Eu penso que, todo mundo que viaja muito, já ouviu essas perguntas: "Qual o lugar que você mais gostou? Onde voltaria? Onde não voltaria?"
Eu também já ouvi. E sempre respondo quanto ao lugar que mais gostei. Apesar de ser uma pergunta muito difícil de responder, porque cada paisagem é unica, cada lugar tem o seu lugar. Mas são três os lugares que me deixaram parada, extasiada, boca aberta mesmo. Taj Mahal, na Índia, Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador na Bahia, e Cataratas do Iguaçu.
Pra começar, você vai pra ver as águas e vê muito mais que isso. Vê uma vegetação maravilhosa, flores lindíssimas, borboletas que nunca tinha visto em minha vida, nem em tamanha quantidade. Você vai conhecer um viveiro, com pássaros de uma beleza que não encontro palavras pra descrever. Tem que ver.
Trilhas lindas pra caminhada. A trilha que você percorre ao longo das quedas até culminar na Garganta do Diabo, que de Diabo só tem o nome, porque nunca em minha vida senti tanto a presença de Deus, de um Criador, de uma força maior, do que alí. Me senti tão pequena, tão mínima, tão nada, diante daquela grandiosidade.
E tem também canoagem e barcos infláveis que te levam até quase embaixo da grande queda. Claro que não fui e, só de ver as pessoas do tamanho de formiguinha lá naquele mundão de água, me dá dor de barriga.
E o que mais batia em minha cabeça era: "isso não é uma torneira que fecha à noite quando os turistas vão embora, e reabre às 6 da manhã quando o parque é reaberto. Esses bilhões e bilhões de litros d'água jorram dia e noite 24 h por dia 7 dias por semana o ano todo."
Já fui lá acho que 4 vezes e voltaria sempre que pudesse. E da última vez, foi a primeira que fui ver as águas do lado argentino. E escutei uma piadinha que os braileiros fazem com eles, pra variar, que amei. Não sei se vocês sabem, mas o rio nasce em território argentino.
Então a piada é que eles nos dão as águas e a gente tem a vista mais linda do mundo. Quer dizer, pra ver a queda em seu esplendor, eles tem que vir do nosso lado.
O rio Iguaçu vem vindo do lado argentino por centenas de kms, até desaguar dividindo suas águas em muitas cascatas e cachoeiras.
Então, quando vamos do lado argentino, tem um caminho em ponte de madeira, vamos seguindo o rio até chegar nas quedas. O que vemos quando chegamos, a mim deu pavor. Um medo de um tamanho enorme. Ficamos no alto da queda olhando pra baixo. É de tirar o fôlego. E o povo do lado brasileiro, lá longe vendo a água cair de frente. Um espetáculo que realmente é difícil contar com palavras. Vão lá.
Aconselho a pegarem um guia pra ir contando a história toda. Por exemplo, esta ponte/caminho, é feita de uma madeira X que, quando é tempo de cheia, normalmente elas vão embora nas águas. Fica só a armação de aço da ponte. Depois elas são recolhidas e recolocadas fazendo o caminho de novo. Isso foi feito criado, depois de muitas e muitas perdas de pontes. E também tem o leito do rio. A história das pedras. Muito legal. Se ficar contando muito perde a graça.
Programem-se. Convidem amigos. Convidem amigos de fora do Brasil. É uma beleza que todos nós temos direito de deslumbrar pelo menos 1 vez na vida.
Nós merecemos. E muito!
Ah! E tem também passeio de helicóptero. Da próxima vez quero fazer.