domingo, 17 de janeiro de 2010

Cumé qui pode ser bom assim !!??


Millôr falando sobre a saída do Brasil.

" Pro Brasil sair do buraco em que se meteu, falta apenas um plano feito com sentido patriótico, correta visão de nossos problemas com penetração, estruturação e objetivo. A partir daí, é só conseguir o apoio total das forças militares, a cooperação generosa de todas as corporações industriais, a colaboração desinteressada e altruística dos partidos políticos, a compreensão e divulgação imparcial pelos meios de comunicação, o encarceramento sumário de uma centena de ladrões notórios ( e outro tanto não tão notórios ), receptividade por parte da filantropia dos bancos internacionais e, por último, o povo mostrar que tem descortino político e capacidade física pra deixar de comer mais meia dúzia de anos."

Demorei pra copiar, porque não conseguia parár de rir.
Detalhe muito importante: peguei no Millôr definitivo - A Bíblia do Caos, publicado em 1994, mas só Deus sabe quando ele escreveu isso aí.

Perguntinha só por perguntar: "Você ainda tem esperança?"
O pior de tudo, é que EU tenho.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Arco do Triunfo - imponente, resistente, frágil, soberano!






Mais uma coisa que precisamos muito aprender com os franceses, é a conservação e manutenção de nossos monumentos. Cuidar deles com o maior carinho, porque, afinal, dali entra muita grana pros cofres do país.

Já vi o Arco, Notre Damme, a Torre, muitas vêzes cobertos completamente, por meses seguidos, porque estavam passando por reformas. Não importa se vai ter turista puto porque não pode tirar a foto sem um guindaste ou rede ilustrando. O francês não quer nem saber. O que importa é que o próximo admirador de monumentos o encontre em perfeito estado.

Falando hoje sobre o Arco...

A sua imponência se sobressai mais ainda, porque ele fica no centro de uma praça, com seus 50m de altura e 45m de largura, rodeado por doze suntuosas avenidas. Propositalmente feito pra arrasar e deixar sua marca na história, por um nanico megalomaníaco. Típico, né?

Foi construído com um tipo de pedra porosa, então, constantemente, precisa ser inspecionado, por conta de infiltração de água de chuva; sua maior inimiga. Ao primeiro sinal, já fecham tudo e vão se ocupar daquele risco que ele tá correndo. Nem o médico mais atencioso, consegue ter tanta inquietação com a saúde do seu paciente, quanto o francês com seus tesouros.

Tem um fato pitoresco que, se você ainda não observou, quando for conhecer ou visitar de novo o Arco, preste atenção. Existem muitos buracos nele. Principalmente, nas esculturas de pessoas, muitas com olhos e dedos furados que não são restaurados de propósito.

Seguinte:
Na segunda guerra, quando da ocupação de Paris pelos alemães, os casarões que ficam em torno da praça, foram desapropriados pra servir de moradia dos soldados.
Nas horas de folga, a negada ficava fazendo tiro ao Arco, pra exercitar a pontaria. Tiro no olho do outro é refresco, né? Quanta ignorância, quanta falta de respeito a um monumento público! Mas, dizem que guerra é guerra. Essa merda ridícula ainda tem muitos adeptos pelo mundo todo até hoje, e, acho, que vai estar na moda pra sempre, quer dizer, um dia o ser humano vai ser extinto desse planeta, e então a natureza e as belezas criadas pelo homem vão viver em paz.

Não vão precisar de ninguém pra admirá-las. Elas vão se sustentar imponentemente sozinhas, muito bem obrigado.


" Quando viajamos, se restabelece a harmonia original que existiu um dia entre o homem e o universo." Anatole France

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mico no deserto : xixi no saco plástico !


Já falei aqui sobre a dificuldade que temos, neste planeta, em quase todas as cidades, de encontrar um lugar pra fazer xixi quando estamos na rua. Verdadeira peleja e até humilhação ficar pedindo por favor em um restaurante, loja ou bar.

Agora, imaginem vocês o que não é ficar apertadinha de vontade no Iraque. Estrutura zero! Não digo quando estávamos na estrada, porque aí era simples; o deserto, imagino, até agradecia.

Então, lá vai um big mico de uma amiga, que não conto o nome pra não perder a colega...hehehe.

Estava ela naquele calorão de 100º, esperando, dentro do carro, um amigo que foi resolver um problema em um órgão público. Aqui o sistema já é moroso, triplique então o tempo.

E foi fondo, foi fondo, calorão, vidros hermeticamente fechados pro ar condicionado não vazar uma grama, mesmo assim o suor descia rosto abaixo.

E a vontade apertando. Ela olhava pra todos os lados e não via a menor possibilidade de resolver seu problema.

E, ainda, passando o desconforto de ser observada pelo lado de fora do carro, como se ela fosse um bichinho na jaula em pleno zoo. As pessoas lá, homens ou mulheres, encaravam mesmo, porque, pra eles, éramos verdadeiros ET's.

Esqueci de dizer : essa cidade era Ramadi, que fica a 1 ou 2 horas de Bagdá. Acho que é uma das melhores do país mas as ruas são sem calçamento em sua maioria, esgoto a céu aberto na maior parte delas. Muito sujo, muito pobre. Agora, depois de todos os bombardeios sofridos pela guerra contra os EUA, não consigo imaginar como pode ter ficado. Como diz uma outra amiga, quando escuta a notícia que bombardearam alguma dessas cidades que conhecemos bem, dizendo que a cidade foi arrasada, ela pergunta: "Como assim, arrasada? O que pode ter sido feito pra piorar mais ainda?"

Minha amiga foi ficando tão louca que começou a procurar, dentro do carro, algum objeto que pudesse ajudar na solução do seu problema.

Deus seja louvado!
Encontrou!
Um saco plástico. Eita! Acertar um saco plástico já é difícil, agora imagine dentro de um carro, com calor e ainda despistando pra não ser flagrada naquele ato em público.

Pra encurtar a conversa, ela consegui. Rezou aos céus em agradecimento. Alívio total!

Ao invés de deixar o saquinho ali mesmo, tranquilo, quieto, não, a esperta resolveu se livrar dele. Pensou: "Jogo pela janela, despistado, quando ninguém tiver olhando." Afinal, mais um saco plástico, no meio daquela zona, não iria fazer grande diferença.

Deu um bom nó na boca do saco, esperou, esperou, esperou o bom momento e zápt! Mandou ver com bastante força, pra ele cair bem longe do carro.

O saco explodiu quiném uma bomba no vidro fechado, provocando uma chuva em pleno deserto, num dia de céu azulinho sem nem uma nuvem pra contar a história.

Nem precisa contar o resto, né não?
" O que dará maior satisfação à sua alma do que andar livre sem reconhecer superiores?" Walt Whitman

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Crianças brincando no parque. Duplas, trios, pencas.




















Da última vez que morei em NY, fui babá de uma garotinha fôfa, filha de filipina com americano. Como a raça de olhinhos puxados parece ser mais forte, ela era uma filipinazinha linda. Já falei sobre ela em um outro post, mas, se hoje estou falando de novo, é só pra apresentar o que quero contar.

A mãe queria que ela aprendesse francês, então eu só falava francês com ela. E como ela ficava a maior parte do tempo comigo, ficou craque . Entendia tudinho que eu falava e saíamos pra passear todos os dias.

Eles moravam na Segunda Avenida com Rua 86.

Então, em nosso programa tava incluído ir a um parque na beira do rio. Uma delícia, um lugar lindo! Ela amava. Íamos também ao Central Parque e ao Museu de Arte Moderna. Entrava com carrinho e tudo, pagava 25 centavos, porque, quem tem grana pra dar a museus, é o Rockefeller, não eu, e, às vezes, sentava em frente a um Van Gogh enquanto dava uma mamadeira.
Mó cultura desde pequetita.

Voltando aos parques, o que mais me chamou a atenção, nessa época, foi a quantidade de gêmeos e trigêmeos.

Mas, não era um casal ou outro de gêmeos, ou um trio ou outro, eram muitos. Eu não conhecia carrinho pra quatro bebês e lá tinham vários. Pra três também, mas, a maioria, era de carrinhos pra dois.

E, como nos encontrávamos todos os dias, crianças e babás acabavam ficando amigas. Era um papo só, troca-troca de lanche, brinquedos e confidências. Todas as babás com seus problemas e cada uma ficava sabendo muito da vida da outra.

E, com isso, fiquei sabendo da história dessas "crianças em penca".

Nos gêmeos, tinham muitos com problemas físicos. Isso me impressionou muito. Fiquei amiga de duas duplas e os quatro eram deficientes. Tinha também um outro casal; a menina sem problemas e o menino com deficiência e eu ficava querendo entender o porquê.

Não queria que esse papo ficasse sinistro, mas me lembrei dessas crianças e achei interessante falar sobre elas.

Aqui no Brasil, como não frequento parques e locais com criançada, não sei como anda a coisa. Sei que tem muita gente tendo gêmeos e até trigêmeos. Só não tenho informação sobre crianças com problemas físicos. Não sei se por aqui também tem acontecido isso.

A assistência hospitalar e escolar, pras essas crianças, nos EUA era muito legal. Tô falando de pessoal de classe alta, porque, sei muito bem, que o sistema de saúde americano é complicado. Não é lá essa Brastemp. Só funciona pra quem tem grana. E muita grana mesmo!

As crianças tinham todo tipo de atendimento; em casa e até no parque. Enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais. Vi, inclusive, exercícios sendo feitos no próprio parque. Mesmo assim, sempre sobrava pra gente, que estava com bebê sadio, dar uma ajuda. Segura um enquanto troca a fralda do outro, dá esse biscoito, enquanto eu levo aquele no balanço. Uma verdadeira maratona.
E vi muitas mães darem uma passadinha no parque, fugindo rapidamente do trabalho, só pra dar um alô, um beijo nos seus filhotes com um amor, um carinho enorme.
Criança é a coisa mais linda do mundo. Pena que nós, os adultos, atrapalhamos muito a cabecinha delas desde cedo, já colocando preconceitos e restrições quanto ao seu semelhante. Pena mesmo! Porque, a minha pequenina, por exemplo, nunca percebeu que os coleguinhas tinham problema. Brincava, ajudava, pegava brinquedo no chão, mesmo se os pequenos deixassem cair várias vezes. E se divertia. Sem preconceito algum. Ainda não conhecia a palavra e o triste sentido dela.

Os pais se desdobravam com enfermeiras e babás pra dar conta da turma. Dois ou três de uma vez, já não é fácil, mas, com problema, piora muito.

Algumas duplas ou trios tinham duas babás.

Outra coisa que observei : a maior parte das mães era acima de 35 anos e, essa filharada toda, foi concebida com tratamentos de fertilização.

Andei lendo que, só agora, depois de muitos anos que estourou esse boom de fertilização, e, que as crianças começam a chegar na adolescência, vai-se poder começar a conhecer e ver resultados de estudos sobre os prós e os contras desta forma de concepção, quer dizer, esses bandos estão sendo estudados há anos, e, como toda pesquisa precisa de, no mínimo, uns dez anos pra começar a dar resultados, eles estão sendo observados e os problemas sendo conhecidos aos poucos.

Da mesma forma, ainda vai demorar um pouco, pra gente ficar sabendo, como será também o futuro da criançada nascida de barriga de aluguel. Essa é outra história! É fato que, a cada dia, está ficando cada vez mais natural e comum.

Até procurei no Google informações sobre essas pesquisas, mas, é assunto demais e muito mais complexo do que eu podia imaginar. Não dá pra meter a colher-de-pau e, muito menos, palpitar sem ter fundamento.

" Toda a minha vida, as paisagens novas me fizeram sentir-me feliz, como uma criança." Marie Curie

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