sexta-feira, 9 de julho de 2010

Minha casa, meu canto, meu mundo, minha vida!

Me lembro muito bem de quando comprei meu apartamento; juntei toda a grana possível e não sobrou praticamente nada pra arrumar a casa e, aí, entraram os amigos. Foram doações em cima de doações : empréstimos, presentes... teve de tudo.
E, uma coisa que não esqueço, foram alguns móveis rústicos, lindos, que ganhei e que me acompanharam por muitos anos. Muitos mesmo! Eu adoro móvel que seja confortável e que, ao mesmo tempo, meus amigos, quando vêm à minha casa, não precisem ficar cheios de dedos e medo porque não podem pisar aqui, deitar ali... aqui tudo pode ! Tudo é prático e totalmente pra usar.

E, estes móveis, eram do Salão do Encontro de Betim. Os meus existem até hoje, em casa de amigos. Vamos fazendo troca-troca.
É este Salão que convido você a conhecer e se encantar com o trabalho do pessoal.



Há 37 anos, Dona Noemi, apoiada pelo amigo Frei Stanislau Bartold, decidiu enfrentar a pobreza e a miséria, levando dignidade à população carente de Betim, cidade próxima de Belo Horizonte, que cresceu de forma desordenada, o que resultou em sérios problemas sociais.
No local foi construído, inicialmente, um pequeno galpão rústico, onde funcionava uma cozinha que distribuía sopa às pessoas necessitadas.
Mas Dona Noemi sabia que, dificilmente, a fome seria erradicada apenas pela distribuição de alimentos. Logo, o foco do Salão voltou-se para a oferta de trabalho.

E foi assim que tudo começou, e vale a pena você passar uma tarde ou uma manhã conhecendo o trabalho social e artesanal dessa gente.
O Salão fica em Betim, pertinho de Belo Horizonte-MG e, entrando no site deles, você terá um mapa e muito mais dicas e informações.
Veja se não dá vontade de ir conhecer essa semana mesmo?

O primeiro encontro é com o prazer do trabalho: o fazer das mulheres que descaroçam, batem, fiam, urdem, tingem, liçam o algodão para, depois, tecerem os panos com as cores bonitas do arco-íris. As floristas que vão transformando palhas e sementes em rosas, papoulas, sempre-vivas, em flores de todos os jeitos. Há toda a criatividade dos meninos e meninas que, com magia nas mãos, tecem os tapetes, modelam o barro, fazem os brinquedos de madeira, se inebriando com os cheiros da canela, do bálsamo, do jacarandá, da aroeira, do mogno, da violeta ou até mesmo da raridade do pau-brasil.

O segundo é o encontro com cheiros da terra : hortas e quintais, generosas em seus frutos, mangas, jabuticabas, romãs, bananas, abacates, laranjas, pêssegos e cagaitas ou nos chás tão variados: hortelã, erva-cidreira, alecrim dourado, alecrim do campo, arruda, erva-doce, poejo, marcelinha, assa-peixe, picão, canela e alfavaca.

O terceiro é aquele lado mágico de uma educação diferente. As recepcionistas nos acolhem e nos levam a descobrir todos aqueles lugares: o circo, a fazendinha, os bosques encantados, a cisterna das crianças, o tanque de mentirinha, o tear, onde os pequeninos tramam e bordam. Na fazenda de verdade as vaquinhas anãs, bezerros e silos: o minhocário, a casa dos coelhos de olhos vermelhos e pêlos branquinhos. Tem ainda o lugar onde as crianças satisfazem seus desejos com os livros e extrapolam suas energias através do esporte. “Aconselho que todos penetrem neste lugar, caminhe por entre árvores e flores, onde o céu e a terra estão em perfeita comunhão”....

http://www.salaodoencontro.org.br/



"Calça nova de riscado
Paletó de linho branco
Que até o mês passado
Lá no campo ainda era flor."
Mucuripe - Belchior/Fagner

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Parteiras em tempos de células-tronco

Existe, no Brasil de hoje, um lugar onde nove, em cada dez bebês, vêm ao mundo pelas mãos de parteiras; sem hospital, médico-anestesista ou cesariana, apenas experiência e sabedoria, transmitidas de geração pra geração.

Eu nasci com parteira e lamento muito não ter tido, antes, a curiosidade em saber quem era ela porque, agora, é tarde; quem poderia me informar, já se foi, inclusive ela, imagino.
Continuando...

Isso acontece no Amapá, na região amazônica : mulheres entre 20 e poucos e 80 e tantos anos usam remédios caseiros, ervas e rituais, para "pegar meninos".

Censo recente registrou mais de mil parteiras na região; é o estado campeão em partos normais e com um dos menores índices de mortalidade infantil do país.
Até pouco tempo, as parteiras eram obrigadas a agir marginalmente, com a coibição das autoridades mas, felizmente, em 1995, o Governo Estadual criou o Projeto Parteiras Tradicionais do Amapá, que oferece treinamento em medidas preventivas, noções de saúde da mulher e cultivo e uso de ervas amazônicas e distribui, também, gratuitamente, um kit com luvas, gaze, tesoura, estetoscópio, mercuro cromo. Incumbe as parteiras de cadastrar os recém-nascidos e manter registro dos novos moradores dos povoados - uma maneira de manter a tradição viva, ao mesmo tempo que se ajuda uma comunidade onde os hospitais e medicamentos são poucos para 600 mil habitantes.

Adoro ler e, quando leio alguma coisa interessante, como esse artigo, fico louca pra contar pros amigos e conversar a respeito, quiném quando saio de um filme que amei : adoro sentar e falar a respeito. Filme que me faz sair do cinema e, já na porta nem estar me lembrando mais, foi filme que não bateu. Às vezes, nem chega a ser uma perda de tempo, mas poderia ter passado sem.
E é muito bom mostrar pras pessoas o quanto tem gente fazendo trabalhos legais. As mulheres que "puxam barriga" (adoro esse termo) são um exemplo; bom mostrar pros amigos que em dias de falta de esperança no ser humano, falta de esperança em políticos, dias de mentiras, desonestidade, falta de escrúpulos e de amor, enxergar que o ser humano tem um lado muito legal e, que esse lado legal, é tão forte, tão esperançoso e é por isso que esta raça ainda existe. Ainda sobrevive.

Viva nós, os humanos cheios de boa vontade!

Entre no link abaixo e você vai ficar sabendo um pouco sobre o documentário feito com as Mensageiras da Luz. Você vai querer pegar o DVD e assistir (se ainda não viu).


http://www.spfilmes.com.br/curtas.aspx?Node=23
E o artigo eu li no Brasil Almanaque de Cultura Popular, nº 73

"Mas se um dia
Esta porta bater
E você for no vento ou, sei lá,
Não precisa dizer
Coração me aperta feliz e me diz
Vou dormir com você."
Vento Forte - Fagner/Fausto Nilo

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pobreza de espírito - dinheiro nunca foi tudo


Frase ouvida no rádio hoje, dita por uma pessoa muito simples, sendo entrevistada sobre o caso Bruno:


" Ele é uma pessoa tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que ele tem é dinheiro."

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