sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

VAI E VEM MUITO SUSPEITO

Diante de toda essa merda que está acontecendo aqui na França, ainda consigo rir e fazer minha querida amiga rir um pouco.
Seguinte:
Hoje fomos a uma cidade aqui perto pra fazer uma entrega de  um carro.
Michette trocou de carro e precisava colocar um selo de controle no carro velho e depois sua filha pegaria ele  pra levar pra vender.
OK. Chegamos com o carro novo onde ele tava estacionado (em Ugine, pertim de Saint Nic ) pra pegar e levar pra um lugar onde ele receberia o tal selo.
Deixamos o carro novo no estacionamento, pegamos o velho, levamos no tal lugar, colocamos o selo, voltamos, deixamos o velho, pegamos o carro novo, fomos até a cidade onde estava a filha da
Michette , pegamos ela, voltamos pra onde tava o carro velho, ela pegou o velho nos entramos no novo e cada um tomou seu rumo.
Foi no caminho de volta pra cada um pegar seu carro, que disse pras duas. Essa cidade tá parecendo uma cidade fantasma, um frio da porra, ninguém na rua, mas tenho certeza que já deve ter alguem que espreitando nosso movimento pela janela escondido atrás de uma cortina, que nesse momento tá ligando pra polícia pra avisar de uma ação muito suspeita, que começou com duas e depois de muito vai e vem agora são três mulheres....rs
Periga da gente ser pega antes dos terroristas, eu disse.
E rimos muito dessa bobagem.
Felizmente, pelo menos por enquanto as coisas se acalmaram.
Eu preferia que os assassinos fossem pegos vivos, mas, entre eles e os reféns é evidente que os reféns tem prioridade. Com eles vivos saberíamos mais sobre essa ideia imbecil do ataque ao Charlie Hebdo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

CARTUNISTAS - UM DESENHO QUE VALE POR UM LIVRO

" Chegaram uns novatos querendo lápis e papel".

JE SUIS CHARLIE

 
 Mais um texto para vc Morena, onde tento (será que consigo?) a minha dor. Real.
Mas não se matam cavalos?
Na obra genial de Horace Mccoy , um retrato da depressão dos

anos de 1930 e a Grande Depressão americana.
Era comum, à época, casais dançarem horas (e dias) a fio por
algum dinheiro, onde se esperava alguma salvação ao que viviam. A miséria e falta
de perspectiva de vida.
Uma aberração social com justificativa do desespero.
Como o mundo mudou, desde então.
Mas, hoje se matam chargistas. Em nome não mais da
sobrevivência. Mas da certeza que somente o sectarismo radical – o fundamentalismo
– pode proporcionar.
São jornalistas. Um tipo especial deles. Como um Chico
Caruso, que nos Roda-Vivas da TV Cultura faz ao vivo, o que a maioria só
conseguirá fazer – escrevendo – horas após, através de laudas escritas.
O poder da síntese. A primeira linha de gente contra absurdos
e desvios éticos. O humor aliado ao esclarecimento. A LIBERDADE exercida em
cada traço.
Mas não se matam outros?
Sim. Infelizmente sim. Terroristas não escolhem alvos. Preferem
escolher o terror de atacar a quem não se imagina ser a meta de tamanho ódio.
São inocentes. Pois estes não reagem. E assim, como em uma guerra de só um exército,
os bárbaros sabem usar a covardia.
Hoje, o fundamentalismo foi além do terror. Atingiu, com um
golpe certeiro, a liberdade de imprensa, o savoir faire de quem usa a inteligência e mordacidade para
transformar o mundo e transformar os absurdos no que são: absurdos ainda
maiores.
Mas não se matam cavalos? Sim, se matam. E a outros. Matam
seres humanos. A democracia. A diversidade religiosa. A dignidade da
transcendência.
Como em um novo conto de ficção, assistimos a realidade do
absurdo.
Agora não mais uma dança de dias em busca de alguns trocados
por sobrevivência.
Os valores são outros. O medo, terror, intimidação e silêncio
da imprensa.
A LIBERDADE de imprensa – e o direito nosso, de leitores – de
ter-se acesso por nosso arbítrio ao que ler, ver ou ouvir, é ESSENCIAL para a
continuidade de nossa história. De civilização. Da qual os terroristas e
censores insistem em não fazer parte.
Hoje não foram cavalos mortos. Foram jornalistas, na França,
por ousarem expor o ridículo da farsa e do sectarismo.
Talvez fique claro por que PRECISAMOS lutar pela LIBERDADE
PLENA da imprensa em todo o mundo. Sem controles, ameaças ou intimidações.
Afinal um dia alguém perguntou: “mas não se matam cavalos?”
para legitimar o absurdo.
Hoje a resposta é trágica. Não só. Se matam jornalistas que emprestam
sua arte e humor e recebem em troca o controle social mais intenso: a pura e
simples extinção da existência.
Sabemos como o terror é. Sabemos como ele começa. Suportamos
o crescimento em nome de valores que nos são caros. Nunca imaginamos como
termina.
Um dia, se não lutarmos TODOS os dias, a resposta será
diversa: “sim, se matam cavalos, jornalistas e quem mais se oponha ao que penso
e exijo!”.
A raiz do fundamentalismo religioso é a mesma do sectarismo
idológico. Ambas nascem de grupos que se acreditam superiores a todos os
outros. E que afirma que quem discorda é digno de ser controlado. Ou eliminado?
A história nos dá a resposta.
Hoje em Paris, mataram jornalistas especiais. Para calar o
que o jornal CHARLIE (JE SUIS CHARLIE!) representava como LIBERDADE.
Amanhã, em qualquer lugar do mundo, poderá ocorrer a mesma
prática.
Ou cavalos e jornalistas são a mesma coisa?

COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 - VENDIDO 111 - 65,00 ...