domingo, 4 de novembro de 2012

Primeiro dia de atendimento em nosso Hospital, sucesso absoluto!

Muito obrigada, do fundo do coração, a todos que me ajudam neste projeto. Veja que é só o começo e preciso de muito mais ajuda...rs

Cheguei no hospital às 14h pra organizar e esperar o Dr. Sanjay que chegaria às 15h e  já tinha gente na porta esperando. Chuvinha fina, meninada de nariz escorrendo, mães e pais carregando os menores, pernas inchadas, pescoço com caroço enorme parecendo caxumba e o rapaz descalço na friagem...enfim...um dia que prometia muito. E cumpriu !
Nosso doutor chegou de moto, molhadim de chuva, mas com uma disposição de dar inveja. Nem deu tempo pra muita prosa e já começou a peleja.
Muitas pessoas já com a ficha de chamada em mãos e várias outras ainda fazendo a sua.
Depois que o médico fazia a consulta, eu levava o paciente pra salinha de remédios e o nosso "farmacêutico", na maior paciência e atenção, explicava direitim como usar o medicamento. Enquanto a pessoa não entendia, ele não liberava. Um amor de rapaz !
Se tinha injeção pra tomar,  já naquele momento, a pessoa voltava pra sala do médico e a nossa gentil enfermeira aplicava. 
O que mais ouvi ontem foi:
- Vou agradecer aos Deuses em minhas orações por vocês.
Muito obrigada de coração!
Eles só não sabem que, quem mais ganha com isso, somos nós, vendo a alegria das pessoas poderem ser atendidas, mesmo precariamente, mesmo sendo muito pobre e sem dinheiro algum.
Foram 49 pessoas atendidas em 2 horas e meia de trabalhos.
Uma turma grande ajudando : o médico, 1 enfermeira, 1 distribuidor de medicamentos, 1 rapaz fazendo a ficha das pessoas e mais, pelo menos, 8 pessoas contando comigo, dando suporte a essa turma. 
Eu ensinando a todos a jogarem todo o lixo na cesta de lixo, pedindo pra ficarem calmos que todos seriam atendidos, tentando falar com mães e pais que conversavam comigo como se eu tivesse entendendo tudo, tirando fotos de crianças que só vieram pra serem fotografadas...rs, explicando pro nosso "farmacêutico" que ninguém podia sair com dúvidas quanto a como usar os remédios. E no final,  explicava como se desfazer das seringas descartáveis.
E vou contando pouco a pouco como foi esse dia.
O próximo atendimento será terça-feira, 6/11 as 3h da tarde.
As fotos dizem o resto. 
E se você pensa que coloco muita foto, pro Sr. Anup Kumar tá pouco. Uma das maiores preocupações dele é mostrar pra quem nos ajuda, onde estamos colocando o dinheiro que recebemos.

 Ainda faltava 1 hora pro Dr. Sanjay chegar e as pessoas já estavam a postos


 Este é o rapaz que parecia estar com caxumba. Fotografei o pescoço dele, mas achei melhor não postar

 Salinha do doutor pronta esperando por ele

Caminha pro paciente

                                                E as fichas começaram a ser preenchidas


 Os meninos da nossa escola podem se considerar privilegiados...essa turma é bem mais necessitada do que eles!

Estamos usando três salas : à esquerda fica o médico, no meio o atendimento e à direita a sala com os remédios. Esta última é a única que tem porta. Quando der, colocamos as outras.

 Pelo visto, nosso primeiro estoque de medicamentos não vai ter vida longa.
 Preciso mais do que nunca da sua ajuda.

 A chuvinha fina e fria caindo e mães e pais chegando com seus filhotes!

 Estes dois estavam espremidos entre as mães fazendo suas fichas

 E dá-lhe nariz escorrendo!

 Uma dificuldade fazer as pessoas esperarem do lado de fora...todos querem ficar mais perto do doutor com medo de não serem atendidas. E eu explicava:
- Vocês estão atrapalhando aqui dentro. O médico não consegue nem conversar nem ouvir o coração dos seus amigos. 
Todos saiam e quando eu via, já tinha mais um monte na sala de inscrição...rs

 Uma privada pros pacientes está sendo feita aos poucos. Acabou a grana. Estamos esperando chegar mais alguma pra continuar. Outra vai ser feita pros donos da casa, médico, ajudantes.

 Nossa primeira paciente mostrando sua receita e o saquinho com os medicamentos. 

 Os remédios são dados na conta certa pra cada paciente. Nada de desperdício!

 Só tínhamos 1 tesoura e mais uma vez meu canivete salvou a pátria...fiz uma lista de coisas que faltaram e vou tentar levar na próxima terça-feira.
Graças a Deus já vi que tem doações na minha conta e vou poder comprar o que faltou...he..he...muito obrigada de novo meus amigos.

 Dra. Elisa Caetano, suas doações viraram pau pra toda obra. A luz serve pra olhos, ouvidos, nariz  e garganta..rs.... e o doutor tá encantado com o "apareio"!...rsss....
Antes de ir embora, ele se certificou duas vezes se a gaveta dele tava bem trancada...como você pode ver, ainda não tem porta na sala.

 O Dr. Sanjay chegou molhadim de moto, mas nem por isso se aquietou e 1 minuto depois já tava atendendo o povo.

 Eu com febre? Que isso!

 Nossa enfermeira super concentrada em seu trabalho. Luvas descartáveis por aqui ainda são objetos de luxo, como eram no nosso Brasil no século passado!

 Precisei ajudar a enfermeira a encontrar um lugar pra aplicar a injeção nesta senhora. Era só pele e osso!

 Nosso "farmacêutico" na maior calma e paciência com os pacientes. Explicava quantas vezes fosse necessária como usar os medicamentos. 

 Era o medidor de pressão doado pela Bia de um lado e o doado pela Elisa do outro, trabalhando sem parar!

 E a noite foi chegando então um vizinho emprestou o lampião...preciso comprar lanternas....haja dinheiro!

 Outro vizinho emprestou a luz pro Dr. Sanjay. A gente nem precisa pedir, eles correm e buscam. Quando vi já tava tudo claro! Enxuguei rapidim os olhos pra ninguém ver. Não tô fazendo drama nem querendo mostrar um lado delicado do processo, mas é difícil não se emocionar com a VONTADE DE AJUDAR  de todos.
Michette querida, suas doações estão sendo usadas o tempo todo. O doutor adorou as toalhinhas!

Mais uma agulha que teve dificuldade em encontrar carne pra se encaixar!


 Dá pra perceber que, no final de 6 dias de trabalho, o Dr. Sanjay mostrava em seu semblante um ar de cansaço, mas nem por isso ele parava. 
 Na saída, pegou sua moto e saiu na chuva de volta pra casa. Mais uns 15km e começava seu final de semana de descanso muito merecido!

 Ficou com vontade de nos ajudar também ?
Não se acanhe...rs
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MUITO OBRIGADA MAIS UMA VEZ!


sábado, 3 de novembro de 2012

Olhe a PREMAMETTA de novo no jornal aqui na Índia!

Não disse que o Jackie Vishwakarma é um cara do bem? Chegou aqui no meu quarto agora todo feliz e falou:
- Feche os olhos, que tenho uma surpresa pra você!
Quando abri ele tava com o jornal na minha frente.
Olha a Premametta aííííi..........gennnnnnnnnnnnnnnnnnnteeeeee!!!
Muito bom!
Jornal de hoje

ESTAMOS SÓ COMEÇANDO E PRECISANDO MUITO DA SUA AJUDA
PODE AJUDAR COM QUALQUER QUANTIA?
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Remédios, merenda, pratos, compração sem fim! Gastação feliz!

 Tem coisas aqui na  Índia que são de uma praticidade impressionante.
Abrir um Ambulatório Médico,  por exemplo. 
Pra conseguir o papel de autorização de funcionamento, o Anup foi a Gaya e voltou logo em seguida com ele.
Comprar medicamentos.
Raj e eu fomos a Gaya, e juntos com o nosso médico , que mora lá, a esta espécie de vendas de remédios no atacado. 
Nosso médico foi falando o que queria, o moço foi anotando, anotando, as vezes ele anotava por conta dele, as vezes eu dizia alguma coisa e o Dr. se lembrava de mais um, demos uma grana de depósito. Isso foi na quarta-feira. Ontem o Raj foi lá, pegou tudo, pagou o resto que ficou faltando e eles já estão aqui no meu quarto/escritório me esperando pra serem levados pro Hospital hoje à tarde.
E fim.
Nunca abri nenhum negócio no Brasil, mas sempre ouço as pessoas reclamarem muito da burocracia.
Hoje vai ser nosso primeiro dia de funcionamento. Tô  ansiosa pra ver como vai ser. Aliás, ansiedade positiva, é o que mais tenho sentido aqui.

 E tem tudo arrumadim! Tão pensando o que? Formulários de cadastro de pacientes, bloco pra aviar receitas, recibos de compras e gastos, cartão de indentidade com foto. Tudo feito com o maior carinho e rapidez, pelo nosso amigo Jackie Vishwakarma, profissional que eu recomendo.


E por falar em positiva, como eu havia previsto, pega-se o povo pela boca. Estamos pegando e as crianças com isso estão estudando.

Começamos com o café da manhã na escola, tô anotando a frequência dos alunos.
Primeiro dia ............ 53 crianças
Segundo dia.................................58 crianças
Terceiro dia....................................................63 crianças
Quarto dia........................................................................66 crianças

Comprei primeiramente 40 cumbuquinhas, depois mais 14,  e agora preciso comprar mais. Só não comprei ontem, porque o moço que fez o melhor preço pra nós não tinha mais. Compramos o estoque dele. Amanhã já deve ter.
Então, lá vem a pedição.
Minha querida amiga Patrícia Antunes está doando o lanche pra 40 crianças. Com essa "inflação" de crianças vou precisar de mais doações.
 São R$ 0,20/dia,  por criança.
Quando eu digo que qualquer 5, 10 reais aqui fazem a diferença, é a mais pura verdade! 
Veja só, com R$ 10, 00...................... 50 crianças tomam o lanche da manhã todo dia!

Quer me ajudar? Que bom! Por favor, deposite na minha conta do

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MUITO OBRIGADA!


Olhaí o Dr. ditando e o moço escrevendo os nomes dos remédios

E o Raj sempre me ajudando!

Uma espécie de galeria, o lugar.

E os remédios aqui no meu quarto agora de manhã. O atendimento vai ser de 3 às 6 da tarde, três vezes por semana, pra começar.

A primeira compra ficou carinha, mas conseguimos. Daqui pra frente, preciso também de sua ajuda pra continuar com a reposição, pagar aluguel, médico, material de limpeza, chá, e só Deus sabe mais o que, porque sempre aparece uma conta nova pra pagar.

 NOS AJUDE POR FAVOR

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Declaração de amor a Minas Gerais

Algumas pessoas desembolam idéias, como eu.
Outras escrevem bonito! Muito bonito!
Reynaldo Rocha é meu amigo carioca que é grudado nas Gerais muito mais do que muita gente que aqui nasceu.
Sorte nossa!
Beijos meu bem e antes mesmo que você dê o seu ok, já tô publicando pra todo mundo ler.

  • Minas não é meu berço. Talvez seja a minha rede embaixo da árvore. Ou a essência do que todo brasileiro é.
    Minas não é uma, já disse o poeta. São várias.
    E eu enxergo minas em Joana, me vendo nela. E em cada amigo, irmão...
    Minas é o universo condensado em uma terra de montanhas, rios e vales.
    De quem tem a consciência da finitude. A visão do mineiro não se acaba no cume da montanha. Alcança sempre o que vem depois....
    Mineiro é do mundo. Porque o mundo se faz inteiro em Minas. No silêncio que analisa. Na calma que é ação. Na briga que o oponente nem sabe que está acontecendo.
    Como um vórtice, Minas absorveu o Brasil. De mares, parias e amazônicos locais.
    E refez o bom. Incrementou a vivência. Experimentou a vida!
    Ser mineiro é saber-se reconhecível somente pelo olhar. Pelo jeito elegante. Em qualquer lugar do mundo.
    Pois ele sabe que o mundo, na verdade, está nas Geraes. Sempre estará.
    Esta terra que me acolheu e me deu o direito de dizer SOU MINEIRO, me deu tudo o que tenho de bom pelas andanças que tive que fazer mundo afora. Pelos exílios, nascimento, dores e alegrias.
    Não fui recebido com palmas ou vivas. Mas com o jeito mineiro de dizer: “mereça ser!”
    Tenho tentado estar à altura de Minas. Que me deu uma filha. Uma mineira que sabe o valor de ser de MINAS GERAIS.
    E uma oportunidade de fincar raízes em terreno alheio. Em chão de empréstimo.
    Com um orgulho maior que poderia imaginar! Sou mineiro por opção e escolha. Da qual nunca me arrependerei. Só posso agradecer.
    E não quero, não posso, não devo deixar para trás o que de melhor eu tenho!
    O mundo é lindo! Países, culturas e paisagens. Tenho amores eternos fora e Minas: Lisboa, New York, Barcelona, Paris, New Orleans, Ponte de Lima, Londres e tantos outros.
    Mas sei que meu coração descansou – e descansa – em MINAS! Na curva de um rio!
    Minas é mais que um estado. E um estado de espírito, moldado pela finitude das montanhas e alargado pela certeza do além montanhas...
    Minas! Minha!
    BOA NOITE!
     
    Olha ele aqui!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O primeiro café da manhã a gente nunca esquece - http://www.premametta.org/

E hoje foi o nosso primeiro dia na escola que servimos um lanche pra criançada no café da manhã.
As fotos e os filmes falam por si.
Veja só!

O grão de bico ficou de molho a noite toda

Os meninos já salivando, porque viam a gente preparar o rango

Depois do molho de uma noite, lava bem o grão de bico...aliás copie essa receita, porque é uma delícia e nem vai ao fogo.

Ele fica ao dente...não é molinho não...mais pra amendoim, saca?

Lindo!

Eu sou a maior empata aula...não posso fotografar sem que eles façam pose...rs

Essa história de lanche de manhã vai atrair alunos. Como no Brasil. Quanta criança só vai a escola por conta da comida!
Fiz conta de 40 e hoje foram 53. Vamos ver amanhã. Hoje já comprei mais 20 cumbuquinhas. tivemos que dar um adjuntório com vasilhas de isopor que sobraram do pic-nic.

Esta faca tava lá em casa no Brasil e usei umas duas vezes em anos! Trouxe pra cá e ela é usada diariamente. Aqui, picotando a rapadura.

O grão de bico já nas cumbucas

Já com os pratinhos na frente e elas agradecendo aos Deuses pelo alimento. Incluíram na reza de hoje um agradecimento a mim.
 Mais um momento difícil de segurar!


Não parece pé de moleque? A rapadura macia, que eu conheço como rapadura batida, é a ideal pra comer com o grão de bico


É uma alegria contagiante...tudo vira festa, até lavar os pratos.


Onde as crianças estão lavando a louça é que vai ser o local do lanche todos os dias. Vão fazer uma rodinha pra comer. Hoje foi o primeiro dia, então comemos dentro da escola pra não fazer mais confusão do que já tava...hhheee...

E lá vai a Puja pra casa, seguida pelos súditos do coração na sua Ferrari.

MINHA QUERIDA AMIGA DO CORAÇÃO, PATRÍCIA ANTUNES, VAI DOAR MENSALMENTE O CAFÉ DA MANHÃ. MUITO OBRIGADA MEU BEM...BJOS BJOS BJOS

E VOCÊ? QUER NOS AJUDAR?
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Agradeço do fundo do meu coração a todas as pessoas que  confiam em mim e anonimamente depositam em minha conta. Respeito a vontade de quem não quer ser mencionado.
Muito obrigada mesmo!
O Sr. Anup Kumar agradece e inclui todos vocês, todos os dias, nas preces das crianças na escola.

Oia nós de novo na VEJA online...hhheeeeeeee.....

Ontem foi o querido Augusto  Nunes que deu a força pra PREMAMETTA.  Hoje o querido Ricardo Setti. Assim nós vamu qui vamu messsssmooooo!!!!  Obrigada meus queridos e obrigada Reynaldo Rocha!



31/10/2012
 às 14:00 \ Tema Livre

História para comover e inspirar: nossa discreta e desconhecida Madre Teresa de Calcutá


A mineira Ieda e o indiano Prema Metta - que acreditam e fazem diferença - na inauguração do pequeno posto de saúde que conseguiram erguer num rincão perdido e miserável da Índia
Post do LeitorAmigas e amigos do blog, o amigo do blogReynaldo-BH, incansável batalhador pelo que acredita ser correto na vida pública e autor de muitos Posts do Leitor nesta coluna, hoje conta uma história comovedora: a de uma brasileira, praticamente anônima, que realiza, num recanto miserável da Índia, sem ajuda de governos ou de ONGs, um belo trabalho humanitário.
Guardadas as devidas proporções, uma discreta e desconhecida Madre Teresa de Calcutá.
Leiam o relato de Reynaldo:
Em meio a tantas notícias de “espertezas” e outros comportamentos de brasileiros, um pequeno gesto, um pequeno grande gesto.
Minha amiga – comentarista aqui do blog, a EIDIA – é uma mulher dessas especiais.
Que sempre se recusou a ser ativista somente frente a um teclado.
Que desconfia das ações oficiais. E mantém a capacidade de se indignar. Como todos nós.
Mas ela vai além.
O mini-posto que Ieda lutou para construir é celebrado lá, pelos locais, como Hospital
O miniposto de saúde que Ieda lutou para construir é celebrado lá, pelos locais, como Hospital
Ieda (este é o nome dela) faz a diferença. Faz da indignação, ação.
Sem rancores, bandeiras ou discursos raivosos. Faz porque entende que viver, ao final, é isto.
Ela conhece, literalmente, o mundo. Desde Paris – onde morou – à Palestina. Do Iraque aos Estados Unidos. Desde o Brasil à Índia, passando por Israel.
Ieda, em uma dessas viagens, ficou impressionada com o Brasil na década de 1950 que encontrou na Índia. Pelos costumes, pela extrema pobreza ainda muito presente apesar dos altos índices de crescimento econômico dos últimos anos e pela atroz falta de atendimento à população.
Pobreza que festeja a vida
Ao lado de um templo budista que visitava, na pequena localidade de Pathalgarh, num distrito do mais populoso Estado da Índia, Uttar Pradesh (quase 200 milhões de habitantes), no norte, ela conheceu uma comunidade de lavradores (a que pertencia o motorista que a atendia na viagem) que sobrevivem, muito pobremente, daquilo que plantam. Mas festejam a vida, com danças, cores e fé.
Ieda imediatamente, já naquele primeiro contato, resolveu que iria fazer algo. E começou a participar de um projeto idealizado pelo jovem motorista indiano, Prema Metta (mais um que acredita na utopia), que contava com um pequeno auxílio de cidadãos japoneses que haviam conhecido o local.
Ieda voltou ao Brasil e fez um movimento – solitário a início e posteriormente com apoio, embora pequeno e muito menor que o que é necessário – para angariar fundos destinados à construção de uma escola e um posto de saúde no local.
Foram leilões, doações, venda do que trouxe de lá, etc.
E aos poucos, sem NUNCA desanimar, teve a ajuda de amigos e algumas empresas de Belo Horizonte, sua cidade — desde boutiques conhecidas a cervejarias. Fez um leilão e arrecadou o que pôde.
Esta mulher chegou ao hospital com uma fratura na perna.
Esta mulher chegou ao pequeno hospital com a perna fraturada. Não existia qualquer atendimento aos habitantes a não ser a horas de distância
A sobrevivência dela? Com o próprio dinheiro. Não recebe um centavo para se manter na Índia, seja de hospedagem ou alimentação. Simplesmente porque não dá! Cada centavo tem uma destinação certa e necessária.
Energia solar, ventiladores e notebooks na pequena escola
E lá se foi Ieda. Mala com excesso de bagagem, com bonecas, livros de colorir e vários outros itens capazes de alegrar uma criança.
Em menos de um mês conseguiu, com os recursos que levantou no Brasil, colocar energia solar na pequena escola de apenas três salas. E ventilador de teto (lá é comum, nesta época, a temperatura chegar a 40 graus!).
Também doou notebooks para a escola (um) e para o professor e providenciou um estrado coberto com mantas, para tirar os meninos e meninas do chão batido de terra onde estudavam..
Mais um passo do sonho: o miniposto de saúde, que os locais chamam de hospital
E neste último sábado, 27, mais um passo do sonho foi dado. Inaugurou o que ela chama de miniposto de saúde.
E os locais denominam de hospital, pois o mais próximo fica a horas de distância. Os equipamentos médicos foram todos doados por médicos de Belo Horizonte e lojas de material cirúrgico, visitadas, uma a uma, pela Ieda. Um médico semi-voluntário, pois recebe pouquíssimo, começou a atender às pessoas.
Tenho um profundo orgulho de ser amigo de Ieda. De quem NUNCA se acomodou com a situação de injustiça. Esteja onde estiver. Que desconhece fronteiras. Que nunca julgou judeus ou palestinos. Que não acusa americanos ou iraquianos (já morou em ambos países). Mas que nunca desistiu. E nem desistirá.
Antes que a acusação – infelizmente comum – de por que não está fazendo o mesmo no Brasil, respondo por ela: já fez a vida toda! Desde a infância!
Hoje, aposentada e ganhando muito pouco, ela tem 65 anos bem vividos. Plenos e felizes. E seria como se nós, por cá, não aceitássemos a ajuda que recebemos de tantos de fora.
Era só a inauguração, mas o mini-post era tão necessário que foi preciso atendimento ali, em meio à festa
Era só a inauguração, mas o pequeno posto de saúde era tão necessário que foi preciso atendimento ali, em meio à festa
O jornal da BBC da Índia publicou reportagem com Ieda. Com foto e título: “Brasileira abre hospital!”.
Ieda – nossa EIDIA que estava sempre por cá, indignada com o Brasil – NUNCA contou (aqui ou lá) com um tostão de nenhum governo, ONG ou o que se equipare. Faz com o que tem e com ajuda de quem a conhece.
Por isso, apresento a vocês IEDA DIAS: uma BRASILEIRA que faz a diferença.
Conheça mais da Ieda visitando seu blog, neste link.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Olha a PREMAMETTA aí na VEJA on line, GEEENNNNTTEEEE!!!


30/10/2012
 às 19:47 \ Feira Livre

Reynaldo-BH: Ieda Dias, uma brasileira que faz a diferença

O hospital idealizado por Eidia
REYNALDO ROCHA
Nossa amiga EIDIA,  ─ comentarista aqui do blog ─ é uma mulher destas especiais.
Que sempre se recusou a ser ativista somente frente a um teclado.
Que desconfia das ações oficiais. E mantém a capacidade de se indignar. Como todos nós.
Mas ela vai além.
Ieda (este é o nome dela) faz a diferença. Faz da indignação, ação.
Sem rancores, bandeiras ou discursos raivosos. Faz porque entende que viver, ao final, é isto.
Ela conhece, literalmente, o mundo. Desde Paris ─ onde morou ─ ao Iraque. Desde a Palestina a Israel. Do Brasil à Índia.
Ieda, em uma destas viagens, ficou impressionada com o Brasil na década de 1950 que encontrou na Índia. Pelos costumes e pela extrema pobreza e falta de atendimento à população.
Ao lado de um templo budista que visitava, conheceu uma comunidade de lavradores que sobrevivem daquilo que plantam. E festejam a vida, com danças, cores e fé. Ieda, imediatamente ─ já naquele primeiro contato ─ resolveu que iria fazer algo. E começou a participar de um projeto ─ idealizado pelo jovem motorista indiano (mais um que acredita na utopia ─ chamado Prema Metta). Que contava com um pequeno auxílio de japoneses que haviam conhecido o local.
Ieda voltou ao Brasil e fez um movimento ─ solitário a início e com o apoio, pequeno e muito menor que o que é necessário ─ para angariar fundos para construção de uma escola no local e um posto de saúde.
Foram leilões, doações, vendas do que trouxe de lá, etc.
E aos poucos, sem NUNCA desanimar, teve a ajuda de boutiques conhecidas, cervejarias e amigos. Fez um leilão e arrecadou o que pode.
A sobrevivência dela? Com o próprio dinheiro. Não recebe um centavo para se manter na Índia, seja de hospedagem ou alimentação.
Simplesmente porque não dá! Cada centavo tem uma destinação certa e necessária.
E lá se foi Ieda. Mala com excesso de bagagem, com bonecas, livros de colorir, panos e tudo o mais que poderia fazer uma criança feliz.
Em menos de um mês conseguiu ─ com os recursos que levantou aqui ─ colocar energia solar na pequena escola de umas três salas. E ventilador de teto (lá é comum, nesta época, fazer 40 graus!). Idem um estrado coberto com mantas, para tirar os meninos e meninas do chão batido de terra onde estudavam. Doou notebooks para a escola (um) e para o professor.
No dia 27 de outubro, mais um passo do sonho foi dado. Inaugurou o que ela chama de miniposto de saúde. E os locais denominam de hospital. O que fica mais próximo, fica a horas de distância.
Tenho um profundo orgulho de ser amigo de Ieda. De quem NUNCA se acomodou com a situação de injustiça. Esteja onde estiver. Que desconhece fronteiras. Que nunca julgou judeus ou palestinos. Que não acusa americanos ou iraquianos (já morou em ambos os países). Mas que nunca desistiu. E nem desistirá.
Antes que a acusação ─ infelizmente, comum ─ de por que não está fazendo o mesmo no Brasil, respondo por ela: já fez a vida toda! Desde a infância! Hoje ela tem 65 anos bem vividos. Plenos e felizes. E seria como se nós, por cá, não aceitássemos a ajuda de tantos de fora que nos ajudam.
O jornal da BBC da Índia publicou reportagem com Ieda com foto e título: “Brasileira abre hospital!”. (Nota: vejam  e entendam o que é este hospital: inteiramente gratuito, fará o básico com o muito pouco que Ieda pode garantir! Mas um HOSPITAL para quem, como a senhora idosa da foto, que estava há sete dias com uma perna quebrada!).
Ieda ─ nossa EIDIA que estava sempre indignada com o Brasil ─ NUNCA contou (aqui ou lá) com um tostão de nenhum governo, ONG ou o que se equipare. Faz com o que tem e com ajuda de quem a conhece.
Por isso, apresento a vocês IEDA DIAS: uma BRASILEIRA que faz a diferença.

Irritantemente perfeitas!

Você olha, olha, vai, volta, olha de novo, e a cada momento descobre mais uma perfeição, mais um detalhe impressionante destes trabalhos maravilhosos feitos pelo ser humano.
Divirta-se!


Esta faca vai cair! O por dentro da casca de mixirica é de impressionar!

Este tecido se chama adamascado e tá perfeito!

Parecem tijolos reais e só o resto foi pintado
Delicadesa de doer!

Dá pra escutar o estalo da casca seca da cebola!

E a fumaçinha da vela recém apagada?

A borda seca da folha me irrita!

Outra perfeição irritante...rs

E o saco do supermercado?

E a sombra na lata com flores?

Amarrotado do tecido da mesa

As cebolas de novo!


Nem o próprio pão tem uma casca tão lindia!

Este artista faz tecidos com uma perfeição de doer!

A biqueira gasta da botina! Impressionante!

Toalhas!

Durex! Tem dó! Até a pontinha levantada!

Panos!

Os autores vão me desculpar por não ter colocado seus nomes...mas, fui pegando uma foto aqui outra alí e misturei tudo. Sem tempo de refazer vai assim mesmo.
Mas estão mostradas e registradas todas as obras de arte.
Acho  dar parabéns pelos trabalho muito pouco.
Mas dizer o que?

E ALGUNS FILMINHOS DO NOSSO NATAL 2024 NA PREMAMETTA SCHOOL

 Meu computador tá no CTI...     rsrs.. Vivendo seus ultimos dias. Não consegui passar os filminhos pra cá já abertos. Clique nos links pra ...