Levantei mais cedo na sexta-feira, porque ainda teria que fazer umas aquisições de última hora.
Uma das compras já sabia onde ir, tinha destino certo, a outra ainda teria que procurar.
Combinei com meu amigo que me hospedava que, se chegasse até 1 hora, poderíamos almoçar juntos. Legal !
Saí de Mairie d'Issy tranquila, fui até a FNAC de Montparnasse, comprei o que queria e fui procurar o jogo que amei e queria trazer a todo custo. Achei de 300 peças, mas queria aproveitar e comprar o de 500, que já tinha saído.
Fui até o Printemps, que é uma loja de departamentos e tentar achar no sétimo andar, seção de brinquedos. Achei, Eba! Chiquérrimo. Comprei.
Fui descendo os 7 andares de escada rolante, tendo que dar voltinhas pra pegar a próxima escada - o que não deixa de ser uma ótima idéia de quem inventou essa moda, que é fazer você passear pela loja e, quem sabe, adquirir alguma coisa. Bão, mas passando por todos os andares, dei graças a Deus de não ter tempo pra ficar olhando e inventando moda, porque coisa linda, de bom gosto, é o que mais tem no Printemps. Duro sair de lá sem uma sacola.
Resisti e tomei rumo de casa.
Saindo do metrô, dei de cara com a feira-livre de quarta e sexta-feira - tão difícil de resistir quanto qualquer loja legal de departamento.
A primeira barraca que vi - de uma moça que já conhecia da feira e que vende bijuterias - já me levou alguns Euros e coloquei no dedo o anel lindio e chiquérrimo, que levei na troca.
Nem parei mais, por conta do peso, mas os olhos iam admirando e o olfato se embriagando com todos os cheiros de queijos, linguiças, embutidos de todas as formas, pães, flores, frutas, uma Torre de Babel de cheiros e cores.
Aaaaamooo feira-livre.
Resisti de novo e cacei caminho de casa.
Entrei em casa e meu amigo disse: "Pontualidade suiça!" E eu nem tinha olhado no relógio, porque como as compras eram pesadas, andei bem devagar e pensei "se chegar cheguei".
Foi a conta de largar a tralha e sair de novo pra ir almoçar no restaurante que dei a dica ontem.
Delícia total!
Voltamos pra casa, terminei de arrumar as coisas, deixei tudo no jeito, e fui pro computador dar uma olhada no que se passava pelo mundo, enquanto papeava com meu amigo que, aproveitando o dia de folga, descansava carregando pedra, quer dizer, colocava as contas em dia.
Eu tinha marcado o táxi ( táxi Bleus de Paris - 01 49 36 10 10 ) pra me pegar às 6 da tarde, bem cedo, mas - macaca velha, com a saída pra aproveitar o feriado de Páscoa, Paris fica engarrafada quiném São Paulo.
Minha amiga chegou do trabalho, conversa vai, conversa vem e a folgada aqui nem olhou o relógio.
De repente ela me disse: "vou sair correndo e dou té logo de uma vez, porque não te encontro na volta. Tô indo ao dentista, atrasada".
No que ela falou atrasada, olhei no relogim do computador, 17:55 hs. Fui na janela e tava o táxi encostando. É demais! O que acaba comigo é esse estresse no dia de viajar... rs
Meu amigo - o ansioso - já pegou umas das malas correndo "tô descendo pra segurar o táxi" - como se precisasse! - e eu, na calma, peguei a outra, minha bolsa e desci.
O motorista, super simpático, da Argélia, veio me ajudar, beijinhos no casal e rumamos pro aeroporto.
Como previsto, o carro não andava, quando andava, nem precisava engatar uma segunda e parava. Nesse lenga-lenga, o motorista me cravando de perguntas sobre o Brasil, um percurso de 40 minutos levou 1 hora e meia e uma conta de normalmente 50 Euros virou 84, e eu nem tium. Fazer o quê?
Continuação da viagem, qualquer hora dessas.