terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conhecendo a Turquia - Éfeso e a casa de Nossa Senhora.
























































E lá fomos nós pra Ismir, que ficou sendo só uma cidade de passagem. Alugamos os carros e cada um tomou seu destino.

O nosso foi descer pela costa e voltar pelo interior. Já disse que estávamos no feriado do Ramadan. É como chegar na semana santa em algum lugar aqui no Brasil, tudo fechado, nada funciona, a viagem precisa ser bem organizada pra não passar perrengue.

Tomamos o rumo de Éfeso. Onde é e o que tem nessa cidade?

Era a maior cidade da costa oeste da Ásia Menor. No final do primeiro século D.C., era a quarta maior cidade do Império Romano. Os romanos fizeram de Éfeso o centro administrativo da província da Ásia. Na metade do primeiro século D.C., Paulo trabalhou em Éfeso por diversos anos.
O elegante teatro de Éfeso comportava 24.000 pessoas sentadas para jogos, música e cerimônias religiosas. Era também usado para encontros públicos e questões deliberativas, execução de ações do conselho da cidade e questões legais.

Foi uma cidade grandiosa !

Mas, além de conhecer as ruínas dessa antiga cidade construída pelos romanos, a gente queria conhecer a casa onde Nossa Senhora viveu seus últimos anos de vida, junto com São João.

A casinha é linda! Toda de pedra e pequena. Fica em uma colina e tem uma vista super bonita. No lado de fora, tem uma fonte de água benta.

Rezei dentro da casinha, fiquei um tempo bom sentada pensando e tentando visualizar a vida que já tinha sido vivida ali dentro e a grande dona da casa que ali morou. Fiquei imaginando uma mãe, sozinha com o último amigo, pensando no filho que foi assassinado. Doido, né? A gente pensa na morte dele, mas a palavra assassinado só me veio à cabeça quando estive na casa da mãe dele.

Foi um momento muito bom que guardo em meu coração. Momento de paz, de reflexão.

Andamos pela cidade, vimos a biblioteca que ainda guarda sua majestade, sua imponência.

Conhecemos o funcionamento da rede de água e esgoto feita pelos romanos, sentamos nos tronos do anfiteatro e nos tronos das casas. O povo naquela época, como ainda hoje, tinha também uma vidinha de cão, mas os nobres, como hoje também, tinham uma vida muito boa e confortável. Quase impossível imaginar tamanha riqueza naquela aridez. E pensar que, por ali, viveram entre 400 a 500.000 habitantes. Muito doido! Ficávamos tentando ouvir o tropel de muitos cavalos e carruagens naquelas ruas de calçamento de pedra. Adoro isso! Tentar visualizar a cidade, colocar aquelas ruínas em movimento.

No anfiteatro, fingimos encenar uma peça pra testar a acústica famosa. Impressionante! Cada hora um se sentava em uma parte da arquibancada e, quem tava no centro do palco, falava com a voz numa altura normal. Todo o teatro ouvia claro e nitidamente.

Esses romanos...

É bom também ver isso tudo e pensar que, cidades e mais cidades, tiveram uma vida tão normal e grandiosa como milhares que temos hoje em dia, e tiveram um fim, só sobraram os destroços.

Então você me diz: foram as guerras, eram tempos de conquistas! E hoje? Que guerras e que conquistas estamos ainda procurando, pra destruir tanto, e quem sabe um dia outros irão contar as mesmas histórias que estou contando, visitando e fotografando ex-grandes metrópoles dos séculos XX, XXI, XXII.

Se tiver ainda tempo de vida suficiente pra fazer o muito que quero, vou voltar lá. Enquanto resta alguma coisa pra ser visitada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Éramos dois e viramos treze rumo à Turquia.






































Eu tava trabalhando no Iraque e, como se aproximava o Ramadan (feriado muçulmano), comecei a pensar onde poderia ir, pra aproveitar os dias de folga.

Decidi ir pra Turquia. Sempre quis conhecer, não era longe, então convidei um amigo. Conversa vai conversa vem, combinamos que iríamos os dois.

Ô ilusão!

A notícia se espalhou e já apareceu um outro "convidado", esse outro convidou um outro, alguém chamou a turma que trabalhava em Bagdá e, quando fomos pegar o visto, já éramos 13. Grupo desse tamanho, só funciona se for em excursão. Daquelas com horário marcado, apito, guia e o escambau. Ditadura total!

Pensei : "Não vai dar certo. Chance mínima!"

Mas, seja o que Deus quiser e lá fomos nós.

Combinamos que todo mundo seria independente. O que der pra fazer junto ok, mas ninguém empata ninguém, certo? Certo. Nisso deu certo.

A minha programação ficou sendo a de todos. Iríamos chegar em Istambul, ficar 1 ou 2 dias, pegar um avião pra Ismir, lá alugar carro, descer pela costa, subir pelo interior, outra vez pegar o vôo e voltar pra Istambul ou, cada um iria onde quisesse, só nos encontraríamos, obrigatoriamente, nos aeroportos de Ismir e Istambul, na volta. Então, ficaríamos mais alguns dias em Istambul, conhecer a cidade e voltar pra casa, isto é, pro Iraque. Chic !

Tudo muito bom, tudo muito bem, mó alegria no aeroporto de Bagdá, afinal, sair um pouco do deserto, não faz mal a ninguém.

Já em Istambul, deu o primeiro senão.

Passando na alfândega, vai um na frente, outro fica, outro olha free-shop, outro pára prum cafezinho, foi uma luta reunir todos pra ir pro hotel, assim dividimos a tropa em 4 táxis.
Chegou uma parte no hotel, outra não. Em dois carros, ficaram pessoas "espertíssimas"que não tinham o endereço. Deus me socorra!

E esperamos, esperamos, nada... comecei a me preocupar. Lembram do filme Expresso da Meia-Noite? Pois é. A imagem da Turquia pra alguns era meio aquilo. Falando com o pessoal do hotel, nos aconselharam a procurar a central de táxi.

Povo organizado, já estavam sabendo dos perdidos. A imagem ruim já começou a se desfazer aí, e ficamos conhecendo um dos povos mais simpáticos, gentis e acolhedores : o povo turco. Recolhemos a turma aos costumes e voltamos pro hotel.

Enfim, chega todo mundo, se acomoda, primeira saída. Confusão de novo! Uns querem encher a cara aproveitando o bar na esquina, coisa que não viam há meses, outros com fome outros querendo fazer compras.

Foi aí que começaram a se formar os grupos que tinha a ver uns com os outros. Graças a Deus!

Formaram-se quatro grupos. Três grupos de 3 pessoas e uma turma com 4.

Eu fiquei no grupo de quatro. Éramos dois rapazes e duas garotas.

Foi bom demais!

E lembro de sair já naquela hora pra tomar o famoso sorvete turco. Além de ser uma delícia, os vendedores fazem um malabarismo com as pás de misturar o sorvete, batem, batucam, cantam, brincam, é um espetáculo à parte. Uma alegria só.

Daí pra frente a paz começou a reinar.
Aconteceu foi coisa nessa viagem! Continuo contando durante a semana.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Vai viajar pro frio? Neve? Vento? Que roupa levar










Percorrendo blogs e sites de amigos, tenho percebido um probleminha de quem tá saindo de férias, nesse final de ano, e indo pra lugares frios, com neve, principalmente.


Vou passar umas dicas, que fui aprendendo com a longa caminhada.



Inverno mesmo, temperatura abaixo de zero, neve, não tem nada a ver com o nosso frio. Requer roupas especiais. As nossas não seguram a onda.


Do que você precisa?


Precisa se proteger contra o vento e contra o frio, então, o que mais funciona é : faça de conta que vai sair agora e vai passar o dia andando, entrando em lugares que vão estar quentes por conta da calefação, saindo de novo no frio.

Vai vestir um colant ou meia-calça. É a primeira melhor coisa porque cola na sua pele e não deixa o vento entrar. De algodão sempre.Uma malha tipo Hering, bem justa ou coisa similar, nada de seda ou sintéticos, sempre de algodão porque, senão, começa a pinicar e você pede pra morrer no meio do dia.


Depois uma calça de lã ou tecido mais grosso, sem ser pesadão. Calça jeans vira um gelo no inverno, a não ser que seja justérrima. Meias de lã, também, ou algodão, a trama tem que ser bem juntinha, nada com furinhos pra não entrar vento.


Um pulôver de trama bem juntinha, de lã ou de polaire. A polaire é uma beleza porque é super leve. Lembre-se que agasalho pesado, no final do dia, você vai estar com dor nas costas. Horrível!


E, em cima dessa polaire ou pulôver, um bom casaco, de preferência desses acolchoados, que são de nylon por fora, quer dizer, não passa vento nem respingo de chuva e o acolchado não deixa o calor do corpo sair. Nylon forrado com polaire é um sucesso.


Se voce sente muito frio mesmo, compre um casaco mais longo. Frio na bunda é muito difícil de aguentar o dia todo. Vale casaco tres-quartos ou mesmo até na canela. Meio trambolho mas não passará frio.


Um bom cachecol longo, que você dará umas duas voltas no pescoço, deixando ele alto chegando nas orelhas. Luvas de lã, sem ser de furinhos ou de couro, forradas. Couro só, gela também.


Um gorro ou um casaco com capuz. Eu sinto frio nas orelhas, por isso, coloco sempre uma faixa larga, daquelas de prender cabelo em cima da orelha, pra não entrar vento.


Sapatos confortáveis de nylon, cano alto, forrado, leve e quentinho. Não entra vento, nem molha os pés. Tenis gela nos pés.


Se, por acaso, molhar os pés, tire as meias e troque. Se ficar com o pé molhado, ele não vai esquentar e secar a meia. Vai te congelar.


Dica muito séria : entrando em lugar quente, a primeira coisa é abrir o casaco e deixar arejar. Se for ficar, tire o casaco e o cachecol. Mesmo que esteja confortável, tire, porque se continuar com tudo, quando sair isso não vai ser mais suficiente pra te proteger contra o frio.


Antes de sair, vista tudo dentro do ambiente fechado. Vai sentir calor, mas não saia e vista lá fora, a não ser que queira passar o resto das férias na cama; com pneumonia.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Lado brasileiro ou lado argentino. Cataratas do Iguaçu. Um deslumbramento!




















Eu penso que, todo mundo que viaja muito, já ouviu essas perguntas: "Qual o lugar que você mais gostou? Onde voltaria? Onde não voltaria?"

Eu também já ouvi. E sempre respondo quanto ao lugar que mais gostei. Apesar de ser uma pergunta muito difícil de responder, porque cada paisagem é unica, cada lugar tem o seu lugar. Mas são três os lugares que me deixaram parada, extasiada, boca aberta mesmo. Taj Mahal, na Índia, Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador na Bahia, e Cataratas do Iguaçu.

Hoje vou falar sobre as Cataratas.

Pra começar, você vai pra ver as águas e vê muito mais que isso. Vê uma vegetação maravilhosa, flores lindíssimas, borboletas que nunca tinha visto em minha vida, nem em tamanha quantidade. Você vai conhecer um viveiro, com pássaros de uma beleza que não encontro palavras pra descrever. Tem que ver.

Trilhas lindas pra caminhada. A trilha que você percorre ao longo das quedas até culminar na Garganta do Diabo, que de Diabo só tem o nome, porque nunca em minha vida senti tanto a presença de Deus, de um Criador, de uma força maior, do que alí. Me senti tão pequena, tão mínima, tão nada, diante daquela grandiosidade.

E tem também canoagem e barcos infláveis que te levam até quase embaixo da grande queda. Claro que não fui e, só de ver as pessoas do tamanho de formiguinha lá naquele mundão de água, me dá dor de barriga.

E o que mais batia em minha cabeça era: "isso não é uma torneira que fecha à noite quando os turistas vão embora, e reabre às 6 da manhã quando o parque é reaberto. Esses bilhões e bilhões de litros d'água jorram dia e noite 24 h por dia 7 dias por semana o ano todo."

Já fui lá acho que 4 vezes e voltaria sempre que pudesse. E da última vez, foi a primeira que fui ver as águas do lado argentino. E escutei uma piadinha que os braileiros fazem com eles, pra variar, que amei. Não sei se vocês sabem, mas o rio nasce em território argentino.

Então a piada é que eles nos dão as águas e a gente tem a vista mais linda do mundo. Quer dizer, pra ver a queda em seu esplendor, eles tem que vir do nosso lado.

O rio Iguaçu vem vindo do lado argentino por centenas de kms, até desaguar dividindo suas águas em muitas cascatas e cachoeiras.

Então, quando vamos do lado argentino, tem um caminho em ponte de madeira, vamos seguindo o rio até chegar nas quedas. O que vemos quando chegamos, a mim deu pavor. Um medo de um tamanho enorme. Ficamos no alto da queda olhando pra baixo. É de tirar o fôlego. E o povo do lado brasileiro, lá longe vendo a água cair de frente. Um espetáculo que realmente é difícil contar com palavras. Vão lá.

Aconselho a pegarem um guia pra ir contando a história toda. Por exemplo, esta ponte/caminho, é feita de uma madeira X que, quando é tempo de cheia, normalmente elas vão embora nas águas. Fica só a armação de aço da ponte. Depois elas são recolhidas e recolocadas fazendo o caminho de novo. Isso foi feito criado, depois de muitas e muitas perdas de pontes. E também tem o leito do rio. A história das pedras. Muito legal. Se ficar contando muito perde a graça.

Programem-se. Convidem amigos. Convidem amigos de fora do Brasil. É uma beleza que todos nós temos direito de deslumbrar pelo menos 1 vez na vida.

Nós merecemos. E muito!

Ah! E tem também passeio de helicóptero. Da próxima vez quero fazer.


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Millôr na sexta feira, só no deita e rola







"Estou cansado de tanta gente "estudando" sexo, tanta aula de educação sexual, tanta gente levando sexo a sério. Sexo pra mim é apenas uma tremenda gozação."

Empaque a fila, não tenha vergonha e exija seu troco.






Se é que tem uma coisa que me irrita é comprar, pagar e não receber meu troco certo. Tim tim por tim tim, nota e moeda. Se saio de casa pra adquirir alguma coisa é sinal que estou com o dinheiro. Jamais vou chegar no supermercado e pedir um desconto no litro de leite. "Por favor senhor, o leite está a 1,50 mas só tenho 1,40. Valeu?" Não existe isso.

Mas de lá pra cá é normal. O tombo vindo do lado de lá parece ser a coisa mais natural do mundo.

Comigo não violão! Sou a maior empaca fila do mundo. Não quero nem saber. Temos que trabalhar e exigir nosso troco total. Honestidade não é obrigação nenhuma, tem que ser uma coisa natural.

Sempre carrego moedas comigo, porque gosto de facilitar o troca e evito de passar raiva também.

Me lembro de deixar pra trás, por não ver ou apressada pra ir embora, 1 ou 2 cents americanos, em caixa de loja. Lá acontece o contrário, o funcionário do caixa pára o trabalho esperando você vir recuperar sua moeda... "Senhora! Senhora! Esqueceu seu troco."

Aqui no Brasil, canso de receber olhares fulminantes de desprezo, reprovação e mesmo comentários tipo: "só por 2, 5, 10 centavos parar a fila, mesquinhez, pão-durismo!" Nem ligo! " - Não tem 2 centavos? Me dê 5. Não é problema meu ter o troco, é de vocês, a minha obrigação já fiz, paguei, quero meu troco."

Li que as moedas de 1 centavo não vão mais existir, então essas lojas de 2,99, 5,99 e tudo terminado em 99, vão ter que dar seu jeito. Vão tomar vergonha e parár de roubar. Vão arredondar os preços.

Não aceitem troco em balas. Você não saiu pra comprar balas. Já repararam que elas são da pior qualidade possivel? Nem se fossem de chocolate puro.

Já houve ocasião em que a caixa tirou dinheiro do próprio bolso pra me dar troco. Aí reagi. Não aguentei. Disse pra ela que era obrigação do patrão, do gerente dela. "Não é sua minha filha! Você não tem que se livrar do cliente. Você tem que deixar a fila crescer e as pessoas ficarem nervosas. Só assim seu patrão vai tomar vergonha na cara e parár de usar vocês como escudo pra enriquecerem cada vez mais."

E já disse também, pegando o troco e pensando nas minhas viagens - coisa que mais gosto de fazer na vida -" Se exigo meu troco é porque ganho o meu dinheiro com muito esforço, nada veio de graça e quero viajar, sair, me divertir, coisa que você não vai conseguir fazer nunca se ficar só ajudando seu patrão. Pense em você. Não estou fazendo nada de mais. Exigir direito é legal.""

"A propósito, sabe onde ele está agora? De férias? Em Miami? "

Tá no lugar certo. Brincando com os americanos, mas vejo nos filmes de vocês que os bandidos, vem sempre pro Rio de Janeiro, né não?"

Chumbo trocado não dói.
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Continha rápida que fiz pensando no supermercado pequeno que tem perto da minha casa.
Em 1 dia 200 pessoas deixam cada uma 0,02 centavos pra eles = 4,00
Em 1 mês terão 120,00
Em um ano 1.440,00

Achou pouco? Pouco pra você cara pálida! Porque pra 1 casal, dá pra passar 1 semana em Porto Seguro- BA, com vôo, hotel e translados incluído. Belo pacote! Uma amiga acabou de chegar. Falei de BH/Porto Seguro/BH.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Era só o Wando cantar e o neném dormia tranquilo !



Assistindo ao programa da Maria Beltrão hoje à tarde, me lembrei de um caso bom.

Quem foi ao programa?
Wando. Querendo ou não meu caro leitor, você sabe cantar muita música dele...." doeu, ai, doeu ai, doeu ai, ai, ai, ai... doeu..."

Tava morando em Paris - era babá do pequetito que já falei aqui - e recebi de um amigo uma fita-cassete ( alô antiguidade!!! ) gravada direto do rádio. Eu adorava! Sempre fiz isso. Matava as saudades, naquele tempo que não tinha internet e ainda sentíamos saudades das coisas.
E, nessa fita , que tinha sido gravada num sábado à tarde, em todo intervalo de música, além da propaganda, o cara falava as horas: "Guarani FM..... agora são 6 horas da tarde de sábado....".
Era bom demais! Como num passe de mágica, era só colocar a fita e, a qualquer hora do dia, e em qualquer dia da semana, virava sábado à tarde, e todos tavam se preparando pra balada da noitada (balada tinha ainda não). Como será que se chamava? Sei lá, mas era muito bom.

E adivinhem qual a música que o gatinho mais gostava que colocasse na hora de dormir? "Você é a luz, é raio estrela e luar ... manhã de sol ... meu iá iá meu iô iô..." Era só dar uma embaladinha e o bichinho caía nos braços de Morfeu, lindo da vida.
E o melhor ainda : quando vim embora, ele já grandinho, a mãe me pediu -"Ô Ida ( francês não fala Iêda, nem que a vaca tussa ) será que você pode deixar a fita ?" Ela tinha medo dele estranhar, na hora de dormir, a ausência do Wando.

É claro que deixei!

Nunca contei pra ela que, aqui no Brasil, o efeito era outro. Ele acordava, despertava homens e mulheres... rs.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Paixão pela foto e perdidamente apaixonada pelo "ao vivo"

A primeira vez que vi uma foto da Catedral de Colônia, na Alemanha, pensei : "quero conhecer". Fiquei encantada com a suntuosidade dela.

E fui !

Tava passeando pela Europa e, não me lembro de onde vinha, mas me lembro como se fosse hoje : desci do trem na estação e, andando poucos passos fora dela, o que vejo? A Catedral. Levei o maior susto ! Dava pra ver de lado, porque a estação de trem fica atrás, mais pra baixo dela.

Foi muito engraçado porque, no mesmo segundo, virei de costas.

Não era assim que tinha sonhado em vê-la.

Como ela é enorme, imponente, pensei em chegar pela frente, pro impacto ser como sonhei. Quase corri na direção contrária. Tava cansada, queria me livrar da mochila, me instalar no albergue que tinha o endereço, um bom banho, depois sair pra conhecer o objetivo da minha estada naquela cidade.

Fui andando, com o mapa na mão, procurando um ônibus ou trem que me levasse ao albergue.

Me lembro que tava embaixo de uma ponte, ou viaduto, e parou um carro do meu lado com uma senhora.

Mochileiro, com mapa na mão, tá perdido. Ela perguntou se eu procurava albergue, eu disse que sim e mostrei o endereço pra que ela me ajudasse. Até hoje, não sei como nos entendemos porque ela só falava alemão e, eu um inglês fraquinho de dar dó. Até hoje, dá dó. Bom! Entendi que o albergue que eu procurava tava fechado, reformando, mas "entre aqui que te levo em outro".

Uma das vantagens de viajar sozinho, que adoro, é numa hora dessa. Você resolve e dá certo ou se ferra sozinho e fim. Com mais alguém, já vem o tal do" será que vamos, podemos confiar, não acha perigoso?" e a carona já cascou fora.

Eu pulei dentro do carro e lá fomos nós.

E ela foi me mostrando a cidade, não parava de falar e não adiantava eu falar, em inglês, que não entendia o que ela dizia. Imagino que nem ela, o que eu dizia, porque continuava no mesmo ritmo. Falei em português, em francês e, por fim, deixei rolar.

O mais interessante é que, como o inglês e o alemão têm muita palavra igual ou muito semelhante, às vezes eu entendia alguma coisa, fazia ligação com o gesto do dedo apontando, tentava entender alguma placa, realmente entendia e, aí, ela se entusiasmava mais ainda, porque achava que eu tava entendendo tudo.

Peleja!

E rodamos e rodamos e de, repente, ela entra num caminho pequeno, estaciona num pátio, sai do carro já carregando a minha mochila, eu na maior falta de graça mas, com aquele jeito alemão despachado dela, nem deu tempo deu pegar primeiro. Foi comigo até a recepção, me apresentou pra moça e juro que, no minuto que me virei pra abrir a bolsa da mochila pra pegar meu passaporte e entregar pra moça, ela desapareceu.

Quiném fumaça. Sumiu! Ainda fui até a porta, olhei no estacionamento e nem sinal.

Às vezes, penso que muitas das pessoas que me ajudaram nos "caminhos por onde andei" eram anjos disfarçados de gente.
Esse albergue, que não me lembro mais o nome, foi um dos melhores que já fiquei na minha vida. E tava vazio, então fiquei sozinha em um quarto, chiquérrimo. Pena não me lembrar do nome.

E depois saí, fui conhecer a Catedral e me apaixonei, mais perdidamente ainda, por ela, ao vivo. Ela é tão linda por dentro quanto por fora. Assisti uma missa de domingo. Foi lindo! Nem insisti em tirar foto, porque ela fica em uma praça pequena e minha câmera, na época, não captava além da altura da porta principal. Se você não tem uma câmera maravilhosa, compre o postal. Vale muito mais !

Eu dou sorte com igrejas. Depois conto o que aconteceu em Luzern, na Suíça.

Quando forem conhecer essa maravilha, prestem atenção as marcas deixadas pela Segunda Grande Guerra Mundial, nas paredes externas. Não foram restauradas de propósito.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Frase boa pra refletir e agir






" Qual marca você vai deixar na terra para que seu Deus fique contente?"




Artista de rua na França.

Agora de mala e cuia, volta a polonesa "em definitivA" pro Brasil





Estou, depois de uns anos em Cannes, já voltando pro Brasil, quando minha amiga cisma de vir morar aqui.

Assustei! Quem não se assustaria? É uma responsa danada! Uma senhora de mais de 90 anos... Pensei na trabalheira que iria me dar. Era como se fosse fazer uma adoção só que, ao invés de um bebê, seria um bebê de 90 e tantos anos.

Mas, como dizem os pais, se a gente pensa muito, não tem filhos, então não me aprofundei nas previsões do futuro e tomei a decisão.

Mas, antes, me sentei com ela pra conversar e explicar como seria.

Em primeiro lugar, não daria pra ela ficar comigo, na minha casa. É uma casa pequena e, confortavelmente, não teria como. "Não tem problema, estando com você tô feliz". Eu disse que ia chegar no Brasil e ver se, por acaso, teria um apto pra alugar e, então, veria o que fazer. E teria que ser no meu prédio.

E vim embora.
Moro no terceiro andar e descobri que tinha um apto no nono pra alugar. Começou bem !

Combinei com os filhos dela, e tive carta branca pra fazer e comprar o que precisasse.
E mãos à obra.

Corri atrás de fiador, aluguei o apto e comecei a montar o cafôfo.
Comprei mesa com 4 cadeiras, cadeira confortável pra ela fazer seu crochê, suporte pra colocar os pezinhos, cama-box bem igual a dela, mesinha de cabeceira, geladeira, fogão de duas bocas pra ela fazer seu bouillon, instalei telefone, TV a cabo pra ela ver os canais em francês e roupa de cama, utensílios de cozinha, etc. Tudo pra, no máximo, 2 pessoas. No caso de uma festança, pegaria as coisas da minha casa.

E comecei a desovar minha casa. Dei um limpa. Adorei! A casa tava entulhada demais. Levei quadros, pendurei nas paredes, enfeitei pra todo lado e o apto ficou fôfo. Muito mesmo! Claro, arejado, batia sol, coisa que o europeu preza muito. Enfim, pensei : "ela vai amar."

Era final de ano e, um amigo que mora em Paris, e viria passar o Natal com a família ficou incumbido de acompanhar a "encomenda". Ganhou até um upgrade da classe econômica pra primeira classe (oferta da filha dela).

E chegaram num dia super chuvoso, tiveram que fazer mudança de aeroporto no Rio, desceram aqui no aeroporto velho, saindo do avião direto na pista.

Mas ela tava feliz da vida. Achando tudo uma aventura.

Aventura que só tava começando. Chegando em casa, fomos tirando a roupa pra ela tomar um banho, até a calcinha tava molhada de chuva. Tadinha! Pinto molhado era pouco.

E a façanha continua no próximo capítulo.

A aventura só tava no primeiro dia.

COMO TEM GENTE PRECISANDO DA GENTE...

E QUE BOM QUE A GENTE PODE AJUDAR! https://www.cartacapital.com.br/mundo/enchentes-deixam-mais-de-100-mortos-na-republica-democratica-do-con...