não resistirá a mais um parto. Vai morrer.
No que o caboclo vira e diz:
- E o que eu posso fazer doutor?
É isso aí.
Precisamos continuar investindo em escolas, educação, educação e mais educação.
Só então as pessoas terão consciência. Tomarão consciência.
Outro parênteses.
Temos alunas já na adolescência e provavelmente ou já menstruaram ou vão menstruar breve.
Perguntei a um amigo aqui de mais ou menos 20 anos, quando normalmente as meninas menstruam.
"Quando elas o que"?
Esquece.
Voltando a Puja
Nestes quase três anos foram muitas indas e vindas dos pais a escola e da gente na casa deles.
Muita conversa.
As vezes o Anup ficava nervoso comigo, porque eu dizia:
- Mas você falou isso, isso, aquilo, falou do jeito que to te falando?
- Já cansei de falar. Eles não entendem. Não adianta.
Quando trouxe a Puja com o pai e a avó aqui em Varanasi pra primeira visita ao Dr. Subodh, ele disse muito sabiamente e conhecedor que é do seu povo:
- Dificilmente os pais vão aceitar o tratamento.
Não que eu não acreditasse nele, mas resolvi investir, batalhar, tentar, tentar.
Talvez quando ela for adulta, (se chegar a idade adulta) ela mesma vá querer dar um jeito em seu problema. O que duvido muito, numa terra em que a mulher não tem voz. Ou quase não tem.
Resumindo
Agora que estava tudo pronto, eu aqui em Varanasi preparando os últimos detalhes, hospital esperando, dr. Subodh esperando, passagens de trem compradas pra Puja e os pais, minha promessa de apoio material e pessoal a toda a família durante o tratamento, veio a bomba.
Agora que estava tudo pronto, eu aqui em Varanasi preparando os últimos detalhes, hospital esperando, dr. Subodh esperando, passagens de trem compradas pra Puja e os pais, minha promessa de apoio material e pessoal a toda a família durante o tratamento, veio a bomba.
Os pais aceitam o tratamento mas só se for por inteira responsabilidade minha e do Anup. Eles não participam de nada. Eu ficaria com ela nos hospital o tempo que fosse necessário, arcaria com tudo, despesa, e responsabilidade por tudo que acontecesse. Assinaria qualquer permissão que o hospital solicitasse da família, enfim. O que desse errado seria culpa total minha e do Anup.
Eles não entendem que nem se eu quisesse poderia fazer isso.A responsabilidade é deles.
Eles pariram Mateus.
Eles pariram Mateus.
E por muito menos, uma briga de vizinhos o Anup passou um mês na cadeia.
Um problema por menor que acontecesse com a Puja ( caso totalmente previsível numa situação de tratamento difícil como este ) seria cadeia pra ele pro resto da vida e pra mim eu não sei qual seria a pena.
Então.
Caso Puja Kumari chegou ao fim.
Vou continuar amando e apaixonada por ela, ajudar no que puder, usarei o dinheiro que nos foi doado pra ela. Ajudarei numa alimentação melhor, melhor qualidade de vida.
Só me resta isso a fazer.
Se alguem não entendeu, por favor me escreva que explico mais e mais e o quanto for necessário.
Obrigada a todos que torceram por um final feliz.
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