sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dica de comilança feliz na França - minhas paixões


Madeleines....hummmm....no café da manhã, no lanche da tarde, ou aquela boquinha antes de dormir. Nada melhor.



                                                          Meu iogurte preferido. Natural, sem açúcar


Já falei sobre este pão aqui. Pode ser fresquinho saindo do forno, ou duro depois de uma semana, pra mim é a mesma delícia. Adoooro!


Rhubarbe é um legume, que tanto na compota, como refogadinho com azeite e alho, é uma delícia.



Sou capaz de  beber meio litro deste leite de uma só vez. Gulosa? Talvez! Mas, se você gosta de leite, vai ter problemas em beber outro, depois que provar este aí.
Como eu.

 Alô alô Supermercados de Belo Horizonte! Quebrem o meu galho e importem as geléias de sabores diferentes daqueles mais do que conhecidos no Brasil, tipo, morango, framboesa, uva. Esta de myrtilles é de comer de joelhos.

 Quem resiste a uma brioche quentinha com manteiga? Já deu pra perceber, que minha praia se chama café da manhã?



Este aí, sempre que volto pro Brasil levo uma meia dúzia e escondo de mim mesma no fundo do armário. Quando bate aquela saudade, vou lá e recupero o tesouro. Aqui se chama marron, aí, castanha portuguesa.
O conhecido camembert. Odiado por alguns e amado por muitos. Eu amo. Posso comer um inteirim de uma sentada. Gosto dele quase novo.


Este é o pão com nozes e ameixa. Bom dimais da conta, sô! Não precisa de nada pra acompanhar. Nada.

Dei só uma pequena amostra do que gosto, e quando você for a um supermercado aqui já vai identificando e comprando pra experimentar. Felizmente já temos muitos destes produtos no Brasil. Só falta ficarem mais acessíveis ao meu bolso. O pessoal empurra no preço. Nem se tiver morrendo de vontade, pago vinte e tantos reais por um Camembert, que custa aqui 1,89 euro. Como dizem os franceses:
- Vous exagérez quand même!

Se alguem quiser saber o preço de algum destes produtos ou qualquer outro, é só me perguntar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Aqui, como aí, a vida de interior, dos séculos IXX e XX, era tal e qual - 2ª parte



Adorei esta foto. A família toda sentada comendo linda e loira e a mãe em pé, esperando todos terminarem pra poder comer. Conhecem aquela história de que mãe adora pé e pescoço de galinha? Vem daí. A negada se fartava com as carnes boas e só sobravam os pés e o pescoço pra mãe. Bem dizia a mãe de uns amigos meus;
- Eu, não quero nem saber. Me sento à mesa e já logo coloco o peito, que é a parte que mais gosto, no meu prato. Sem essa de primeiro o marido e os filhos....rs


Família burguesa do início
 do século XX.
Ainda não me acostumei com o século XXI. Sempre que vou me referir ao século XX, acho que não preciso escrever XX. Como agora. Início do século pra mim, continua a ser o século XX.
Detalhe das roupas pra ir à mesa. Deve ser por isso, que nas novelas de época, a gente houve uma pessoa totalmente bem vestida, arrumada, dizendo que vai subir pra se trocar pro jantar.Peleja! Ainda bem  que não vivi este tempo!



Quem conhece Paris, provavelmente já foi ao Halles. Hoje um enorme centro comercial, cheio de boutiques, cinemas, piscina. Antes de virar isso tudo, era este mercado aí da foto. Imagino que devia de ser uma lambança só. Muito sujo, cheio de ratos. A primeira vez que fui a Paris, ele estava sendo inaugurado. Estes prédios ao redor datados de 1.851 e  projetados pelo engenheiro Baltard, foram derrubados em 1.970 pra contrução do conjunto. Pensei que já tivesse escrito sobre o Halles, mas acho que não. Vou escrever. Vale um post.


Vendedor de feira de rua. Como no Brasil, tudo era pesado naquelas balanças com um prato, e embrulhados os produtos em jornal.


Aí já é uma mercearia mais mudirninha. Com tudo em seu devido lugar e já sendo usada uma câmera  pro que precisasse de ser conservado frio.


Eita eu que já comprei esse pão aí. Ele era uma delícia e lembra o pão italiano que comemos hoje. No Brasil, tinha de meio e de um kilo.


Em Paris foi proibido derrubar as vitrines e fachadas de loja e comércio antigo. Hoje você vê lojas lindas e chiquérrimas, e a fachada conserva o letreiro de por exemplo: Padaria X. Acougue Y.
Acho o máximo. E as fachadas dos cafés e padarias eram lindíssimas. Com muito espelho e muita pintura em estilo art-nouveau.


No mesmo Halles de outrora, uma vendedora de sopa. Hoje em dia, você acha que a Vigilância Sanitária passando por alí iria recolher a dona Maria aos costumes? Mas, imagino que a sopa que ela vendia, devia de ser uma delícia!


Estas foram umas das primeiras alunas do hoje famoso Cordon Bleu, na Paris de 1.936.


Esta foto de 1.900 é o máximo. Casamento na Bretanha.
A mesa era feita assim. Fazia-se um morro de terra, e depois eram colocadas umas tábuas ao longo do morro. Pra que cerimonial, buffet, convites, aluguel de salão, decoração, gorgeta e o escambau? Com um monte de terra, algumas tábuas, um bom pão, vinho feito em casa e queijo, tava pronta a festança.
Quantos aos convidados, todos da aldeia vinham e nem precisava chamar. E a fatiota pra ir à festa? O grande problema da mãe da noiva de hoje, madrinhas, damas e etc e tal. "Estes pobremas não existiam." Todos com o mesmo modelito. Nada de dizer que a roupa da outra não tava boa, ou muito justa ou muito larga, ou fora da moda. Tudo tal e qual. Nem precisava de olhar no espelho. Era só olhar pro lado. Este pão aí se chama hoje Poilâne, e é o meu preferido quando tô porraqui.

Hoje aqui na França na Páscoa, não se oferece ovo. Os chocolates são em forma de peixe, galinha ou galo em sua maioria. Ganhei uma galinha tão grande numa Páscoa, que quase chego com ela até o Natal.
Além de não ser muito chegada em chocolate, custei a entender porque ganhar uma colega na Páscoa. E são muito caros. Preferia a minha parte em grana.
Mas, presente dado!
E nesta época, pra conseguir os chocolates coloridos, usavam por exemplo folhas de espinafre pra conseguir o verde. Legal, né?


Esta delícia aí se chama "dragées". São umas balas com açúcar duro por fora e macia por dentro. O recheio normalmente é de amendoa moida. Adooro! São oferecidas em batizados, casamentos, festas em geral. Hoje são feitas em todas as cores. Lindas! Rosa bebê e azul clarinho são as mais lindas pro meu gosto.
O sistema usado pra fabricação das balas é o mesmo até hoje, só que ao invés de girarem a bacia manualmente, usam uma tal de energia elétrica.


Coitadinha dessa garota! Vestida pra sua primeira comunhão, parece que tá indo pra festa do seu casamento. Eu acho que essa indumentária fazia a criança envelhecer uns 10 anos no mínimo. Um marmota. Pro meu gosto, claro!

Esta turma tá preparando as azeitonas pra serem prensadas e virar azeite. Imagine o cheiro delicioso que devia exalar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aqui, como aí, a vida no interior, nos séculos IXX e XX, era tal e qual - 1ª parte

Minha amiga recebeu, de presente, este livro e eu tratei logo de copiar as fotos pra mostrar pra você. Adoro fotos em preto e branco; e, se são antigas, mais ainda.


Detalhe da cara de broinha da moça. Mais saudável, impossível. Bons tempos aqueles em que podíamos comer sem culpa!


Capa e contra-capa do livro, pro autor não brigar comigo.


Cardápios do início do século XX, escritos à mão. E cada letra mais linda que a outra.


Carro puxado a cachorro...e ela vende queijo de porta em porta.


A passagem do vendedor de carne, ambulante, era momento de saber as novidades da cidade e colocar a fofoca em dia.


O porco servia de alimento pro inverno inteiro. Esta foto é de 1900. Adorei os tamancos. Era uma lama só e eles deviam salvar a pátria. Nesta foto, o pobre tava a caminho do sacrifício.


A carne era conservada de várias maneiras; podia ser defumada, salgada ou seca no sol. Me lembro na minha infância, de minha mãe colocando carne em uma enorme lata cheia de gordura. Chamava carne na banha. Tudo isso é muito parecido com o nosso interior de antigamente, bem antes da chegada dos supermercados e da importação de toda espécie de alimento.


Este rapaz tá fazendo o queijo emental.


As gêmeas tão colocando o leite coalhado, nas vasilhas de alumínio, pra escorrer e virar queijo. A partir de 1900, estas vasilhas foram substituidas pelas de plástico.

A figura mais paciente da casa é que devia ser a premiada pra fazer este serviço: encher garafas com legumes pra serem consumidos também no inverno. Só depois da Segunda Guerra é que apareceram os vidros de boca larga, com tampas também de vidro, e aquela borracha pra vedar.

Amei esta foto da moça colhendo cenoura. Até hoje, apesar de toda a modernidade, as pessoas que moram no interior, plantam sua horta no verão, colhem e cozinham colocando em vidros pra comer no inverno. É uma maneira de saber exatamente a qualidade daquilo que estão comendo. E isso posso assegurar; como diariamente legumes deliciosos.


A tradicional forma de alimentação forçada - "goela abaixo" - do ganso, pra que o fígado cresça, fique enorme e com ele seja feito o famoso "foie gras". Não dou um tostão furado por ele - mas aqui todos adoram - nem tanto pelo ganso, mas porque acho ruim pra cacete. Um amigo daqui me afirmou que o ganso não sofre como muita gente imagina. Segundo ele, o bicho fica procurando comida. Imagino que, com o estômago dilatado, fica quiném a gente : quanto mais come mais quer. Saco sem fundo.
Curuz!



Nem toda região francesa é produtora de vinho. Esta foto de 1900, mostra a fabricação de cidra pra Bretanha e pra Normandia. E o tamanco de madeira lá firme!


Como no Brasil, as "Épiceries" (armazéns) vendiam de um tudo ; de linha a fumo de rolo, de café a vestimentas.  Ainda posso sentir o cheiro do Armazém do "Seu Zé", que tinha na esquina da Av. Brasil com Rua Pernambuco, em Belo Horizonte-MG. Eu devia fazer pelo menos umas quatro viagens por dia até ele. Na época, não entendia porque minha mãe já não fazia uma lista pra comprar tudo de uma vez. Hoje, imagino que era uma forma de me colocar pra circular e parar de, além de encher o saco dela,  brigar com meu irmão. Era um momento de sossego...rs.

Amanhã continuo com as fotos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Me lembrando de coisas boas enquanto espero o tempo passar

Estava aqui pensando sobre o que escreveria hoje, com a cabeça ainda ôca e o pensamento sem muita capacidade de firmar em alguma coisa, quando olhei pro céu que tá lindo, clarinho e cheio de estrelas, e me lembrei de TelAviv. Me lembrei de uma tarde deliciosa que passamos à beira-mar, que começou com um almoço muito bom e terminou com caminhada pela praia vendo o por-do-sol.
Quando a dor é grande e não temos nada a fazer a não ser esperar o tempo passar pra que ela se dilua um pouco, é bom tentar se lembrar de coisas bonitas. Não resolve, mas alivia bastante.



                                                           Nil escolhendo seu pratinho....


                                                                    Agora as garotas


                                         Veja se não tá de dar água na boca! Amo cogumelo de Paris.



                           Não me lembro quem pediu o peixe. Só sei que tudo tava uma delícia.



Pizza não podia faltar. Em qualquer lugar do mundo quebra o maior galho. A gente sempre sabe o que tá vindo. Pode até não ser do agrado, mas o prato é praticamente o mesmo em todo lugar. Patrícia que escolheu.


    A apresentação da comida quando é feita na chapa ou panela de preparo, sempre fica mais bonita. Eu acho.    


                                                           E o sol começou a se por.


         A fotografia jamais vai mostrar realmente a beleza de um luar, de um nascer ou por-de-sol.


                                                  Mas eu me esforço pra fazer boas fotos.


          E o povo começa a caminhada pra fazer a digestão e aproveitar a praia linda de TelAviv.


              Este é o site do restaurante onde a gente comeu. Passei por ele e veja que legal que é.
              http://www.sofrishman.co.il/

Nota.: algumas fotos já foram postadas, mas ainda não havia falado sobre o restaurante.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

*Le repos des lunettes"




E mais um amigo se foi. Partiu antes do combinado mas, mesmo se tivesse ficado por muito mais tempo, jamais eu poderia assimilar tanta sabedoria, tanta inteligência e curiosidade. Mais uma biblioteca que se apaga.

A amizade foi crescendo devagarinho porque, quase todo ano venho aqui passar uns tempos. O lugar é calmo, reconfortante e revejo meus amigos queridos. Estive, ano passado, por 2 meses e meio com ele e, agora em NY, voltando pro Brasil, não pensei duas vezes antes de pular pro lado de cá, e ficar mais um tikim, com aquele que já tava chegando ao finzinho da sua estrada, aproveitar as últimas gotas e "l'emmerder" (encher o saco dele), como ele mesmo dizia. E consegui mostrar alegria até o final. Fazê-lo rir, que era o que ele gostava.

Outro dia ele não queria comer e, eu, sacaneando, me ofereci pra fazer uma feijoada. Foi engraçado, ele puxou forças de onde não tinha mais, pra falar forte:
- Não ! Não e não ! (ele sabia que eu não tava brincando).

À mesa, sempre me sentava em frente a ele. Ele me chamava de "meu vis-à-vis" ( o que tá em frente ).
- Onde está meu vis-à-vis?
Hoje almocei em frente à uma cadeira vazia. Espero que "meu vis-à-vis" esteja dormindo em paz.

Quando invernava de nevar, de manhãzinha, assim que ele se levantava, olhava pra fora e repetia como se fosse um mantra - Oh! Tá nevando! Que beleza! (puto da vida porque neve, pra quem mora aqui, é quiném chuva contínua pra nós. Imagine 4 meses chovendo sem parar).

Não tinha uma só pergunta que ficasse sem resposta, mas não era uma resposta qualquer. Era resposta que acrescentava. E os vários dicionários que ele tinha, eram consultados com a mesma frequência que você olha pro celular durante o dia. A explicação de uma simples expressão, vinha ilustrada com uma história (já contei algumas delas aqui).

Ano passado, faltando uns dois meses pro aniversário dele, ele começou a perguntar, a cada meia hora :
- Que dia é hoje? Depois de alguns dias e várias vezes respondida a mesma pergunta, descobrimos que ele contava os dias pro aniversário. Queria completar 80 anos. E conseguiu com louvor! Quase fez 81...

A memória do presente já não durava mais que alguns minutos e eu ria e fazia ele rir. Outras duas perguntas constantes: - Quantas horas são? - Hoje é que dia? (como se alguma destas duas respostas fosse mudar o rumo da vida dele). Um dia, alguns minutos depois de ter respondido a uma dessas duas perguntas, eu perguntei séria e queria uma resposta mais séria ainda : - Me diz a verdade verdadeira: jura que não se lembra de ter me perguntado, à meia-hora atrás, a mesma coisa?
E ele, seríssimo:
- Juro. Eu perguntei?
- Só 2.500 vezes hoje.
Ele riu até (nunca vou saber se tava me gozando).
As vezes, ele chegava perto e eu já ia dizendo: - São 3 e meia, hoje é quarta-feira, 5 de fevereiro e faltam X dias pro seu aniversário.
Ele ria até, mas dai a meia hora........

No Natal francês, eles comem, o tempo todo, uma bala muito gostosa chamada, "papillote" que vai durando até depois do Ano Novo. Parece uma bala de goma envolvida em chocolate e a embalagem é linda. Ele amava e comia quilos - às vezes com permissão da dona da casa, às vezes, escondido. E, quando queria comer, fazia quiném criança : me oferecia e, se eu aceitasse, ele tinha desculpa pra comer outra. E eu aceitava mesmo sem vontade...rs.

À mesa, nos últimos tempos, com o apetite bem reduzido, era um divertimento só. Pra enrolar e não comer, ele inventava casos, contava histórias, se lembrava de velhas canções, cantava, e eu não podia dar muita corda, senão apanhava da dona da casa. Como não podia o tempo todo, eu brincava de "vaca amarela" e ele ria. E eu dizia:
- Pare de enrolar e coma, senão não tem sobremesa! (quiném a gente faz com criança) mas ele já tava pouco ligando pra sobremesa. Até o papillote já não fazia tanto sucesso.

Eu gostava de fazer ele rir, me deitando com ele e fingindo que aproveitava enquanto a patroa tava distraída em algum lugar. Ele riiiia...
Esta semana eu acho que se lembrou disso e me disse com dificuldade:
- Quer se deitar aqui comigo?
No que respondi:
- Cê ficou maluco? Não tá vendo que sua mulher tá em casa?
Foi um dos poucos sorrisos que consegui arrancar dele. O humor continuou presente até o final.

Assim que cheguei, a mulher dele me disse:
- Depois que você foi embora, em abril, pelo menos umas 10 vezes, ele me fez prometer que eu o levaria ao Brasil pra te visitar.

Semana passada, depois de uma manhã sofrida, ele ficou olhando pra janela com olhar perdido, distante e  pensei que tivesse olhando pro nada, ou nada vendo. Passei a mão em frente aos olhos dele e ele disse imediatamente: - Tô enxergando! (com um minúsculo sorriso no canto da boca). Tentei ver se o divertia um pouco, mostrei dois dedos e perguntei:
- Quantos dedos você tá vendo? e ele : - 18.
Pra logo depois continuar : - To vendo o V da vitória.
Insisti na brincadeira e mostrei o dedo do meio.
Ele fez uma careta de reprovação e deve ter pensado "Ela não me respeita mesmo. Em nenhuma situação".

Acordou assustado há uns 3 dias e disse: -A guerra!
Tentei levantar a moral dele e perguntei:
- Você se levantou pra ir ou tá correndo dela ? Mas no final da minha frase, ele já dormia profundamente. Os mesmos medicamentos que aliviavam sua dor, também o derrubavam como um nocaute. Só que, quando o nocaute chegou, já foi no 15º assalto (ele não era homem de ser derrubado tão facilmente assim).

Não deu pra você ir me encontrar no Brasil meu amigo, mas eu levo você no meu coração. Pra sempre. E pra qualquer lugar onde eu for.

* O descanso dos óculos

sábado, 22 de janeiro de 2011

Fim de semana de pesquisa, pra começar a semana cheia de boas idéias


                                         Aproveite bem seu final de semana e até segunda-feira.
                                                                            bjins

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O causu da porta de 6 milhões de dólares e o rapaz distraido

Aqui na França existe uma tal de porta blindada, que qualquer muquifo tem. Pode ser o apartamento chiquérrimo da Av. Foch ou um simplesinho de Barbés, a tal da porta tá lá. Não sei porque o francês dá tanta importância a porta e se esquece das janelas. Acho que aqui ladrão só entra pela  entrada convencional. A porta. Nada de escalar muro ou pular janelas. Elas são fechadas com tramela e às vezes nem fechadas direito estão. Vai lá saber.
A tal porta, como já vi e dou testemunho, às vêzes quase derruba a parede de tão forte e pesadona que é. Casa mais simples com ela, chega a ser engraçado. Ela tem uma chapa de aço de cima a baixo e os feixos se cruzam de norte a sul e de leste a oeste.
E o pior tá por vir. Ou quase. A chave. Você recebe dois exemplares pra cada  porta, mesmo que tenha 8 pessoas na casa. Qualquer cópia pra ser feita custa quase tão caro quanto a porta, e precisa de autorização até do seu Sarkosy e da dona Carla pra copiar.
                                                                             Pois bem.




Imagine uma pessoa distraída. Foi pouco. Pode dobrar. Amigo de quem? Meu, oficórsi.
Estamos nós em Paris. Eu com um casal amigo e ele foi convidado pra ficar na casa de um amigo em comum, que ia viajar de férias com a família. Amigo de longa data, entregou a casa de olhos fechados. Só tinha uma recomendação.
A porta.
Ficou meia hora explicando pro desatento como funcionava, os cuidados que tinha que ter, e repetiu trocentas vêzes. Parece praga de urubu. Quanto mais repete, pior.
- Você só não pode em hipótese alguma, é bater a porta e esquecer a chave dentro. Aí,
tá fudido. Tem jeito de abrir sim, mas custa uma fortuna.
Na época, há alguns anos atrás, uns 300 dólares se me lembro bem..



Convidei o songa pra jantar, e ele aceitou todo contente. Banhou-se,  perfumou-se,  aprontou-se todo lindo e saiu.
Xxxxxxxxxxxlápti!!!!!!!!
Só se lembrou da chave, quando escutou o som que cravou na sua alma.
Chegou na casa onde eu estava com aquela cara de menino que fez besteira. Das grandes.
Pra piorar a situação, era sexta-feira à noite.
Bom, já imaginam o gosto amargo do jantar. Dele. Porque nós rimos o tempo todo. Pimenta......

Dormiu comigo, e sábado cedo saímos a procura de um filho de Deus pra abrir a bendita porta.
Encontramos um árabe que se prontificou a ir, preço mais alto, porque afinal de contas, era final de semana. Mais mal pago impossível.
 Saiu o árabe com uma coisa na mão e não entendi bem qual seria a forma que usaria o tal instrumento  pra um evento tão milindroso. No mínimo seria um raio lazer, ultra violeta ou protetor solar 60. Sei lá!
Dou um doce de côco pra quem advinhar com o que o moço abriu a porta em  minutos e embolsou a grana preta, diante dos olhares esbugalhados meu e do meu amigo, e as devidas bocas abertas.
Advinhou?
Isso mesmo.
Uma folha de radiografia. Daquelas pretas grandonas. Tufuiou ela na greta da porta e foi fondo, foi fondo com paciência e destreza, e a porta de 6 milhões de dólares e à prova de fogo, céu e mar se abriu linda e loira.
Meu amigo entro, procurou um barbante,  amarrou a chave, pendurou no pescoço, e só tirou na hora de entregar de novo pro dono da casa.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tô de pleno acordo...

Achei interessante e repasso pra você. Pode ser que já conheça, mas sempre vale a pena dar uma relida e ficar atento. Adoro as reações do nosso corpo. Ele  tá sempre nos avisando o que tá pra acontecer, ou, se a gente não fica atenta, o que já tá rolando. E a expressão: "Ainda que bem a gente adoece...se não fôsse a doença morria direto ", não poderia dizer melhor.


Sábias palavras!
Sages paroles

Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.
Alerte à la porte d'un cabinet du thérapeute

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
La rhume coule quand le corp ne pleure pas

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
Le mal de gorge arrive quand il n'est pas possible parler de nos enuies

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
L'estomac brûle quand la rage n'arrive pas a sortir

O diabetes invade quando a solidão dói.
Le diabète prend place quand la solitude fait mal

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
Le corps grossit quand l'insatisfation arrive

A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
Quand le doute arrive il y a maux de tête et déprime

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar
Le coeur est sans interêt quand le sens de la vie ressemble finir

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
L'alergie aparaît quand le perfectionnisme devient intoleráble

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
Les ongles se cassent quand les défenses sont ménacées

O peito aperta quando o orgulho escraviza.
La poitrine se sert quand l'orgueil devient esclave

O coração enfarta quando chega a ingratidão.
Le coeur a un infarctus quand arrive l'ingratitude

A pressão sobe quando o medo aprisiona.
La tension monte quand la peur se sent prisonnière

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
Les neuroses paralysent quand "l'enfant interieur" devient tyran

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
La fièvre monte quand le défenses depassent les frontieres de l'immunité

Preste atenção!
Il faut faire attention!

O plantio é livre, a colheita, obrigatória ... Preste atenção no que,
Planter est libre, cueillir obligatoire...Il faut faire attention avec qui

você esta plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!! Ps:
tu es en train de planter, parce que ce será ce que tu vas cueillir! Ps.:

normalmente acontece após 3 dias do "acontecido", descubra o que te
normalement ça arrive aprés 3 jours , il faut penser à ce qui

prejudicou e coloque para fora, em conversa com amigos ou com um
te fais mal et le mettre hors du corps, en conversation avec les copains oú

profissional!!!
un professionnel!

Nota: foi atendendo a pedidos,  que escrevi em françês também.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...