quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

FAZENDO AMIGOS EM KATHMANDU-NEPAL

Este é meu novo amigo aqui no Nepal.
É o Gopi Paul.
De uma gentileza e uma doçura comigo de fazer inveja a qualquer um.
Ele trabalha em um restaurante pertinho do meu Hotel e tô sempre lá tomando café da manhã onde tem a melhor coalhada do mundo.
E fomos garrando na prosa e ele até "baixou" os preços de tudo pra mim. Tô pagando como "nativo"...rs
Conversa vai, conversa vem, falei com ele que queria visitar uma escola do governo. E ele prontamente disse que me levaria a uma que tem perto da casa dele, fora de Kathmandu.
 E fomos lá ontem.
Proce ter uma ideia da gentileza, ele veio de casa, me encontrou, e voltamos. E não é pertinho. E andei de ônibus pela primeira vez.
Pra ir foi até legal...mas a volta foi punk...gente saindo pelo ladrão.
Depois da visita à escola ( que vou contar em outro post ) ele me convidou pra ir até a casa dele, conhecer sua família e tomar um chá.
E lá fomos nós.

Eu fui aproveitando pra perguntar sobre a vida aqui no Nepal. Custo de terreno, como ele fez a casa dele, o que é mais difícil, o que é bom...
Fiquei sem jeito de fazer a foto que queria e fiz esta proce ter uma ideia.
A fronteira da Índia com o Nepal tá fechada pra entrada de combustível, gás e afins.
O povo aqui vai se virando como pode.
Vejo gente carregando galões com gasolina e botijões de gás pra lá e pra cá o dia todo.
Pouco abaixo desta arvore, tinha uma menor que o Gobi cortou ela ontem na calada da madrugada pra poder aquecer o leite das suas crianças. Eles estão sem gás ha dias.
Vidinha dura!
Ele me contou meio em segredo, que os vizinhos ouviram o barulho do machado e começaram a gritar. Ele cortou rápido e correu pra casa com a lenha.
E vi ela hoje escondida embaixo de uma telha de amianto...rs


Esta é a filhinha dele. A Pauline. Arisca quando cheguei e daí a pouco já tava arriscando chegar junto.
Eles são católicos e o Gopi disse que não é fácil ser católico aqui. Coisa rara.

O dedo no nariz tava engraçado demais. Alguma coisa devia de estar incomodando ela muito, porque não tirou o dedo dele..rs
Olhe que cara boa a do Gopi!

Gopi e sua patroa. Ela me convidou pra voltar e vir comer com eles. Foi super delicada, fala um pouco de inglês e disse que gosta de morar ali, que é um bairro novo, a única dificuldade é que o ônibus passa muito longe e se à noite eles tem qualquer problema fica difícil de resolver pela falta de condução.
Vontade de ter dinheiro e comprar pra eles uma moto na hora!
As paredes da casa ele me contou que fez com armação de ferro pro lado de dentro, porque em caso de terremoto os tijolos caem pra fora.

Esse tiukinho é o Victor. Riu muito comigo. De gargalhar...
Tem cinco meses e tava tomando sol com a mamãe quando nós chegamos

E o nariz continuava coçando..rs

Esta casinha de telhado azul é a dele. Fico constrangida de fazer fotos.
Nunca sei o que o outro pode pensar. 
Por isso fiz de longe.

Estes vizinhos estavam se preparando prum casamento que vai rolar no fim de semana.
Aqui acho que vai ter uma tenda.

A entrada da casa

Estas verduras tavam cheirando até de onde fiz a foto. 
Delícia!
Aí nesse fundo tem um riacho, que segundo o Godi a água não dá pra beber, mas pode ser usada, e é, pra regar as plantações.
Cheio de construções novas e tem ruas e lotes divididos.
Não é embolado.

Quando "fomos entrados" no ônibus já não tinha lugar pra colocar o pé. Depois disso ainda entrou muita mais gente...rsrs...
Vi o Godi falando com uma moça e claro que não entendi, mas assim que ela foi se levantando, saquei na hora e disse pra ela:
- Por favor continue sentada. Por favor não se levante! Muito obrigada, mas na minha terra também tem ônibus assim. Tô acostumada.
Ele tinha pedido pra ela me dar o lugar.
Quero morrer quando eles fazem isso!
Na Índia é assim o tempo todo!
Sei que é gentileza, mas me sinto péssima.
Adorei o remendo no teto.
E também não tive coragem de ficar fotografando o ônibus. Além do que você não ia acreditar...rs. Ia pensar que era montagem.

Esta caixa é o rádio.
Acredite se quiser o som é muito bom...rs
A porta do motorista é do lado de onde ele fica. E ele abre o tempo todo. Seja pra ver por onde passa, pra falar com alguem ou cuspir. Os nepaleses cospem o tempo todo.
A gente paga na saída. O cobrador fica na porta e vai avisando pra onde o onibus vai. Quinem as Vans aí no Brasil.
Todo mundo que sai, paga na rua.
15 rupias por pessoa. Claro que paguei pra nós dois.
Na ida tudo bem.
Na volta o cara cobrou 20. Ai o Gopi reclamou do troco e ele disse que eu era 20. Pode?
20 o caralho, imagino que ele deve ter dito, porque o cara me deu o resto na mesma hora.
E o Gopi ficou puto.
Aí falei pra ele:
- Foi até bom, porque se eu tivesse sozinha era 100....hehehe...
Ele riu e disse:
- É verdade.
100 rupias é = a 1 dolar.
Me lembrei de quando o Anup ficou preso, que as visitas pagavam os corruptos dos soldados pra visitar seus amigos ou parentes e eu sempre pagava o quíntuplo do preço. Se não pagasse o Anup pagaria de alguma forma.
Eitia mundão velho sem porteira!
Ah! E quando alguem quer descer, esmurra a lataria do ônibus. A primeira vez levei o maior susto. Depois tudo bem. Acostumei....hehhe...
E o Gopi o tempo todo preocupado comigo tadinho!
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2 comentários:

  1. Meu bem, muuuuito legal esse post. Muuuuito simpático o lugar !! Pena a mistureba de "moderno" e "tradicional". Graciiiiiiinha o casal !!! Pena também ter que cortar a árvore pra ter energia. Depois fica quiném aqui, povo fazendo reflorestamento às pressas pra não secar rio, nascente, fonte, mina ... amenizar o calorão, etc. Tô bôba de ver o progresso do povo no uso (ou não uso) da cedilha, do "a" com h ou sem h, crases, etc. Claro que é coisa de algo que baixa aí sei lá ... eu sei eu sei .... beijos, mar

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  2. Em tempo : olhando bem o casal, poderia ser aqui no Brasil, um casal brasileiro, em SP talvez, onde é frio ... nenão ? beijos, mar

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