domingo, 16 de novembro de 2014

PUJA KUMARI - HISTÓRIA SEM FINAL FELIZ!

Confirmando, reafirmando e concordando uma vez mais com a declaração que ouvi da Janet Jackson certa vez, " devemos investir em crianças. O adulto já está pronto. Dificilmente mudará de ideia."

E é uma pena!

É com muito pesar e muita tristeza que comunico aos meus queridos amigos que me acompanharam e participaram de várias formas pra batalha pra conseguir um tratamento pra minha Princesa Puja Kumari, estou aqui pra dizer que desisti.
Não vou conseguir mudar o pensamento dos pais dela. Não conseguimos, Anup, professores da escola eu, fazer com que eles entendessem a gravidade do caso e a responsabilidade deles como pais.
Parenteses.
Me lembro de uma professora de sociologia que tive, muito amada, que fez Projeto Rondon quando estava na faculdade, e que no fim do mundo do Pará (naquele tempo existia fim do mundo) um colega dela que estava começando a faculdade de medicina precisou ajudar uma mulher que já tinha vários filhos, no parto muito difícil de mais um.
Felizmente deu certo, mas sentindo a gravidade do problema chamou o marido e disse:
- Sua mulher não pode mais ter filho. Ela não resistirá a mais um parto. Vai morrer.
No que o caboclo vira e diz:
- E o que eu posso fazer doutor?
É isso aí.
Precisamos continuar investindo em escolas, educação, educação e mais educação.
Só então as pessoas terão consciência. Tomarão consciência.
Outro parênteses.
Temos alunas já na adolescência e provavelmente ou já menstruaram ou vão menstruar breve.
Perguntei a um amigo aqui de mais ou menos 20 anos, quando normalmente as meninas menstruam.
"Quando elas o que"?
Esquece.

Voltando a Puja
Nestes quase três anos foram muitas indas e vindas dos pais a escola e da gente na casa deles.
Muita conversa.
As vezes o Anup ficava nervoso comigo, porque eu dizia:
- Mas você falou isso, isso, aquilo, falou do jeito que to te falando?
- Já cansei de falar. Eles não entendem. Não adianta.
Quando trouxe a Puja com o pai e a avó aqui em Varanasi pra primeira visita ao Dr. Subodh, ele disse muito sabiamente e conhecedor que é do seu povo:
- Dificilmente os pais vão aceitar o tratamento.
Não que eu não acreditasse nele, mas resolvi investir, batalhar, tentar, tentar.
Talvez quando ela for adulta, (se chegar a idade adulta) ela mesma vá querer dar um jeito em seu problema. O que duvido muito, numa terra em que a mulher não tem voz. Ou quase não tem.
Resumindo
Agora que estava tudo pronto, eu aqui em Varanasi preparando os últimos detalhes, hospital esperando, dr. Subodh esperando, passagens de trem compradas pra Puja e os pais, minha promessa de apoio material e pessoal a toda a família durante o tratamento, veio a bomba.
Os pais aceitam o tratamento mas só se for por inteira responsabilidade minha e do Anup. Eles não participam de nada. Eu ficaria com ela nos hospital o tempo que fosse necessário, arcaria com tudo, despesa, e responsabilidade por tudo que acontecesse. Assinaria qualquer permissão que o hospital solicitasse da família, enfim. O que desse errado seria culpa total minha e do Anup.
Eles não entendem que nem se eu quisesse poderia fazer isso.A responsabilidade é deles.
Eles pariram Mateus.
E por muito menos, uma briga de vizinhos o Anup passou um mês na cadeia.
Um problema por menor que acontecesse com a Puja ( caso totalmente previsível numa situação de tratamento difícil como este ) seria cadeia pra ele pro resto da vida e pra mim eu não sei qual seria a pena.
Então.
Caso Puja Kumari chegou ao fim.
Vou continuar amando e apaixonada por ela, ajudar no que puder, usarei o dinheiro que nos foi doado pra ela. Ajudarei numa alimentação melhor, melhor qualidade de vida.
Só me resta isso a fazer.
Se alguem não entendeu, por favor me escreva que explico mais e mais e o quanto for necessário.
Obrigada a todos que torceram por um final feliz.



Manter uma casa/escola com 60 crianças não é 

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sábado, 15 de novembro de 2014

PRA ALEGRAR AS FORMIGUINHAS DE PLANTÃO

Perguntei pro gerente da Guest House o que as pessoas aqui levam pra dona da casa quando são convidadas pra almoço ou jantar, e ele disse: doces.
E me recomendou esta doceria que segundo ele é uma das melhores de Varanasi.
Fiquei até sem graça de fotografar mais, mas você pode ter uma ideia da qualidade dos produtos...

Não querem nem saber. Tudo escrito em hindi e não tem cartão. Não devem mais precisar de propaganda. São quatro casas espalhadas pela cidade.

O meu agrado pra madame Gopal

O mané que me serviu na maior prática. Esta caixa tinha cinco divisões. Muita dificuldade pra escolher. Fui pela cara e pela sugestão do rapaz.
A embalagem fica lindia e tem até uma espécie de secador de cabelo pra selar o papel filme.
Fiquei boba!!!

Quanto é isso?
Mais ou menos R$ 17,00
Mais ou menos meio kilo de doce, um que eu comi, e mais uma coalhada que também comi in loco...rs






Olha a textura desta coalhada...deu vontade de cair de bunda dentro do tabuleiro..uma delícia e sem ser ácida. 
Não sei como pode ficar tão boa!
Comi ao natural. Sem açúcar...só salpicada de pistache. 
Sory periferia....hahahaaa....


Perguntei qual o doce que tinha côco. Minha paixão.
Este ai.
De comer de joelhos...
Volto lá ainda antes de voltar pra Bodhgaya.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

ALEGRIA, PRESENTES, ARROZ-DOCE, DIA DA CRIANÇA, CHORORÔ, BRINCAR NO PARQUINHO...

...ISSO TUDO JUNTO E MISTURADO...É MUITA EMOÇÃO PRUM POBRE CORAÇÃO!

 Vendo as crianças ganharem livros, lápis, canetas de presente, me lembrei da minha infância.
A gente ganhava o que tava precisando.
Raramente vinha um presente supérfluo..rsrs...
Só que não sabíamos e ficávamos muito felizes.


 Arroz-doce...eu amo e eles adoram!

 Tô sentindo a falta de muita carinha aí...quero saber porque não estavam presentes.



 Mas o que me tirou o fôlego e fez destampar o chorôrô foi ver a alegria deles brincando no parquinho, que por enquanto só tem o espaço. Mas já dá pra sentir a alegria de ter um lugar pra correr, brincar, rir, se divertir.
Quando tiver balanço então! 
Utêrêrê!! 
Vai se o máximo!

 E vendo eles se divertirem no monte de areia da reforma da escola me veio a ideia de fazer um tanque pra eles se lambuzarem..heheheee...




 Que alegria meu Deus!
Jai Guru!
Jai Ganesha!
Om!
Obrigada meu bom Deus!
Namastê!

 Obrigada de coração a todos, todos os amigos que me ajudam!


 E eu que pensei que a negada não ia gostar de usar os sapatos!
Que bom que me enganei!
Tão descobrindo que a terra muito quente ou muito fria e cheia de pedras, pisando de sapato fica bem mais confortável.




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5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!