sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dicas de cidades, cantinhos, jardins e mocós lindíssimos

Continuando a falar sobre a região onde estou, Savoie-Alpes Franceses, vou mostrar lugares lindos, que às vezes as pessoas vem pertinho, passam colado e não vão conhecer. Não sabiam da existência.

Pois então! Vamos lá !


Se você vem à Suíça, a Genebra por exemplo, fique sabendo, que pertinho de lá você pode fazer passeios de um dia. Ir pela manhã e voltar à tarde.Vai conhecer Annecy, Aix-les-Bains, Mégeve, Chamonix.
É tudo coladinho.


Pra vocês terem uma idéia, saímos pra passear depois do almoço e voltamos à tardinha. Fomos até Annecy saindo de Saint Nicolas la Chapelle, tomamos sorvete, bebemos chocolate quente, fizemos compras no mercado, visitamos a feira de artesanato ao lado da prefeitura,
sentamos pra tomar o sorvete ao lado da antiga prisão que foi construída dentro d'água (esse prédio bicudo aí da foto).

Não fizemos isso hoje, porque lá tá tão frio e cheio de neve agora como onde estou - hoje o dia todo fez -10º - fizemos esse passeio no final do inverno do ano passado.


Se você não vem pra esquiar, a melhor época é a primavera. A gente fica tonta com a beleza dos jardins. No outono também é legal. Verão é bom pra quem não tem sol o ano todo, pra nós é um estorvo só : multidões, tudo muito mais caro e um calor danado. Já chega o nosso aí.


Em Annecy, visite a Igreja da Natividade com seus 36 sinos que tocam mecanicamente. Uma maravilha! Poderá visitar uma fábrica de objetos de estanho, conhecer a Igreja de Saint-Germain, santo que viveu por lá como ermitão de 1033 a 1060 (inda ontem). A Igreja foi erguida em 1780. Tem uma vista pro lago de tirar o fôlego.


O lago é o mais famoso da região. Lindíssimo e cheio de barcos e onde se pode praticar esportes.


Todo primeiro sábado de agosto, tem uma queima de fogos de artifícios das mais famosas do país. Dura 80 minutos, acompanhado de música e comilança. Uma festa que reune pessoas em torno do lago. Imperdível !








Pertinho de Annecy, você vai conhecer os Jardins Secretos.

Uma antiga fazenda foi reformada virando uma atração turística das mais visitadas.

Jardins belíssimos, salões de chá, restaurantes, você pode festejar casamento, aniversário, reunião de condomínio, o que quiser, é só alugar o espaço escolhido.

Tudo foi construído com barro e cal. A mistura, dependendo da cor utilizada, fica idêntica a ferro ou madeira ou cerâmica. Tudo que vocês estão vendo nas fotos, que parece madeira, é barro. Tem até cartões-postais com a receita da mistura.

Esse povo não perde tempo. Não é à toa que o turismo no país funciona. Vendem até a mãe. E entregam.




















O queijo da região é o Roblochon. Abrindo a caixa, quase caímos pra trás com o cheiro - forte pra cacete! - mas o sabor do danado é de uma suavidade, de uma delicadeza que fica difícil parár de comer. Caloria saindo pelo ladrão, porque o bicho é cremoso que só vendo. Hoje comemos com batatas cozidas, abrimos a batata e colocamos pedaços dentro. Eles derretem formando aquela linha comprida que, enrolada no garfo junto com uma lasca da batata, você come e pede pra morrer. Não precisa de mais nada na vida pra ser feliz. Nem sexo. E pros amantes do vinho, a refeição fica completa, mais o pão, claro!

























Ah! E tem castelos, museus com coleções de faiança, que é uma porcelana famosérrima e linda, objetos do Oriente, móveis, quadros, antigas tralhas pertencentes aos castelos.































Nem preciso dizer que a estrutura de hotéis de todos os tipos é perfeita, pra qualquer bolso.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aí, como aqui, a natureza exibe orgulhosa sua beleza


Publiquei fotos dos Alpes Franceses essa semana, mostrando a maravilha da natureza no inverno europeu.

Recebi essas fotos de dois queridos leitores, mostrando as belezas da nossa terra. Nada a ver com comparação ou disputa, que o meu é mais bonito que o seu. Cada um no seu quadrado e o quadrado de cada um tem coisas lindíssimas.

Vejam essa quaresmeira em Belo Horizonte, no esplendor da sua florada. Coisa mais linda de se admirar. Cada cacho de flor mais lindo do que o outro. E a cor... uma maravilha.

O caminho fechado com o bambuzal, é nos arredores do Grande Hotel de Araxá em Minas Gerais, onde fica também o caminho bucólido pra dar aquela caminhada depois de um almoço mineiro. Eitia vida dura!



E os pores-do-sol !! ( que língua a nossa!)

As fotos foram tiradas da janela do quarto do nosso amigo leitor.

Onde?

Onde?

Acreditem se quiser...

Em São Paulo senhoras e senhores. São Paulo tem céu maravilhoso e pores-do-sol de cair o queixo.

E, pelo visto, o dono da vista não se cansa de admirar. Eu também não me cansaria, afinal, não existe um sequer igual ao outro.
















Me lembro que, quando morei no Iraque, uma das coisas que mais admirávamos, era o céu de dia e à noite.

Criamos o hábito de avisar uns aos outros. Como não tínhamos telefone, aquele que visse primeiro que o sol tava se pondo, gritava : "solllllll" -parecia casa de maluco, ouvíamos como se fosse um eco, a notícia passando pra frente. Era de emocionar. Nunca vi nada igual em lugar algum.

E, à noite, nunca na minha vida vi tanta estrela! Era difícil de avistar uma estrela, eram amontoados delas, clarões brancos. Também, naquele desertão, poluição zero, era o mínimo que podia ter: todas as estrelas à nossa disposição.

E, nas noites de lua cheia, era de assustar, chegava dar medo, ela era enorme e clareava o deserto, fazendo aquele contraste de arrepiar. Nunca soube porque a lua naquela região é tão enorme. Quem sabe algum de vocês pode me dizer.

Assistimos, ano passado, na Índia, em Pushcar no Rajastão, um pôr-do-sol também de cair o queixo. Todos se sentam às margens de um grande lago pra apreciar a beleza e aplaudem quando ele desce finalmente e some no horizonte.

Eu acho o sol muito lindo, mas a lua ganha com muitos votos na frente.

Afinal, ela é feminina, esplendorosa, brilhante, serena, suave e tem sua TPM mensal. Cada semana toma uma forma diferente da outra mas, quando a TPM se vai, ela explode toda sua formosura, seu glamour, sua insinuação, deixando a gente de boca aberta, admirando, querendo mais, ansioso pelo próximo encontro.

E vocês me perguntarão: "E o sol?"

O sol é aquele macho escaldante, que te faz transpirar, sufoca e extasia, te queima, te resseca, bebe toda a sua água mas que também te aquece nos dias frios, contando que você corra atrás dele porque, como todo macho que se preza, gosta de mostrar indiferença, pra no final do dia, deitar e dormir, não sem antes, com todo seu orgulho de macho, se pavonear, fazendo você babar diante dele, se esquecendo que você lhe deu mais um dia da sua vida e da sua força.


E ele parte seguro de ter sido o vencedor.



















































quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dicas pra se esbaldar no Rio de Janeiro















Todo mundo pensa que, no carnaval, o Rio de Janeiro fica intransitável, só dá folião pra todo lado, quem não gosta da folia, tá ferrado.

Certo?

Errado.

O Rio é um dos lugares mais tranquilos e mais deliciosos pra passear nos dias de carnaval. A não ser uns poucos blocos, o pega-fogo é na Marques de Sapucaí, que, por sinal, é uma maravilha. Uma das maiores emoções da minha vida, foi ver a entrada da Estação Primeira e Única da Mangueira.

A gente ri, chora, arrepia, aplaude, tudo ao mesmo tempo. Lindo demais!

Mas, durante o dia, é uma paz só. Restaurantes tranquilos, trânsito gostoso, andar pelo calçadão, visitar lugares que você nunca vai normalmente, como os lugares dessas fotos lindas feitas pelo Antonio Grassi (tirei de uma reportagem que ele escreveu, falando justamente pro turista que quer fugir do lugar comum).

Comer comida árabe no Saara, visitar a Confeitaria Colombo, passear de bondinho em Santa Tereza passando pelos Arcos da Lapa, depois tomar uma cerveja nos inúmeros bares e, se gosta de chacoalhar o esqueleto, gafieira, samba, salsa e todos os ritmos, a Lapa também tem. Passear pela Cinelândia, conhecer o Teatro Municipal - tão lindo quando a Ópera de Paris - ir à Biblioteca Nacional, ao Museu de Belas Artes, passear pelo Jardim Botânico. Jardim Botânico é imperdível. Vá e veja onde o Tom se inspirava pra escrever as maravilhas que deixou pra gente.

Só aqui já te dei idéia pra mais de 10 dias de Cidade Maravilhosa.

Conhecer a Feira de São Cristovão e comer queijo-de-coalho, comer japonês no NAO, que fica no Edifício Central no metrô da Carioca. Passear pelo Rio antigo, ao lado do Centro Cultural Banco do Brasil, atravessar a rua e ir ao Centro Cultural dos Correios, curtir o Largo do Machado, o Estácio, Vila Isabel.... eita delícia!

Dar uma caminhada ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas e depois tomar aquela água-de-coco ou comer comidinhas, de todos os tipos e nacionalidades, nos deliciosos quiosques, que tem aos montes pelo caminho. Ir ao Corcovado de trenzinho e pegar o bondinho pra subir até o Pão-de-Açúcar e tirar uma foto, mais cafona impossível, que adoro e vem grudada num prato de louça.

E vou ficando por aqui porque, só de pensar na concentração das escolas e os puxadores de samba gritando "Olha a Beija-Flor aí geeeeennnnnnnteeee! Salguuuuueeiiiirrrrrrooooô!"
meu coraçãozinho aperta de vontade de assistir os desfiles, curtindo a noite e aproveitar tudo que sugeri durante o dia.


















































terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Adoro cultura inútil ! O que a galera gosta mesmo de fazer...


Achei no meio das preciosidades da dona da casa, uma cadernetinha com anotações de uma tia dela, datada de 1936. Delícia ler os comentários e as anotações de receitas culinárias e outras escritas.

Entre outras curiosidades, vejam só essa:

População de alguns países da Europa em 1936 e hoje ( tirei do amigo Google )
Espanha 21.390.000------------------ 45.061.270

França 41.835.000 ---------------------60.765.983

Itália 41.230.000 -----------------------59.715.625

Portugal 6.655.000 --------------------10.084.245

Suécia 6.142.000 ------------------------9.076.444

Suiça 4.066.000 -------------------------7.301.994


A vocês de descobrirem a turma que mais trabalhou na horizontal ou na vertical ou de ladal ou não importa...rs.
Não interessa absolutamente a ninguém, nem a mim mesma mas, se já tivesse nascido, faria aniversário numa sexta-feira e meu santo seria São Firmino. Continua sendo... rs.

Usurpando, com a devida permissão, idéia do blog do alheio





















































































Fiquei tão maravilhada com as fotos dessa cidadezinha italiana, que pedi permissão a Susi, blogueira quiném eu, http://www.sooqueugosto.blogspot.com/, pra reproduzir a dica do blog dela. Permissão concedida.
Então vamo lá !

Quando a gente pensa que esse mundo tá perdido, que o ser humano, famoso por sua fama de destruidor, já conseguiu liquidar com o planeta, batemos de frente com essa maravilha. Vejam se não tô rebuçada ( coberta, em mineirês ) de razão.

O lugar se chama Alberobello, fica na Itália, na região de Puglia, sul do país. Nem vou falar muito porque as fotos falam por si só.
E tem mais ! Pra quem ainda não se cansou de assistir As Pontes de Madison, quiném eu e ficou morrendo de curiosidade de conhecer a cidadezinha da personagem da Dona Meryl Streep - Bari, é a chance de dar um pulinho lá. Do lado. Eu conheço e, quando fui lá, não sabia da existência de Alberobello. Mais uma desculpa pra voltar.

Agora é se programar e correr pra lá. Dá pra pegar a primavera deste ano.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O branco da neve dói de tão lindo, contrastando com o azul do céu

Pra você que viu as fotos do amanhecer e gostou, agora vão as que tiramos hoje, lá pelas 10 horas da manhã. O sol rachando mamona.
Amanhã, se não tiver nevando, vou dar uma volta pra mostrar mais um pouco dessa beleza de lugar.















Como me tornei vizinha de Wagner e Rodin-parte 2

























Então chegou o sábado e lá fui eu pra Meudon. Peguei o trem em Montparnasse e 16 minutos depois tava lá. Enquanto isso passamos por umas 3 cidades.
Segundo um amigo, eles colocam nome de cidade em qualquer povoado, pra parecer que tem muitas. Ô maldade!

Mas a verdade é que todo francês adora dizer que não mora em Paris. Morar em Meudon, por exemplo, é chic pra cacete. Eu prefiro o tititi de Republique. Esse silêncio que eles adoram, eu tô fora! Passarinho e grilo cantando? Nem morta!

Meu futuro patrão me esperava na estação. Segundo eles me contaram tempos mais tarde, ele e a patroa tinham tirado o sábado pra conversar com todas as moças que tinham telefonado e se interessado pelo trabalho. Essa era a segunda viagem que ele fazia.

Subimos por uma avenida - que depois virou o caminho da roça pra mim - e foi lá que o Seu Wagner morou com a esposa, Dona Minna Wagner.
Sempre que passava na porta da casa linda, de pedra, na avenida tranquila, ficava imaginando o compositor debulhando seu piano, dia e noite, e a vizinhança já com o saco na lua pensando: " Quando esse mané vai se mudar daqui e nos deixar em paz!"

Chegamos ao apartamento e começamos a conversar. Até então, tava em português e fui ficando sem graça, porque a patroa ficava só me olhando, então perguntei se não era melhor tentarmos falar em francês pra ela participar. Ela disse que não precisava, que tava adorando o som da nossa prosa. Então tá !

Falei de toda minha inexperiência em ser babá, nunca tinha sido, não tinha filhos, mas tinha quatro sobrinhas e trocentos amigos cheios de crianças que eu tava sempre carregando pra cima e pra baixo. Não fiquei muito tempo.
Ele olhou no relógio, porque já devia de ter outra candidata esperando na estação de trem, me levou embora, já aproveitando pra carregar a outra.
Disseram que era pra eu ligar na próxima quarta-feira pra ter uma resposta.

OK. Fui-me embora. Voltei pra capital.

Tempos mais tarde ele me contou que, quando voltou pra casa, a mulher dele disse: "É essa. Já escolhi". E ele: "Como assim, já escolheu? Você nem viu as outras, tem uma na sala esperando e mais não sei quantas pra chegar..." "Já escolhi", ela falou.

E nem na sala ela voltou mais. O pobre coitado passou a tarde de sábado falando em vão com moças esperançosas, sem poder já dispensar de cara porque não seria polido.

E eu já comecei a trabalhar na semana seguinte, na quinta-feira.

Cuidei do meu pequetito, que hoje já tem 21 anos, por alguns anos. Tempos depois, eu tava morando em NY, quando eles me acharam lá e me fizeram largar meus trabalhos e voltar pra Meudon pra cuidar da irmãzinha que ia nascer. Lá fui eu e fiquei mais uns anos.
Mas, como sempre, essa já é outra história.

Ah! Essas crianças são bisnetas da polonesa.

As fotos são da casa azul de Wagner, recentemente restaurada, a avenida arborizada onde fica a casa, casarão rosa, atual Museu Rodin em Meudon e mais fotos antigas da cidade.


" E assim chegar e partir. São só dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida." Milton e Brant

E LÁ VAI O DIMDIM!

E o dindin que você doou vai virar Q uero ver se até segunda-feira mando o dindim dos presentes dos tiukinhos. Ainda não mandei porque tem u...