domingo, 14 de outubro de 2012

Pesca na lama em Bodhgaya

A água virou uma lama e o cheiro não era dos melhores. 
Fomos ver a obra do Ambulatório e em frente essa turma mais parecia o nosso pessoal catando caranguejo no mangue. 
Quando falei pro Anup:
- Olhaí os nossos futuros clientes. Vamos ter muito trabalho pela frente...
Ele disse:
- Quando eu era criança também adorava fazer essa pescaria!
É.
Muitos sobrevivem....rs.











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Muito obrigada

sábado, 13 de outubro de 2012

Hoje é dia de pic-nic...só alegria!!!!!

 Organizando a partida na porta da escola

 E lá vamos nós...professor na frente, professor no meio e eu em último lugar pra não deixar escapar menino...rs

 Foram 39 crianças e mais um monte de adulto. Tinham professores e amigos que vieram pra ajudar a cozinhar e brincar com as crianças

 Fila indiana verdadeira...rs

 E a gente passou no quintal do povo, na porta da frente, na porta de trás, em curral e trilhas, até chegar ao nosso destino, que era na beirada do rio onde tem muita árvore e é mais fresquinho

 Parece que rolou um stress aí!...rs

 Foto feliz...amei!

 Quase chegando!

 Minha querida amiga Eliana Vieira doou várias Barbies e roupinhas...você não imagina o sucesso que fazem! Como não tem uma boneca pra cada criança, resolvi que elas iam ficar na escola. O mais legal é que elas brincam, brincam e depois guardam tudo pra próxima vez. Não voltou faltando uma roupinha sequer do pic nic!

 E tanto brincam os meninos quanto as meninas...aqui não tem disso não!


 Futebol...tô toda roxa porque tentei "marcar" o melhor jogador do time adversário...rs... e nem assim conseguimos ganhar!

 Qual das duas bonecas é a mais linda?

 Professor dando a estratégia do jogo de cricket...eles amam!

 Professor arremessando a bola

 E nada mais lindo do que o sorriso de quem marcou um ponto!

 Cada um fazia o que mais gostava...


 Enquanto isso os rapazes preparavam o rango

 E no meio do pic nic apareceu um elefante atravessando o rio...uma festa!

 E a meninada correu pra ver!


 Todo mundo faz tudo! Aqui, as crianças ajudando a descascar as batatas

 Essa hora o cheiro ficou bom...todas as especiarias juntas!!!

 E a bola do futebol caiu lá no rio...

 Arroz doce com gengibre, canela, côco...bom demais!

 Adoro quando eles não vêem que vou fazer uma foto. Aqui, eles vendo as fotos no celular...quando eles me vêem chegando fazem pose...não fica tão legal

 Comendo o arroz doce...antes do almoço. Claro!

 Anup fazendo as rodinhas de pão

 Hora de comer...que hora mais feliz! E como comeram!

 E um pequenino pediu pra fazer uma foto minha...adorei!

 Depois da criançada, hora dos adultos comerem


E já de volta à escola. Dando adeus! Não paravam de dar adeus...tive que dar um basta. 
Fora todo mundo! 
Pra casa agora!...rsss....

Pra fazer este pic-nic onde foram 39 crianças da escola, mais uns 10 adultos e mais crianças e adultos que apareceram de "surpresa", gastei aproximadamente R$ 200,00. Compramos os legumes, arroz, farinha pro pão, leite, temperos, gás, copos, pratos (talheres foram economizados porque eles comem com as mãos...rs) salada e não me lembro mais o que. Se você quiser nos ajudar a fazer outro eu vou ficar muito feliz.


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Supitando e abrindo estrada na Índia

Estamos nós voltando de Varanasi e, quando passamos por uma cidadezinha do interior, pela segunda vez, empacamos. 
Da primeira vez em junho, tava tendo um movimento pelo "não aumento do preço de combustível"; estradas fechadas por caminhões e ninguém passava. Demoramos muito mais do que o dobro do tempo em nosso trajeto.
Desta vez, era outro protesto e eu nem quis saber contra o quê. Meio dia, calor danado, duas crianças dentro do carro, depois de dois dias de viagem, enfim, vamos tentar manter a calma. 
Os homens saíram pra ver o que era e ficamos esperando no carro. 
Na estrada, caminhões fechando, muita fumaça por conta de pneus queimando e uma multidão de homens. Só homens.
Perguntei a um mané que passava, se tinha ideia de quando iriam abrir a estrada e ele falou convicto : - Às 7h. E eu : - 7 ??? 
Ele pegou no meu braço pra mostrar as horas e eu puxei dizendo:
- Eu sei o que é 7, só não vou é ficar aqui esse tempo todo.
A essa altura já era quase 1 h da tarde  (paramos ao meio dia).
O motorista ligou o ar condicionado e ficamos tentando relaxar e acho que até cochilei.
Quase 2 da tarde falei pro Anup:
- Tem um líder esse movimento?
- Tem
- E se você fosse lá falar com ele, que estamos exaustos, chegando de uma viagem com 2 crianças doentes, pessoa idosa, quem sabe ele não deixaria a gente passar.
Muito sem convicção, ele foi com o professor da escola e o motorista. Falei que ia também mas ele pediu pra esperar. 
Fiquei olhando de longe, o bolo tava há uns 40 m, e vi que eles não tavam falando com ninguém, só chegando junto.
Num rompante de nerva, talvez pelo calor e também pela raiva da imensa paciência que o povo indiano tem, quando se trata de receber ordens, marchei rumo ao centro do bolo e perguntei pro Anup:
- Quem é o líder?
- Aquele de verde (eles sempre usam verde...rs)
Tava no meio da multidão.
Não disse nada, só fui andando. E, como já presenciei aqui, qualquer atitude de alguém tipo "vim pra mandar prender e mandar soltar" faz o povo abrir caminho, e o caminho foi abrindo quiném Moisés no Mar Vermelho.
O moço tava de costas. Bati no ombro dele e disse:
- Posso falar com o senhor um instante?
- Sim
- Estamos vindo de Varanasi,  de um hospital, indo para Bodhgaia, com duas crianças doentes no carro, mãe e  avó das crianças, sem comida, sem água e gostaria que o senhor nos deixasse passar. Se o senhor quiser, pode vir até o carro e ver as crianças. Eu posso até ficar, não tem problema, mas as crianças não podem.
E ele me seguiu, quer dizer, seguiu por uns metros e mandou um outro mané, que falava inglês, ir comigo e a multidão foi abrindo caminho de novo pro Moisés. Abri a porta do carro e mostrei pra ele o povo. Ele olhou, olhou, falou um monte em hindi  e bateu com o bambu, que ele tava na mão, no povo, pra dar passagem de volta e voltou pra onde tava. Ah! Antes disso, mandou o Anup e o motorista entrarem no carro.
Dentro do carro escureceu, de tanta gente que tinha do lado de fora olhando pra nós. Pensei até em fazer uma foto, mas não tava com astral. Saco cheio !
Depois disso vieram mais uns dois, falaram, falaram e voltaram.
Perguntei o que rolava e o Anup disse que achava que ele não achou as crianças doentes. 
Ai eu fiquei puta ! Nessa hora, chegou um terceiro ou quarto "lider"e, antes que ele abrisse a boca, eu peguei o prontuário que o Dr. Sabodh havia anotado tudo sobre a Puja, e, mostrando pro Zé, falei:
 - Você sabe o que é isso aqui? Isso é um Hospital. 
Mostrei a foto. 
- Sabe o que é um Hospital? 
- Sei.
- É de onde estamos vindo. Se estas crianças não estão doentes, então eu não sei o que é estar doente neste país!
E fechei o vidro na cara dele.
Como num passe de mágica, ele gritou outro monte em hindi, os motoristas começaram a correr cada um pro seu carro e a arrancar e o Anup gritou:
- Deu certo, eles vão abrir a estrada.
E abriram mesmo, em cinco minutos já estávamos circulando livres e felizes num estrada sem ninguém, porque estávamos à uma distância de, pelo menos, 2  horas do último carro.
Só ouvi a última fala do mané quando passamos.
Ele perguntou pro Anup:
- De onde é essa mulher?
- Do Brasil!
- De oooonnnnde?
- Do Brasiiiiiiiiiiiiiilllllll!

E quem quiser que conte outra.

Estas são as únicas fotos que tenho deste momento. Fiz assim que paramos





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Dr. Subodh recebe Puja em Varanasi

Voltamos de Varanasi agora à tarde. Foram só dois dias, mas, tão intensos que pareceram doze.
E já vou contando o final da história. 
Nada vai ser feito pelo problema de gigantismo do pé  da Puja. Fiz tudo que pude, a família ficou muito feliz, mas não quer "expor a menina", como eles disseram a um tratamento super longo, dolorido, com muito sacrifício e ainda não ter um resultado perfeito.
Só quem vive neste país pode entender o pensamento da família. 
Esta ida a Varanasi por exemplo, mesmo que eu conseguisse todo o tratamento gratuito, eles não teriam condições de pagar pelo sustento de quem vai ficar com ela, não tem grana pra levar aqui e ali, não sabem se locomover em uma cidade grande. Pra você ter uma idéia, conhecer o Rio Ganga (Ganges) e mergulhar nele, é tão importante e emocionante, quanto pra um católico fervoroso conhecer o Papa. Depois das indas e vindas, do trânsito louco e barulhento de Varanasi, hoje pela manhã eles desistiram do mergulho. Todos queriam voltar pra casa. Ficaram exaustos e assustados. Foi a primeira vez que eles saíram do Vilarejo onde moram.
O Dr. Subodh nos recebeu com a maior atenção e carinho. Conversou calmamente com a avó e o pai da Puja. A avó falou bastante e foi muito clara quando disse:
- Se não for pra ela ficar perfeita, nada vai ser feito. Não vou deixar ela ser toda cortada e picada de agulha por meses a fio.
Quando você vir o filme, pode achar que é um pensamento louco de uma pessoa que não tá pensando na dificuldade que é  e vai continuar a ser  vida desta menina.
Mas ao mesmo tempo, olhando pro corpo da Puja, que sem aquela perna não deve chegar aos 30 kilos, com 9 anos de idade, perceberá que é só pele e osso. Não tem carne quase alguma e gordura nenhuma. Realmente iria ser um sacrifício sem fim. Com possibilidade inclusive dela não resistir a pelo menos cinco cirurgias necessárias, conforme explicou o Dr. Subodh. 
Ela tem um tumor na barriga que teria que tirar, operar o joelho, e a perna e o pé não dá pra saber o  numero de cirurgias necessárias pra chegar a um ponto satisfatório.
Eu prometi aos pais, que a decisão pra qualquer tipo de tratamento seria somente deles. Então assim vai ser feito.
Temos uma outra forma de ajudar essa menina doce, gentil, estudiosa, inteligente, que abre um sorriso lindo toda vez que olho pra ela. Dando a ela uma melhor condição de sobrevivência. Ajuda em dinheiro e com idéias pra amenizar a peleja da vida dela. 
To pensando em uma bicicleta elétrica. Coisa da minha cabeça. Uma bicicleta pequena e resistente e poderíamos adaptar uma espécie de cestinha pra ela apoiar o pé.  É a primeira ideia que me veio à cabeça.Mas se você tiver alguma ideia legal,  por favor escreva pra mim, que corro atrás.
Mas, não pense que foi uma viagem triste e pesada. Pelo contrário. Foi muito engraçada, nos divertimos muito e tenho causus pra contar por uns dez dias sem parar.
Aguarde!
E mais uma vez quero agradecer muito, de todo coração, todo o apoio de grana e moral que tive pra conseguir esta consulta e tentar fazer alguma coisa pela minha princesa, que é como eu a chamo.
Muito obrigada mesmo, e,  Eliana querida, sem você eu não teria chegado ao Dr. Subodh e nem teria tido todo o sucesso que tivemos em nossa empreitada. 
Obrigada, amiga!


Eu me enganei. Vieram duas avós. Uma desistiu uns 15km depois de sair de casa e voltou. Dei comprimido contra enjôo pra todos. Devolveram os comprimidos nos primeiros kilometros...rs


O filhinho do professor também foi pra consultar. Conto a história dele no próximo post.

Todos vendo o seu rio Sagrado pela primeira vez

Chegando ao Hospital

Dr. Subodh.
 http://oquevivipelomundo.blogspot.in/2012/07/alegria-alegria-alegria.html
Um mestre indiano na cirurgia plástica! Adora o Brasil e já foi mais de uma vez. Acertei quando trouxe pra ele  de presente a nossa bandeira. Ficou super emocionado!



Saindo do Hospital

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COLARES - CADA UM MAIS LINDO PRA MAMÃE OU PRA VOCÊ - DIA DAS MÃES 2024

PREÇOS DOS COLARES 31 - 30,00 14 - 40,00 - VENDIDO 27 - 35,00 33 - 30,00 89 - 75,00 116 - 65,00 75 - 75,00 79 - 65,00 - VENDIDO 111 - 65,00 ...