segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vai pro trono ou não vai, ou dicas pra quando a mudança é radical

Quando a gente sai da rotina, principalmente em viagem, o organismo leva um tempim pra entender o que tá acontecendo e continuar a  trabalhar como de costume.
O meu nesta viagem pirou o cabeção. 
Saí do Brasil, com a canseira e tensão normal de pré-viagem, passei por quatro países com comida bem diferente um do outro, dormi e acordei em horários mais diversos. Dei uma parada de uns 10 dias na França, onde se come muita manteiga e gordura dos queijos e saí de uma temperatura  no Alpes de 0º grau pra 40º na Índia.
Não há corpo que enfrente isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.
O número 1 e 2 até então estavam indo bem,  fazendo o seu possível pra comparecer na gerência com frequência, já que em casa eles são afinadinhos quiném um violino. OK.
Aqui na Índia o que se come mais é pimenta, tempero, especiarias. Como legumes, mas nunca serviram fruta no Hotel, se quero comer saio pra comprar. Salada de folha nunca vi e se visse também pouco ia adiantar. Não comeria.
Por falar em fruta outro dia foi engraçado. Saí pra procurar banana e laranja, frutas menos problemáticas porque vêem "fechadas"...rs
Andei pra todo lado, fui ao mercado dos nativos, andei, andei e nada.
Voltando pro Hotel meio irritada, encontrei com o Anup. Reclamei que esta bosta de lugar não tem fruta. Coitado, ter até que tem, mas não dá pra comer uva por exemplo. Como limpar aquilo?
Ele falou:
- Você quer banana? Vou buscar, pode voltar pro Hotel.
E chegou realmente com banana prata que tava muito gostosa.
Perguntei onde tinha encontrado e ele disse:
- Eu não nasci no Brasil nem na Hungria nem na China. Sou de Gaya e sei onde tem tudo.
Então tá.

Continuando. Precisei de  uns 10 dias pro meu intestino se acostumar com a falta de fruta, de folhas, de queijo, yogurte, coalhada, cottage, fibras e tudo que como normalmente. Salada de tomate e pepino aqui não tem azeite. Só sal e pimenta do reino. Eles não usam azeite nunca. Eu amo e uso muito.
Descobri um mingau que acho ser de leite com aveia uma delicia, que agora como todo dia. E manteiga. Passei a comer muita manteiga pra lubrificar as entranhas....rs
Xixi, no princípio quase não rolava. Bebia 6 a 8 litros de água e quase nada. Agora também se ajeitou. Tudo voltou a ser como antes no Quartel do Abrantes. Vamos ver quando voltar pra França. 
Só Deus!

Isso é o mínimo de água que bebo por dia. Os rapazes que limpam o quarto acham engraçado a fila que faço. 

Pelos caminhos do Tibete - Airton Ortiz


Terminei de ler aqui em Gaya o livro do Airton Ortiz, Pelos Caminhos do Tibete ( li os quatro livros que trouxe-danou-se! ou aprendo hindu em dois dias ou, ou....nada!) e recomendo pra quem se interessa por essa região. 
Separei pra você três trechos. Me fizeram rir e pensar.
O Aírton viajou pro Tibet com mais quatro pessoas, entre elas um casal de alemães, cuja mulher tinha interesse pela cultura do povo mas sentia nojo de tudo. Muito engraçado.

1
“Ao meio-dia fomos almoçar. Comi arroz com carne de iaque seca ao sol e depois frita com cebola, uma maravilha.
-Volker, se você quer ir ao banheiro, esta é a melhor hora – segredei-lhe, falando de forma que Corinna ouvisse.
- Por que¿ - ele perguntou.
- Porque esta é a única hora do dia em que, aqui no Tibete, não existe nenhuma mosca no toalete.
- E onde elas estão¿ - perguntou Corinna, entusiasmada, já levantando pra ir ao banheiro.
- Estão todas concentradas na cozinha, junto às panelas.
 Ortiz, que nojo! – ela disse, furiosa, jogando-se de volta na cadeira."


2
“- No Ocidente, a evolução da medicina se deu, em grande parte, graças à dissecação de cadáveres. Já na China, um imperador, em determinada época, proibiu o corte de cadáveres. Assim, a medicina oriental precisou evoluir a partir da observação exterior do corpo humano. E fez isso examinando as reações mais sutis das pessoas, como os seus pontos energéticos, coisas assim. Criaram-se, por exemplo, a acupuntura e outras formas de tratamento que procuravam levar em consideração aspectos que um médico brasileiro chamaria de charlatanismo
- Você considera então a medicina tibetana superior à medicina ocidental¿
- Não. Considero a medicina ocidental mais evoluída, especialmente com relação às intervenções cirúrgicas. Mas acho também  uma grande burrice não levar em consideração todas as descobertas feitas pela medicina tibetana ao longo dos séculos, especialmente no campo preventivo, tão importante  em países pobres como o Brasil.”


3
"- Você sabe que um monge  foi expulso de um mosteiro aqui perto por não se adaptar às condições espartanas da Ordem¿ - comentei, deixando a interrogação no ar e fazendo uma pausa estratégica na entonação da voz para esperar a pergunta  do curioso Volker.- Por que? - perguntou Volker - Bem – contei, ele fez votos de silêncio. Com isso, podia falar apenas duas palavras a cada dez anos, ocasião em que todo o mosteiro se reunia para ouvi-lo. No final do primeiro decênio,  saiu de sua cela e foi direto à presença do lama, e disse: “Cama dura!” Passaram-se outros dez anos. Mais uma vez na presença do lama, ele disse: “Comida ruim.” Os lamas se reuniram e resolveram expulsá-lo da ordem.
- Mas por que¿ - perguntou Corinna indignada.
- Porque, segundo os lamas, o cara só abria a boca para reclamar."


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