segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Beth e eu em Berlim

Quando eu digo que prá sentar no meio fio e começar a chorar, você tem que já ter feito absolutamente tudo...

Aí, chego eu em Berlim (há muitos anos atrás) de trem, à noite. Pior hora. Quase nenhum passageiro na estação, mas em compensação muita, mas muita gente mesmo dormindo no chão. A maior parte num porre só, drogados, apagados. Tentei encontrar o balcão de Informação. Fechado. Mas tem um Escritório de Turismo na praça em frente. OK. Fechado também. Volto prá estação. Tinha o endereço de um albergue e queria saber como chegar lá. Um filho de Deus me deu o caminho.

Peguei o metro desci na estação certa, andei um pouco, e lá estava o albergue. Lindo, enorme, prédio imponente que nem parecia albergue. Fechado prá reforma. Tudo escuro.

Bão. O local bem deserto calmo e eu lá olhando pro prédio pensando, o que faço agora? Não sei de onde saiu, porque não escutei barulho, mas parou um carro e um cara sai todo gentil me perguntando se precisava de ajuda. Como boa brasileira já fui logo pensando: aí tem. Como tava de mochila e cara de turista, ele imaginou que tava procurando albergue. Disse que sabia que por ali tinha um outro albergue, não tinha muita certeza de onde mas podia procurar comigo. Pensei. Que posso perder? Vamos lá. Todo gentil colocou minha tralha dentro de carro e lá fomos nós. Rodou, rodou, virou, e uns 15 minutos depois parou em frente a um albergue. Desta vez todo iluminado, mó movimento, meninada entrando e saindo. Nem acreditei. Mais uma vez todo gentil ele me perguntou se queria que esperasse ver se tava tudo ok. A otimista aqui, disse que não precisava, tá tudo ótimo, muito obrigada mesmo, pode ir e bye.

Entrei, fui direto pra recepção logo achando que ia pegar um quarto legal, bainho e cair na cama, quando o rapaz falou. Não tem vaga. Certo. Não tem vaga. Mas não é possivel? Tem que ter um lugar. Um só. Nem meio. Brinquei que ia dormir no sofá da entrada e ele muito simpático disse que não podia. Não to acreditando. Ele sentindo meu início de desespero, resolveu ligar prá alguns albergues e ver se encontrava uma vaga. Ligou prá vários. Nada. Derrepente entendo só Deus sabe como o alemão dele dizendo; ok, uma só pessoa, anotando o endereço e desligou. Ufa!

Aí vem uma parte engraçada. Ele me disse que estava tudo lotado. Albergues , Pensões, Hoteis de 0 a 5 estrelas, porque Berlim estava comemorando acho que 750 anos, e até a Rainha Elisabeth estava lá prá festa. No que eu pensei: será que ela tá tendo dificuldade também prá encontrar albergue, coitada! Ele pega um mapa prá me mostrar como chegar lá. Lembrem-se que já tá tarde e o metro quase parando. Ele: você vai até não sei onde, pega o metro, desce não sei onde, troca, pega outro na direção tal, no final pega o onibus....quando ele falou o onibus, eu disse: popará, podexá. Vou de táxi. Nem sonhando, que ia acertar o caminho naquela hora e muito menos arrastar mochila, etc e tal. Agradeci, fui pra porta olhando qual a direção tinha mais movimento de carro pra eu ir prá lá.

Nenhuma. Um paradeiro só. Há uns 3 quarteirões vi carro passando de vez em quando. Fui prá lá.
Esperei um tempo e pára um táxi.
Obs.: só prá voces entenderem , ainda não tinha moeda unificada na Europa e eu viajando com pouca grana claro, de mochila.

Mostrei o endereço pro motorista, ele pega um mapa fala, fala, devia de estar se informando com a central em que porra de lugar ficava o albergue. Enfim localizou. Perguntei em quanto ele achava que ficava. Ele disse X e eu disse. Minha grana deve dar. Se não der faço o resto à pé. Antes porém perguntei prá ele se não conhecia um hotel barato. Não. Um albergue mais próximo. Não. Na sua casa não tem um quartim? No que ele riu, não sei se não entendeu a pergunta ou entendeu e pensando na patroa decidiu por melhor, não. Ok. Vambora.

Lá vamos nós. E andamos, e andamos, e andamos, e parecia estar saindo da cidade, entrou numa floresta, menos luz, árvore dos dois lados e eu pensando. Só falta ainda ter que dar prá esse cara a essa altura do campeonato. Perigo alguém querer te comer na Alemanha. Ainda mais com a rainha lá... Péssima impressão.

E não é que derrepente, não mais que derrepente ele pára na porta de um albergue lindo, tudo iluminado, meu dinheiro deu, quarto delícia, banho quente e caminha. Dieu merci.

No dia seguinte entendi a confusão prá chegar lá. O albergue ficava em um lugar maravilhoso, dentro de uma espécie de reserva florestal (o que explicava as árvores mata a dentro e o escuro) e tinha o onibus (o tal) que pegava na porta do albergue, ia até o final de uma estação de metro e daí pra frente ia pra onde queria. Só alegria.

E quem quiser que conte outra.

A foto é da ópera de Berlim que coincidentemente (prá mim, claro!) estava reabrindo naquela semana, depois de anos de reforma causa dos danos sofridos na segunda guerra.

sábado, 12 de setembro de 2009

Passeando por Istambul

Uma das maravilhas de Istambul é a Mesquita Azul - Mesquita Imperial. Construida entre 1550 e 1557. Faz parte de todo o complexo, cinco escolas, uma hospedaria gratuita para viajantes, um hospital e banhos turcos. Ela é lindíssma por dentro. Arquitetura prá ser admirada deitando no chão completamente forrado por tapetes maravilhosos. De babar.

Prá entrar na Mesquita a gente tem que tirar os sapatos. Eles ficam em prateleiras na entrada. Não se preocupem porque eles vão estar te esperando na saída lindos e loiros. Pode ser que tenham se modernizado desde que fui lá e agora tenham sapatinhos como os de Hospitais que a gente calça por cima do sapato ou tenis.

Visitando e se apaixonando por Jerusalém

Indo a Jerusalém não deixem de visitar a Igreja Sainte Marie-Madeleine. A subida até chegar a ela já é uma beleza. Você vai vendo Jerusalém ficando distante. A capela me fez chorar de emoção. Um lugar mágico. Tem vitrais maravilhosos. Uma janela localizada estrategicamnte que imagino eu ter sido feita especialmente prá virar um belo quadro. Os marcos da janela são a moldura e Jerusalém a tela. Não é de chorar?

Lá conheci pessoas que não eram católicas e que disseram sentir uma emoção em Jerusalém que nunca haviam sentido em cidade alguma. Concordo plenamente. Não é preciso ter religião prá amar a cidade.Quando morei no Kibbutz não perdia uma oportunidade de escapulir prá lá e cada vez conhecer mais um pouquinho dessa magia de cidade.

Ano que vem em Jerusalém, é o que dizem os judeus. Eu também .

Conhecendo o interior da Grécia - Meteora

Quando viajamos pelo interior da Grécia , saimos de Atenas de onibus e fomos subindo, serpenteando montanhas, até chegar a Igomenitza prá pegar um barco que nos levaria a Brindisi na Itália. Um passeio dos deuses.

Visitamos várias cidades cada uma mais delicada e linda que a outra, e conhecemos um povo super receptivo, gentil e acolhedor.

Pertinho de Tessalônica fica Meteora, onde foram construidos a partir do século XI vinte e quatro monastérios, a uma altitude que varia de 200 a 600 metros, que foram considerados pela Unesco a partir de 1988 patrimonio da humanidade. Passeio imperdível. Cheios de relíquias, ícones, capelas e comida maravilhosa preparada pelos monges. Tudo que é utilizado pelos monges, sobe por uma enorme cesta que parece de vime, puxada por uma corda. Um barato.

Subi por uma longa escada, e subi e subi e nunca chegava. Alto mesmo. Um calor danada, eu murtinha. Mas a vista compensou. Uma beleza. Fui entrando e logo fui barrada. Só pode entrar de saia e eu tava de short. Tentei de toda forma conversar mas foram irredutíveis. Quando olhei ao redor, vi várias mulheres que estavam com o mesmo tipo de saia, como se fosse um pareô. Não é que no pé da escada tinha alguém que alugava as tais saias? E toco eu a descer, descer, descer até o primeiro degrau, alugo o tal pareô e subo tudo de novo. Ninguem merece. Mas valeu a pena. Muito.

A partir desse dia sempre carrego na muchila um lenço grande prá me enrrolar nele em caso de necessidade. Em várias igrejas, templos, monastérios, museus, não podemos entrar de pernoca de fora. As vezes o lenço serve de chale prá cobrir ombros em igrejas bem do interior onde as senhoras ainda usam véu. Você sabe o que é véu?

Anotem a dica do lenço.

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 111 - 65,00 110 - 80,0...