quinta-feira, 14 de abril de 2011

Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte. Vamo lá?

É a segunda vez que vou a este museu, levando francesas. Ele é muito bom. Bom mesmo! As duas amaram. Da primeira vez esqueci a câmera e coloquei fotos do site dele, e desta vez, entrando no museu, vi que não tinha levado a câmera de novo. Só de birra voltei em casa e peguei. Não queria colocar só as fotos deles pra vocês. Queria mostrar o que "eu vi".


                                                   As palhas protegiam os garrafões de vidro.

O caldeirão pra preparar o feijão e a chaleira pra água do café. E o coador esperando...

As malas de outrora em couro duro e trabalhado. Lindas! Fortes, porque precisavam ser resistentes a chuva, lama, sol e poeira. Fora os solavancos.

Esta mesa linda servia pra colocar doce ou fruta, que os escravos vendiam nas calçadas ou nas ruas mesmo.

Olha o passarinho! Frase usada até hoje, quando se vai fazer uma foto. A origem dela eu não sei, mas, que o mistério daquele moço escondido atrás do pano escuro e, que fazia aparecer as pessoas exatamente como eram, lá isso era bonito demais!

Balança pra pesar escravos adultos. De doer o coração até hoje.

Esta menorzinha era pra pesar as crianças. Vale o quanto pesa. Deve ter vindo daí a expressão. Ou não?

Balança maravilhosa toda feita em madeira. E mais lindo ainda é que o Museu tem luz natural na quase totalidade dele. E a estação do metrô logo atrás. Antigo e novo lado a lado. Lindo mesmo!

                          Roda de carro de boi. Dá pra ouvir o ruido melancólico e repetitivo dela.

Charrete que fez minha amiga grudar os olhos por uns bons 15 minutos. Não cansava de admirar.

Mais um momento de emoção e coração doendo. Saber o quanto era retirado de pedra e cascalho do rio em um dia de trabalho, pelos escravos. E vendo o tamanho e peso das bateias, dá pra sentir a dor que eles sentiam nos músculos na hora de ir pro chão dormir. Ninguem merece isso! Copiando o Caetano, "Homem foi feito pra brilhar,  não pra ser escravo e morrer de dor"!

O encaixe das rodas e roldainas de madeira é pra ser admirado, e admirado, e admirado.

O tacho de cobre usado pra fazer rapadura, foi tão usado, mas tão usado, que ganhou dois remendos. Um maior e outro menor. O esforço de esfregar a pá pro melado não grudar no fundo provocou os dois furos.

Prensa pra fazer telha. Uma a uma. E o método era moderno, porque as antigas eram moldadas nas coxas dos escravos. Imagine o que virava a pele, com o barro sendo esfregado nela por dias e dias, anos e anos...

Pausa pra chorar de rir. Em francês, fazer xixi é "pisser" (expressão comum),  e "grama" é um diminutivo de avó. Vovó. Então a Michette traduziu ao pé da letra, perguntando indignada:
- Porque não pode fazer xixi na vovó?

O chão dos meus sonhos.

Impossível não parar pra admirar tanta beleza e cuidado!

Tudo absolutamente brilhando!

Esta é a entrada pro Museu.

Antiga janelinha pra se comprar os bilhetes de trem. Aberta e fechada. Lindas!

E o Museu visto com a luz do sol do final da tarde. Um passeio e tanto!

http://www.mao.org.br/

10 comentários:

  1. Que passeio maravilhoso.
    Adorei!
    Perco a noção de tempo qdo estou em um.
    Viajo, viajo, viajo...o duro é voltar a realidade depois, rsrs.
    Bjos.

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  2. Isso mesmo, Sandra...aprendemos e repassamos.
    bjins

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  3. munto lindo messs... como é que os mosaicos, mesmo esses simplezinhos, se perderam no tempo ??? e as grades, parapeitos, portões de ferro-batido ? não é saudosismo, mas uma questão de gosto... parabéns, morena.

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  4. Pois é meu bem, hoje no mercado central comprei mixirica e minha amiga disse que conseguiu sentir o gosto da infância dela. Mais uma mutação. A polcan é gostosa, mas virou outra fruta. O chão do museu é uma maravilha. Tanto os tacos como os azulejos.
    bjos

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  5. Vc fez bem em voltar e buscar a câmara,amei as fotos, primeira então, a textura, enfim me diz q máquina é a sua? Iêda, vc diz q sua máquina é simples, mas to p te dizer q n parece.
    Gostei de ver além das peças a conservação, limpeza do lugar,iluminação, etc...Legal

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  6. Em um museu,olhamos as coisas num todo e com isto perdemos os detalhes que são revelados em uma foto. As fotos estão ótimas.
    Já notou que o Brasil tá ficando mais com cara de primeiro mundo? Falta um bom bocado, mas chegaremos lá.
    Ah! esta semana vi uma notícia que as mangas (fruta mesmo) serão padronizadas em: Extra, Cat 1, Cat 2. E todo supermercado será obrigado a seguir a regra. Tô dizendo, tá virando primeiro mundo.
    Um abtaço.
    Luiz César

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  7. Maga, tenho uma Canon A480...o que acho que funciona, é que "perco tempo" procurando um angulo diferente. Realmente a limpeza e cuidado para com o museu, são impecáveis.
    bjos

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  8. lu este museu não deve nadinha a museu nenhum de primeiro mundo. Lindo e bem planejado.
    bjos meu bem

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  9. QUE LUGARES LINDOS PARA COMPRAR...LOS YUYOS QUE ME ENCANTAN.....
    QUE DISFRUTE...
    SALUDOS.

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  10. Obrigada Alicia. Que nome lindo! Seja bem vinda ao blog.
    bjos

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