segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Desempregados fazem greve na França. Só lá mesmo...

Você achou que já tinha visto de um tudo? Nã, ná, ni, nã, nã.

"Les chômeurs défilent pour manifester leur «ras-le-bol»" Manchete de hoje do jornal francês Libération.

Literalmente tá dizendo que os desempregados desfilam pra manifestar que estão de saco cheio.
Chômeurs= desempregados.
Como sempre, eles dizem que eram 5.000 e a polícia 1.400, mas não importa, no país da greve,
o importante é mostrar a insatisfação.

Vacinar ou não vacinar as crianças?



Não sei se é novidade mas eu, como sou meio lerda pra muita coisa, só tomei conhecimento há pouco tempo.

Vacinar ou não vacinar as crianças? Fiquei sabendo da turma que é contra, este ano lá na França. Pra mim, vacinar sempre foi tão certo como dois e dois.

Tava eu em casa de uma amiga e ela com um bebê na maior dúvida sobre sim ou não. A médica da pequenina era contra, mas não era doida de dizer não faça. E minha amiga, como toda mãe, só querendo fazer o melhor pela filha , doidinha, sem saber o que fazer. Olha que situação!

Não vou discutir aqui a posição da médica e da turma que é contra, porque nem tenho capacidade e conhecimento pra tal, mas tô dizendo tudo isso pra mostrar um outro lado, o lado que eu percebi. De repente posso tá dizendo a maior besteira. Vamos lá!

Segundo o pouco que soube da coisa, um dos motivos de serem contra é porque, várias das doenças já teriam sido erradicadas na Europa, veja bem, na Europa. Pra que encher a pirralhada de anti-isso, anti-aquilo.

E minha amiga ficava me perguntando o que eu achava, queria minha opinião. Difícil demais!

Um dia fui levar a filha maior dela na escola e, na volta, já tinha minha opinião formada.

Disse o seguinte: "olhando a meninada na porta da escola parecia uma Arca de Noé ou uma Torre de Babel, pra ser mais simpática. Tinha criança de tudo quanto é raça, país, cor, etc. etc. E com eles, pais, mães, irmãos, amigos como eu. Como eu que cheguei do Brasil, tô aqui convivendo, indo à escola todo dia, andando nas ruas, metrôs, sentando em qualquer lugar, falando com as pessoas, tem milhões de outros iguais a mim. Este é um dos países que mais recebe turistas no mundo. Esse povão é o melhor leva-e-trás de doença".

"As doenças podem ter sido erradicadas aqui, mas vocês não estão sozinhos no mundo. Não estão fechados numa bolha."

"Eu não ficaria nem um dia sem vacinar um filho meu. Deus me livre de ter que arcar com a responsa de uma sequela pela vida toda. Nem morta."

Essa opinião, evidente que não foi a definitiva, mas deve ter pesado. A pequena tá devidamente vacinada. Contra tudo.

Dieu merci !

domingo, 6 de dezembro de 2009

Seu Sadam ! Se a gente tivesse sonhado no que ia dar...























Como a gente era tolinha há muitos anos... Conversando hoje com um amigo e relembrando vivências nossas no Iraque, me lembrei de três coisas que, na época, não representaram, absolutamente, nada mais nada menos do que um capricho de um ditador recém-chegado ao poder.

Existia em Bagdá (verbo no passado porque, à essa altura do campeonato, não deve ter nem rastro) um restaurante lindíssimo onde íamos sempre almoçar às sextas-feiras. Chamava-se Kamarjan.

Era uma antiga estrebaria, enorme, muito alta, e o prédio era como se fosse um ginásio e dizia-se que, antigamente, o grande pátio interno onde ficavam as mesas do restaurante, era o lugar onde ficavam os cavalos e, ao redor deste pátio, existiam uma espécie de quartinhos com portas em arco, onde tinham tapetes, mesinhas, narguilé e o pessoal sentava pra bater papo e tomar chá.

Um belo dia, estávamos lá e chegou um bando de soldados do presidente e colocou todo mundo pra fora. Pra fora mesmo ! Sem a menor cerimônia. Sabem por que? Porque naquele dia tinha a "possibilidade" do Seu Sadam querer almoçar lá. Este fato não aconteceu só comigo. Várias outras pessoas contaram a mesma história.

Outra vez, estávamos abastecendo em um posto de gasolina de estrada e chegaram os soldados de novo. Sai, sai, sai, todo mundo porque sua majestade tá chegando e vão parár pra abastecer. Foi a única vez que vi o homem. Ele chegando e nós saindo...

E o outro causo, que era muito frequente, muitos de nós que trabalhamos lá vimos a cena.

A gente ia pela estrada em pleno deserto, aquela visão de 360º, de repente vinha um avião, ia descendo, descendo, descendo, aterrizava, andava mais um tempo e pluft! desaparecia. Aeroportos ou garagens subterrâneas - como a gente chamava. Fomos nós que vimos primeiro o buraco do Sadam. O mocó.

Apesar de ser muito difícil fazer fotos em determinados lugares, já naquela época, sempre se dá um jeitinho. Poderia ter feito fotos de dentro do carro. Não fiz.

E a gente só ria e achava doido, muito doido. Por que esconder embaixo da terra?

Bem mais tarde, ficamos sabendo - como todo mundo - mas as tais de armas químicas, estas, nem nós, nem os americanos, nem ninguém nunca viu.

Escola plural. Tem cabimento?




Tem cabimento aluno que não sabe a matéria dada passar de ano?

Tem cabimento aluno que não estuda e só perturba a aula, continuar com quem quer estudar?

Tem cabimento uma sala com 50 alunos permanecer com 2 ou 3 que não querem nada com o estudo?

É isto que prega a escola plural implantada em vários estados e que algumas professoras já não aguentam mais em suas salas de aula.

Tem cabimento o menino com 12 anos terminar o primário sem saber ler, escrever, somar e diminuir?

Tem muitos pais que acham um absurdo que seus filhos convivam todos os dias com estes colegas, que acabam puxando pra baixo seus filhos normais. É um desrespeito com quem acorda cedo, faz o para-casa, toma banho, se alimenta, conviver 4 ou 5 horas por dia com estes pivetes que não querem nada com a dureza ou com qualquer compromisso. Quanto nossos normais deixaram de aprender por causa deles que nada aprenderam? Talvez aprenderiam uns 10 a 15% a mais, no mínimo. E estes babacas, o que aprenderam? Nada ou quase nada e é aí que está o pulo da escola plural: aprenderam nada ou quase nada do que aprenderiam se tivessem tomado bomba, se desmotivado, abandonado a escola e entrado como avião ou fogueteiros para a escola do crime. Uma coisa não exclui a outra, mas atrasar alguns anos este outro aprendizado, ou até substituí-lo por qualquer outro caminho, é ganho muito grande. Vale muito mais do que os 10 ou 15% que nossos normais também adiaram em aprender.

É a escola plural vista por um semi-analfabeto.

Assinado : Dédédelas
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Colaboração do leitor, Dédédelas

Em Paris, táxi e apartamento pra alugar. Sopa no mel.














Atenção quem tá indo pra Paris !

Se você não vai alugar carro e já sair com ele do aeroporto - o que eu realmente não acho uma boa, porque o transporte coletivo da cidade funciona muito bem - vão aqui algumas dicas de translado. Isso tô falando pra andar dentro da cidade, é claro, porque se for viajar pelo país, aí é outra coisa.

Enfim, vou passar dicas pra quando você chegar. Já disse aqui e repito : não economize chegando ou saindo de qualquer lugar, pegue um táxi! Malas, peso, tá cansado, pés inchados, louco pra chegar no hotel. Vá por mim. Vá de táxi !

Lá vão endereços e telefones de pessoas de super confiança, que fazem este serviço em Paris e falando Português, o que facilita mais ainda.

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Entrem no site do Sr. Camilo e vocês vão conhecer os apartamentos pra alugar. Localizações ótimas.


Celular : 00 XX 33 6.64.63.09.84
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Tel. Fixo: 00 xx 33 1 69 30 23 82
Fax 00 xx 33 1 69208443
Celular : 00 xx 33 6 07 17 69 08

Tá tudo aí mastigadinho pro povo. Eu tô mesmo uma mãe, ninguém pode reclamar!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Semaninha difícil? Relaxe um tico com eles.











Eles, os cartunistas que eu amo.



Quando tem que ser, é mesmo !








































Estávamos viajando cada uma prum canto, uma amiga e eu, e combinamos de nos encontrar em Bangkok. Ela chegaria antes de mim e eu me encontraria com ela numa certa Guest House. Já tínhamos indicação de uma. Tudo bem.
Cheguei na cidade, peguei um tuc-tuc (uma moto com carroceria pra 2 ou 3 pessoas que ficou muito conhecido na novela Caminho das Índias). Em Bangkok é lotado de tuc-tuc!

Cheguei na Guest House, que era uma espécie de casa de dois andares, e tinha uma portaria com um pequeno balcão e, no segundo andar, ficavam os quartos pros hóspedes.
Me informei em que quarto estava Fulana de Tal e a moça olhou, olhou, procurou e disse: "Já foi embora."

"Como já foi embora? Claro que não! Ela ia ficar ainda mais 1 semana depois que eu chegasse."
"Não-está-mais-aqui."

Fiquei ali na porta, meio pasma, segurando minha mochila e pensando o que poderia ter acontecido. Meio sem ação, olhei pra escada que levava ao segundo andar, uma escada alta e bem íngreme.

Não sei porque cargas d'água, vi no lado direito da parede, lá no alto da escada, um quadro destes que todo mundo coloca todo tipo de anúncio - muito comum em albergues e guest-houses - e resolvi olhar.

Sei lá porque também, subi a escada e comecei a ler os avisos.

E logo dei de cara com um recado pra mim.

Era da minha amiga dizendo que ali não tava legal, tinha muita formiga, calorão, falta de conforto total e ela tinha se mudado pro Hotel X e abaixo vinha o endereço.
Peguei outro tuc-tuc e fui pra lá e nos encontramos.

E foi uma semana muito boa. Nos divertimos demais e tem mais causus, lógico!

O que me fez subir aquela escada? Só Deus! Sim, ele mesmo.

Depois continuo e conto que hotel era esse que a gente ficou. O que funcionava lá.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Papagaio de pirata no blog do próximo





Não deixe de visitar o blog do gênio...essa semana tá imperdível!





Não seja por isso senhores...rap...rap...rap...se virem!
















O Zé me mandou um comentário sobre o raciocínio dos chineses e logo me lembrei de um causu ( entre tantos ) que aconteceu no Iraque, no tempo em que lá trabalhei.

Anos 80, guerra contra o Irã. Uma peleja pra gente receber tudo. Tudo que usávamos na obra vinha de navio, navio este que ancorava no Porto de Basrha, porto esse que tava fechado por conta da guerra. Enfim, Paulo, que amava Ana, que amava Luca, que amava Duda, que amava Paulo.

Tinha até piada porque, não sei se vocês sabiam, mas a Sadia enriqueceu graças a nós. Comíamos frango os 360 dias do ano. E este, só Deus sabe porque nunca acabava. E a gente dizia: podem afundar todos os navios mas, os de frango, se afundarem, os filhos da mãe saem nadando e vêm pro nosso acampamento.

Tinha outra piada boa. Todos contavam os dias pras férias. Todos. Então surgiu uma maneira boa de saber quantos dias faltavam pra alguém cascar fora pro Brasil ou qualquer outro lugar. A pergunta tomou esse rumo: Quantas coxas faltam procê ir embora? Ou quantas asas ou quantos peitos?

Voltando ao raciocínio diferente dos povos, veja esse. Raciocínio, atitude árabe.

Minha amiga era secretária da diretoria da obra e fazia as atas de reunião. Foi ela que me contou. Estavam todos em uma reunião entre a nossa empresa e a empresa dos fiscais da obra. Coisa seríssima !

A pauta era o atraso da obra. Estavam doidinhos pra lascar uma multa na nossa empresa. E a nossa defesa, inclusive baseada no longo contrato, era que os navios, com tudo que precisávamos pra tocar a obra, estavam retidos no porto. Aliás, no porto não! Nem podiam entrar nele. Tavam lá fora, em alto-mar. Olha o exagero ! (que claro é por minha conta...rs).

E discute daqui, discute dali, advogado pra lá advogado pra cá e intérprete pra todo lado, aquele caos, quando o nosso diretor arranca o contrato pra esfregar na cara do povo, mostrando as cláusulas que nos isentavam da culpa, guerra por exemplo, que a gente não tinha nada com ela.

Foi aí que aconteceu algo que calou a boca e estatelou os olhos dos nossos.

O diretor do lado de lá pegou o contrato e rasgou em mil pedacinhos, finalizando a disputa.

"Não seja por isso. Se a desculpa é esse papel, pois então tá resolvido : rap...rap...rap... Acabou-se a desculpa. Se virem. "

E a gente "se viramos". "Se viramos" tanto, que a obra saiu.

Pena que as outras guerras - Guerra do Golfo e a visita americana - detonaram ( e continuam detonando ) anos e anos do nosso trabalho ( só da minha pequena colaboração, 6 anos ) e quase não sobrou pedra-sobre-pedra.

Aliás, quase tudo voltou ao estado normal, um deserto, como antes. Pedra-sobre-terra e areia.

Fim.

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...