A Tetê, querida amiga do peito e de estrada, me contou este causu, então pedi pra ela escrever pra eu repassar pra você. Muito interessante saber como um país leva realmente a sério seus problemas e mais a sério ainda a forma de tentar solucionar. Lá vai:
Eidia,
Então vamos lá.
Estava voltando da minha estadia em Sampa de 5 semanas.
Peguei voo Sao Paulo - Paris e conexão em Genebra.
Estava trazendo 2 malas, uma de roupa e a outra com produtos alimentícios, tipo café, doces de vários tipos, revistas, etc.
Quando cheguei em Genebra a companhia aérea avisou que uma mala minha tinha ficado pra trás e claro que foi a de roupa...daí passando pela alfandega fui chamada para uma revista informal. Pensei, se resolverem abrir a minha mala de comidas, tudo bem, não estou trazendo nada que possa me incriminar. Mal eu não sabia, que o perigo estava na minha bolsa de mão. O funcionário da alfândega, revistou TUDO na bolsa, tim tim por tim tim e achou um relógio embrulhado com todo o cuidado. Este relógio foi comprado por uma amiga na Tailândia, claro que era falso, daí ele me perguntou se eu havia comprado o relógio na Suica, pois era de marca Suiça e se eu havia pago o TVA. Respondi que o relógio era de uma amiga, que havia esquecido no Brasil e que estava trazendo de volta.
O funcionário insistiu que se tivesse sido comprado aqui teria que provar o pagamento de TVA. Eu achando que iria me livrar dele, achei melhor já ir falando logo a verdade, que o tal relógio foi comprado na Tailândia. Êle foi logo me avisando, que entrar com relógios falsos na Suiça era pirataria e o mesmo seria confiscado. Já foi logo me munindo de panfletos sobre a tal lei que entrou em vigor em 1 de Julho de 2008, contra pirataria de relógios nacionais, que estavam causando prejuizo de mais 2 bilhoes de francos suiços aos fabricantes nacionais. Nem tinha percebido que haviam cartazes sobre este assunto logo na entrada dos dois corredores aonde você decide se precisa ou não declarar produtos na alfândega.
O funcionário da alfândega além de confiscar o relógio da minha amiga, me encheu de panfletos sobre pirataria na Suica. Vários.
Fui liberada junto com um documento que tive que assinar constando participar do tal evento, e, ca[i fora pra casa imaginando que o buraco era mais embaixo na Suiça. Só não imaginei o tanto!
Dois dias após o meu retorno recebi um aviso do correio, que tinha uma carta registrada pra eu pegar lá. Fiquei pensando de quem seria pois não esperava nenhuma carta registrada. Para minha surpresa era da alfândega dizendo, que se eu quizesse recorrer e ter o meu relógio de volta, poderia, mas teria que enfrentar vários interrogatórios do fabricante do tal relógio na Suiça por ter sido flagrada com um relógio falso, eu teria que comprovar que a compra do relógio pirateado não foi deliberada. Pode? Se eu quizesse me calar para sempre pagaria uma multa de 60 francos suiços (+ ou - $60 ) e o assunto morreria. E assim eu fiz. Paguei e me calei.
Agora recentemente voltando das minhas férias do Brasil, fui de novo chamada pela alfândega no aeroporto de Genebra para verificar o que continha a minha mala. Tenho quase certeza que era o mesmo funcionário...Toda tranquila, porque desta vez ele não me pegaria de jeito nenhum. Escaneou a minha mala e disse que eu poderia prosseguir a minha viagem pra casa. Mas não contive em dizer a ele que foi o mesmo que me parou no final de janeiro. Ele sorriu e disse:
- À la prochaine fois.
beijos
TT
Nota do blog.: Qualquer coisa que você esteja carregando é de sua responsabilidade. Não adianta dizer que sua mãe pediu pra levar, é um presente, não sei o que do seu cunhado, ou tô levando pra outro não sei quem. Tá com você, te pertence e é responsabilidade sua. Se der um angu, quem irá pros tribunais será você.
Eidia,
Então vamos lá.
Estava voltando da minha estadia em Sampa de 5 semanas.
Peguei voo Sao Paulo - Paris e conexão em Genebra.
Estava trazendo 2 malas, uma de roupa e a outra com produtos alimentícios, tipo café, doces de vários tipos, revistas, etc.
Quando cheguei em Genebra a companhia aérea avisou que uma mala minha tinha ficado pra trás e claro que foi a de roupa...daí passando pela alfandega fui chamada para uma revista informal. Pensei, se resolverem abrir a minha mala de comidas, tudo bem, não estou trazendo nada que possa me incriminar. Mal eu não sabia, que o perigo estava na minha bolsa de mão. O funcionário da alfândega, revistou TUDO na bolsa, tim tim por tim tim e achou um relógio embrulhado com todo o cuidado. Este relógio foi comprado por uma amiga na Tailândia, claro que era falso, daí ele me perguntou se eu havia comprado o relógio na Suica, pois era de marca Suiça e se eu havia pago o TVA. Respondi que o relógio era de uma amiga, que havia esquecido no Brasil e que estava trazendo de volta.
O funcionário insistiu que se tivesse sido comprado aqui teria que provar o pagamento de TVA. Eu achando que iria me livrar dele, achei melhor já ir falando logo a verdade, que o tal relógio foi comprado na Tailândia. Êle foi logo me avisando, que entrar com relógios falsos na Suiça era pirataria e o mesmo seria confiscado. Já foi logo me munindo de panfletos sobre a tal lei que entrou em vigor em 1 de Julho de 2008, contra pirataria de relógios nacionais, que estavam causando prejuizo de mais 2 bilhoes de francos suiços aos fabricantes nacionais. Nem tinha percebido que haviam cartazes sobre este assunto logo na entrada dos dois corredores aonde você decide se precisa ou não declarar produtos na alfândega.
O funcionário da alfândega além de confiscar o relógio da minha amiga, me encheu de panfletos sobre pirataria na Suica. Vários.
Fui liberada junto com um documento que tive que assinar constando participar do tal evento, e, ca[i fora pra casa imaginando que o buraco era mais embaixo na Suiça. Só não imaginei o tanto!
Dois dias após o meu retorno recebi um aviso do correio, que tinha uma carta registrada pra eu pegar lá. Fiquei pensando de quem seria pois não esperava nenhuma carta registrada. Para minha surpresa era da alfândega dizendo, que se eu quizesse recorrer e ter o meu relógio de volta, poderia, mas teria que enfrentar vários interrogatórios do fabricante do tal relógio na Suiça por ter sido flagrada com um relógio falso, eu teria que comprovar que a compra do relógio pirateado não foi deliberada. Pode? Se eu quizesse me calar para sempre pagaria uma multa de 60 francos suiços (+ ou - $60 ) e o assunto morreria. E assim eu fiz. Paguei e me calei.
Agora recentemente voltando das minhas férias do Brasil, fui de novo chamada pela alfândega no aeroporto de Genebra para verificar o que continha a minha mala. Tenho quase certeza que era o mesmo funcionário...Toda tranquila, porque desta vez ele não me pegaria de jeito nenhum. Escaneou a minha mala e disse que eu poderia prosseguir a minha viagem pra casa. Mas não contive em dizer a ele que foi o mesmo que me parou no final de janeiro. Ele sorriu e disse:
- À la prochaine fois.
beijos
TT
Nota do blog.: Qualquer coisa que você esteja carregando é de sua responsabilidade. Não adianta dizer que sua mãe pediu pra levar, é um presente, não sei o que do seu cunhado, ou tô levando pra outro não sei quem. Tá com você, te pertence e é responsabilidade sua. Se der um angu, quem irá pros tribunais será você.
É Ieda, nossa estrada é muito longa...muito caminho a percorrer até chegar perto disto aí.
ResponderExcluirbeth
Eu penso que esta mudança, Beth, virá com essa turma que tá nascendo agora, ou mesmo os que já estão aí, crianças. Espero.
ResponderExcluirbjos