segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O branco da neve dói de tão lindo, contrastando com o azul do céu

Pra você que viu as fotos do amanhecer e gostou, agora vão as que tiramos hoje, lá pelas 10 horas da manhã. O sol rachando mamona.
Amanhã, se não tiver nevando, vou dar uma volta pra mostrar mais um pouco dessa beleza de lugar.















Como me tornei vizinha de Wagner e Rodin-parte 2

























Então chegou o sábado e lá fui eu pra Meudon. Peguei o trem em Montparnasse e 16 minutos depois tava lá. Enquanto isso passamos por umas 3 cidades.
Segundo um amigo, eles colocam nome de cidade em qualquer povoado, pra parecer que tem muitas. Ô maldade!

Mas a verdade é que todo francês adora dizer que não mora em Paris. Morar em Meudon, por exemplo, é chic pra cacete. Eu prefiro o tititi de Republique. Esse silêncio que eles adoram, eu tô fora! Passarinho e grilo cantando? Nem morta!

Meu futuro patrão me esperava na estação. Segundo eles me contaram tempos mais tarde, ele e a patroa tinham tirado o sábado pra conversar com todas as moças que tinham telefonado e se interessado pelo trabalho. Essa era a segunda viagem que ele fazia.

Subimos por uma avenida - que depois virou o caminho da roça pra mim - e foi lá que o Seu Wagner morou com a esposa, Dona Minna Wagner.
Sempre que passava na porta da casa linda, de pedra, na avenida tranquila, ficava imaginando o compositor debulhando seu piano, dia e noite, e a vizinhança já com o saco na lua pensando: " Quando esse mané vai se mudar daqui e nos deixar em paz!"

Chegamos ao apartamento e começamos a conversar. Até então, tava em português e fui ficando sem graça, porque a patroa ficava só me olhando, então perguntei se não era melhor tentarmos falar em francês pra ela participar. Ela disse que não precisava, que tava adorando o som da nossa prosa. Então tá !

Falei de toda minha inexperiência em ser babá, nunca tinha sido, não tinha filhos, mas tinha quatro sobrinhas e trocentos amigos cheios de crianças que eu tava sempre carregando pra cima e pra baixo. Não fiquei muito tempo.
Ele olhou no relógio, porque já devia de ter outra candidata esperando na estação de trem, me levou embora, já aproveitando pra carregar a outra.
Disseram que era pra eu ligar na próxima quarta-feira pra ter uma resposta.

OK. Fui-me embora. Voltei pra capital.

Tempos mais tarde ele me contou que, quando voltou pra casa, a mulher dele disse: "É essa. Já escolhi". E ele: "Como assim, já escolheu? Você nem viu as outras, tem uma na sala esperando e mais não sei quantas pra chegar..." "Já escolhi", ela falou.

E nem na sala ela voltou mais. O pobre coitado passou a tarde de sábado falando em vão com moças esperançosas, sem poder já dispensar de cara porque não seria polido.

E eu já comecei a trabalhar na semana seguinte, na quinta-feira.

Cuidei do meu pequetito, que hoje já tem 21 anos, por alguns anos. Tempos depois, eu tava morando em NY, quando eles me acharam lá e me fizeram largar meus trabalhos e voltar pra Meudon pra cuidar da irmãzinha que ia nascer. Lá fui eu e fiquei mais uns anos.
Mas, como sempre, essa já é outra história.

Ah! Essas crianças são bisnetas da polonesa.

As fotos são da casa azul de Wagner, recentemente restaurada, a avenida arborizada onde fica a casa, casarão rosa, atual Museu Rodin em Meudon e mais fotos antigas da cidade.


" E assim chegar e partir. São só dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida." Milton e Brant

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Domingo é dia de preguiça e curtir a beleza da natureza !

Essas fotos foram tiradas pela minha querida amiga, hoje, com o raiar do sol e foram tiradas de dentro de casa.

O trator vindo fazer o nosso caminho pra podermos sair, visto da janela da cozinha.

A neve caindo...

O azul das fotos é uma mistura da cor do céu límpido, com a luz dos primeiros raios de sol, refletindo na neve. Sem truques nem efeitos especiais. Vocês estão vendo tal e qual nós vimos hoje.


De doer de tão lindo !


E a dona da casa, depois de décadas morando aqui e na mesma casa, ainda se emociona com essa beleza e fez as fotos pra eu mostrar pra vocês.


Obrigada, meu bem !
















sábado, 6 de fevereiro de 2010

Como me tornei vizinha de Wagner e Rodin






Estava trabalhando em Paris, fazendo "jeune fille au pair", que é um trabalho comum pra estudantes porque dá pra estudar e trabalhar ao mesmo tempo. A gente busca a criança na escola às 4 da tarde e fica até lá pelas 8, quando os pais chegam. Ganha-se um salário pequeno, casa, rango e condução. Pra estudante é uma mão-na-roda.

Mas a grana era pouca e eu procurava outra coisa. Nessa época, éramos eu e um amigo procurando trabalho.

Todo dia saíamos cedo, a gente passava na Igreja Americana, no Centro de Estudantes ao lado da Torre, e mais uns dois lugares que não me lembro. Como eu só começava a trabalhar às 4 da tarde, dava tempo pra fazer muita "pesquisa".

Num desses dias, resolvemos dividir : cada um ia prum lado pra não perder tempo. E a gente já tava maceteado, lia duas palavras do anúncio e já via que não rolava. Esses lugares que citei, tem cartazes enormes com oferta e procura de trabalho. Muito bom !

Então, meu amigo viu um anúncio e ligou. Era um casal com um bebê de 4 meses que queria alguém pra se ocupar do embondo.

O senhor foi super simpático com ele, disse que não tinha nada contra, mas preferia uma mulher pra se ocupar do pequeno. No que meu amigo falou: "a casa oferece... rs. tenho uma amiga".

Mais tarde ele me deu o número e foi minha vez de ligar.
Meu francês, nessa época, era bem pequeno e, ao telefone, quase sumia. Com dificuldade, comecei a falar com o futuro patrão e no meio da prosa, pedi pra ele falar mais lentamente porque era brasileira e não falava bem o francês. Aí, ele me disse: "Então vamos falar em português". Alívio total !

Ele tinha morado com a família no Brasil, dos 7 aos 12 anos, tinha sido alfabetizado em português e nunca mais esqueceu.
Marcou um encontro pro sábado às 10 da manhã.

E amanhã continuo a contar como foi o encontro, e como começou essa história de amor que já dura 21 anos.

" Todos os dias é um vai e vem, tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais." Milton Nascimento e Fernando Brant

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Aniversário do Henfil, morto há 22 anos!

Essa coisinha mais fôfa do mundo, no colinho da mamãe, é o Henfil, que estaria fazendo hoje 66 aninhos. Tudo no diminutivo, porque, pro aumentativo, ficam o meu carinho, admiração e amor por ele e pelo seu trabalho.

Morreu com 44 anos !!!!! Um absurdo o que a falta de responsabilidade do ser humano fez com ele e com seus irmãos.

Beijo procê, Henfil!





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