terça-feira, 24 de novembro de 2009

Doar é muito bom : de roupa a sangue, de sangue à medula.
















Minha amiga fazia crochê o dia todo. Todo mesmo. E era engraçado porque era sempre o mesmo modelo. Uma espécie de casaquinho. Um gilet, em francês.

E ficava num tal de faz, desmancha, faz, desfaz, refaz, que chegava um momento que a lã ia perdendo os fios e ficava finiiiiinha. Mas ela continuava. Tava nem aí !

Fazia com uma manga mais curta que a outra, não importava. Atrás mais curto que na frente. Muito engraçado. O pior, é que ela achava que tava legal, não via esses defeitos.

E os armários foram se enchendo, enchendo, que não cabia mais casaquinhos.

Numa dessas minhas idas lá, pensei em dar aquela tralha toda pra alguma creche, asilo, lá mesmo em Cannes ou pra uma instituição. Depositar nas caixas de doações que existem nas ruas.

Falei com ela e o mundo caiu. Quase explodiu a terceira grande guerra. Seu lado de comerciante aflorou.

"Como dar??? Você ficou maluca? Vou vender tudo, conheço um comerciante...etc e tal."

Comerciante de sei lá onde e sabe-se lá Jesus se ainda era vivo. Coisas do tempo dela. Tempo em que ela fazia chapéus maravilhosos pra grandes costureiros franceses.
Mas agora, quem compraria aquilo? Ninguém.

E piorou ainda mais quando a filha dela, como sempre sem paciência, disse que ia jogar tudo no lixo. A gente tem muito mais paciência com os pais dos outros, né mesmo? Entrei no meio da confusão e acalmei a situação.

Foi quando tive uma idéia brilhante: perguntei onde ficava o tal comprador e disse que ia lá fazer o negócio.
Ela topou e ficou achando o máximo eu valorizar o trabalho dela. Coitada! rs...rs.

Uns dois dias depois disso, peguei a tralha toda, coloquei em caixas e saí pra "vender". Coloquei tudo no carro e levamos pra doação. De lá fui ao cinema, dei uma voltinha, porque afinal um grande negócio não é feito em minutos. Crime perfeito. E voltei.

Voltei cheia de dinheiro (dela mesma) e entreguei a féria dizendo: "você tava certíssima. Vendi tudo, o cara adorou e tome aqui seu dinheiro."
Dei uma quantia boa pra ela e ainda quase arrumei uma inimizade, quando ela virou e falou pra filha: "tá vendo? Ainda bem que a Iêda tava aqui...e você querendo jogar tudo no lixo...pois sim!!!"

Ela nunca soube que doei tudo e que recebeu seu próprio dinheiro como pagamento! Mas valeu !
Ela ficou feliz e tenho certeza que os casaquinhos, mesmo não tão perfeitos, estão esquentando muita gente por aí.

Como era mesmo o nome do meu ex-marido?










E lá estou eu em Cannes, passando férias e fazendo companhia a minha amiga.

Sempre que eu ia pra lá, adorava, porque era a fase pra colocar a leitura em dia. Lia, lia muito. Uma delícia! Só eu e ela em casa, saíamos pouco, ela no crochê e eu nos livros.

E eu ficava perguntando coisas, querendo saber do passado, da vida dela ainda na Polônia, da época das guerras já que ela foi uma mulher que viveu a revolução russa, primeira e segunda guerras mundiais. Tem histórias demais, mas eu não vou contar nada do que ela não contaria pra todo mundo. Nada. Não que tenha segredos, mas era a vida dela e eu não me sinto no direito. Agora, as coisas que aconteceram com a gente, principalmente as que me fazem lembrar e rir até hoje, isso eu conto.

Me lembro que, um dia, estávamos as duas na sala, cada uma na sua função, ela devia estar com uns 90 anos. Me lembrei, não sei porque, do marido dela (era divorciada) e perguntei: "como era mesmo que se chamava seu marido?"
Ela olhou pra mim e disse: "quem?" "Seu marido, como era mesmo o nome dele?"
Ela parou com o crochê, pensou, pensou e disse: "Sei não". E voltou pro seu crochê. Eu: " ficou doida? Você não se lembra do nome do seu marido?" Ela parou de novo o crochê, já relativamente sem paciência e pensou de novo. Pensou, olhou pra cima, pra baixo, deu aquela enchida de ar na boca e soprou, como todo francês ama fazer e disse: " sei não. Esqueci".
Eu não me conformava, como pode ter vivido com o Mané durante uns 50 anos, sei lá, e se esquecer do nome da vítima?
Insisti. Disse : "olha, nós conversamos há poucos dias, você me contou um caso e me falou o nome dele, como pode ter esquecido agora?"
Ela já totalmente de saco cheio, deu mais uma pensada rápida e falou finalizando o papo:
"Sei não, tô pouco me lixando."

Usou uma expressão um tanto quanto mais forte, que censurei em respeito a vocês...rs.

Tout à fait Thierry, tout à fait!


Vou falar agora sobre dois franceses comentaristas de esporte. Thierry Rolland e Michel Larqué. Muito conhecidos, amados e, como todo povo de rádio e tv, cheios de frases feitas, gírias, tiradas.

Então, sempre que o Thierry faz um comentário, fala , fala, fala, expõe o que achou do ocorrido, vira pro Michel e diz: "e aí Michel, você também não achou que blá, blá, blá," e o Michel retruca: " tout à fait Thierry, tout à fait", o que quer dizer, "é isso mesmo Thierry, exatamente!"

E isso virou uma marca dos dois e do resto do país. Em qualquer lugar em qualquer situação tem alguém falando: "Tout à fait Thierry."

E eles são de longa data no esporte.

Me lembro que, um dia, tava passeando com o pequenino que eu tomava conta, na época com uns 3 pra 4 aninhos, no Jardin de Luxemburgo. Jardins de Luxemburgo! Um parque lindo e que tem muita atração pra criança.

Voltando pra casa saindo do parque, como toda criança, ele veio se equilibrando em cima de um murinho de mais ou menos um metro de altura.

Evidente que não queria me dar a mão e eu preocupada falava o tempo todo. "Olha pro muro, preste atenção, não olhe pros lados," aquela canseira de "mãe" . De repente disse mais séria: " você tá me ouvindo? Tá prestando atenção, porque se você se esborrachar no chão, vai abrir o berreiro." E ele, seríssimo, falou: "tout à fait Thierry, tout à fait!"

Eu quase me matei de rir !!

E até hoje, toda vez que a gente se encontra, ele já com 20 anos, me faz contar de novo a história e rola de rir dele mesmo.

Quem me persegue diariamente, já deve ter lido essa expressão por aí. Porque eu trouxe pra cá e todo o meu povo fala, normalmente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pensavam que acontecia só comigo? Não. Com o Zé também.



Mais uma colaboração do nosso amigo Zé. E ainda na China. Que sina!
----------------------------------------------
Estava eu indo para Xian, interior da China, onde tem os famosos "Exércitos de Terracota", pra participar de um Congresso.

Cheguei tarde da noite e, como disse esta nossa amiga blogueira, nunca chegue em um lugar desconhecido à noite. Pois bem, cheguei no aeroporto, peguei minha mala e saí do dito quase escuro pois as luzes estavam sendo apagadas, procurando a tradicional fila de táxi com o endereço do hotel na mão. Nada de fila de táxi... Só eu de estrangeiro, todos os outros chineses foram a caminho de um estacionamento pegar seus respectivos carros.

Olhei pra direita, pra esquerda e, nisso, se aproximou um chinesinho, novinho, poucos dentes, em um carro russo que um dia foi vermelho, sem placa, sem sinaleira de táxi, cujo porta-malas era amarrado com uma cordinha. Já veio com a mão na minha mala e falando em chinês um monte de coisas que eu não entendia. Puxei minha mala pra mim e, por sorte, tinha um guardinha perto.

Cheguei até o guarda e perguntei em inglês se aquele taxista era oficial, se era confiável, se eu podia pegá-lo sem problemas, etc, etc. O guardinha me olhou com cara de paisagem e continuou olhando pra.... paisagem.

O chinesinho acho que entendeu minha aflição e disse pra mim com o polegar para cima: "Is good, Is good"(é bom é bom).

Meu Deus, o que seria pior, ficar ali sozinho no aeroporto já às escuras ou me arriscar?

Arrisquei. O chinesinho riu escancaradamente."Is good , is good..." Jogou minha mala no porta- malas amarrado com a dita cordinha e meteu o pé na estrada.

Tudo escuro, a cidade nunca chegava e eu não conseguia ler nenhuma placa sinalizando "Xian", tudo em chinês e comecei a ficar preocupado. Nisso, lá adiante aparece uma barreira de pedágio e fico um pouco mais aliviado, pelo menos parecia ser algo civilizado. Porém, algumas centenas de metros antes da barreira, o chinesinho dá uma guinada no carro e entra por uma estrada de terra, fugindo do pedágio. "Meu Deus, tô fu" pensei. E o carro passa por umas vilas horrorosas, com gente mal encarada nas portas, esgotos nas ruas, crianças nuas e jovens fumando nao sei o que... Rezei, rezei muito. Pensei: "Meu Deus, se este cara me leva pra algum lugar, rouba meus dólares e me desova num buraco destes, nunca ninguém vai saber o que aconteceu," e rezei e rezei, acho que tava quase chorando, suando, pois o chinesinho olhou no retrovisor e com uma risada um tanto sarcástica falou: " Is good, is good."

Achei que aquela risada queria dizer: "Vai se fu... rapazinho...Agora você se fu..." E minha cabeça rodou.. E rezei mais ainda. Nao sei quantos Pai Nossos, quantas Ave Marias, Salve Rainha, Credo, e tudo mais. E o chinesinho com o pé fundo no acelerador: " Is good, is good!"

Quando eu já tava pensando no tipo de morte que iria ter, desmaiando de medo, suando de apreensão, o chinês vira uma rua e diante de mim aparece um lindo hotel : "SHANGRILAH". Era o meu hotel !!!!!!
Juro por Deus, quase dei um beijo na boca nojenta daquele chinesinho. E ele com aquele sorriso, que até hoje não consigo decifrar se era de sacanagem ou não, parecia que me dizia: "Não te disse? Is good, is good..."

A diferença entre o que não podemos escolher e o que escolhemos porque queremos

Se você tem GNT, não perca hoje à noite o programa da Oprah. O presidente iraniano precisava tanto saber como é viver em um país tendo liberdade de se expressar... Dar este direito ao seu povo.

Millôr me faz doer a barriga de rir e refletir.





" A dor serve para indicar onde é que está doendo, de modo que os cientistas saibam por onde devem começar (ação mais conhecida como começo do fim ). Por aí os senhores podem verificar como a ciência é bela. Sem ela, a maior parte das coisas continuaria não sendo científica. (Falsa cultura)."

Como ela entrou em minha vida e jamais saiu, mesmo depois de partir.









Minha amiga, que se foi "antes do combinado" como diz o Rolando Boldrim, era uma judiapolonesafrancesa. Com essa mistura, já dá pra imaginar a peça rara.

Morreu muito contra sua vontade, e a minha, aos 97 aninhos.

Morava sozinha em Cannes e era assistida por um filho que, quando queria sair de férias, me convocava pra ir passar um mês com ela. E eu ia.

Ela cuidou dela mesma até lá pelos 95. Tinha uma faxineira uma vez por semana mas o resto era por conta dela.

O que eu mais gostava quando chegava lá, e achava a coisa mais fôfa do mundo, é que ela tinha pendurado no pescoço uma espécie de reloginho-alarme. Em caso de necessidade, ela apertava o botão e tocava na casa do filho, no corpo de bombeiros, na zeladora do prédio e, se bestar, na casa do bispo.

Assim que eu abria a porta, e ela me via, a primeira coisa que fazia era tirar a corrente com o troço do pescoço e colocar na gaveta. Pode uma ação ser de maior responsa pra mim do que esta? E maior prova de confiança? Era tipo tá comigo tá com Deus. Ai meu Deus!

E repetia o ato na razão inversa, puta da vida, quando eu ia embora. Jamais se despediu de mim. Um ou até dois dias antes que ela sabia que eu iria embora, eu me tornava invisível. Ela voltava a morar só. Não falava comigo, nem olhava pra mim. Uma coisa de louco.

Essa senhora eu conheci quando fui ser babá do bisneto dela, em Paris. Hoje ele tem 20 anos. Desde então, a gente não se separou mais. Mesmo às vezes uma tendo ódio da outra e querendo só matar um pokim...rs.

Portanto, vou comecar a contar aos pouquinhos uma série de histórias muito boas dessa convivência. Como aprendi com ela... e espero que seja de bom aprendizado pra vocês também.

Me aguardem !

domingo, 22 de novembro de 2009

Mainardiveloso: quando dois "é demais".

Dedédelas, colaborando com o blog
------------------------------------------------------------------------------------------------


O Caetano deu uma de Mainardi do mundo artístico.
Falar que o Lula é analfabeto, no mínimo é lugar comum: a grande maioria dos babacas já disse isso.

E, quem sempre foi vanguarda, não precisa disso.

Mas se dissermos que, além de analfabeto, o presidente está diminuindo o vocabulário brasileiro fazendo o povo, de cabo a rabo, esquecer certas palavras ou expressões, eu concordo. Neste campo, ele está atuando.

Quem se lembra destas siglas, palavras, frases, batendo ponto diariamente nas manchetes, na mídia em geral?

1 - FMI OU FORA FMI

2 - DÍVIDA EXTERNA

3 - SALÁRIO MÍNIMO CHEGAR A CEM DÓLARES

4 - RISCO PAÍS SUBINDO

5 - A MAIORIA DO POVO BRASILEIRO SÓ FAZ UMA REFEIÇÃO POR DIA

6 - AUMENTO DO ANALFABETISMO

7 - VESTIBULAR

8 - HÁ ANOS NÃO CRIAMOS UNIVERSIDADES E ESCOLAS TÉCNICAS

9 - FALTA TELEFONE E OS QUE TEMOS DEMORAM PRA DAR LINHA

10- O BRASIL SÓ É CONHECIDO COMO PAÍS DO FUTEBOL E DAS MULATAS PELADAS

11- RECORRER AO FMI - CHEGA AMANHÃ A CHILENA ANA MARIA DO FMI PRA NOS COBRAR O DEVER DE CASA

12- O NOSSO DÉFICIT COMERCIAL COM O RESTO DO MUNDO

Deve ter muito mais que não me lembro, nestes parcos minutos que escrevo, como deve ter alguns que ele introduziu e os Mainardisvelosos podem dizer ou inventar.

Mas, quem quiser, já que está liberado, opine, aumente ou crie algo. O ideal é que discutíssemos política como discutimos futebol, que afastássemos políticos que escolhemos, como se afasta juízes de futebol que não escolhemos.

Sempre pensei que a corrupção fosse a maior praga da humanidade, hoje acho que ela tem que continuar liberada, é de livre arbítrio.

O que não podemos abrir mão, e devemos lutar com unhas e dentes, é pela punição justa e rápida.

ABAIXO À ESPERTEZA.

dedédelas.

Rindo da loira, mas a morena (eu) demorou a entender...hehehehee...

Domigo dia pra relaxar, descansar e rir.
---------------------------------------
Uma Loira comenta sua situação aflitiva com um amigo, crédulo da Igreja Universal do Reino de Deus.

- Estou numa maré braba. Estou sem crédito na praça, devendo pra todo mundo. Não vejo solução. Já pensei em me matar. Estou sem dinheiro, cheia de contas e carnês atrasados. Não há nada que dê jeito nessa situação. Já perdi a Esperança! Acho que já estou doente e vou morrer mesmo... O religioso então, diz:

- Calma! Não é nada disso... Você precisa de ajuda Espiritual. Você conhece a minha Igreja? Pois é, na quarta-feira, tem uma sessão de descarrego, onde todos são curados ou aliviados, com uns 318 pastores e muita fé. Vai lá... vamos te salvar!

Na quarta-feira, a loira vai. No meio do culto é chamada ao palco e, entre outros desesperados, um pastor a agarra e brada: (GRITANDO!!!)

- Sai desse corpo, demônio! Disaloja! Disaloja! Disaloja! Esse corpo não te pertence! Em nome de Jesus, te afasta desta alma boa!!! E colocando a mão em sua testa, brada:

- Estou ordenando: em Nome de Jesus:
- Disaloja!... Disaloja! Espirito do mal..... DISALOOOOOOOOJA! DISSS AAA LOOO JAAAA!!!

E a Loira:

- Renneeeerrr!!!
- Lojas Americanaaaaas!!!
- C&AAAAAA!!!
- Carrefooooour!!!
- Extraaaaaa!!!
- Pernambucanaaaaaas!!!
- Marisaaaaaa!!!
- Fininveeeeeeest!!! Êpaaaaaaaaaa ....
- Casas Bahiaaaaaaaaa!!!
- Ricaarrrrrrrrrdo Eletroooooooo

Cada um na sua casa, pensando na casa do futuro










As ilustrações tem casais, porque estaremos velhos mas não mortos..... ainda...hehhhehhheee



























Tem muito tempo que a gente não se reúne pra continuar a planejar a casa comunitária de nossa velhice. Meus amigos e eu. Precisamos reativar o projeto. Já tem até um primeiro esboço da planta.

A idéia começou há muito tempo, quando percebemos que íriamos ficar um monte de amigos solteiros, ou separados, divorciados, morando sozinhos e com os problemas normais que todo velho que pretende, enquanto puder, morar sozinho. Aí rolou a idéia da casa.

Achei um esboço do projeto que começa assim:

1 - o que será de uso comum (piscinas, churrasqueiras, enfermaria eheheheh, sala jogos / ginástica, yoga, canil, gatil, pqparil)
2 - procurar ter uma horta “comunitária” (lazer e terapia ocupacional)
3 - procurar ter uma área de “matinha” / bosque (implica em local afastado/rural)
4 - pensar em alguns bangalôs pra aluguel pra custear despesas fixas do condomínio e aliviar pros moradores

E dá-lhe idéias, e cafés, e chás, e almoços, e muito riso, e muita briga (de brincadeira, é claro!) e a casa foi tomando forma.

A idéia, pelo menos até agora, será de uma série de bangalôs, tipo quarto e sala e banheiro. Eles formarão um círculo e, no meio deste círculo, terá muito verde, bancos e o melhor da festa: um conjunto que vai ter sala de estar, refeições, sala de música, cinema e TV (que agora já até tem nome: home-theater). Do jeito que o tempo tá voando, vixi !! já tá quase na hora de mudar.

E vem partes ótimas. Pensem bem numa biblioteca, com livros vindos de pelo menos 15 pessoas com os gostos mais variados. CDs, vinil e todo tipo de iPod's e tralhas modernas ou antigas. Coisas funcionando ou só pra matar as saudades. Álbuns e fitas e guardados de todas as viagens de todos nós que somos, na grande maioria," do mundo".

Teremos enfermaria, muito necessário porque velho dá defeito toda hora. Pensamos em juntar as aposentadorias de todos prum fundo comum. Isso ainda é motivo de muita discussão devido ao mínimo e máximo de cada salário....rs.

Nos bangalôs, cada um fará o que bem entender, trará se quiser os móveis de casa, porque velho é muito apegado às suas tralhas.
Teremos um jardim super gostoso, onde receberemos visitas, de quem realmente tá querendo nos visitar, sem aquele compromisso de ter que ajudar em alguma coisa ou levar o velho pra passear, ou colocar o velho no sol e tirar o velho do sol.

Aliás, lembrei de duas coisas ótimas. E a vítima sou eu, of course. Um dia, viria uma sobrinha minha pela manhã, iríamos nos sentar no jardim, papear, ela iria embora e só dariam falta de mim no jantar. Alguém iria procurar e me encontrar bem mais morena devido ao sol do dia todo.

E também o caso de alguém que trouxe um pé-de-moleque de presente pra mim e eu tive que distribuir o presente pros amigos, porque já não terei dentes fortes pra mastigar amendoim.

O problema maior deste empreendimento é que a gente tá sempre achando que ainda tá muito novo pra começar a tomar as primeiras providências.

Acho que o terreno já podemos começar a procurar, antes que alguém tenha que fazer por nós, o que não é, absolutamente, o objetivo da idéia.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...