domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pessoinhas pelo mundo afora






























Domingo combina com fazer nada, espreguiçar, comer, dormir, rir, tomar sol, nadar, encontrar amigos, ver fotos. Dei uma selecionada em algumas que garimpei pelos googles da vida, e que acho lindas e me fazem lembrar aquela música do Caetano, Gente. Vale a pena ouvir vendo as fotos.




































































sábado, 27 de fevereiro de 2010

Palm Beach. Eu me meto em cada uma !











Tenho uma sobrinha que diz: "Pessoa mais desnecessária!" A expressão diz tudo e vem a calhar com o causu que vou contar.
Tem pessoas que passam pela vida da gente e não deixam absolutamente nada, ou, pra não ser muito injusta, quase nada.

Estava morando e trabalhando em NY, quando um amigo me falou que uma cliente dele estava procurando alguém pra trabalhar pra filha dela que morava na Flórida, em Palm Beach. Eu já logo pensei : "Povo com muita grana não é fácil", mas, como sou chegadinha numa aventura, não conhecia essa parte do país, pagavam bem e o trabalho seria coordenar o povo que se ocupava da casa - jardineiro, arrumadeira, passadeira e tudo que termina em eira - lá fui.

Passagem paga pela futura patroa e ela mesma, em pessoa, iria me buscar no aeroporto. Isso queria dizer das duas uma: ou que eu deveria considerar isso uma honra ou o bicho tava pegando pro lado dela, então, ela ia pessoalmente até o cativeiro pra ter certeza que a caça não lhe escaparia.

Não me lembro como, mas devia de ter algum código e ela me reconheceu logo que apontei no aeroporto.

Magrela, daquelas que só come 1 ovo por dia, 1 folha de alface e chupa uma pedrinha de gelo de sobremesa. E veio com o marido, grandão, falando grosso e alto - tipo estranho.

E fomos pro estacionamento. Foi a primeira e última vez que andei num Jaguar, rastando no chão de tão baixinho. E foi também a primeira vez que me sentei num carro e o cinto correu pra me abraçar - xilápiti! - levei um susto, mas não disse nada porque ele também abraçou os outros dois passageiros.

E fomos fondo.

Existem dois Palm Beach: o Palm Beach dos ricos e o West Palm Beach, que é onde moram os latinos pobres que trabalham pros ricos do Palm Beach dos ricos. Eita país interessante esses EUA !

Sabe aquelas casas que a gente vê em filme que, saindo da rua, entramos com o carro num caminho ( que em filme se chama "alameda" ) lindo até chegar na casa láááaaa no fundo ? Pois é ! Era assim. A minha cara, né? Eu me meto em cada uma! Trabalhar com princesa, povo rico americano... nada a ver comigo.

Tinha uns quatro ou cinco carros estacionados no pátio largo em frente à casa e pensei até que poderia ser alguma reunião, sei lá, aniversário, mas não era não. Um carro era da dominicana que ficou minha amiga, que ia todos os dias só pra se ocupar da roupa do povo e da casa. Tinha um carro do jardineiro, outro do mané que limpava a piscina, outro de um que tava arrancando folhas das palmeiras, sei lá Deus porquê, enfim, tinha acho mais um ou dois que não me lembro de quem eram.

Ela me apresentou aos meus aposentos... Não meus senhores e senhoras, não era um simples quartinho, eram aposentos. Naqueles tempos - que já estão bem distantes - a minha TV deveria ter umas 40 polegadas e ficava na minha salinha, antes do quarto. Um luxo! Um apartamentinho super simpático.

Era o casal - soube logo que eram recém-casados, ele bem mais velho que ela - e uma filha dela, que tinha 10 anos. Ela tinha outra filha mais velha que não cheguei a conhecer.

O moço tinha mina de diamantes na África e falava com o continente africano, pelo telefone, o dia intirim. Falava alto pra cacete - talvez as ligações não fossem boas - e fazia muita careta pra falar. Eu não podia olhar pra ele, senão ia rir muito. Peleja !

Não sei se cheguei a conhecer a casa toda e arredores, porque só fiquei um longo mês por lá.

Continuo essa história amanhã. Foi só um mês, mas deu pra rir muito. Nunca me deparei com tanta futilidade e bobeira na minha vida.

Dinheiro pra mim não é tudo mesmo! Caí fora.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Contratada pelas meias que usava
































Eu sempre tive vontade de morar em Londres. Conhecia a cidade passeando, turistando e tinha vontade de viver a experiência de ser moradora, o que é completamente diferente. E foi !

E lá fui eu. Tenho uma grande amiga que morava lá, na época, e fui ficar na casa dela até me ajeitar e ver se queria fazer meu ninho naquele lugar.
Só não pensei em um detalhe muito simples : estava chegando à Inglaterra no princípio do inverno.
E ninguém pode imaginar o que vem a ser um inverno naquela ilha. Quem tem tendências suicidas, deve fugir da Inglaterra no inverno, de Londres, principalmente. Não sei se ainda tá valendo, mas um dos maiores índices de suicídio da Europa é Londres no inverno.
Não tô dizendo isso, esperando espantar o povo de visitar a cidade. Visitar, passar 2, 3, 5 dias é uma coisa. Vai morar!
É o ó do borogodó.

Já ouvi várias vezes pessoas dizendo que, a cidade que nos recebeu primeiro, quando largamos a Pátria Amada Idolatrada, Salve! Salve! é que conta. Não adianta querer ir morar em outro canto, que não vai se adaptar. Pode ser. Me sinto em casa em Paris, totalmente, nunca fiquei tão à vontade morando nos outros lugares que morei. Segundo lugar que fico bem é NY.
Costumo comparar Londres no inverno, com a casa da família Addams. Quem se lembra? Aquela coisa escura, esquisita, com uma nuvem chovendo constantemente em cima dela. Só faltam os morcegos.

Bom, cheguei, agora hora de procurar emprego. Meu inglês que, nunca foi dos melhores, na época era pior ainda, então, a otimista aqui resolveu procurar trabalho onde eu pudesse usar o meu francês. Quem caça, acha!
Fui até a Aliança Francesa e, olhando os anúncios de ofertas de trabalho, dei com um que era pra cuidar de duas meninas - uma com uns 4 anos e outra pequetita de 1 aninho - falando francês. Sopa no mel. Adoro criança, pagavam bem e ainda sem me preocupar com a canseira do inglês.
A família morava em Sloane, bairro chic, de gente cheia da grana.
Era uma moça nascida nos EUA, filha de francesa com inglês. E o marido, adivinhem? Brasileiro, de uma família de banqueiros conhecidos do Brasil, simpáticos os dois e as crianças muito fôfas.
Conversamos, me deu todas as coordenadas, levar e buscar a menorzinha na escola e ficar com a pequena enquanto isso, dar comida, passear, aquelas coisas de criança. Espantei quando ela me disse: "Querendo ir ao jardim, a chave fica pendurada ali" e mostrou qual era.

Quem viu o filme Notting Hill, com a Julia Roberts e o Hugh Grant, sem dúvida se lembra do jardim que eles pulam o murinho pra conhecer e depois termina o filme com os dois já lá, como moradores e frequentadores. Pois então ! Londres é cheia desses jardins e os frequentadores são os moradores do quarteirão. Uma chiqueza só !
Pra mim, não tinha coisa mais engraçada do que pegar a chave pra ir brincar no parquinho do jardim. Melhor que isso, só as praias de Palm Beath, que não consegui ir porque todas tinham portões fechados. Trabalhei lá num lugar vizinho dos Kennedy... (depois eu conto isso e já adianto : nunca vi nenhum deles...rs).

Voltando a Sloane ... um belo dia, conversando com minha patroa, ela me disse: "Sabe o que mais me chamou a atenção em você e que pensei que você seria legal com minhas filhas?" E eu já pensei : "Lá vem coisa". Ela me disse: "Quando você veio tratar o trabalho, tava usando meias com ursinhos e eu pensei - Quem usa meia de ursinhos só pode amar crianças e é ainda uma". Pode uma coisa dessas?

Mas, mesmo assim, não deu pra ficar em Londres. Realmente a cidade e eu não nos demos bem no casamento, continuo com o namoro, ou melhor, "só ficando" aí, não tem problema.
Adoro Londres... nos 15 minutos de verão então, a cidade é maravilhosa... hehehe...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Grande Gullar, meu ídolo, poeta do povo!


O medo que estou sentindo, tá se espalhando. Melhor abrirmos, verdadeiramente, os olhos e os ouvidos pra o que está se passando em nossa terra. Olho nos nossos governantes!


RETROCESSO À VISTA
Ferreira Gullar

"O FIM DA utopia marxista, que apostava na derrota do capitalismo, deu lugar, na América Latina, ao neopopulismo que, fazendo-se passar por socialista, explora, em vez da contradição "classe operária x burguesia", a oposição entre pobres e ricos.
Se, no caso anterior, os sindicatos tentavam ser um instrumento de organização e mobilização do operariado para a tomada revolucionária do poder, agora constituem uma burocracia de neopelegos, que passaram a ocupar posições estratégicas no aparelho de Estado e na máquina política. Assim, pressionam o governo e os patrões para que façam pequenas concessões aos trabalhadores, com a condição de mantê-los quietos, enquanto eles, os neopelegos, enriquecem a se fortalecem politicamente.
A ascensão de Lula à Presidência da República foi resultado desse jogo e, ao mesmo tempo, um salto qualitativo para a elite sindicalista. As consequências disso para a democracia brasileira podem ser as mais desastrosas, como procurou mostrar Fernando Henrique Cardoso, num artigo recente, intitulado "Para onde vamos?".
O neopopulismo nada tem de revolucionário, como alardeia Hugo Chávez, travestido de líder esquerdista, mas que, na verdade, procura se perpetuar no poder usando o voto cativo dos pobres e miseráveis. Sustentado pelos vultuosos rendimentos do petróleo, mantém programas sociais assistencialistas, que lhe garantem vasta popularidade. Chavez aparece, diante do povão desinformado, como seu providencial protetor, que o defende de um lobo mau chamado Estados Unidos. Seu verdadeiro projeto é manter-se indefinidamente no poder e, para consegui-lo, fez o Congresso aprovar a reeleição ilimitada.
Lula tentou seguir o mesmo caminho, mas teve sua pretensão rejeitada numa pesquisa de opinião. Precavido, mudou de tática e terminou lançando, sem consultar ninguém de seu partido, a candidatura de Dilma como a solução possível. Invenção sua, se eleita Dilma será obrigada a fazer de Lula seu sucessor em 2014, e, assim, caso isso ocorra, teríamos mais oito anos de Lula na Presidência da República, o que somaria, no total, 20 anos de lulismo. Ou mais, muito mais, porque pode não parar aí, já que, àquela altura, as bases do neopeleguismo e do neopopulismo estariam amplamente assentadas e enraizadas em todo o país.
A ameaça é que, se já agora ele se rebela contra a ação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União e pretende calar a imprensa, ou seja, não admite que ninguém critique ou cerceie suas decisões de governo, imaginem o que não fará durante tantos anos no poder. A História tanto anda para a frente como pode andar para trás.
O propósito de, chegado ao poder, não sair mais, faz parte da ideologia petista, como deixou claro José Dirceu, em visita a Madri, logo após a posse de Lula, em 2003, ao afirmar que o projeto deles era ficar pelo menos 20 anos no poder. Sim, porque, ao contrário dos outros partidos "burgueses", o partido que se intitula "revolucionário" alega que vem para "salvar" o povo e mudar o rumo da História. Logo, não pode se submeter às regras democráticas da alternância no poder.
Se é verdade que, a esta altura, o petismo já abriu mão do revolucionarismo, não admite perder as posições conquistadas. Lula, muito esperto, logo compreendeu que o Brasil não é a Venezuela. Sabe que, embora tenha maioria no Congresso, este jamais lhe concederia um terceiro mandato e muito menos a possibilidade de reeleição ilimitada. Por isso, adotou a tática de conseguir um mandato-tampão para Dilma, enquanto, às carreiras, procura implantar o PAC e aparecer, diante da nação, como um presidente empreendedor, que visa elevar o país à condição de "grande potência".
Assim age Chávez e assim agiu nossa ditadura militar. A fórmula é sempre aquela: inimigo dos poderosos e amigo dos pobres, defensor dos negros e mulatos, inimigo dos brancos de olhos azuis. Isso transparece, a todo momento, em suas declarações e discursos. Não faz muito tempo, falando aos catadores de lixo, criticou os "ricos" que, "deliberadamente, sujam a cidade" para que os lixeiros, humilhados por eles, a limpem.
É um presidente da República que, sem qualquer escrúpulo, faz questão de instigar ressentimentos e conflitos entre os cidadãos, jogar uns contra os outros. Isso no discurso, porque, na vida real, usa a máquina do Estado para favorecer grandes empresas nacionais e estrangeiras.
O artigo de Fernando Henrique Cardoso chamou a atenção para o perigo que o Brasil está correndo. Em vez de tentar criticá-lo, os formadores de opinião deveriam preocupar-se é com o interesse maior da sociedade. É de se esperar, também, que Serra e Aécio assumam a responsabilidade que lhes cabe diante deste perigo que o lulismo representa para o futuro democrático do País."


Deu na Folha de 24-02-2010

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