" Quando você chega de madrugada em casa e sua mulher nem reclama é porque já é tarde demais. "
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Ainda bem que meus amigos tem memória boa...
Quem me lembra deste caso é minha querida amiga Dadá, lá de NY. Vamo lá !
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Quando trabalhei no Iraque, como já disse, aconteceram coisas que vocês acreditem se quiserem. Não me zango se alguém pensar que tô mentindo.
A maior parte da mão-de-obra da obra, era de brasileiros, desde a diretoria até o mais simples peão - nome dado às pessoas que trabalham no trecho (como é chamada a obra).
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Quando trabalhei no Iraque, como já disse, aconteceram coisas que vocês acreditem se quiserem. Não me zango se alguém pensar que tô mentindo.
A maior parte da mão-de-obra da obra, era de brasileiros, desde a diretoria até o mais simples peão - nome dado às pessoas que trabalham no trecho (como é chamada a obra).
Confusão !
Como podem imaginar, tinha gente do Brasil e do mundo inteiro. Muita gente do nordeste, norte, sul, uma Torre de Babel. Esse povo todo foi pra lá.... tô fugindo do assunto, então conto a história da miscelânia de raças outra hora.
Bom! Era recrutado um Mané lá do Maranhão, por exemplo. O cara descia aqui pra Minas Gerais de ônibus. O tempo que ele gastava nessa peleja, era maior do que o tempo que levava pra chegar no Iraque. E não foi nem uma nem duas vezes, que peões foram resgatados na estrada, malinha na mão, saindo da obra e querendo ir pra Bagdá pegar um ônibus pra voltar pra cá. Por que um ônibus? Fácil de entender.
O Mané entrou no avião à noite e amanheceu do outro lado do mundo. Nunca havia andado de avião e não tinha noção que havia atravessado o Atlântico. Portanto, muito natural. Tanto fazia pegar um ônibus ou avião. Ele queria era sair dali. Voltar pra casa.
Houve também muito peão perdido. Se o vôo fazia escala, a confusão tava formada. Neguinho descia, ia pro hotel e de lá saía achando que tava em Sertãozinho do Amparo. Sem lenço nem documento, sem saber que existia uma língua e uma moeda diferentes, ia conhecer a cidade. Passear, aproveitar pra se divertir. E voltava pro hotel escoltado pela polícia, claro! Isso, quando não era acionada a Embaixada ou escritório da empresa no Brasil.
Como podem imaginar, tinha gente do Brasil e do mundo inteiro. Muita gente do nordeste, norte, sul, uma Torre de Babel. Esse povo todo foi pra lá.... tô fugindo do assunto, então conto a história da miscelânia de raças outra hora.
Bom! Era recrutado um Mané lá do Maranhão, por exemplo. O cara descia aqui pra Minas Gerais de ônibus. O tempo que ele gastava nessa peleja, era maior do que o tempo que levava pra chegar no Iraque. E não foi nem uma nem duas vezes, que peões foram resgatados na estrada, malinha na mão, saindo da obra e querendo ir pra Bagdá pegar um ônibus pra voltar pra cá. Por que um ônibus? Fácil de entender.
O Mané entrou no avião à noite e amanheceu do outro lado do mundo. Nunca havia andado de avião e não tinha noção que havia atravessado o Atlântico. Portanto, muito natural. Tanto fazia pegar um ônibus ou avião. Ele queria era sair dali. Voltar pra casa.
Houve também muito peão perdido. Se o vôo fazia escala, a confusão tava formada. Neguinho descia, ia pro hotel e de lá saía achando que tava em Sertãozinho do Amparo. Sem lenço nem documento, sem saber que existia uma língua e uma moeda diferentes, ia conhecer a cidade. Passear, aproveitar pra se divertir. E voltava pro hotel escoltado pela polícia, claro! Isso, quando não era acionada a Embaixada ou escritório da empresa no Brasil.
Foi aí que nossa empresa fez um tratado com a Iraq Airways e criaram um vôo direto Rio/Bagdá. Acabou a mordomia de passar uns dois dias em Londres ou Paris, mas o problema foi sanado.
O avião era um canudo fino e a cor era verde. Adivinha qual o nome que ganhou no primeiro vôo?
Pepinão.
Acham que tô aumentando? Inventando? Eu só tô começando a contar os causus...
Acertaram em cheio na escolha do Zezé. Gostei...
Dando prosseguimento ao que postei a respeito dos idosos, esse vídeo que o Governo de Minas está exibindo, veio a calhar. Ilustração perfeita.
Quarta-feira, comprar, encontrar ...parte 2
O leitor também ...esse texto a Kátia escolheu pra dar seguimento à postagem sobre os idosos. Foi escrito pela Rosely Sayão, psicóloga e consultora educacional com mais de 30 anos de experiência em clínica. Sabe o que tá dizendo.
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" A luta contra o envelhecimento
Vivemos um absurdo. O avanço das ciências tem contribuido para o aumento da longevidade e, como resultado, a população está envelhecendo. O problema é que envelhecemos, mas não podemos mostrar nossa velhice. Aí está nossa maior contradição: queremos viver mais, sim, mas envelhecer tem sido intolerável.
Nossos cabelos brancos precisam ser coloridos, nossas rugas, atenuadas, nossa flacidez tratada e a gordura localizada, extraída. Precisamos manter energia, vigor e agilidade. Tudo isso custe o que custar, em todos os sentidos.
O conceito de saúde na velhice passou a ser associado à idéia de juventude. E o mais cruel: compramos também a idéia de que só envelhece quem quer, ou seja, só fica velho quem não investe pesadamente nesse aparato todo para aparentar jovialidade. Quem não se compromete com esse estilo, está condenado ao ostracismo. Assim, a responsabilidade - melhor dizendo, a culpa - pelo envelhecimento, pela decadência física inevitável, pelos sinais do tempo, é pessoal. Que ilusão!
Enquanto vivemos com essa ilusão, construimos uma sociedade que não aceita o velho, que não se modifica para reconhecer essa fase da vida. Nosso espaço público não acolhe os velhos; ao contrário, os exclui. No Brasil, não temos ainda o hábito de confiná-los em asilos. Aqui, eles têm sido confinados em suas próprias casas." (Rosely Sayão)
Vivemos um absurdo. O avanço das ciências tem contribuido para o aumento da longevidade e, como resultado, a população está envelhecendo. O problema é que envelhecemos, mas não podemos mostrar nossa velhice. Aí está nossa maior contradição: queremos viver mais, sim, mas envelhecer tem sido intolerável.
Nossos cabelos brancos precisam ser coloridos, nossas rugas, atenuadas, nossa flacidez tratada e a gordura localizada, extraída. Precisamos manter energia, vigor e agilidade. Tudo isso custe o que custar, em todos os sentidos.
O conceito de saúde na velhice passou a ser associado à idéia de juventude. E o mais cruel: compramos também a idéia de que só envelhece quem quer, ou seja, só fica velho quem não investe pesadamente nesse aparato todo para aparentar jovialidade. Quem não se compromete com esse estilo, está condenado ao ostracismo. Assim, a responsabilidade - melhor dizendo, a culpa - pelo envelhecimento, pela decadência física inevitável, pelos sinais do tempo, é pessoal. Que ilusão!
Enquanto vivemos com essa ilusão, construimos uma sociedade que não aceita o velho, que não se modifica para reconhecer essa fase da vida. Nosso espaço público não acolhe os velhos; ao contrário, os exclui. No Brasil, não temos ainda o hábito de confiná-los em asilos. Aqui, eles têm sido confinados em suas próprias casas." (Rosely Sayão)
Jantar mongol...adivinha com quem?
Zé, amigo querido, dando mais uma colaboração com seus causus. Cada um melhor que o outro. Deliciem-se !
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Esta aconteceu nas minhas andanças na Inner Mongolia. Naquele mesmo lugar onde a chinesa veio ao meu quarto com sua tabelinha de preços.
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Esta aconteceu nas minhas andanças na Inner Mongolia. Naquele mesmo lugar onde a chinesa veio ao meu quarto com sua tabelinha de preços.
Pois bem ! No outro dia, o dono da cidade fez um jantar típico em nossa homenagem, em uma tenda mongol montada no pátio do hotel. Muito chic ! Mesa redonda e uma enorme bacia no meio borbulhando um caldo branco e uns rabos de aves sobrenadando naquele caldo. Inocentemente perguntei: Is this duck? (Isso é pato?) E o anfitrião me respondeu: Pidgeon (pombo) com uma cara como se dissesse faisão!
Eis que ele move a colher naquilo e sobem meia-duzia de pombos inteiros, com cabeça, olhos e tudo mais. E o caldo branco? Leite de cabra e banha de porco. Era a famosa sopa Gengiskan, que todos os guerreiros tomavam no inverno, antes de ir pra a batalha, pra dar sustância.
"Quero não ! Agradecido!" pensei eu em vão. Foram várias rodadas daquilo.
Lá pelas tantas, entrou uma mongol, digo nativa, com um jarro de bebida numa mão e uma cumbuquinha em outra e, no braço, um monte de faixas brancas. Era o ritual de boas-vindas que consistia no seguinte: Ela entoava uma canção, finiiinha, estridente e, enquanto cantava, enchia a cumbuca com a bebida da jarra - que nada mais era do que uma cachaça de quinta - colocava a faixa branca no pescoço do visitante e este tinha que beber a tal bebida. Quanto mais demorava a música mais você bebia. E a mesma cumbuca rodava a mesa. Contei quantos tinham antes de mim e eram 7, ou seja, a minha cumbuca vinha mais do que babada. E tinha mais: se a dita fosse com sua cara, ela cantava mais de uma música e você tinha que beber quantas cumbucas durasse a música.
O cheiro forte dos pombos na bacia de leite de cabra sobrenadando em gordura de porco, a voz daquela donzela estridente e a cachaça na cabeça do povo, faziam tudo rodar.
Na minha vez, olhei firme pra ela, com a cara bem fechada e disse: Just one! (só um) E virei a cumbuquinha, ela deu um sorrisinho pra mim e repetiu a mesma musica enchendo a cumbuca novamente. Quis matar ela.
Foi aí que, como num passe de mágica, entra na tenda um mongol imenso, mas imenso mesmo, vestido de guerreiro com um bode assado inteiro numa bandeja também imensa. A cabeça do bode era passada de mão em mão e cada um tinha que beijar a testa do bode em sinal de respeito. Quando a cabeça do bode terminou de rodar a mesa, o mongol soltou um grito horroroso e, de um só golpe, estraçalhou o bode em trocentas mil partes com as mãos. Ah! dentro da tenda, tinham várias caixas de som onde soavam tambores ritimados.
Naquela altura, tudo girava na minha cabeça, a sopa, os pombos, a cachaça, o bode, o mongol e a cantora lírica. Não deu outra, coloquei a mão na boca e corri para a porta da tenda e chamei o juca. Até hoje, quando o chefe quer me puxar a orelha, ele diz: "Deixe estar, na próxima vez te levo a um jantar mongol !"
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Será que ninguém vai se lembrar?
"Se eu dou comida a um pobre, me chamam de santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre, me chamam de comunista."
"Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho. Um sonho sonhado juntos é o princípio de uma nova realidade."
"Quero dedicar-me até o último suspiro à justiça e à libertação dos oprimidos"
Estas são algumas das citações de um grande homem.
Dom Hélder Câmara. Pernambucano que estaria completando 100 anos este ano. Pregava uma igreja simples, voltada para os pobres e a não violência. Foi um grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro.
Único brasileiro que foi indicado 4 vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Ser-humano de uma humildade e uma ternura no olhar inigualáveis.
Muita saudade. Você está fazendo falta. Ou melhor, talvez seja melhor que não esteja aqui. Seu olhar de tristeza iria cortar meu coração.
Um beijo padre Hélder.
Millôr na área...cheiro de inteligência no ar...
O topo do mundo é aqui em Minas Gerais. Venha conhecer !
O leitor escrevendo. Hoje quem dá a dica é minha amiga Denise.
Hoje dei minha passeadinha básica pelo seu blog e estou adorando seus posts! Acho super bacana ler os causos, as curiosidades e principalmente as frases do Millôr!
Este fim de semana fui ali pertinho, mas fui longe, viu? Topo do Mundo! Grudado em BH e até então eu não conhecia, acredita? Uma sugestão pra divulgar no seu blog, fica a menos de 30km da cidade, mas chegando lá parece até que você viajou pra bem longe! Não sei se você conhece, pertence ao município de Brumadinho e lá estão o Restaurante Topo do Mundo, a Rampa de Vôo Livre, a vista pra Serra da Moeda e outros lindos horizontes!
Fiquei horas, só admirando a paisagem e alucinada com os paragliders! Fui logo me informando, o salto duplo com o instrutor custa R$150,00 e pode ser pago até com cartão de crédito! Lembrei daquele comercial em que um roceiro tira a maquininha do bolso pro sujeito que já ia carregando umas laranjas sem pagar, kkkkk! Agora cismei que quero saltar, uhuuuuu!
Mando em anexo fotos!
Beijos, Dê
Oi Iêda! Tudo bem?
Hoje dei minha passeadinha básica pelo seu blog e estou adorando seus posts! Acho super bacana ler os causos, as curiosidades e principalmente as frases do Millôr!
Este fim de semana fui ali pertinho, mas fui longe, viu? Topo do Mundo! Grudado em BH e até então eu não conhecia, acredita? Uma sugestão pra divulgar no seu blog, fica a menos de 30km da cidade, mas chegando lá parece até que você viajou pra bem longe! Não sei se você conhece, pertence ao município de Brumadinho e lá estão o Restaurante Topo do Mundo, a Rampa de Vôo Livre, a vista pra Serra da Moeda e outros lindos horizontes!
Fiquei horas, só admirando a paisagem e alucinada com os paragliders! Fui logo me informando, o salto duplo com o instrutor custa R$150,00 e pode ser pago até com cartão de crédito! Lembrei daquele comercial em que um roceiro tira a maquininha do bolso pro sujeito que já ia carregando umas laranjas sem pagar, kkkkk! Agora cismei que quero saltar, uhuuuuu!
Mando em anexo fotos!
Beijos, Dê
Boravamo conhecer Brumadinho - MG - Pertim de Belo Horizonte.
Se atrapalhando com "os plurais". Língua difícil essa nossa.
No século passado quando trabalhei no Iraque - é até difícil falar assim porque, dos meus amigos de infância, eu sou a única que tem a idade que tenho...rs... - já existia computador, claro, e eu até trabalhava com um, mas internet, blog, imeios e outras modernidades ainda não tinha.
O negócio era carta, telex ( podem ir no Google se informar, eu espero) e o mais moderno dos modernos que começamos a utilizar lá, foi gravar uma fita-cassete ( Google de novo???) e mandar pros amigos, parentes, pra contar as novidades e ficar mais íntimo do que ler uma carta.
Depois conto como funcionava o sistema de cartas, que, por sinal, era trabalho meu receber e distribuir.
Mas então, voltando à fita-cassete.
Um casal amigo meu resolveu gravar uma fita pra família.
Ligaram o gravador e dispararam. Cada um falando mais que o outro, contando tudo, novidades, descobertas, passeios, casa, surpresas e dá-lhe assunto. De repente o gravador fez clek!. Nossa!!! Já tinha terminado a fita. Uma hora de falação desenfreada passa rápido. Vamos ouvir pra ver como ficou? Tinha ficado muito bom, mas uma frase lá no meio tava um horror. Gritava no meio daquele tiroteio. Conseguia se sobressair. Eles haviam falado: "as cortina, os tapete, blá, blá, blá". Como tinham dado uma repaginada na casa e contavam as novidades, esse assunto era importante. E agora? Regravar aquilo tudo, nem pensar. Foi aí que meu amigo teve a brilhante idéia de apagar esse pedaço e, cronometricamente, colocou o português correto lá no meio.
Não poderia ter ficado mais engraçado, mas foi assim mesmo.
Imaginem vocês uma conversa rápida, num ritmo alegre, animado, entusiasmado, cheio de emoção e no meio disso entra uma voz calma, serena e grave e diz: assss cortinasssss, ossssss tapetessssss.... ficou bom demais!!!!!
Até hoje, quando estamos conversando e alguém engole um "s" na frase na mesma hora tem um que diz: assss cortinasssssss, osss tapetesssss.
Quarta feira:comprar, encontrar, passear,desenferrujar.
Fico contente quando descubro que coisas que vi lá fora, há alguns ou muitos anos atrás , começam a ser feitas no Brasil. Eles copiam as nossas idéias, nós copiamos as idéias deles e assim vamos trocando experiências, principalmente quando é de uso de uma comunidade.
A Prefeitura de Paris tem um serviço que acho muito legal. E sei que aqui em BH tem um serviço parecido na periferia da cidade. Muito bom !
O país tem muita gente idosa. E estes idosos normalmente moram sozinhos e não com as familias, como a maioria dos nossos velhinhos. É um outro tipo de relacionamento que não vem ao caso agora.
Então, toda quarta-feira um microonibus passa na casa das pessoas cadastradas pra levar o pessoal pra fazer supermercado, ir à farmácia, se encontrar, conversar fiado. Eles podem fazer isso pelo telefone, como aqui, mas é uma forma de andar, se mover, tomar um ar, sociabilizar-se.
Muito legal! O que acho mais simpático ainda é o treinamento recebido pelo motorista que acompanha as pessoas. Ele está ali pra ser gentil, paciente, ajudar, respeitar. E precisa fazer isso tudo com muito amor.
Se você sente esse tipo de necessidade no seu bairro, sua rua, com pessoas que você conhece, seria muito legal começar a levantar essa bandeira junto ao seu deputado, ou vereador, ou centro comunitário da sua região.
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