Conheço uma campeã mundial de esqui e várias vezes campeã francesa. Mora aqui pertinho de onde estou. Alcançou, na sua categoria, tudo que alguém pode alcançar. Um sucesso!
Hoje, ela é uma jovem senhora, mãe de três filhos e não compete mais. E, evidentemente, sua ninhada esquia muito bem.
As duas filhas mais velhas, já são campeãs; uma delas esteve participando dos Jogos Olímpicos de Inverno, no Canadá e parece que foi muito bem. Não vi o final das competições.
Mas, do garoto, que é o mais novo, não me esqueci, desde que ouvi, do avô, um caso muito engraçado. Conhecendo o avô, a história fica melhor, mas conto assim mesmo.
Um dia, ele tava acompanhando os três num passeio pelas montanhas; cada um com seu esqui exibindo o melhor de si. Depois de um tempo, o avô se sentou em um café, no pé da pista, pra apreciar os netos, futuros campeões.
Primeiro, desce a mais velha e passa quiném um foguete por ele. "Linda, elegante, essa deverá ser campeã de velocidade" pensou ele. Quase não deu tempo de reconhecer a netinha, tamanha a rapidez com que ela passou.
Passa a segunda, também rápido, elegante e garbosa como a primeira, mas já fazendo um outro estilo. Não sou conhecedora do assunto mas, imagino, que seria mais na categoria de fazer acrobacias. Desceu fazendo sinuosas e super compenetrada em sua performance. "Campeã com certeza" pensou o avô.
Aí, vem descendo o garoto, orgulho do vovô. Todo elegante, bem tranquilo, sem pressa, passa por ele, abanando as duas mãos e dizendo: " Oi, vô! Tudo bem?"
O avô cumprimenta, demonstrando alegria mas, no fundo, com uma pitada de decepção, pensou: "Esse aí, nunca vai ser um campeão! Não nasceu pra coisa!"
E não foi mesmo ! O negócio dele é esquiar pra se divertir, quiném jogar uma pelada com amigos no sábado pela manhã.
Nada de competição !
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