quinta-feira, 8 de abril de 2010

Eita sexta-feira que rendeu!


Levantei mais cedo na sexta-feira, porque ainda teria que fazer umas aquisições de última hora.
Uma das compras já sabia onde ir, tinha destino certo, a outra ainda teria que procurar.

Combinei com meu amigo que me hospedava que, se chegasse até 1 hora, poderíamos almoçar juntos. Legal !

Saí de Mairie d'Issy tranquila, fui até a FNAC de Montparnasse, comprei o que queria e fui procurar o jogo que amei e queria trazer a todo custo. Achei de 300 peças, mas queria aproveitar e comprar o de 500, que já tinha saído.
Fui até o Printemps, que é uma loja de departamentos e tentar achar no sétimo andar, seção de brinquedos. Achei, Eba! Chiquérrimo. Comprei.

Fui descendo os 7 andares de escada rolante, tendo que dar voltinhas pra pegar a próxima escada - o que não deixa de ser uma ótima idéia de quem inventou essa moda, que é fazer você passear pela loja e, quem sabe, adquirir alguma coisa. Bão, mas passando por todos os andares, dei graças a Deus de não ter tempo pra ficar olhando e inventando moda, porque coisa linda, de bom gosto, é o que mais tem no Printemps. Duro sair de lá sem uma sacola.

Resisti e tomei rumo de casa.

Saindo do metrô, dei de cara com a feira-livre de quarta e sexta-feira - tão difícil de resistir quanto qualquer loja legal de departamento.

A primeira barraca que vi - de uma moça que já conhecia da feira e que vende bijuterias - já me levou alguns Euros e coloquei no dedo o anel lindio e chiquérrimo, que levei na troca.

Nem parei mais, por conta do peso, mas os olhos iam admirando e o olfato se embriagando com todos os cheiros de queijos, linguiças, embutidos de todas as formas, pães, flores, frutas, uma Torre de Babel de cheiros e cores.

Aaaaamooo feira-livre.

Resisti de novo e cacei caminho de casa.

Entrei em casa e meu amigo disse: "Pontualidade suiça!" E eu nem tinha olhado no relógio, porque como as compras eram pesadas, andei bem devagar e pensei "se chegar cheguei".
Foi a conta de largar a tralha e sair de novo pra ir almoçar no restaurante que dei a dica ontem.
Delícia total!

Voltamos pra casa, terminei de arrumar as coisas, deixei tudo no jeito, e fui pro computador dar uma olhada no que se passava pelo mundo, enquanto papeava com meu amigo que, aproveitando o dia de folga, descansava carregando pedra, quer dizer, colocava as contas em dia.

Eu tinha marcado o táxi ( táxi Bleus de Paris - 01 49 36 10 10 ) pra me pegar às 6 da tarde, bem cedo, mas - macaca velha, com a saída pra aproveitar o feriado de Páscoa, Paris fica engarrafada quiném São Paulo.

Minha amiga chegou do trabalho, conversa vai, conversa vem e a folgada aqui nem olhou o relógio.
De repente ela me disse: "vou sair correndo e dou té logo de uma vez, porque não te encontro na volta. Tô indo ao dentista, atrasada".
No que ela falou atrasada, olhei no relogim do computador, 17:55 hs. Fui na janela e tava o táxi encostando. É demais! O que acaba comigo é esse estresse no dia de viajar... rs
Meu amigo - o ansioso - já pegou umas das malas correndo "tô descendo pra segurar o táxi" - como se precisasse! - e eu, na calma, peguei a outra, minha bolsa e desci.
O motorista, super simpático, da Argélia, veio me ajudar, beijinhos no casal e rumamos pro aeroporto.

Como previsto, o carro não andava, quando andava, nem precisava engatar uma segunda e parava. Nesse lenga-lenga, o motorista me cravando de perguntas sobre o Brasil, um percurso de 40 minutos levou 1 hora e meia e uma conta de normalmente 50 Euros virou 84, e eu nem tium. Fazer o quê?

Continuação da viagem, qualquer hora dessas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Lista de preços de alguns produtos na França


A cada dia, mais e mais pessoas estão optando por alugar apartamentos, studios ou casas em Paris. Além de terem ótimas ofertas, os preços são muito bons e você fica com mais conforto e aconchego.

Nada como poder descer pela manhã e passar na padaria, comprar aqueles pães deliciosos, croissants ou o café da manhã de sua preferência. Fazer uma mesa gostosa, preparar alguns sandubas e partir pra maratona turistística.

Então, anotei alguns preços de compras de supermercados pra vocês terem uma idéia.

Vamolá:

1 Camembert Président de 250gr .....................................................................1,49
1 cx com 6 iogurtes Velouté, meu preferido......................................................1,91
1 pacote com 12 brioches.....................................................................................1,60
1 pacote com 250gr de manteiga Moule, delícia.............................................. 1,68
1 dúzia de ovos grandes...................................................................................... 3,00
1 pacote de café Ethiopie que amo..................................................................... 2,75
1 cx com 8 iogurtes Danone................................................................................ 3,92
1 litro de suco de fruta......................................................................................... 1,79
1 vidro compota fruta Bonne Maman delicia, 600 gr...................................... 2,61
1 pacote com 6 litros de leite............................................................................... 6,24
Preços em Euros

Bom, isso é só pra dar uma idéia. Se alguém quiser alguma outra informação sobre preços, me diga que respondo, se souber.
A cesta que coloquei aí em cima, com rodinhas, bem que nossos supermercados poderiam adotar. Quando a gente vai comprar pouca coisa, pega uma cesta mas acaba que fica desajeitado e pesado, se pegamos tipo 4 produtos de 1 kg cada.

Vamos continuar vivos! Vejam e mostrem esse vídeo.

Adoramos viver, viajar, conhecer pessoas, rir, comer, rir, brincar com nossas crianças, fazer compras, ajudar os amigos, ir à praia, fazer nada no domingo à tarde, deitar na grama, rir, rir, contar causus.
Pra tudo isso, precisamos continuar vivos e com saúde. Vamos ser mais cuidadosos conosco e com nosso próximo.

O vídeo é forte, e, como disse minha sobrinha, não combina com meu blog.

Mas, viver combina....e muito!

http://www.youtube.com/watch_popup?v=Z2mf8DtWWd8

Pense bem antes de dizer "Não, obrigado!" a um francês.


Pense bem, porque francês não é quiném brasileiro não !
Não, é Não ! Não quer dizer nem "Talvez!" nem "Pode ser!". Quer dizer, Não !

A gente vive falando Não! querendo dizer Sim! - "Aceita almoçar? Chegou na horinha!" - "Não obrigada. Já almocei". Eita mentira! Morrendo de fome e diz Não! Esperando a dona da casa insistir, insistir. De onde será que vem esse hábito nosso? Falo muito do jeito mineiro de ser. Não sei se, em outros estados, funciona desta forma.

Mineiro - quando vai receber uma visita - se esmera, arruma a casa, faz faxina a fundo, como se precisasse, como se a visita fosse fazer uma inspeção, compra tudo do bom e do melhor, coloca os lencóis novos, perfumados, compra a fruta ou carne preferida do visitante. Não sabe mais o que fazer pra agradar.
E, quando a visita tá indo embora, ainda diz: "Desculpe qualquer coisa". Pode uma coisa dessa?

Se bem que, tô falando, me baseando em lembranças.

Será que ainda somos assim até hoje? Vou pensar em mim. Faço sim! Faço quase tudo isso aí que disse, só que tem uma diferença do tempo de minha mãe, minha avó. Hoje, eu ajeito pra visita, quiném no futebol. Vou tocando a bola, ajeito daqui e dali e deixo a visita fazer o gol. Minha mãe fazia o gol e até comemorava pra visita se sentir bem. Hoje, pra visita se sentir "em casa" não se sentir um estorvo, o dono da casa tem que fingir ou tem que não se incomodar mesmo com a visita.

Arrumo a casa e deixo a visita se servir; geladeira, banheiro o que for. Tá tudo lá! Não ofereço nada. Minhas visitas sabem que aquilo diferente do dia-à-dia, foi feito pra elas. Aliás, visita minha é tão à vontade, que reclama: "Essa casa já viu tempos melhores" quando não encontra o que quer. Normalmente tá falando alguma coisa pra mastigar.

(como sempre, eu falo muito, até me esquecer ao que vim ...)

Outro dia, comentei sobre esse assunto, com minha amiga francesa, da casa onde estava. Ela estava me servindo alguma coisa à mesa e, na segunda colherada, eu disse: "Tá bom". Tava bom, com a segunda colherada incluída mas ela interrompeu e fiquei com uma colher e meia. Comecei a rir sozinha e expliquei porquê.

Essa mania do francês fazer exatamente o que você pede, pode te deixar na mão.
A não ser que você tenha a intimidade, que tenho nessa casa, não vai dar pra voltar atrás.

O francês gosta de rir, é alegre, mas é sério; leva as coisas a sério. O contrário da gente ( eu principalmente) que leva a vida mais na farra.

Então, preste atenção quando te fizerem a pergunta. E o mesmo, vale pro Sim!. E aprenda também a não dizer Sim, querendo dizer Não.

O primeiro Não! que disse, com todo prazer, assim que cheguei lá, foi numa manhã linda de sol, depois de uma semana em casa e um frio de -16º graus pela manhã, quando ela me convidou a dar uma volta pra tomar sol. Tinha deixado o Brasil no final de janeiro, com um sol de rachar mamona, um incomodo de suadeira e tava adorando sentir frio. Respondi, no mesmo minuto: "Quero não, obrigada, tenho crédito de sol mesmo que viva até 100 anos" - no que ela riu muito - e não saí.
Continuei curtindo o aconchego da casa.

Aliás, isso vale pra qualquer lugar. Qualquer país. Qualquer povo.

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!