terça-feira, 16 de março de 2010

Assinem por favor. Eu acuso o governo cubano.


Contra a ditadura de Cuba e a favor dos presos políticos cubanos.



Filho de peixe nem sempre peixinho é !



Conheço uma campeã mundial de esqui e várias vezes campeã francesa. Mora aqui pertinho de onde estou. Alcançou, na sua categoria, tudo que alguém pode alcançar. Um sucesso!
Hoje, ela é uma jovem senhora, mãe de três filhos e não compete mais. E, evidentemente, sua ninhada esquia muito bem.

As duas filhas mais velhas, já são campeãs; uma delas esteve participando dos Jogos Olímpicos de Inverno, no Canadá e parece que foi muito bem. Não vi o final das competições.
Mas, do garoto, que é o mais novo, não me esqueci, desde que ouvi, do avô, um caso muito engraçado. Conhecendo o avô, a história fica melhor, mas conto assim mesmo.

Um dia, ele tava acompanhando os três num passeio pelas montanhas; cada um com seu esqui exibindo o melhor de si. Depois de um tempo, o avô se sentou em um café, no pé da pista, pra apreciar os netos, futuros campeões.
Primeiro, desce a mais velha e passa quiném um foguete por ele. "Linda, elegante, essa deverá ser campeã de velocidade" pensou ele. Quase não deu tempo de reconhecer a netinha, tamanha a rapidez com que ela passou.
Passa a segunda, também rápido, elegante e garbosa como a primeira, mas já fazendo um outro estilo. Não sou conhecedora do assunto mas, imagino, que seria mais na categoria de fazer acrobacias. Desceu fazendo sinuosas e super compenetrada em sua performance. "Campeã com certeza" pensou o avô.
Aí, vem descendo o garoto, orgulho do vovô. Todo elegante, bem tranquilo, sem pressa, passa por ele, abanando as duas mãos e dizendo: " Oi, vô! Tudo bem?"
O avô cumprimenta, demonstrando alegria mas, no fundo, com uma pitada de decepção, pensou: "Esse aí, nunca vai ser um campeão! Não nasceu pra coisa!"

E não foi mesmo ! O negócio dele é esquiar pra se divertir, quiném jogar uma pelada com amigos no sábado pela manhã.

Nada de competição !

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mexidão mineiro fazendo parte do menu dos franceses


A galinha do vizinho é sempre mais gordinha mesmo. A gente tá sempre de olho no quintal do próximo.


Quando venho à França, fico o tempo todo matando a saudade das coisas que amo. Pães, manteiga, leite, iogurtes, queijos, geléias, enfim, minha praia é mais café da manhã e lanche que o próprio almoço e jantar.

E o francês fica doido com nossas frutas, nossa comida temperada e nada leve. Passa mal, mas adora. Tem uns que nem ligam, comem torresmo todo dia, bebem caipirinha, comem feijoada e o estômago nem tium!

Outro dia, estávamos olhando o que comeríamos no jantar, abrindo a geladeira e vendo um monte de restinhos de coisas, falei: "Por que não fazemos um mexidão?". "Fazemos o quê?" disse a dona da casa e eu expliquei o que vinha a ser.

Mexidão é o seguinte: casa de muita gente, ou visita de última hora, não tem arroz ou carne ou feijão suficiente pra todo mundo, em Minas a gente lasca um mexidão. Junta tudo na frigideira, coloca um tomatinho, se tiver, ovos, se tiver, cebola, se tiver, cheiro-verde, se tiver.... e ela começou a rir. "Como assim, se tiver?" Eu disse: "no mexidão, coloca-se o que tem. Não tem que ter nada em especial, quer dizer, determinados ingredientes fazem ele ficar melhor mas, se não tiver, vai sem eles mesmo. Tem, coloca, não tendo, vai sem. Não entendeu nada, mas pagou pra ver.
Quase dei um nó na cabeça da francesa, toda certinha nas medidas de 30ml, 25 gr. e tudo mais dentro dos conformes.

Falei: "é melhor eu fazer e vocês vão comer se gostarem. Se não gostarem, não tem problema porque eu como tudo, porque tenho certeza que vou amar". Foi um riso só. E mãos à obra na obra.

Peguei dois ovos, azeite na frigideira, refoguei uma cebola, mexi os ovos bem mexidos, coloquei dois tomates picados, sobra de arroz, sobra de vagem, sobra de brócolis, piquei um bife de colega, que tinha sobrado do almoço (em pedacinhos pequenos pra render bem), misturei tudo, pimenta do reino, cebolinha desidratada e, por fim, farinha de mandioca que trouxe do Brasil. O cheiro já tava agradando.

Coloquei na mesa, parti um limão no meio, servi os pratos e mandamos ver.

Não sobrou pedra sobre pedra. Grão sobre grão. Raspamos a frigideira.

O melhor de tudo, agora, é escutar a receita sendo passada de amiga pra amiga, quase todo dia. Não sei se vai dar certo, porque ela passa a receita do mexidão que eu fiz, a amiga que anota não sei se entende direito, diz que não precisa ter nada daquilo que ela tá dizendo, mas anotam tudo e ficam loucas pra fazer. E o mais importante é dito por minha amiga, no final da receita: "nada disso vai dar certo, se não tiver farinha de mandioca. É imprescindível!" Bão, aí o bicho vai pegar.

Deve ter dono de supermercado, ou de uma birosca qualquer, tentando entender o que é aquilo que, de repente, todo mundo passou a procurar.
Que raio de farinha será essa?

E, aí, ganhei uma manga semana passada. Falei: "uma manga pra três, não vai rolar". Ela riu e disse: "Não me diga que tem mexidão de fruta?"(também não vamos exagerar...). Mas, peguei a baita, cortei em pedaços, coloquei açúcar na panelinha, fiz uma calda, uns 3 cravos-da-Índia, 1 pedacinho de canela, deixei a manga ferver um pouco, com um tico de água, e comemos morninha de sobremesa. Manga em calda feita na hora.

Mais uma vez, não sobrou nem o caroço, pois, esse, o cachorro comeu.

5° vídeo #mesaposta

https://youtu.be/uE2S4Lcap8I?feature=shared   Espero que você goste!