segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Origem de expressões. Adoro saber.


Deu no prego. Tô no mó prego hoje...

Antigamente as solas dos sapatos eram quase todas de couro e pregadas com preguinhos ou taxinhas e quando gastavam chegando no prego começavam a raspar ( irk! afliçã!) no chão.

Se fosse no cimento então era um horror.

Daí a voz do povo começou a falar que deu no prego. Tá no prego. E usar a expressão pra cansaço.

Isso no tempo que a gente acabava com um sapato pra só depois comprar outro. O meu lado Imelda tem sapato pra mais duas vidas. Sem exagero. Uma das poucas compulsões que eu tenho.
Uma vergonha.



Procurando emprego enquanto tá vivo.



Minha amiga trabalhava em uma grande empresa e tava precisando de uma pessoa pra trabalhar. Colocou anúncio e apareceram vários rapazes. Precisava de um boy.

E danou a entrevistar povo.

Imaginem o tanto de coisa engraçada numa situação dessa.
Chegou um rapaz ela entregou o formulário pra preencher, ele pegou junto com a caneta, sentou-se num canto e preencheu. Devolveu e começou o papo falado.

- Então fulano, afim de trabalhar? que bom. José né? é... belo nome.

- 17 anos. Viuvo??? você já é viuvo?

- Não dona.

- Como não, você colocou aqui olha. Mostrou pra ele os quadradinhos de solteiro, casado, viuvo.

- Ele lê e diz : ah!!! pensei que fosse vivo.









Fotos lindas que fazem a gente pensar.



















Amigas, colegas, concorrentes.



Então...continuando contando sobre a cultura inútil nem tão inútil assim que aprendi pelos caminhos por onde andei, me lembrei da palavra bordel.

Engraçado que na França ela é muito usada pra dizer que tá uma bagunça, que está desarrumado. Aqui usamos nos dois sentidos.

Muitas das palavras de origem francesa que usamos ainda hoje são claro da origem latina da lingua francesa, vieram também com a invasão deles em nossa terra, e muitas foram aprendidas com as concorrentes de lá que vieram fazer a vida aqui.

Fazer o"trottoir" por exemplo veio com elas. Trotoar que em francês quer dizer passeio, calçada, era o lugar que elas ficavam esperando clientes.

Ficam até hoje as que trabalham no ramo.

Bordel com esse sentido de zona começou lá assim: existiam casas pobres ao longo de um rio onde moravam as prostitutas. Então quando alguem ia fazer uma visita , pra ser mais discreto dizia que ia lá no rio, "au bord d'eau " (ao longo do rio, às margens, na borda ). Abrasileirando seria "abordô". Foi fondo foi fondo, virou bordô e chegou a bordel. Ouvi dizer que daí também veio o nome da cidade. Bordeaux. Que faz mais sentido ainda por causa da Gironde o rio que passa pela cidade. Lindo por sinal.

Menino por exemplo, veio do espanhol que é "mi niño". Vem cá miniño! Menino acho que ficou lindo.

Essa não sei se é verdadeira mas soube que Molière, que se chamava na realidade Jean-Baptiste Poquelim e era gay, tirou seu nome da palavra em espanhol que é mujer. Espertinho.

Sou louca com origem de palavras. Acho que vou comecar a estudar sobre. Origem de expressões também é bom demais. Breve conto as que sei.







domingo, 18 de outubro de 2009

Chines não morre em Paris.



Quem diz isso não sou eu. É o censo francês.

Foi muito engraçado (pimenta no olho do outro...). Fizeram há uns anos atrás um censo e descobriram que praticamente não havia morrido chines desde o censo anterior. Porque? Vida boa? Qual o que...se é que tem um povo que rala naquela terra, trabalha uma média de 16 horas por dia em situações inacreditáveis, é o povo chines. Incrível como a vida que levam pode ser melhor do que estar na terra natal. As vezes nem é isso, porque eles conseguem uma grana pra vir e quem emprestou que é normalmento o empregador, consegue segurar os pobres coitados num trabalho quase escravo e a dívida não tem fim. Não conseguem a alforria nem com a nossa Isabel entrando no meio.

Mas voltando a falta de mortandade, é muito simples. Como é muito difícil de arrumar documentação e legalizar a situação no país, quando morre um china o outro ocupa sua vaga. O documento é passado de um pra outro. E como saber quem é quem com aqueles rostinhos todos iguais e todos com o mesmo nome? E o corpo? Eu sou louca de dizer o que todos pensam em relação a: onde foi parar? Não sei.

Isso tudo não é constatação nem afirmação minha. Li em jornais franceses da época. Não tô dizendo que o que o jornal publica seja verdade verdadeira, mas foi o que li.

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!